131 anos das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil
16/03/2023

131 anos das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil

131 anos das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil

O grande intermediador da visão de Dom Bosco para a vinda das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) para o Brasil foi Monsenhor João Filippo, nascido em 1845, em São Vicenzo de Cosenza, Itália, que após a sua ordenação sacerdotal escolheu o Brasil, mais precisamente, a cidade de Guaratinguetá, no Estado de São Paulo, como seu campo de missão e apostolado sacerdotal. Preocupado com a educação, fundou um colégio para meninos e construiu o Colégio do Carmo para as meninas com a intenção de entregá-lo às Filhas de Maria Auxiliadora.

Monsenhor Filippo, durante a construção do Colégio, manteve-se em contato com Dom Lasagna, Inspetor Geral das Missões na América, encarregado da expansão da obra salesiana nos países da América do Sul, por intermédio dos Salesianos estabelecidos no Rio de Janeiro, e solicitou-lhe a presença das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil, mais precisamente, em Guaratinguetá, oferecendo o Colégio para acolher as tão esperadas educadoras segundo o espírito de Dom Bosco, assim descrito no primeiro livro de Crônicas do Colégio Nossa Senhora do Carmo:

“(…) O Collegio de Nossa Senhora do Carmo, cuja construção fora iniciada em 1887 e terminada em 1891, ergue-se sobre trezentos palmos de comprimento e cento e quarenta e cinco de largura. É defendido das faíscas electricas por três para-raios de superior qualidade, com boquel de ponta de platina, sendo um de seis metros, outro de quatro metros e outro de três com corda conductor ligando o para-raio da torre aos outros até a chapa do edifício, sendo a corda de sete cordões de sete fios cada um. O Collegio é um sobrado que tem acomodações para mais de 400 meninas, com vastíssimos salões perfeitamente arejados reunindo todos os requisitos das mais escrupulosa hygiene, servido por uma canalisação de água potável de primeira qualidade e abundante, exclusivamente do Collegio. No centro há uma área espaçosa no meio da qual levanta-se uma colunna que serve de chafariz. A Capella é de optimo gosto, elegante, avarantada podendo as alunnas ouvir missa e assistir aos demais officios do culto, do pavimento superior. (…)”

Dom Lasagna apresentou a Dom Rua, então Superior da Congregação, que aceitou a solicitação e a generosa oferta de Monsenhor João Filippo e, no ano de 1892, começa a história das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil:

“No ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oito centos e noventa e um,[...] o Reverendíssimo Padre João Filippo, oriundo da cidade de Cosenza em Itália e residente na cidade de Guaratinguetá há uns vinte anos. Ofereceu à Congregação Salesiana, um vasto e belo edifício situado sobre a pitoresca colina de S. Gonçalo próximo à cidade, com o fim de ser aberta uma casa de educação para meninas. O Reitor Maior da Congregação Salesiana, o Reverendíssimo Padre Miguel Rua e a Superiora Geral das Filhas de Maria Auxiliadora, a Reverenda Madre Catharina Daghero representados, o primeiro no Inspetor das Casas Salesianas do Uruguay e Brazil, o Reverendíssimo Padre Luiz Lasagna e segunda na Visitadora das Casas das Filhas de Maria Auxiliadora do Uruguai a Reverenda Madre Emilia Borgna, aceitaram a offerta bem como a de uma casa em Lorena e outra em Pindamonhangaba para idêntico fim.
No dia cinco de março de mil oito centos e noventa e dois, partiram de Montevideo, capital da Republica Oriental do Uruguai, doze Irmãs, Filhas de Maria Auxiliadora com o fim de abrir as ditas três Casas. Foi nomeada Superiora, representante da Visitadora a Reverenda Madre Tereza Rinaldi. Vieram em sua companhia as Irmãs Florinda Bittencourt, Helena Hospital, Paula Zuccarino, Joanna Narizano, Dolores Machin, Anna Couto, Dilecta Maldarin, Justina Gros, Francisca Garcia e as Noviças Mathilde Bouvier Maria Luiza Schillino. A expedição veio acompanhada pelo Rev.mo Padre Domingos Albanello que tinha sido nomeado Prefeito do Colégio de São Joaquim em Lorena e pelo Rev.mo Padre Thomé Barale.
O Rev.mo Padre Inspetor Luiz Lasagna, em razão da sua próxima partida para Itália onde ia assistir ao Capitulo Geral, não pode, como intencionava, acompanhar a expedição.”

Assim vinham do Uruguai e não diretamente da Itália, as primeiras Irmãs de Maria Auxiliadora ao Brasil. Eram missionárias italianas, uruguaias e o que há de mais interessante, uma delas, Ir. Anna Couto, era brasileira – havia entrado na Congregação no Uruguai e, por motivo de saúde, fora enviada ao Brasil, para ver se os “ares nativos” poderiam curá-la.

As Irmãs chegaram ao Rio de Janeiro pelo navio Sud América, no dia 10 de março de 1892 e se hospedaram no Asylo Sancta Leopoldina das Irmãs de São Vicente de Paulo. Às quatro horas da tarde do dia 13 de março chegaram a Lorena; no dia 15, receberam a visita do Padre João Filippo. Somente no dia 16 chegaram a Guaratinguetá, São Paulo, acolhidas pelo grande benfeitor, autoridades, povo, como escreveu a superiora Madre Teresa Rinaldi ao Superior Geral, Dom Miguel Rua:

“Faz um mês que nos encontramos nesta República: creio que o Senhor terá sabido por outros a recepção que tivemos. Em todo caso lhe direi que parecem coisas do outro mundo, e que ficamos muito confusas ao ver-nos assim acolhidas. Atribuímos tudo à maior glória de Deus, e da cara congregação salesiana, à qual estamos felizes de ser agregadas. Nas três paradas que fizemos, nos veio receber um mundo de gente com música e procissão, e com todas as autoridades eclesiásticas e civis. Oh! Como amam Dom Bosco nestas regiões!” 10

  

O Vale do Paraíba é o berço da Obra das FMA no Brasil. As cidades situadas na região apresentavam aspecto tipicamente interiorano. A Igreja era símbolo da religião católica, elemento integrante da formação social luso-brasileiro. Os proprietários de terras e de escravos controlavam a vida pública. Os moradores tinham, em geral, horizontes culturais bastante restritos. Era pequena a área de influência dessas cidades, pois, os habitantes preocupavam-se quase que apenas com os seus assuntos locais devido à distância dos centros mais importantes: São Paulo e Rio de Janeiro.

É dentro dessas perspectivas limitadas que as Irmãs passam a realizar a sua atividade educacional e assistencial. Em consequência da cultura, sobretudo cafeeira, as diversas localidades do Vale ofereciam instrução elementar para as crianças, mas, em razão da situação de dependência da mulher, dava-se mais importância à escolarização dos meninos. Portanto, na região do Vale do Paraíba, a presença das FMA foi fundamental para a educação feminina.

A formação cristã das meninas era, sem dúvida, a razão principal da atividade educativa das Irmãs. Além da educação da fé, havia outros objetivos principais: a formação moral, a preparação para a vida e a preocupação com a orientação para uma possível vida consagrada. As Irmãs abriram também externatos e Oratórios Festivos onde primava a Associação das Filhas de Maria.

Em 1892, Irmã Teresa Rinaldi foi nomeada Superiora e representante da Visitadora, Madre Emilia Borgna, com o título de Vice-Visitadora. Em 1893, tendo sido criada a nova Visitadoria do Brasil, Madre Emilia Borgna voltou ao Uruguai e no dia 15 de outubro, Dom Lasagna apresentou “a Visitadora do Brasil na pessoa da Reverenda Madre Teresa Rinaldi”. A festa de Santa Teresa, no dia 15 de outubro de 1895, em Araras, em homenagem a Madre Teresa Rinaldi contou com a presença de vários sacerdotes e do próprio Lasagna. Poucos dias depois, a Visitadora partia para Minas Gerais com a expedição organizada por Dom Lasagna para fundação de Casas naquele Estado. Tanto ela como o prelado foram vítimas do desastre ocorrido em Juiz de Fora a 05 de novembro de 1895. Com a morte de Madre Rinaldi, a Irmã Ana Masera, mestra das noviças, foi designada como diretora interina do Colégio do Carmo. Na época do acidente, Don Luis Lasagna estava em tratativas para a fundação da Obra das FMA no Estado de Minas Gerais; assim sendo, tal Obra só foi iniciada no ano de 1896 com a fundação da Santa Casa de Ouro Preto e do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora de Ponte Nova.

A NOVA CONFIGURAÇÃO DAS INSPETORIAS DAS FMA NO BRASIL

A organização das presenças salesianas é dividida em províncias, ou inspetorias como são nomeadas no Brasil. Na introdução do terceiro volume de “As Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil: cem anos de História”, Riolando Azzi (2003) afirma que as décadas de 40 e 50 são marcadas pela expansão das obras das Salesianas, por todo o território nacional. Essa expansão provoca uma nova organização territorial nas Obras por meio da criação de Inspetorias:

Inspetoria Imaculada Auxiliadora – Campo Grande – 1941;

Inspetoria Maria Auxiliadora – Recife – 1941;

Inspetoria Madre Mazzarello – Belo Horizonte – 1948;

Inspetoria Laura Vicuña – Manaus – 1961;

Inspetoria Nossa Senhora Aparecida – Porto Alegre – 1967;

Inspetoria Nossa Senhora da Penha – Rio de Janeiro – 1984;

Inspetoria – Nossa Senhora da Paz – Cuiabá – 1993;

Inspetoria Santa Teresinha – Manaus – 2005.

Em 02 de fevereiro de 2021, com a intenção de ressignificar o carisma e qualificar ainda mais a presença e missão das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) no Brasil, as nove Inspetorias das Irmãs Salesianas unificaram-se em quatro novas inspetorias: Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia, Inspetoria Maria AuxiliadoraInspetoria Madre Mazzarello e Inspetoria Nossa Senhora Aparecida.

Atualmente, as Inspetoras de cada inspetoria são:

Ir.Maria Carmelita de Lima Conceição - Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia

Ir. Maria Adriana Gomes da Silva - Inspetoria Maria Auxiliadora 

Ir. Teresinha Ambrosim - Inspetoria Madre Mazzarello

Ir. Alaide Deretti - Inspetoria Nossa Senhora Aparecida

 

MEMORIAL DAS FILHAS DE MARIA AUXILIADORA 

Em março de 2019, foi o Memorial “Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil”, localizado na Casa do Puríssimo Coração de Maria (Antigo Orfanato), em Guaratinguetá (SP). O “Orfanato”, como é conhecido por todos, foi inaugurado por Monsenhor João Filippo, em 1923 e hoje abriga a história das FMA. O memorial conta com um acervo riquíssimo em detalhes e promove uma experiência sensorial que registra a história de maneira afetiva, cultural e religiosa.

“O Memorial oferece aos visitantes a possibilidade de fazer a experiência de uma imersão no carisma das FMA, percorrendo a sucessão histórica dos fatos contextualizados dentro da História da Igreja e do Brasil, e sucessivamente nas 4 salas temáticas onde aprofundamos a experiência carismática, sua expansão na América e no mundo, o impacto da ação educativa evangelizadora das Irmãs na sociedade Brasileira e o segredo deste impulso apostólico. A experiência termina com uma romaria até Aparecida, passando antes por Guaratinguetá, onde fazemos Memória de Monsenhor João Filippo no mesmo local onde ele viveu seus últimos 3 anos e onde veio a falecer. Terminamos na sala dos Romeiros onde o visitante tem uma visão das metas de peregrinações de Aparecida a Cachoeira Paulista. Entre estas 47 metas está a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, na entrada da Casa do Puríssimo Coração de Maria, a casa onde nasceu o 1º santo brasileiro, Frei Antonio de Santana Galvão e, finalmente, o grande Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Na capela o visitante pode visitar o mausoléu onde repousam os restos mortais de Monsenhor João Filippo e os restos mortais da Madre Teresa Rinaldi, das 3 FMA e da leiga todas mortas no desastre ferroviário de Juiz de Fora, como também os restos mortais de Madre Emilia Borgna, missionária italiana e 1ª Inspetora do Brasil.
Além desta experiência carismática, o Memorial realiza seminários on-line para animar e qualificar nas Irmãs e colaboradores o gosto pelo registro histórico e, em colaboração com a ACSSA, ajudar as cronistas e secretárias a melhorarem a escritura das Crônicas das casas. O próximo seminário será sobre a organização, identificação e conservação das fotos existentes nas Casas. No Memorial está sendo montada uma sala que contará e História e evolução da comunicação em nossas obras. Existe também uma biblioteca histórica que estamos organizando com a Ir. Analia Luberti. O Memorial participa também de um Projeto Formativo, em nível mundial, que visa animar a dimensão missionária nas FMA, nos colaboradores e jovens. Trata-se do Projeto de Espiritualidade Missionária (PEM). Reunimos grupos de Irmãs e leigos que visitam os primeiros lugares onde chegaram as missionárias e os missionários salesianos na América. Esse Projeto contempla 4 percursos: 1º: Bacia do Prata que visita nossas primeiras fundações na América: Uruguay e Buenos Aires. 2º: percurso: Patagônia norte (Bahia Blanca, onde estão os restos mortais de Laura Vicuña), Viedma, sede episcopal de Dom Cagliero e onde viveu e se santificou Artemide Zatti e Carmen de Patagones, primeira presença nossa na Patagônia, visita à terra natal de Zeferino Namucurá, e terminamos nas Cordilheiras dos Andes em Jinin de los Andes onde viveu e se santificou Laura Vicuña. 3º: Patagônia sul (Puntarenas, Estreito de Magalhães, Terra do Fogo). 4º: Brasil: São Paulo, Guaratinguetá, Aparecida.Rio de Janeiro, Juiz de Fora”, comenta a Curadora do Memorial, Ir. Dulce Hirata.

Confira o vídeo com um tour pelo Memorial e alguns depoimentos de quem já o visitou. Clique aqui.

   

Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil, com informações de salesianas.org.br

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FMAs da Equipe de Comunicação Social das Américas se reúne em Assunção (Paraguai), avalia trajetória, projeta o próximo triênio e tem nova coordenação

A Equipe de Comunicação Social das Américas (ECOSAM) reuniu-se presencialmente de 31 de agosto a 4 de setembro na cidade de San Lorenzo (Paraguai), na Casa Mornese – casa de encontros e retiros das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) da Inspetoria São Rafael Arcanjo (PAR). Participaram do encontro a Conselheira Geral para a Comunicação do Instituto FMA, Irmã Maria Ausilia De Siena; as Presidentes de Conferência Irmã Alaíde Deretti (CIB) e Irmã Ángeles Grassi (CICSAL), representando os países Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai; as Coordenadoras de Comunicação das Conferências Interinspetoriais das Américas (CIB, CICSAL, CINAB, CIMAC, NAC); e duas coordenadoras inspetoriais da CICSAL. O principal objetivo do encontro foi avaliar o percurso do triênio 2023-2025, reconhecendo conquistas, aprendizados e desafios dos processos comunicativos, bem como elaborar o Planejamento Estratégico para 2026-2028, projetando com esperança e senso de pertencimento as ações educomunicativas em comunhão com o Instituto FMA. Durante o encontro, as Presidentes de Conferência, que participaram unidas em modo virtual com as demais que não puderam viajar ao Paraguai, também realizaram a nomeação da nova Coordenadora de ECOSAM, que estará à frente da equipe de coordenação pelos próximos três anos.   O valor de formar rede são as relações O encontro, iniciado com o almoço no dia 31 de agosto, teve na celebração de abertura um momento importante de integração entre as participantes, conduzido por Irmã Doris Jaimes, atual coordenadora de ECOSAM, juntamente com as palavras de acolhida da Conselheira Geral. Esta última destacou a importância de pensar e trabalhar em rede, enfatizando que «o valor de formar rede são as relações, a força da comunhão entre nós». Irmã Maria Ausilia apresentou uma reflexão inicial, trazendo citações do Pe. Pascual Chávez, Reitor-Mor emérito dos Salesianos de Dom Bosco, e de Bernardo Toro, da Fundação AVINA, da Colômbia, que remeteram ao Seminário Interâmbitos realizado pelo Instituto das FMA em 2024. Também recordou palavras do então Papa Francisco e de Paolo Ruffini, Prefeito do Dicastério para a Comunicação do Vaticano, afirmando que «comunicação não é só informar, mas educar, acompanhar e criar laços. Cuidar da rede não é um compromisso secundário, mas parte essencial da missão». Irmã Maria Ausilia conduziu as participantes na identificação dos pontos fortes e das fragilidades de ECOSAM, pensando nas perspectivas futuras da rede de comunicação FMA no continente americano. Os trabalhos da ECOSAM continuaram com a análise, em grupos, das avaliações realizadas por cada Conferência Interinspetorial. O primeiro dia foi concluído com a Eucaristia, presidida pelo Pe. Severo Aquino, salesiano que esteve em San Lorenzo durante os finais de tarde, todos os dias do encontro, celebrando a missa.   Coordenadores e coordenadoras inspetoriais conectados: a força da rede O segundo dia teve início com uma oração dedicada à Bem-Aventurada Irmã Maria Troncatti - FMA - que será canonizada no próximo dia 19 de outubro, em Roma, pelo Papa Leão XIV. Ao longo do dia, foram realizadas três palestras formativas, envolvendo em formato online também os coordenadores e coordenadoras inspetoriais de comunicação das demais Inspetorias das Américas. Foram abordados temas importantíssimos, como cibersegurança, com Miguel Ángel Gaspar, além de partilhas muito enriquecedoras: o projeto “Semillas de Mostaza” (Sementes de Mostarda), apresentado pelo salesiano Samuel Gonzales, e o “Boletim Salesiano”, com a equipe do BS da Argentina. Em seguida, ocorreu uma breve plenária na qual também os participantes em formato online puderam expressar suas impressões e compartilhar reflexões sobre os temas tratados. Encerrada a plenária, as participantes presenciais revisaram o Regulamento de ECOSAM. Entre os diversos pontos discutidos, destacou-se a necessidade de tornar ECOSAM ainda mais conhecida entre as Presidentes de Conferência, as Inspetoras e os/as Coordenadores/as inspetoriais de Comunicação, tanto em relação ao seu Regulamento quanto ao Planejamento Estratégico. Isso visa fortalecer o sentido de pertencimento para que a ECOSAM possa, de fato, realizar sua missão com eficácia.   Um mergulho na História que comunica No dia 2 de setembro, os trabalhos da ECOSAM deram espaço a um momento de integração, descanso, confraternização e imersão na cultura paraguaia. O grupo teve a oportunidade de conhecer a capital, Assunção, e alguns de seus pontos turísticos: a Catedral Metropolitana (1845), o Centro Histórico Aristocrata, museu dedicado à preservação e difusão da memória da produção da “caña paraguaya” (1909), o museu de Farmácias Catedral (1905), o Oratório da Virgem de Assunção (Panteón de los Héroes - 1863), entre outros. No final da tarde, o grupo visitou brevemente a Casa de Formação das FMA, onde também estava presente a Madre Geral, Irmã Chiara Cazzuola, em visita à Inspetoria do Paraguai. Após um momento de confraternização, ocorreu a inauguração da “Casa da Memória São Rafael Arcanjo” – um espaço dedicado ao carisma salesiano que fará parte dos Itinerários do Projeto de Espiritualidade Missionária (PEM), responsável por revisitar os inícios do Instituto das FMA no Cone Sul.   Avaliação, projeção e nova coordenação O dia 3 de setembro foi dedicado aos trabalhos de avaliação, planejamento e à nomeação da nova coordenadora de ECOSAM. Os trabalhos iniciaram com uma oração invocando a “Virgem de Guadalupe, Modelo de Comunicação”. Após a oração, o grupo reuniu-se em formato online com as demais presidentes de Conferência para dialogar sobre o Regulamento de ECOSAM. Em seguida, enquanto a equipe de coordenação da ECOSAM trabalhava na avaliação do planejamento estratégico vigente e na projeção para o próximo triênio, a Conselheira Geral e as presidentes de Conferência se reuniram para realizar a nomeação da nova coordenadora. Todo o processo transcorreu com harmonia e simplicidade. Ao final da tarde, a Conselheira Geral para a Comunicação agradeceu à atual coordenadora, Irmã Doris Jaimes, da Colômbia, e anunciou Irmã Gabriela Murguía, do México, como nova coordenadora de ECOSAM para o triênio 2026-2028. Após os agradecimentos, que incluíram a entrega de presentes simbolizando o espírito de família tão característico do estilo salesiano, foi definida a data para o próximo encontro presencial: de 31 de agosto a 4 de setembro de 2028, com o local a ser definido posteriormente. Para concluir o encontro, foi realizada uma celebração eucarística como momento festivo para agradecer a caminhada de ECOSAM, reconhecendo as conquistas e acolhendo os desafios da comunicação em tempos atuais.   Como foi sentir-se parte de ECOSAM? Para Irmã Alaíde Deretti, presidente da Conferência Interinspetorial do Brasil (CIB), participar do encontro foi uma oportunidade muito interessante para «poder acompanhar de perto os caminhos de ECOSAM, o processo que está sendo levado adiante e as responsabilidades que tocam às Inspetoras e às Presidentes de Conferências». Conhecendo melhor o trabalho realizado por ECOSAM, Irmã Alaíde agradeceu à coordenadora, Irmã Doris, e às demais integrantes da equipe. Também ressaltou o acompanhamento da Conselheira Geral, Irmã Ausilia De Siena. «Estes dias foram muito bons, de maior conhecimento recíproco, de oração e reflexão, de partilha, como também de iluminação, de como utilizar as redes sociais para divulgar o bem, e as consequências de um uso inadequado dos meios digitais», disse a presidente da CIB. «Agradeço por todo o caminho realizado e levo muita esperança em relação à projeção de futuro», concluiu Irmã Alaíde. Para Irmã Ángeles Grassi, presidente da Conferência Interinspetorial do Cone Sul da América Latina (CICSAL), estes dias «foram dias de encontro, nos quais pudemos viver a experiência de fraternidade, de oração, de formação que nos abre a perguntas: de que maneira podemos sair ao encontro da realidade juvenil? Que aspectos devemos cuidar? E, ao mesmo tempo, como as plataformas são meios para nos aproximarmos e compartilharmos a experiência de Jesus?». Para a presidente da CICSAL, estas «são perguntas que geram desafios, com os quais temos que continuar trabalhando, em um mundo onde o digital prevalece e se torna ainda mais necessário ter elementos para acompanhar e ser críticas em relação a eles». Para Irmã Ausilia De Siena, Conselheira Geral para a Comunicação, «o valor de construir e preservar uma rede é, antes de tudo, relacional. O sentido de ECOSAM não é tanto “fazer”, mas sim criar um espaço de partilha, de crescimento comum e de corresponsabilidade». Irmã Ausilia acrescenta que «através do confronto, da colaboração e da confiança mútua, tornamo-nos mais capazes de transmitir mensagens autênticas, coerentes com o nosso carisma». Para ela, «o nosso trabalho de comunicação não é apenas uma tarefa técnica, mas deve se tornar cada vez mais um testemunho vivo de comunhão, serviço e esperança. Nessa perspectiva, vivemos uma experiência bela e enriquecedora, em um clima de sincera familiaridade, de grande alegria e de confronto sério e sereno, alimentando aquela comunhão que nasce do carisma». «Cuidar da rede não é um compromisso secundário: é parte integrante da nossa missão», concluiu a Conselheira Geral. Confira as fotos abaixo:   Por Irmã Maike Loes da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida

ECOSAM reuniu comunicadoras salesianas das Américas, no Paraguai

De 31 de agosto a 4 de setembro, a cidade de San Lorenzo, no Paraguai, acolheu o encontro da Equipe de Comunicação Social das Américas – ECOSAM. O espaço se tornou ocasião de reflexão, avaliação e partilha fraterna, reunindo as Coordenadoras de Comunicação das Conferências Interinspetoriais das Américas.  Participaram do encontro a conselheira geral para a comunicação social do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, Ir Maria Ausilia De Siena. As presidentes de conferências: Ir Alaíde Deretti - CIB e Ir Maria Ángeles Grassi - CICSAL. As coordenadoras de comunicação de todas as conferências da América: Ir Maike Loes - CIB, Ir Susana Billordo - CICSAL, Ir Gabriela Murgía - CIMAC, Ir Doris Jaimes - CINAB, Ir Jacqueline Sardina - NAC. E, claro, as anfitriãs: duas coordenadoras das Inspetorias da conferência sede, CICSAL: Ir Lourdes Enciso e Ir Susana Diaz. A Coordenadora Inspetorial de Comunicação da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida (BAP) e membro da equipe de Coordenação da ECOSAM, Ir Maike Loes, ressaltou que “foi muito importante nos encontrarmos presencialmente para fortalecer ainda mais o sentido de pertença a ECOSAM e nossa missão em rede. A avaliação dos processos de ECOSAM e também o planejamento para o próximo triênio dão maior solidez à nossa rede de comunicação para que as inspetorias se sintam acompanhadas e apoiadas nas iniciativas e processos educomunicativos.”  Em clima de fraternidade, as participantes compartilham experiências, sonham juntas com uma comunicação que inspire e renovam o compromisso de fortalecer a missão salesiana através da palavra que une, evangeliza e transforma. Comunicação da RSB com informações da Ir Maike Loes

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