131 anos das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil
16/03/2023

131 anos das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil

131 anos das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil

O grande intermediador da visão de Dom Bosco para a vinda das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) para o Brasil foi Monsenhor João Filippo, nascido em 1845, em São Vicenzo de Cosenza, Itália, que após a sua ordenação sacerdotal escolheu o Brasil, mais precisamente, a cidade de Guaratinguetá, no Estado de São Paulo, como seu campo de missão e apostolado sacerdotal. Preocupado com a educação, fundou um colégio para meninos e construiu o Colégio do Carmo para as meninas com a intenção de entregá-lo às Filhas de Maria Auxiliadora.

Monsenhor Filippo, durante a construção do Colégio, manteve-se em contato com Dom Lasagna, Inspetor Geral das Missões na América, encarregado da expansão da obra salesiana nos países da América do Sul, por intermédio dos Salesianos estabelecidos no Rio de Janeiro, e solicitou-lhe a presença das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil, mais precisamente, em Guaratinguetá, oferecendo o Colégio para acolher as tão esperadas educadoras segundo o espírito de Dom Bosco, assim descrito no primeiro livro de Crônicas do Colégio Nossa Senhora do Carmo:

“(…) O Collegio de Nossa Senhora do Carmo, cuja construção fora iniciada em 1887 e terminada em 1891, ergue-se sobre trezentos palmos de comprimento e cento e quarenta e cinco de largura. É defendido das faíscas electricas por três para-raios de superior qualidade, com boquel de ponta de platina, sendo um de seis metros, outro de quatro metros e outro de três com corda conductor ligando o para-raio da torre aos outros até a chapa do edifício, sendo a corda de sete cordões de sete fios cada um. O Collegio é um sobrado que tem acomodações para mais de 400 meninas, com vastíssimos salões perfeitamente arejados reunindo todos os requisitos das mais escrupulosa hygiene, servido por uma canalisação de água potável de primeira qualidade e abundante, exclusivamente do Collegio. No centro há uma área espaçosa no meio da qual levanta-se uma colunna que serve de chafariz. A Capella é de optimo gosto, elegante, avarantada podendo as alunnas ouvir missa e assistir aos demais officios do culto, do pavimento superior. (…)”

Dom Lasagna apresentou a Dom Rua, então Superior da Congregação, que aceitou a solicitação e a generosa oferta de Monsenhor João Filippo e, no ano de 1892, começa a história das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil:

“No ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oito centos e noventa e um,[...] o Reverendíssimo Padre João Filippo, oriundo da cidade de Cosenza em Itália e residente na cidade de Guaratinguetá há uns vinte anos. Ofereceu à Congregação Salesiana, um vasto e belo edifício situado sobre a pitoresca colina de S. Gonçalo próximo à cidade, com o fim de ser aberta uma casa de educação para meninas. O Reitor Maior da Congregação Salesiana, o Reverendíssimo Padre Miguel Rua e a Superiora Geral das Filhas de Maria Auxiliadora, a Reverenda Madre Catharina Daghero representados, o primeiro no Inspetor das Casas Salesianas do Uruguay e Brazil, o Reverendíssimo Padre Luiz Lasagna e segunda na Visitadora das Casas das Filhas de Maria Auxiliadora do Uruguai a Reverenda Madre Emilia Borgna, aceitaram a offerta bem como a de uma casa em Lorena e outra em Pindamonhangaba para idêntico fim.
No dia cinco de março de mil oito centos e noventa e dois, partiram de Montevideo, capital da Republica Oriental do Uruguai, doze Irmãs, Filhas de Maria Auxiliadora com o fim de abrir as ditas três Casas. Foi nomeada Superiora, representante da Visitadora a Reverenda Madre Tereza Rinaldi. Vieram em sua companhia as Irmãs Florinda Bittencourt, Helena Hospital, Paula Zuccarino, Joanna Narizano, Dolores Machin, Anna Couto, Dilecta Maldarin, Justina Gros, Francisca Garcia e as Noviças Mathilde Bouvier Maria Luiza Schillino. A expedição veio acompanhada pelo Rev.mo Padre Domingos Albanello que tinha sido nomeado Prefeito do Colégio de São Joaquim em Lorena e pelo Rev.mo Padre Thomé Barale.
O Rev.mo Padre Inspetor Luiz Lasagna, em razão da sua próxima partida para Itália onde ia assistir ao Capitulo Geral, não pode, como intencionava, acompanhar a expedição.”

Assim vinham do Uruguai e não diretamente da Itália, as primeiras Irmãs de Maria Auxiliadora ao Brasil. Eram missionárias italianas, uruguaias e o que há de mais interessante, uma delas, Ir. Anna Couto, era brasileira – havia entrado na Congregação no Uruguai e, por motivo de saúde, fora enviada ao Brasil, para ver se os “ares nativos” poderiam curá-la.

As Irmãs chegaram ao Rio de Janeiro pelo navio Sud América, no dia 10 de março de 1892 e se hospedaram no Asylo Sancta Leopoldina das Irmãs de São Vicente de Paulo. Às quatro horas da tarde do dia 13 de março chegaram a Lorena; no dia 15, receberam a visita do Padre João Filippo. Somente no dia 16 chegaram a Guaratinguetá, São Paulo, acolhidas pelo grande benfeitor, autoridades, povo, como escreveu a superiora Madre Teresa Rinaldi ao Superior Geral, Dom Miguel Rua:

“Faz um mês que nos encontramos nesta República: creio que o Senhor terá sabido por outros a recepção que tivemos. Em todo caso lhe direi que parecem coisas do outro mundo, e que ficamos muito confusas ao ver-nos assim acolhidas. Atribuímos tudo à maior glória de Deus, e da cara congregação salesiana, à qual estamos felizes de ser agregadas. Nas três paradas que fizemos, nos veio receber um mundo de gente com música e procissão, e com todas as autoridades eclesiásticas e civis. Oh! Como amam Dom Bosco nestas regiões!” 10

  

O Vale do Paraíba é o berço da Obra das FMA no Brasil. As cidades situadas na região apresentavam aspecto tipicamente interiorano. A Igreja era símbolo da religião católica, elemento integrante da formação social luso-brasileiro. Os proprietários de terras e de escravos controlavam a vida pública. Os moradores tinham, em geral, horizontes culturais bastante restritos. Era pequena a área de influência dessas cidades, pois, os habitantes preocupavam-se quase que apenas com os seus assuntos locais devido à distância dos centros mais importantes: São Paulo e Rio de Janeiro.

É dentro dessas perspectivas limitadas que as Irmãs passam a realizar a sua atividade educacional e assistencial. Em consequência da cultura, sobretudo cafeeira, as diversas localidades do Vale ofereciam instrução elementar para as crianças, mas, em razão da situação de dependência da mulher, dava-se mais importância à escolarização dos meninos. Portanto, na região do Vale do Paraíba, a presença das FMA foi fundamental para a educação feminina.

A formação cristã das meninas era, sem dúvida, a razão principal da atividade educativa das Irmãs. Além da educação da fé, havia outros objetivos principais: a formação moral, a preparação para a vida e a preocupação com a orientação para uma possível vida consagrada. As Irmãs abriram também externatos e Oratórios Festivos onde primava a Associação das Filhas de Maria.

Em 1892, Irmã Teresa Rinaldi foi nomeada Superiora e representante da Visitadora, Madre Emilia Borgna, com o título de Vice-Visitadora. Em 1893, tendo sido criada a nova Visitadoria do Brasil, Madre Emilia Borgna voltou ao Uruguai e no dia 15 de outubro, Dom Lasagna apresentou “a Visitadora do Brasil na pessoa da Reverenda Madre Teresa Rinaldi”. A festa de Santa Teresa, no dia 15 de outubro de 1895, em Araras, em homenagem a Madre Teresa Rinaldi contou com a presença de vários sacerdotes e do próprio Lasagna. Poucos dias depois, a Visitadora partia para Minas Gerais com a expedição organizada por Dom Lasagna para fundação de Casas naquele Estado. Tanto ela como o prelado foram vítimas do desastre ocorrido em Juiz de Fora a 05 de novembro de 1895. Com a morte de Madre Rinaldi, a Irmã Ana Masera, mestra das noviças, foi designada como diretora interina do Colégio do Carmo. Na época do acidente, Don Luis Lasagna estava em tratativas para a fundação da Obra das FMA no Estado de Minas Gerais; assim sendo, tal Obra só foi iniciada no ano de 1896 com a fundação da Santa Casa de Ouro Preto e do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora de Ponte Nova.

A NOVA CONFIGURAÇÃO DAS INSPETORIAS DAS FMA NO BRASIL

A organização das presenças salesianas é dividida em províncias, ou inspetorias como são nomeadas no Brasil. Na introdução do terceiro volume de “As Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil: cem anos de História”, Riolando Azzi (2003) afirma que as décadas de 40 e 50 são marcadas pela expansão das obras das Salesianas, por todo o território nacional. Essa expansão provoca uma nova organização territorial nas Obras por meio da criação de Inspetorias:

Inspetoria Imaculada Auxiliadora – Campo Grande – 1941;

Inspetoria Maria Auxiliadora – Recife – 1941;

Inspetoria Madre Mazzarello – Belo Horizonte – 1948;

Inspetoria Laura Vicuña – Manaus – 1961;

Inspetoria Nossa Senhora Aparecida – Porto Alegre – 1967;

Inspetoria Nossa Senhora da Penha – Rio de Janeiro – 1984;

Inspetoria – Nossa Senhora da Paz – Cuiabá – 1993;

Inspetoria Santa Teresinha – Manaus – 2005.

Em 02 de fevereiro de 2021, com a intenção de ressignificar o carisma e qualificar ainda mais a presença e missão das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) no Brasil, as nove Inspetorias das Irmãs Salesianas unificaram-se em quatro novas inspetorias: Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia, Inspetoria Maria AuxiliadoraInspetoria Madre Mazzarello e Inspetoria Nossa Senhora Aparecida.

Atualmente, as Inspetoras de cada inspetoria são:

Ir.Maria Carmelita de Lima Conceição - Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia

Ir. Maria Adriana Gomes da Silva - Inspetoria Maria Auxiliadora 

Ir. Teresinha Ambrosim - Inspetoria Madre Mazzarello

Ir. Alaide Deretti - Inspetoria Nossa Senhora Aparecida

 

MEMORIAL DAS FILHAS DE MARIA AUXILIADORA 

Em março de 2019, foi o Memorial “Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil”, localizado na Casa do Puríssimo Coração de Maria (Antigo Orfanato), em Guaratinguetá (SP). O “Orfanato”, como é conhecido por todos, foi inaugurado por Monsenhor João Filippo, em 1923 e hoje abriga a história das FMA. O memorial conta com um acervo riquíssimo em detalhes e promove uma experiência sensorial que registra a história de maneira afetiva, cultural e religiosa.

“O Memorial oferece aos visitantes a possibilidade de fazer a experiência de uma imersão no carisma das FMA, percorrendo a sucessão histórica dos fatos contextualizados dentro da História da Igreja e do Brasil, e sucessivamente nas 4 salas temáticas onde aprofundamos a experiência carismática, sua expansão na América e no mundo, o impacto da ação educativa evangelizadora das Irmãs na sociedade Brasileira e o segredo deste impulso apostólico. A experiência termina com uma romaria até Aparecida, passando antes por Guaratinguetá, onde fazemos Memória de Monsenhor João Filippo no mesmo local onde ele viveu seus últimos 3 anos e onde veio a falecer. Terminamos na sala dos Romeiros onde o visitante tem uma visão das metas de peregrinações de Aparecida a Cachoeira Paulista. Entre estas 47 metas está a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, na entrada da Casa do Puríssimo Coração de Maria, a casa onde nasceu o 1º santo brasileiro, Frei Antonio de Santana Galvão e, finalmente, o grande Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Na capela o visitante pode visitar o mausoléu onde repousam os restos mortais de Monsenhor João Filippo e os restos mortais da Madre Teresa Rinaldi, das 3 FMA e da leiga todas mortas no desastre ferroviário de Juiz de Fora, como também os restos mortais de Madre Emilia Borgna, missionária italiana e 1ª Inspetora do Brasil.
Além desta experiência carismática, o Memorial realiza seminários on-line para animar e qualificar nas Irmãs e colaboradores o gosto pelo registro histórico e, em colaboração com a ACSSA, ajudar as cronistas e secretárias a melhorarem a escritura das Crônicas das casas. O próximo seminário será sobre a organização, identificação e conservação das fotos existentes nas Casas. No Memorial está sendo montada uma sala que contará e História e evolução da comunicação em nossas obras. Existe também uma biblioteca histórica que estamos organizando com a Ir. Analia Luberti. O Memorial participa também de um Projeto Formativo, em nível mundial, que visa animar a dimensão missionária nas FMA, nos colaboradores e jovens. Trata-se do Projeto de Espiritualidade Missionária (PEM). Reunimos grupos de Irmãs e leigos que visitam os primeiros lugares onde chegaram as missionárias e os missionários salesianos na América. Esse Projeto contempla 4 percursos: 1º: Bacia do Prata que visita nossas primeiras fundações na América: Uruguay e Buenos Aires. 2º: percurso: Patagônia norte (Bahia Blanca, onde estão os restos mortais de Laura Vicuña), Viedma, sede episcopal de Dom Cagliero e onde viveu e se santificou Artemide Zatti e Carmen de Patagones, primeira presença nossa na Patagônia, visita à terra natal de Zeferino Namucurá, e terminamos nas Cordilheiras dos Andes em Jinin de los Andes onde viveu e se santificou Laura Vicuña. 3º: Patagônia sul (Puntarenas, Estreito de Magalhães, Terra do Fogo). 4º: Brasil: São Paulo, Guaratinguetá, Aparecida.Rio de Janeiro, Juiz de Fora”, comenta a Curadora do Memorial, Ir. Dulce Hirata.

Confira o vídeo com um tour pelo Memorial e alguns depoimentos de quem já o visitou. Clique aqui.

   

Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil, com informações de salesianas.org.br

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A voz de alguns jovens de diversas realidades salesianas, que partilharam suas reflexões em resposta ao convite do Santo Padre para a JMJ deste ano — uma mensagem que ressoa no seu caminho como “peregrinos de esperança” e reforça seu compromisso em construir um mundo de paz: Peregrinos de esperança Aishwarya Augustina Toppo – Índia: Ser uma peregrina de esperança, para mim, significa caminhar pela vida com fé e confiança, mesmo quando parece incerto. É escolher ver a luz nas situações que aparecem obscuras e inspirar outros a fazer o mesmo. Cada dia procuro viver tudo isso mostrando gentileza, enfrentando com paciência as dificuldades e acreditando que Deus tem um desígnio para cada passo do meu caminho. Como peregrina, talvez não tenha todas as respostas, mas caminho com esperança, sabendo que sou guiada pelo amor de Deus. 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É cada vez mais necessário ter um olhar atento para o irmão: levar uma mensagem de perdão e amor pode fazer a diferença, seguindo assim o convite de anunciar o Evangelho e doar esperança. Cada novo dia é uma nova oportunidade para fazer o bem e difundir com as ações a Palavra, porque as palavras convencem, mas o exemplo arrasta. Amigos de Jesus Délia Rodriguez – Panamá: Posso aprofundar minha amizade com Jesus através da oração quotidiana, no colóquio com Ele como um amigo, confiando todos os dias minhas dores e alegrias. Além disso, praticando a gentileza, a paciência e a escuta para com o próximo. Assim, posso ser uma pessoa de luz e esperança no meio daqueles que precisam de mim. Aishwarya Augustina Toppo – Índia: Para aprofundar minha amizade com Jesus, procuro dedicar-Lhe tempo na oração, no silêncio e na reflexão. Falo-Lhe como a um amigo íntimo, compartilhando minhas preocupações, alegrias e sonhos. 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Ser um cristão “de fatos” é uma das bases para construir a unidade numa comunidade. Minha fé me dá o sentido e a motivação para servir. Vivendo-a com alegria, dialogando com razoabilidade e estando próximo dos outros com gentileza, estou semeando a semente da paz que Dom Bosco nos ensinou. Ser testemunha para os outros, para que esse exemplo possa, por sua vez, ajudar qualquer um a ser. Aishwarya Augustina Toppo – Índia: Como jovem, acredito que a paz começa da forma como nos tratamos uns aos outros. Posso contribuir para construir a paz em minha comunidade fazendo-me ponte entre as pessoas, escutando, compreendendo as diferenças e opondo-me à negatividade ou às fofocas. Quer se trate de promover a gentileza no meu grupo, apoiar quem está necessitado ou difundir positividade nas redes sociais, cada pequeno gesto contribui para criar um maior espírito de unidade. Quando escolho a paz em minhas palavras e ações, ela lentamente se multiplica no mundo que me rodeia. 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39ª e 40ª Assembleias Extraordinárias da CISBRASIL fortalecem unidade inspetorial e prioridades da missão salesiana no Brasil

Realizada no dia 20 de novembro, na sede da Rede Salesiana Brasil (RSB), em Brasília, a 31ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência Interinspetorial dos Salesianos de Dom Bosco (CISBRASIL) reuniu os inspetores SDB de todo o país para um momento de reflexão, avaliação e direcionamento da missão salesiana no Brasil. Ao falar sobre o encontro, o Pe. Ricardo Carlos, Presidente da CISBRASIL, nos falou que “a assembleia semestral é um grande momento para avaliarmos os projetos deliberados e aprovados na assembleia anterior, encontrarmos os membros inspetores e coordenadores das pastorais juvenil, de formação e pastoral (paróquias e santuários)”. Ele completou que o encontro é uma oportunidade dos Salesianos de Dom Bosco olharem sistematicamente todas as frentes de trabalho da ação Educativo-pastoral Salesiana.  Estiveram presentes o Pe. Hector Gabriel Romero, Conselheiro Regional para a América Cone-Sul, o Pe. Ricardo Carlos, Presidente da CISBRASIL e Inspetor da Inspetoria São João Bosco (BBH) e o Pe. Sergio Augusto Baldin, Secretário Executivo da CISBRASIL. Os inspetores de cada região também participaram, reforçando a unidade entre as inspetorias: Inspetor Interino da Inspetoria Santo Afonso Maria de Ligório - Pe. Ademir de Lima Oliveira Inspetoria São Domingos Sávio (BMA) – Pe. Felipe Robert Jean Bauziere; Inspetoria São Pio X (BPA) – Pe. Ademir Ricardo Cwendrych; Inspetoria São Luiz Gonzaga (BRE) – Pe. Francisco Inácio Vieira Júnior; Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora (BSP) – Pe. Alexandre Luís de Oliveira. O encontro retomou temas estratégicos, como formação inicial e permanente, comunicação, sustentabilidade vocacional e integração das presenças inspetoriais. Inspirados pelo espírito de Dom Bosco, os inspetores direcionaram seus esforços para consolidar ações conjuntas que impactem diretamente o trabalho educativo e evangelizador nas obras salesianas. A assembleia também reforçou a importância da unidade interinspetorial, da leitura dos sinais dos tempos e da colaboração mútua entre regiões, garantindo que a missão chegue com qualidade e alegria aos jovens, especialmente os mais vulneráveis. A CISBRASIL encerra sua 31ª edição renovando o compromisso com uma presença educativa, fraterna e evangelizadora que responda aos desafios atuais, sempre “com o coração de Dom Bosco”.   Comunicação da Rede Salesiana Brasil

33ª Assembleia Geral da CIB reforça sinodalidade e compromisso educativo das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil

A sede da Rede Salesiana Brasil, em Brasília, acolheu no dia 20 de novembro a 33ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência das Inspetorias das Filhas de Maria Auxiliadora (CIB), reunindo as inspetoras FMA para um encontro marcado pela comunhão, escuta e sólida visão educativa-pastoral. Irmã Alaíde, ao falar da importância da realização da assembleia, ressaltou que “esta edição possui um marco importante: ter presente em nossa reunião a Ir. Paola Battagliola - Delegada referente da CIB e integrante do Conselho Geral das Filhas de Maria Auxiliadora, e podermos fazer nossa reflexão à luz da figura profética de Santa Maria Troncatti”. Durante a assembleia, foram analisados os principais projetos interinspetoriais, bem como temas prioritários para a vida e missão das comunidades FMA no país: formação inicial e permanente, pastoral juvenil, sustentabilidade das obras, protagonismo das juventudes e atuação conjunta em rede. Estiveram presentes das inspetoras de cada região: Inspetoria Nossa Senhora Aparecida: Ir. Alaíde Deretti - Inspetora e Presidente da CIB; Inspetoria Maria Auxiliadora: Ir. Ir Maria Américo Rolim - Inspetora; Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia: Ir. Maria Carmelita de Lima Conceição - Inspetora; Inspetoria Madre Mazzarello: Ir. Teresinha Ambrosim - Inspetora E como participantes, estiveram presentes:   Ir Paola Batagliolla - Referente da CIB – Conselho Geral – Roma; Ir Maria Ivone Ranghett - Vice- inspetora da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida; Ir. Raquielle Casimiro - Inspetoria Maria Auxiliadora – BRE; Ir Silvia Aparecida da Silva – Secretária executiva de CIB. Marcado por um ambiente de espiritualidade e discernimento, o encontro destacou o compromisso das FMA em promover uma educação integral e evangelizadora, em sintonia com as urgências do tempo presente e com a inspiração de Madre Mazzarello. A 33ª edição da CIB encerrou-se com renovado impulso missionário, reforçando a convicção de que a presença educativa das Filhas de Maria Auxiliadora continua sendo sinal de esperança para milhares de crianças, adolescentes e jovens em todo o Brasil. Comunicação da Rede Salesiana Brasil

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