Jubileu dos Jovens será realizado em Aparecida de 3 a 6 de setembro

O Jubileu dos Jovens, promovido pela Comissão Episcopal para a Juventude CNBB, integra as celebrações do Ano Santo com o tema “Peregrinos da Esperança”

O Maior Santuário Mariano do Brasil, em Aparecida, SP, será o principal destino da juventude brasileira, entre os dias 3 e 6 de setembro de 2025, durante o Jubileu dos Jovens.

A iniciativa busca reunir jovens de todas as regiões do país em um caminho de fé, comunhão e formação. As atividades ocorrerão no auditório do Santuário Nacional de Aparecida e no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida.

A programação do evento inclui encontros formativos, seminário de comunicação e a tradicional Romaria Nacional da Juventude, no Santuário Nacional.

Encontro nacional de lideranças - A programação começa no dia 3 com o Encontro Nacional de Responsáveis Diocesanos, Assessores e Líderes Jovens (RDJ2025), que segue até 5 de setembro.

A atividade será realizada no auditório do subsolo do Santuário Nacional. O objetivo é oferecer espaço de formação, escuta e planejamento conjunto entre as lideranças que atuam na pastoral juvenil em nível diocesano.

Durante os três dias, os participantes refletirão sobre os desafios da evangelização da juventude, a sinodalidade na ação pastoral e o papel dos jovens no contexto social e eclesial. A programação incluirá momentos de espiritualidade, oficinas e partilha de experiências regionais.

Seminário de Comunicação -  No dia 5 de setembro, ocorrerá o RISE UP: 3º Seminário de Jovens Comunicadores, também no auditório do subsolo. Voltado aos jovens que atuam com comunicação social (mídias sociais, jornalismo, designer, etc) e evangelização digital, o encontro pretende formar jovens comprometidos com a comunicação ética e evangelizadora, em sintonia com as diretrizes da Igreja.

As atividades do seminário abordarão temas como produção de conteúdo, redes sociais, inteligência artificial e missão digital.

Romaria Nacional da Juventude - O ponto alto do Jubileu será no sábado, 6 de setembro, com a Romaria Nacional da Juventude. A expectativa é reunir milhares de jovens de diversas dioceses para um dia de celebração e testemunho da fé, marcado por missas, momentos de oração, catequeses e atividades culturais.

A programação se concentrará no Centro de Eventos do Santuário Nacional, com procissão ao longo da esplanada. A Romaria é considerada a maior expressão da unidade da juventude católica brasileira.

Participação e inscrições - As inscrições estão abertas em: app.ciaticket.com.br/evento/jubileu-das-juventudes-03-09-2025-1127. Cada diocese é incentivada a organizar caravanas.

Caminho sinodal e compromisso com a esperança - O Jubileu dos Jovens é parte do caminho sinodal da Igreja, que convida todos os fiéis a viverem a esperança como virtude cristã e compromisso com a transformação da realidade. Para a juventude, trata-se de uma oportunidade de renovar a fé, assumir o protagonismo juvenil e aprofundar a identidade como discípulos missionários.

Em Aparecida, os jovens serão acolhidos na Casa da Mãe, confiando à intercessão de Nossa Senhora os desafios e esperanças.

Fonte: Jovens Conectados - CNBB

Reflexão sobre a mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais

Comunicar a esperança em tempos de crise

Reflexão sobre a mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais.
 

Miral Atik - Patriarcado Latino de Jerusalém

Em um momento em que a guerra, a divisão e o sofrimento atravessam a Terra Santa, a mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais – celebrado no dia 1º de junho, domingo antes de Pentecostes – chega como um apelo urgente: “Compartilhem com mansidão a esperança que há em seus corações” (1 Pedro 3, 15-16). As palavras do Papa ressoam com um profundo significado pastoral e profético, convidando todos os cristãos – não apenas aqueles que trabalham na mídia – a refletir sobre como usamos a comunicação social. É um instrumento de paz ou mais um combustível para os conflitos?

Uma palavra de esperança entre os ruídos da guerra

Em sua mensagem, publicada em 24 de janeiro de 2025, o Papa Francisco nos convida a nos tornarmos “comunicadores de esperança”, enraizados em Cristo, “o comunicador perfeito” [1], e nos adverte contra uma comunicação que alimenta o medo, o ódio ou o desespero, uma retórica que desumaniza e divide.

“A esperança é um risco que vale a pena correr”, escreve. “É uma virtude escondida, tenaz e paciente”. Mas a esperança – insiste -, deve ser comunicada com verdade, reverência e compaixão.

De Emaús a Gaza: Que tipo de comunicadores somos?

A pergunta do Papa ressoa com força em uma terra onde uma única imagem pode acender chamas de raiva e uma única palavra pode consolar um coração partido: “Que tipo de comunicação praticamos?”.

Ele compara o comunicador cristão àquele que peneira o ouro entre os grãos de areia.

Em uma terra marcada por histórias dolorosas, os comunicadores são chamados a contar histórias de esperança, não para embelezar a realidade, mas para revelar a beleza que habita também nas trevas. O Papa Francisco destaca três traços essenciais da comunicação cristã, inspirados na Primeira Carta de Pedro:

Escolher ver o bem mesmo quando tudo parece perdido, graças ao dom do Espírito Santo.

Devemos estar prontos para explicar o motivo da nossa esperança: Cristo mesmo.

Devemos falar com doçura e respeito, não com agressividade ou medo.

O Cristo ressuscitado na estrada de Emaús nos ofereceu um modelo de verdadeira comunicação, que começa com a escuta. Jesus primeiro caminhou ao lado dos discípulos em sua confusão e dor, ouvindo pacientemente suas dores antes de reacender suavemente sua esperança. Da mesma forma, somos chamados a caminhar com os outros, começando não com palavras, mas com a presença. Ao partilhar histórias de coragem, misericórdia e fé resistente, não gritamos a esperança ao mundo, mas despertamo-la silenciosamente, através de um testemunho compassivo. O Papa Francisco exorta-nos a contar histórias que descubram a beleza e a luz num mundo oprimido pelo sofrimento, narrativas que aprofundem a nossa humanidade partilhada.

Do coração: Uma comunicação que cura

O Papa imagina um estilo de comunicação que nos torne “companheiros de viagem”, caminhando juntos nos momentos difíceis, semeando esperança enraizada na misericórdia, em vez de no medo ou na raiva. Este tipo de comunicação, especialmente em um período de guerra e divisão, é um ato profético: aproxima os corações, revela o bem silencioso que se manifesta mesmo no sofrimento e favorece a unidade em vez da divisão. Esta comunicação resiste à redução das pessoas a slogans ou ideologias. Abraça a sua humanidade e promove a beleza e a solidariedade. Não é guiada por reações instintivas, mas pelo amor, que transforma as palavras em instrumentos de cura.

Fala de uma comunicação que brota de corações fundados em Cristo, criando laços de comunhão em vez de muros de isolamento. Esta visão é particularmente urgente na Terra Santa, onde as histórias de esperança são uma âncora de salvação e cada palavra pode reabrir feridas ou começar a curá-las.

Os cristãos como testemunhas nos meios de comunicação

A todos os cristãos da Terra Santa – clero, jovens, jornalistas, pais e estudantes – a sua voz é importante. Numa terra onde cada palavra ressoa em corações frágeis, escolham o amor. Numa região frequentemente dominada pelo desespero, escolham falar de esperança. E num mundo habituado à indignação, ousem ser gentis.

Podemos ser narradores de esperança, lembrando ao mundo que mesmo nas trevas Cristo caminha conosco e nossas palavras podem se tornar instrumentos de sua paz. Compartilhemos essa esperança - com fidelidade, coragem e ternura - do coração da Terra Santa até os confins do mundo.

Como cristão da Terra Santa, escrevi este artigo como reflexão sobre o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais, em resposta ao convite do Dicasterio para a Comunicação Social para contribuir a compartilhar e promover a mensagem do Papa Francisco: “Compartilhem com mansidão a esperança que há em seus corações” (cf. 1 Pedro 3, 15-16).

[1] “communio et progressio” sobre os meios de comunicação social, redigida por ordem do Concílio Vaticano II, parágrafo 11.

Fonte: Vatican News

59º dia mundial das comunicações sociais

Mensagem de sua santidade Papa Francisco para o LIX dia mundial das comunicações sociais

Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações (cf. 1 Pd 3,15-16)

Queridos irmãos e irmãs! Neste nosso tempo marcado pela desinformação e pela polarização, no qual alguns centros de poder controlam uma grande massa de dados e de informações sem precedentes, dirijo-me a vós consciente do quanto, hoje mais do que nunca, é necessário o vosso trabalho de jornalistas e comunicadores. Precisamos do vosso compromisso corajoso em colocar no centro da comunicação a responsabilidade pessoal e coletiva para com o próximo.

Ao pensar no Jubileu que estamos a celebrar como um período de graça em tempos tão conturbados, com esta Mensagem gostaria de vos convidar a ser comunicadores de esperança, começando pela renovação do vosso trabalho e missão segundo o espírito do Evangelho.

Desarmar a comunicação

Hoje em dia, com demasiada frequência, a comunicação não gera esperança, mas sim medo e desespero, preconceitos e rancores, fanatismo e até ódio. Muitas vezes, simplifica a realidade para suscitar reações instintivas; usa a palavra como uma espada; recorre mesmo a informações falsas ou habilmente distorcidas para enviar mensagens destinadas a exaltar os ânimos, a provocar e a ferir. Já várias vezes insisti na necessidade de “desarmar” a comunicação, de a purificar da agressividade. Nunca dá bom resultado reduzir a realidade a slogans. Desde os talk shows televisivos até às guerras verbais nas redes sociais, todos constatamos o risco de prevalecer o paradigma da competição, da contraposição, da vontade de dominar e possuir, da manipulação da opinião pública.

Há ainda um outro fenómeno preocupante: poderíamos designá-lo como a “dispersão programada da atenção” através de sistemas digitais que, ao traçarem o nosso perfil de acordo com as lógicas do mercado, alteram a nossa percepção da realidade. Acontece, portanto, que assistimos, muitas vezes impotentes, a uma espécie de atomização dos interesses, o que acaba por minar os fundamentos do nosso ser comunidade, a capacidade de trabalhar em conjunto por um bem comum, de nos ouvirmos uns aos outros, de compreendermos as razões do outro. Parece que, para a afirmação de si próprio, seja indispensável identificar um “inimigo” a quem atacar verbalmente. E quando o outro se torna um “inimigo”, quando o seu rosto e a sua dignidade são obscurecidos de modo a escarnecê-lo e ridicularizá-lo, perde-se igualmente a possibilidade de gerar esperança. Como nos ensinou D. Tonino Bello, todos os conflitos «encontram a sua raiz no desvanecer dos rostos» [1]. Não podemos render-nos a esta lógica.

Na verdade, ter esperança não é de todo fácil. Georges Bernanos dizia que «só têm esperança aqueles que ousaram desesperar das ilusões e mentiras nas quais encontravam segurança e que falsamente confundiam com esperança. [...] A esperança é um risco que é preciso correr. É o risco dos riscos» [2]. A esperança é uma virtude escondida, pertinaz e paciente. No entanto, para os cristãos, a esperança não é uma escolha, mas uma condição imprescindível. Como recordava Bento XVI na Encíclica Spe salvi, a esperança não é um otimismo passivo, antes pelo contrário, é uma virtude “performativa”, capaz de mudar a vida: «Quem tem esperança, vive diversamente; foi-lhe dada uma vida nova» (n. 2).

Dar com mansidão a razão da nossa esperança

Na Primeira Carta de São Pedro (cf. 3, 15-16), encontramos uma síntese admirável na qual se relacionam a esperança com o testemunho e a comunicação cristã: «no íntimo do vosso coração, confessai Cristo como Senhor, sempre dispostos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la peça; com mansidão e respeito». Gostaria de me deter em três mensagens que podemos extrair destas palavras.

«No íntimo do vosso coração, confessai Cristo como Senhor». A esperança dos cristãos tem um rosto: o rosto do Senhor ressuscitado. A sua promessa de estar sempre connosco através do dom do Espírito Santo permite-nos esperar contra toda a esperança e ver, mesmo quando tudo parece perdido, as escondidas migalhas de bem.

A segunda mensagem pede-nos para estarmos dispostos a dar razão da nossa esperança. É interessante notar que o Apóstolo convida a dar conta da esperança «a todo aquele que vo-la peça». Os cristãos não são, antes de mais, aqueles que “falam” de Deus, mas aqueles que fazem ressoar a beleza do seu amor, uma maneira nova de viver cada pequena coisa. É o amor vivido que suscita a pergunta e exige uma resposta: porque é que viveis assim? Porque é que sois assim?

Por fim, na expressão de São Pedro encontramos uma terceira mensagem: a resposta a este pedido deve ser dada “com mansidão e respeito”. A comunicação dos cristãos – e eu diria até a comunicação em geral – deve ser feita com mansidão, com proximidade: eis o estilo dos 2 companheiros de viagem, na peugada do maior Comunicador de todos os tempos, Jesus de Nazaré, que ao longo do caminho dialogava com os dois discípulos de Emaús, fazendo-lhes arder os corações através do modo como interpretava os acontecimentos à luz das Escrituras.

Por isso, sonho com uma comunicação que saiba fazer de nós companheiros de viagem de tantos irmãos e irmãs nossos para, em tempos tão conturbados, reacender neles a esperança. Uma comunicação que seja capaz de falar ao coração, de suscitar não reações impetuosas de fechamento e raiva, mas atitudes de abertura e amizade; capaz de apostar na beleza e na esperança mesmo nas situações aparentemente mais desesperadas; de gerar empenho, empatia, interesse pelos outros. Uma comunicação que nos ajude a «reconhecer a dignidade de cada ser humano e a cuidar juntos da nossa casa comum» (Carta enc. Dilexit nos, 217).

Sonho com uma comunicação que não venda ilusões ou medos, mas seja capaz de dar razões para ter esperança. Martin Luther King disse: «Se eu puder ajudar alguém enquanto caminho, se eu puder alegrar alguém com uma palavra ou uma canção... então a minha vida não terá sido vivida em vão» [3]. Para isso, precisamos de nos curar da “doença” do protagonismo e da autorreferencialidade, evitar o risco de falarmos de nós mesmos: o bom comunicador faz com que quem ouve, lê ou vê se torne participante, esteja próximo, possa encontrar o melhor de si e entrar com estas atitudes nas histórias contadas. Comunicar deste modo ajuda a tornarmo-nos “peregrinos de esperança”, como diz o lema do Jubileu.

Esperar juntos

A esperança é sempre um projeto comunitário. Pensemos, por um momento, na grandeza da mensagem deste ano de graça: estamos todos – realmente todos! – convidados a recomeçar, a deixar que Deus nos reerga, nos abrace e inunde de misericórdia. E entrelaçadas com tudo isto estão a dimensão pessoal e a dimensão comunitária. É em conjunto que nos pomos a caminho, peregrinamos com tantos irmãos e irmãs, e, juntos, atravessamos a Porta Santa.

O Jubileu tem muitas implicações sociais. Pensemos, por exemplo, na mensagem de misericórdia e esperança para quem vive nas prisões, ou no apelo à proximidade e à ternura para com os que sofrem e estão à margem. O Jubileu recorda-nos que todos os que se tornam construtores da paz «serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9). E, deste modo, abre-nos à esperança, aponta-nos a necessidade de uma comunicação atenta, amável, refletida, capaz de indicar caminhos de diálogo. Encorajo-vos, portanto, a descobrir e a contar tantas histórias de bem escondidas por detrás das notícias; a imitar aqueles exploradores de ouro que, incansavelmente, peneiram a areia em busca duma pequeníssima pepita. É importante encontrar estas sementes de esperança e dá-las a conhecer. Ajuda o mundo a ser um pouco menos surdo ao grito dos últimos, um pouco menos indiferente, um pouco menos fechado. Que saibais sempre encontrar as centelhas de bem que nos permitem ter esperança. Este tipo de comunicação pode ajudar a tecer a comunhão, a fazer-nos sentir menos sós, a redescobrir a importância de caminhar juntos.

Não esqueçais o coração

Queridos irmãos e irmãs, perante as vertiginosas conquistas da técnica, convido-vos a cuidar do coração, ou seja, da vossa vida interior. O que é que isto significa? Deixo-vos algumas pistas.

Sede mansos e nunca esqueçais o rosto do outro; falai ao coração das mulheres e dos homens ao serviço de quem desempenhais o vosso trabalho.

Não permitais que as reações instintivas guiem a vossa comunicação. Semeai sempre esperança, mesmo quando é difícil, quando custa, quando parece não dar frutos.

Procurai praticar uma comunicação que saiba curar as feridas da nossa humanidade.

Daí espaço à confiança do coração que, como uma flor frágil mas resistente, não sucumbe no meio das intempéries da vida, mas brota e cresce nos lugares mais inesperados: na esperança das mães que rezam todos os dias para rever os seus filhos regressar das trincheiras de um conflito; na esperança dos pais que emigram, entre inúmeros riscos e peripécias, à procura de um futuro melhor; na esperança das crianças que, mesmo no meio dos escombros das guerras e nas ruas pobres das favelas, conseguem brincar, sorrir e acreditar na vida.

Sede testemunhas e promotores de uma comunicação não hostil, que difunda uma cultura do cuidado, construa pontes e atravesse os muros visíveis e invisíveis do nosso tempo.

Contai histórias imbuídas de esperança, tomando a peito o nosso destino comum e escrevendo juntos a história do nosso futuro.

Tudo isto podeis e podemos fazê-lo com a graça de Deus, que o Jubileu nos ajuda a receber em abundância. Por isto, rezo por cada um de vós e pelo vosso trabalho, e vos abençoo.

Roma, São João de Latrão, na Memória de São Francisco de Sales, 24 de janeiro de 2025

Francisco

[1] “La pace come ricerca del volto”, in Omelie e scritti quaresimali, Molfetta 1994, 317.

[2] Georges Bernanos, La liberté, pour quoi faire?, Paris 1995.

[3] Sermão“ The Drum Major Instinct”, 4 de fevereiro de 1968.

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[SDB] A Congregação Salesiana saúda o Papa Leão XIV, Farol de Esperança para a Igreja

Com mui jubilosa e grata alegria, a Congregação Salesiana acolhe a eleição do Papa Leão XIV, Robert Francis Prevost, como 267º Sucessor de São Pedro.

Da Varanda da Basílica do Príncipe dos Apóstolos, suas primeiras palavras - “A paz esteja convosco. Deus ama a todos!” - ressoaram nos corações dos Fiéis de todo o Mundo. Missionário por vocação, filho de Santo Agostinho e Ex-Prefeito do Dicastério para os Bispos, o Papa Leão XIV traz humildade, serenidade, proximidade pastoral ao seu novo ministério.

Eleito por 133 cardeais de todos os Continentes, suas raízes abrangem a França, a Itália, a Espanha e as Américas. A escolha do nome Leão recorda Leão XIII, pioneiro da doutrina social da Igreja. Saudou o mundo em italiano, espanhol e latim, convidando todos à unidade, à oração, ao serviço.

Em nome da Congregação Salesiana e de toda a Família Salesiana, o Reitor-Mor dirige sinceros votos ao Santo Padre no início de seu pontificado. Em sua Mensagem, o Reitor-Mor assegura ao novo Papa a nossa devoção e orações, pedindo ao Espírito Santo que o guie com sabedoria e força, para que seu Ministério seja um farol de esperança, unidade e paz tanto para a Igreja quanto para o Mundo.

Seguindo o exemplo de Dom Bosco, reafirmamos que todo o empenho é pouco quando se trata da Igreja e do Papado, confiando o Papa Leão XIV a Maria SS. Auxiliadora.

«Ad multos anos!», Santo Padre!

 Acesse a carta nos links abaixo:

Fonte: Agência Info Salesiana

Conheça os cardeais salesianos que participam do Conclave com direito a voto

Na próxima quarta-feira, dia 7 de maio, terá início o Conclave – a reunião dos cardeais da Igreja Católica que vão eleger o novo Papa. Participam como eleitores 133 cardeais, entre os quais estão cinco salesianos. Saiba mais sobre cada um deles
 

 

Cardeal Ángel Fernández Artime

Pró-Prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

Ángel Fernández Artime foi criado cardeal pelo Papa Francisco em 9 de julho de 2023, e recebeu o barrete e o anel cardinalício no Consistório Público Ordinário de 30 de setembro do mesmo ano. O Reitor-Mor emérito dos Salesianos e X sucessor de Dom Bosco esteve à frente da Congregação Salesiana por dez anos, e renunciou ao cargo, de forma programada, em 16 de agosto de 2024, para cumprir os compromissos assumidos junto à Cúria Romana. Foi a primeira vez na história que um Reitor-Mor dos Salesianos de Dom Bosco foi elevado ao Cardinalato, antes mesmo de se tornar bispo, o que gerou em toda a Família Salesiana um profundo sentimento de gratidão.

 

 

Cardeal Cristóbal López Romero

Arcebispo de Rabat, Marrocos.

O Papa Francisco impôs a barrete e entregou o anel ao Cardeal Cristóbal López Romero, Arcebispo de Rabat, durante o Consistório de 5 de outubro de 2019. Na sua homilia, o Papa sublinhou o testemunho da compaixão do Cardeal López Romero diante da generalização da indiferença que marca a nossa sociedade. Por ocasião da sua nomeação, sempre com uma atitude de humildade, López Romero comentou: “Com esta nomeação o Papa torna visível a pequena Igreja do Norte da África, quase desconhecida pela Igreja universal; e fortalece o diálogo inter-religioso islâmico-cristão”. Como 18º salesiano, em ordem cronológica, a ser admitido entre os cardeais da Igreja Católica, o espanhol Cristóbal López Romero serviu o Povo de Deus em três continentes (Europa, América do Sul e África) e sempre dedicou a sua voz e a sua autoridade aos direitos dos mais fracos, no verdadeiro estilo salesiano.

 

 

Cardeal Daniel F. Sturla Berhouet

Arcebispo de Montevidéu, Uruguai.

O segundo salesiano a ser criado cardeal pelo Papa Francisco foi o uruguaio Daniel Fernando Sturla Berhouet, em 14 de fevereiro de 2015. Estudioso e professor, com um histórico de funções de governo também em sua Inspetoria de origem, teve diversas funções em vários órgãos da Cúria Romana. Por seu serviço à Igreja, o Papa Francisco nomeou-o membro dos Dicastérios para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos; para a Evangelização; para a Pontifícia Comissão para a América Latina; e para o Departamento de Administração do Patrimônio da Sé Apostólica.

 

 

Cardeal Charles Maung Bo

Arcebispo de Yangon, Mianmar.

O Cardeal Charles Maung Bo é o guia da pequena minoria católica (1% da população) de Mianmar, e uma voz ativa pela paz no país. No final de março, quando Mianmar foi atingido por um terremoto devastador, solicitou um cessar-fogo à junta militar – que se encontra no poder desde o golpe militar de 2021 – para facilitar a distribuição de ajuda humanitária. Exerceu dois mandatos como Presidente da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas, e destacou recentemente a “intensa estima” do Papa Francisco pelos povos asiáticos e seu amor pelo oprimido povo de Mianmar. Criado cardeal no consistório de 14 de fevereiro de 2015, Charles Maung Bo foi o primeiro cardeal birmanês da história da Igreja. Defensor dos pobres, com voz ecumênica de grande importância, o Cardeal Bo é um pastor salesiano que sempre esteve empenhado pela paz e harmonia num país que viveu e ainda vive difíceis situações de conflito.

 

Cardeal Virgílio do Carmo da Silva

Arcebispo de Díli, Timor Leste.

Nomeado pelo Papa Francisco, o Cardeal Virgílio do Carmo da Silva é um dos membros mais jovens do Colégio de Cardeais (57 anos). Em 11 de setembro de 2019, o Papa Francisco erigiu a Província Eclesiástica de Timor-Leste e elevou a Diocese de Díli a Arquidiocese, sendo Dom Virgílio do Carmo da Silva o seu primeiro Arcebispo Metropolitano. No dia 29 de maio de 2022, no final do ‘Regina Caeli’, o Papa Francisco anunciou sua elevação a cardeal, que ocorreu no Consistório do dia 27 de agosto seguinte. Assim, o salesiano Virgílio do Carmo da Silva foi o primeiro cidadão de Timor-Leste a ser nomeado cardeal. O Timor Leste é um dos poucos países da Ásia de maioria cristã. Estima-se que os católicos representem 97% da população, e é relevante observar que, por ocasião da visita do Papa Francisco ao país, em setembro de 2024, cerca de 600 mil pessoas - de um total de 1,3 milhão de habitantes - saíram às ruas para saudar o Vigário de Cristo.

 

[CG29] Encerramento dos trabalhos de Turim: aprovado o documento final, continua o caminho com Maria

 A conclusão espiritual do Capítulo Geral 29 (CG29) dos Salesianos de Dom Bosco será marcada pela Concelebração Eucarística dos Capitulares no Vaticano e a Passagem pela Porta Santa. A coincidência do término antecipado do sexênio 2020 com este Jubileu (outro "sinal") justifica a localização das últimas horas do Evento Salesiano em Roma.

Com uma organização impecável (o transporte de aproximadamente 250 pessoas de Turim para a Capital, com muitas malas devido aos dois meses de ausência das próprias Casas) e uma calorosa recepção nos diversos locais (São Calisto, Pio XI, Bufalotta, UPS e Sede Central Salesiana), os participantes de diversas funções do Capítulo (cerca de 250 entre inspetores, delegados, assistentes...) concluem, no Túmulo de Pedro, a jornada e o "diálogo espiritual" que marcou a experiência de maneira singular.

Há pois um clima de regresso às Comunidades, que aguardam os coirmãos e as conclusões de sua missão na Casa-Mãe de Valdocco. Quase todos têm, como data limite, o domingo de Páscoa, celebração da Esperança de salvação que se manifesta e age na história. As referências às situações de sofrimento extremo de muitos dos participantes - provenientes de países ou em guerra ou assolados por eventos catastróficos ou, ainda, pelas mudanças climáticas - foram constantes no Capítulo.

Para relembrar todas estas situações de sofrimento, a última mensagem da boa-noite foi confiada ao testemunho do P. Andriy Bodnar SDB, Vigário Inspetorial da Visitadoria Maria Auxiliadora da Ucrânia Greco-Católica. Sua fala, que contou com a grande participação de todos aqueles que se identificaram com o sofrimento expresso (os irmãos de Mianmar, Congo, Chifre da África, Sudão, Terra Santa…) e com aqueles que atuam na fraternidade por meio de diversos tipos de ajuda, selou o sentido abrangente do Capítulo, que assume a dor dos mais prejudicados pela injustiça e violência, e a converte num "projeto" de recuperação da dignidade e dos direitos.

O Reitor-Mor, P. Fábio Attard deixou uma saudação "interlocutória", antecipando aquela que ocorrerá em Roma, fundamentada num profundo sentimento de gratidão pelo trabalho realizado pelos Capitulares: "Eu cheguei há apenas duas semanas, VV. estão aqui há oito...". Ele também fez um convite a alegrar-se pela atmosfera respirada no encontro e a levar corajosamente às respectivas Inspetorias todos os tesouros reunidos no CG29.

trabalho feito culminou no documento final, aprovado na manhã de terça-feira, 8 de abril. Não foi simples chegar a expressões necessariamente sintéticas, desafiadas pelas variadas nuances que as mesmas palavras e conceitos podem apresentar nas diversas línguas dos 136 países onde a presença salesiana está a labutar. Este é o primeiro desafio do «interculturalismo». Há, contudo, requisitos para que a mensagem seja transmitida da forma mais adequada. O texto redigido será pronunciado pelos participantes, que encheram os pulmões com o anseio comum de aproximar suas obrigações diárias, a Deus, ou seja, de "seguir o que Ele disser", conforme foi profundamente ponderado durante esses dias.

Essas foram as palavras de Maria em Caná, e novamente foi Maria quem forneceu ao P. Eunan McDonnell a orientação para uma reflexão aprofundada sobre a frase do Evangelho de Lucas: "Guardava essas coisas no coração". É o que precisa ser feito agora: após a emoção dos dias de Turim, a viagem de regresso, a comemoração do regresso..., os Capitulares terão a oportunidade de deixar que os muitos pensamentos que fluíram em suas mentes decantem. Conforme proposto pelo Inspetor da Irlanda, o procedimento será assegurar que a reconsideração se dê em nível de coração, e não de cérebro... O encontro com Maria foi vivido de forma concreta durante o momento descontraído de oração do penúltimo dia de trabalho da assembleia: simplesmente colocar as mãos nas dela, para entregar as coisas que preocupam, mas também aquelas que deram entusiasmo pastoral nestas semanas.

Neste sentido, o P. Attard antecipou que seu melhor dom será a entrega na quarta-feira, 9 de abril – dia de fazer as malas e últimos contatos entre os coirmãos aqui presentes – da “medalha de Maria”, que, entretanto, terá passado uma noite no Colle Don Bosco (confiada ao seu Diretor, o P. Thathireddy Vijayabhaskar, que há poucos dias foi escolhido pelo Reitor-Mor como seu Secretário pessoal), no local exato onde nasceu Giovanni Melchiorre Bosco. “Não é um gesto de devoção - disse ele - mas um ato de verdadeira confiança em nossa Mãe”.

É de se esperar que entre os primeiros atos do P. Attard esteja uma reflexão sobre a devoção a Maria Auxiliadora como um aspecto carismático do espírito salesiano, seguindo o exemplo do que fez seu predecessor, P. Egídio Viganó.

Fonte: Agência Info Salesiana - ANS

Comitê de comunicação da Rede Salesiana Brasil apresenta proposta unificada da Campanha Nacional de Escolas 2025/2026

Na tarde desta quinta-feira, 03 de abril, a Rede Salesiana Brasil, em parceria com o Comitê Nacional de Comunicação da RSB, apresentou a proposta unificada para a Campanha Nacional de Escolas 2025/2026. O evento, realizado de forma online, contou com a participação ativa de mais de 200 pessoas representantes de todas as inspetorias Salesianas do Brasil, reafirmando o compromisso da rede com a educação e a integração das suas ações.

A proposta foi construída a partir de uma ampla pesquisa de diagnóstico em nível nacional, que avaliou as percepções dos gestores e comunicadores das escolas quanto à campanha de matrículas. O levantamento permitiu identificar as reais necessidades das unidades, aprimorar as estratégias de captação e fidelização e fortalecer a comunicação em rede. “Esta pesquisa foi fundamental para traçarmos um panorama preciso do cenário educacional, possibilitando ajustes estratégicos que atendam às demandas específicas de cada escola”, destacou o Diretor Executivo da RSB, Pe Sérgio Baldin, durante a apresentação.

Todos os materiais e peças de comunicação desenvolvidos para a campanha foram disponibilizados para download, antecipando o Lançamento Oficial, que ocorrerá em 05 de maio. Este novo ciclo promete dinamizar a atuação das escolas salesianas, oferecendo ferramentas que estimulam o engajamento e o trabalho em rede.

Em sua fala, Pe Sérgio RSB afirmou que "estamos unidos em nossa missão educativa e nossa proposta reflete o compromisso de transformar a realidade escolar através da colaboração em rede. Cada peça foi pensada para fortalecer a identidade das nossas unidades e engajar tanto os alunos quanto as famílias."

Com essa iniciativa, a Rede Salesiana Brasil reafirma seu compromisso com a educação de excelência e o trabalho colaborativo, preparando suas unidades para os desafios e oportunidades do novo ciclo de matrículas.

Angélica Novais da Comunicação da Rede Salesiana Brasil

54 organizações recebem Selo Social Distrito Federal 2024 em evento em Brasília

Em um movimento que reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e o impacto social, 54 organizações foram certificadas com o Selo Social Distrito Federal 2024 durante um evento realizado no dia 11 de março, em Brasília. Ao todo, 151 iniciativas foram certificadas, gerando 421 impactos sociais e alcançando 60.683 atendimentos à população.

Durante a abertura da cerimônia, a diretora executiva do Instituto Social, Karina Junco, ressaltou o papel do Selo Social em ser um programa de capacitação e certificação de iniciativas de impacto social fundamentado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Aqui no Distrito Federal “foram mais de 80 organizações credenciadas e 54 destas foram certificadas”. 

Fernando Assanti, presidente do Instituto Selo Social, em sua fala de abertura, ressaltou que “graças ao patrocínio de entidades locais, conseguimos oferecer esta certificação sem nenhum custo para estas organizações”. Além do patrocínio nacional da Rede, o programa conta com o apoio, no Distrito Federal, de empresas como Brasal Refrigerantes, Instituto Sabin, Absolutus Seguros e parceria estratégica com o Instituto BRB.

Entre os presentes no evento, representando a Rede Salesiana Brasil, estiveram os diretores executivos, a irmã Silvia Aparecida e o padre Sérgio Baldin. Padre Sérgio ao falar sobre a meta em atingir os 17 ODS até 2030, ressaltou que a Rede Salesiana, por meio de sua Editora Edebê, inclui em seu material didático todos os 17 objetivos, desde a educação infantil até o ensino médio. “A Rede Salesiana Brasil acredita nas organizações e no trabalho conjunto que viemos fazendo ao longo de todo esse tempo, em busca de atingir esta meta, este sonho… em conjunto”. 

Sobre o significado do reconhecimento pelo Selo Social para a Rede Salesiana Brasil, irmã Silvia declarou: “Eu acredito muito no trabalho que fazemos para transformar nossa sociedade. O Selo Social é uma iniciativa que certifica as organizações que cumprem rigorosamente os critérios estabelecidos pela ONU. Estamos fechando mais um ciclo e, mais uma vez, fomos certificados, demonstrando que nossas ações continuam fazendo a diferença na vida de crianças, adolescentes, jovens e famílias, cumprindo nosso papel carismático e social”

Com uma proposta inovadora e alinhada à Agenda 2030, o Selo Social Distrito Federal 2024 reforça a importância da colaboração entre os diversos setores da sociedade para enfrentar desafios e promover mudanças significativas, consolidando a missão social da Rede Salesiana Brasil.

Angélica Novais da Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Comissão de Comunicação da Rede Salesiana Brasil (RSB) debate campanha de matrículas nas escolas salesianas para 2026

No dia 26 de fevereiro, os coordenadores inspetoriais de comunicação das Inspetorias dos Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil participaram, segundo uma  programação anual do Setor, de uma reunião on-line. Sob a coordenação de Maria Dantas, Coordenadora Executiva da RSB e Coordenadora Nacional da Comissão de Comunicação. O grupo recebeu a proposta elaborada pelo Grupo de Trabalho, cujo objetivo é planejar a campanha de matrículas das escolas salesianas para 2026. Os temas, lemas e cores propostos tiveram excelente aceitação por parte dos membros da Comissão. O próximo passo é a elaboração do planejamento para a produção do material. O segundo tema tratado foi a participação salesiana no Muticom – Mutirão Brasileiro de Comunicação – a ser feito entre os dias 25 e 28 de setembro deste ano em Manaus. Entre as propostas aprovadas está a realização de um momento de peregrinação com os jovens até a “Porta Santa” do Jubileu, aberta na Catedral de Manaus. Os comunicadores salesianos também trataram da realização de oficinas temáticas para as presenças salesianas de todo o Brasil, tendo a primeira já marcada para o dia 24 de abril. A reunião teve a abertura e fechamento com a bênção dada pelo Delegado Inspetorial de Comunicação da Inspetoria Salesiana de Manaus, Pe Francisco Lima.

Um novo documento salesiano sobre Comunicação Social: um guia para habitar o mundo digital

Do Setor para a Comunicação Social da Congregação Salesiana chega um novo documento que oferece diretrizes atualizadas para habitar o mundo digital e o mundo da inteligência artificial de maneira salesiana. Este texto, publicado 14 anos depois do "Sistema Salesiano de Comunicação Social" (SSCS), é o resultado de um trabalho coletivo que envolveu os Delegados para a Comunicação Social, especialistas e consultores.

O documento procura educar os jovens nos novos habitats virtuais, integrando a Comunicação Social à missão salesiana a serviço da Igreja. Ele nasce também da necessidade de responder às transformações culturais e tecnológicas que caracterizam o mundo juvenil e do desejo de atualizar o Sistema Preventivo aos desafios do presente.

UM DOCUMENTO ALINHADO COM A IGREJA - O texto está intimamente ligado aos documentos mais recentes da Igreja sobre o digital, como "Rumo a uma presença plena" e "Antiqua et Nova", abordando a inteligência artificial e as mensagens do Papa Francisco para os Dias Mundiais da Comunicação Social. A Congregação Salesiana está, portanto, empenhada em manter um diálogo constante entre fé, ciência, Evangelho e cultura juvenil. A própria Igreja, depois do Sínodo sobre os jovens, sublinhou a importância de aprofundar a dinâmica do digital, pedindo para "habitar" estes espaços de modo evangélico e promover uma presença autêntica nas "ruas digitais". 

UMA MUDANÇA NECESSÁRIA - Nos últimos 15 anos, a comunicação passou por uma revolução graças ao desenvolvimento da Internet, da mídia social e da tecnologia da informação. Em resposta a isso, o novo documento evolui a partir do SSCS anterior para atender às necessidades atuais.

Durante o Magistério do Papa Bento XVI e do Papa Francisco, a Igreja ampliou sua visão da comunicação, integrando tópicos como ética na Internet (Ética na Internet), sustentabilidade (Laudato Si'), fraternidade (Irmãos Todos) e educação global (Pacto Educacional Global).

O novo texto também responde às demandas que emergiram dos Capítulos Gerais 27 e 28, em particular o chamado para "viver o sacramento salesiano da presença" e a necessidade de inculturar a missão salesiana no habitat digital.

COM FOCO NOS JOVENS E NA CULTURA DIGITAL - A Congregação Salesiana considera a Comunicação Social um aspecto fundamental da missão educativa e pastoral. Este novo documento foi concebido para acompanhar os jovens em seus mundos digitais, ajudando-os a descobrir o sentido da vida, do amor e da responsabilidade, e a construir seu projeto pessoal.

Partindo dos valores do Evangelho e do Sistema Preventivo, o documento incentiva o diálogo com as novas gerações, ouvindo suas necessidades e buscando novas linguagens para educar e evangelizar.

OBJETIVOS DO DOCUMENTO - O novo texto nada mais é que um guia prático para educadores e leigos, conforme a tradição salesiana. Uma ferramenta de formação que responde no estilo salesiano às mudanças socioculturais. Um suporte para a Pastoral Juvenil, integrando comunicação e evangelização.

Além disso, o documento busca fortalecer a identidade carismática salesiana, promovendo a reflexão sobre o uso de tecnologias digitais e inteligência artificial na missão educacional.

A VISÃO SALESIANA DO DIGITAL - O Setor de Comunicação Social trabalhou em rede com delegados, editores, gerentes de mídia social e estações de rádio para produzir este documento. Foi redigido um instrumentum laboris, integrando as propostas desses grupos, mantendo-se fiel à tradição salesiana e aos valores do Magistério da Igreja.

A Congregação Salesiana continua a se esforçar para estar presente no mundo digital como um "próximo amoroso", segundo a visão eclesial do Papa Francisco. O documento incentiva o uso consciente da tecnologia para enfrentar os desafios educacionais e pastorais de nosso tempo.

Esse novo documento é um passo importante para atualizar a comunicação salesiana e torná-la mais eficaz em sua missão educacional. Com um estilo que combina tradição e inovação, ele pretende ser um guia valioso para educadores, leigos e jovens, ajudando-os a viver e testemunhar o Evangelho também nos espaços digitais.

Para acessar e baixar o documento em língua portuguesa, clique no link a seguir PT__Novo_Documento_de_Comunicacao_Social___31_Janeiro_2025.pdf.

Fonte: Agenzia InfoSalesiana - ANS

Jubileu da Comunicação: “Precisamos de alfabetização midiática”, diz o Papa

O primeiro dos grandes eventos realizados por ocasião do Ano Santo, o Jubileu do Mundo da Comunicação, ocorreu no fim de semana de 24 a 26 de janeiro de 2025. Em dois momentos distintos, no encontro com os MC no sábado e na Missa de domingo na Basílica de São Pedro, ele renovou o apelo por uma comunicação autêntica e verdadeira.

No encontro realizado no último sábado, na Sala Paulo VI, no Vaticano, além de proferir o discurso programado para a ocasião, o Santo Padre também se dirigiu aos operadores do mundo da comunicação, recordando o significado mais profundo de sua vocação: “Comunicar é sair um pouco de si para dar um pouco do meu ao outro. Seu trabalho é um trabalho que constrói, faz com que todos sigam em frente...", afirmou.

Ele reiterou que, para que a comunicação seja eficaz, é preciso manter-se fiel à Verdade. E a pergunta do Papa aos jornalistas foi ainda maior e mais radical: 'Vocês são verdadeiros? Não apenas as coisas que vocês dizem, mas em seu interior, em suas vidas, vocês são verdadeiros?".

No discurso proferido aos presentes, o Pontífice sublinhou a relevância do jornalismo livre e responsável, lembrando o sacrifício de muitos jornalistas que deram a vida pela Verdade, e fez um apelo pela libertação dos jornalistas presos em todo o mundo.

Além disso, o Papa também exortou os Comunicadores a não cederem à tentação da superficialidade e da desinformação, reiterando que a missão do jornalismo deve ser sempre guiada pela busca da Verdade e da Justiça. A fim de nos salvar da "podridão cerebral" causada pelo vício nas redes sociais, o Pontífice reiterou: “Precisamos de literacia midiática, de nos educarmos e de nos educarmos no pensamento crítico, na paciência de discernimento necessário para o conhecimento”.

No dia seguinte, a celebração do Jubileu do Mundo da Comunicação foi completada na Eucaristia, na qual o Papa Francisco refletiu sobre o papel central do Evangelho como guia certo e fonte de esperança.

“O Evangelho é uma Palavra viva e certa, que nunca desilude”, afirmou, convidando os fiéis a não ceder às ilusões de poder e de vaidade. O Pontífice recordou que a história mostra que o mal não tem a última palavra e que a guerra e a morte não prevalecerão sobre os povos. “Os dias do mal estão contados”, disse ele com firmeza, exortando a comunidade cristã a permanecer firme na Fé e no Amor pelos outros.

O Papa dirigiu também um pensamento aos mais fracos e vulneráveis, sublinhando que a missão da Igreja é acompanhar aqueles que sofrem e aqueles que são marginalizados. “Jesus nos liberta de todas as cadeias internas”, disse, exortando todos a viver com Esperança e Solidariedade. Reiterou que a verdadeira liberdade vem da confiança na Palavra de Deus, que oferece apoio e orientação em momentos de dificuldade.

Francisco, além disso, convidou a Comunidade cristã a ser uma testemunha de Esperança num mundo marcado por divisões e conflitos. De fato, o Santo Padre sublinhou como a Fé cristã deve ser um farol nas trevas, oferecendo conforto e apoio a quem precisa.

Ao concluir sua homilia, o Papa reiterou a relevância da Palavra de Deus para todos os Fiéis e, em particular, o valor do Evangelho como "palavra de misericórdia, compaixão, luz, liberdade e alegria", incentivando todos a se inspirarem no Evangelho diariamente e incentivando a leitura diária.

Fonte: Agência iNfo Salesiana - ANS

Canção Nova celebra 16 anos de pertença à família salesiana

Admissão à Família Salesiana em 2009 é, até hoje, motivo de alegria para os membros da Comunidade; conheça como o carisma de Dom Bosco está presente na Canção Nova

A admissão à Família Salesiana tem um grande significado para a Canção Nova. Há 16 anos, a comunidade fundada pelo padre Jonas Abib celebra essa graça. Procurando sempre seguir a espiritualidade proposta por Dom Bosco, a Canção Nova está, constantemente, empenhada na formação de homens novos para o Mundo Novo.

O santo italiano entrou na história da Canção Nova a partir do momento que entrou na vida do menino Jonas. Sentindo-se chamado ao sacerdócio, Jonas Abib tinha 12 anos quando foi estudar no seminário de Lavrinhas. Lá, foi preparado para se tornar padre, levando adiante o legado de seu pai espiritual.

Durante sua jornada, deixou a Congregação Salesiana para fundar a Canção Nova, mas seguiu levando consigo o carisma de Dom Bosco que tinha como pai espiritual. Assim, quando o grupo de 11 jovens aceitou o convite do padre Jonas a viver em comunidade, uma nova canção surgiu a partir da moção que Deus havia suscitado no coração do sacerdote italiano.

A Comunidade Canção Nova foi admitida oficialmente na Família Salesiana no dia 21 de janeiro de 2009, durante a reunião do Conselho Geral dos Salesianos, em Roma. A notícia foi dada ao fundador da comunidade, Jonas Abib, pelo Reitor-Mor dos Salesianos na época, padre Pascual Chávez Villanueva.

Atualmente formadora geral da Comunidade Canção Nova, Vera Lúcia Reis comenta que receber essa notícia, naquele ano, foi uma grande alegria para a comunidade. “Foi o reconhecimento de que o carisma Canção Nova bebe das fontes da espiritualidade do Carisma de Dom Bosco. Padre Jonas sempre reconheceu essa raiz salesiana”, frisou.

Visando formar jovens não apenas intelectualmente, mas também moral e afetivamente, o Sistema Preventivo de Dom Bosco também está presente no carisma da Comunidade Canção Nova. Segundo Vera, o Sistema Preventivo é mais que um sistema pedagógico. “É uma experiência espiritual e tem como raiz três pilares: razão, religião e amorevolezza, que, no Brasil, se traduz por bondade e fé. Isso porque, para Dom Bosco, o importante é formar bons cristãos e honestos cidadãos”, pontuou.

Durante sua última reunião com missionários do Instituto Canção Nova em 2016, padre Jonas afirmou que é preciso colocar em prática o Sistema Preventivo de Dom Bosco. É o que a missionária e diretora da educação infantil no Instituto, Ana Luiza Matos, conta ao recordar sua experiência nesse dia marcante. “Ele ainda disse também que devemos colocar este sistema na vida de uma maneira renovada e na ação do Espírito Santo. Falou repetidas vezes que somos uma escola confessional católica carismática”, destacou.

No campo da educação, a missionária partilha como se sente ao experimentar dessa prática. “Experimento essa proximidade com o carisma salesiano quando afirmamos que nossa missão é ‘Formar Homens Novos para o Mundo Novo’, salvar almas por meio da educação. Porém, para colocar isso em prática precisamos contemplar na educação todas as dimensões: física, intelectual, afetiva, social e espiritual da pessoa humana”, sublinhou.

O Gerente Geral da Rede de Desenvolvimento Social Canção Nova, Denis Duarte, comenta como acontecem os trabalhos no âmbito social. “A primeira delas é a educação, com uma escola que vai do Infantil ao Ensino Médio e uma faculdade. Temos uma larga experiência na educação de cunho salesiano, que é toda inspirada na proposta de Dom Bosco. Na área da saúde, é sempre esta preocupação com o amor ao próximo, assim como Dom Bosco, que se preocupava em cuidar das pessoas de forma completa. Na área da assistência social, em que nós temos quatro unidades, de modo especial temos o cuidado com as crianças e adolescentes”, sublinhou.

Desde 2004, a Fundação João Paulo II, mantenedora da Rede de Desenvolvimento Social, promove um trabalho estruturado, e o alcance desses trabalhos tem crescido consideravelmente. “Hoje, conseguimos atender milhares de pessoas durante o ano, e um atendimento feito com muita qualidade e esmero. A devolutiva que recebemos da população tem sido muito positiva. Graças a Deus, temos conseguido, ano a ano, aumentar a quantidade de pessoas atendidas de forma que a gente mantenha a qualidade desses atendimentos”, concluiu.

 

Reportagem de Laura Lo Monaco e Ederaldo Paulini

Fonte: Site Canção Nova

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