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“Do olhar ao post: oficina aprimora o olhar técnico e intencional de comunicadores da Rede Salesiana Brasil na edição de fotos e vídeos

Realizada no dia 11 de novembro, das 15h às 17h, a oficina “Do olhar ao post: técnicas e práticas para editar fotos e vídeos” reuniu 75 participantes de todo o país em mais um momento formativo promovido pela Rede Salesiana Brasil (RSB). A atividade busca fortalecer o compromisso salesiano com a qualificação profissional e o uso responsável e criativo das mídias no ambiente educativo.

A oficina foi proposta pelas Coordenações Inspetoriais de Comunicação da RSB, atendendo às necessidades das equipes das presenças salesianas que, após participarem da oficina sobre fotografia digital, realizada em junho, sugeriram nova oficina, para aprofundamento dos recursos de edição de fotos e vídeos. 

A moderação da oficina ficou a cargo de Euclides Fernandes Brites, Coordenador de Comunicação da Inspetoria Missão Salesiana do Mato Grosso, que conduziu o encontro com leveza, acolhida e profundidade, características marcantes da tradição comunicacional salesiana.

Tornar visível o que os jovens são e vivem

O formador convidado, Giuliano Celms De Augustinis, apresentou um percurso dinâmico que partiu do “olhar”, isto é, da sensibilidade e intenção que antecedem o clique, até chegar ao “post”, onde a narrativa visual ganha forma e sentido.

Durante a oficina, Giuliano destacou princípios fundamentais para quem produz conteúdo digital no contexto educativo, sendo elas:

A importância da intencionalidade antes de fotografar ou filmar;

A composição e o enquadramento como aliados para narrar histórias reais de forma ética e atraente;

Técnicas de edição acessíveis para melhorar luz, cor, ritmo e clareza das produções;

Cuidados com a identidade visual institucional, mantendo unidade e coerência com o carisma salesiano;

Humanização da comunicação, valorizando os protagonistas: crianças, adolescentes, jovens, famílias e educadores.

O encontro reforçou que a produção de fotos e vídeos nas obras salesianas não é apenas técnica, mas também missionária: trata-se de comunicar vida, esperança e presença educativa, seguindo o estilo de Dom Bosco e Madre Mazzarello.

Ao longo da oficina, os participantes interagiram por meio do chat e exercícios guiados, demonstrando grande interesse pelas dicas práticas apresentadas. Um dos participantes destacou: “Gostei muito da oficina, pois me ajudou a ter mais ideias para a criação de vídeos e levar em consideração que fazer um roteiro antes ajuda muito.

Um passo a mais na missão de comunicar o bem

Ao final, os participantes saíram não apenas com novas habilidades técnicas, mas com uma compreensão mais profunda da missão educativa que se realiza também pelos meios de comunicação.

A oficina reforça o compromisso da Rede Salesiana Brasil com formações contínuas que unem qualidade técnica, identidade carismática e protagonismo juvenil, pilares fundamentais para que nossas obras continuem comunicando com verdade, beleza e sentido.

 

Comunicação da Rede Salesiana Brasil

A presença da Igreja assusta aqueles que querem destruir a Amazônia

“As comunidades indígenas nos acolhem, felizes pela nossa presença, pedindo-nos para não ir embora. A presença da Igreja é profética: vai além da religião. Protege a vida e aquilo que nos rodeia." As palavras são do padre Wellington Abreu, jovem missionário salesiano, sobre a ação pastoral na Amazônia

A presença da Igreja nas florestas da Amazônia assusta, não as comunidades indígenas, mas a quem quer invadir e desfrutar esse território para obter os minerais e distruir a natureza. Nós somos uma barreira”. As palavras de padre Wellington Abreu foram repercutidas na mídia vaticana justamente enquanto os líderes do mundo estão no Brasil para participar da COP30 em Belém, cidade que é porta de entrada para a região amazônica. Elas nos recordam como o compromisso diário e corajoso para o destino do mundo se lança também, e sobretudo, longe dos holofotes: na concretude dos gestos. 

O compromisso dos salesianos na Amazônia 

Padre Wellington é um jovem sacerdote salesiano, pároco da paróquia de São Miguel Arcanjo, em Iauaretê, na diocese de São Gabriel da Cachoeira, cidade do Estado do Amazonas. Iauaratê significa “Cabeça de Jaguar”. É um cruzamento de trezes etnias e cinco línguas onde o rio é vida, a floresta é casa e certas árvores são sagradas. 

Basta pensar a “Cabeça da Onça”, uma aldeia localizada ao longo do rio Papurí, habitado pelos Hupda, uma população indígena que vive da caça, da pesca e do cultivo da mandioca, privada de acesso à internet.

No ano passado, a presença constante dos salesianos levou a um resultado extraordinário: 47 indígenas, 90% da comunidade Hupda, foram batizados depois de um ano intenso de catecismo.

No entanto, a região Norte da Amazônia permanece um ponto vulnerável: onde existe fronteira, chegam os traficantes de drogas; onde há os minerais, os invasores. E aqui, a lei não basta. O sinal telefônico não existe, o Estado está longe. Quem fica ao lado dessas pessoas? 

Proteger a vida e aquilo que a cerca 

“Nós, graças a Deus, conseguimos estar lá e preservar a natureza, mas as coisas não vão muito bem na região vizinha, Roraima, onde, dois anos atrás, a chegada dos garimpeiros destruiu o rio, matou muitos animais e fez a população adoecer gravemente. Acredito que a nossa presença assusta esses grupos que querem invadir o ambiente. E entendemos isso quando as comunidades indígenas nos acolhem, felizes, pela nossa presença, pedindo-nos para não irmos embora. Diria que a presença da Igreja, que é profética, vai além da religião: Protege a vida e aquilo que nos rodeia. É uma ideia concreta de ecologia integral”, considera padre Wellington. 

Distâncias e narcotráfico: os principais problemas 

Ideia que não é facil de aplicar, no entanto. Na Amazônia, tem, antes de tudo, o problema das distâncias. “A nossa província é a de Manaus e de Manaus a São Gabriel da Cachoeira são quase duas horas de avião ou quatro dias de barco. Depois, de São Gabriel para minha aldeia são necessárias 12 horas de embarcação com um motor de 40 cavalos para, no máximo, oito pessoas. Outro problema: o custo do combustível é altissimo. Às vezes temos que caminhar quatro ou seis horas”, relata o sacerdote. 

Depois, tem que considerar o narcotráfico. “Nós estamos em uma área fronteiriça e no ano passado tivemos problemas com os traficantes que vieram da Colômbia: queriam invadir o nosso espaço para recuperar terra. Com a ajuda dos militares, a situação agora está tranquila, mas o tráfico de drogas passa pela fronteira e chega em outras cidades do Brasil, terminando por envolver também a comunidade indígena e, sobretudo, lamento dizer isso, os mais jovens. Para eles, trata-se de dinheiro fácil”, pontua padre Wellington. 

A esperança nos jovens

Porém, conclui Wellington, “isso torna a nossa presença ainda mais importante: com as nossas seis escolas, queremos ajudar os mais de 300 jovens que estão conosco e ajudar os habitantes da Amazônia a terem consciência da vida, da sua beleza. Estar presentes: não só na relação com Deus, mas em fazer descobrir a alegria da vida”. 

 

 

COP30, Salesianos e Juventude salesiana

O mundo se reúne em Belém do Pará, no Brasil, para a COP30, encontro promovido pelas Nações Unidas, em que os países definem estratégias para enfrentar a crise climática. Com a Amazônia no centro das atenções e inspirada pelo apelo da Encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco, que convida a cuidar da Casa Comum, esta edição representa um chamado urgente à ação também para a FS. E, de fato, também participa do evento uma delegação salesiana, guiada pelo P. Mathew Thomas, representante da Congregação Salesiana junto à ONU (Nova York); com o P. Silvio Torres, da Argentina, e um representante brasileiro do ‘Don Bosco Green Team’, representando a ‘Don Bosco Green Alliance’.

A COP30 teve início em 10 de novembro e seguirá até o dia 21, reunindo representantes de praticamente todas as nações. A seguir, um trecho da entrevista concedida pelo P. Thomas durante o evento.

O que é a COP30?

A COP30 é a 30ª Conferência das Partes da Convenção‑Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Participam dela quase todos os países do Planeta, negociando formas de reduzir a poluição, enfrentar os impactos climáticos e financiar soluções sustentáveis, sobretudo nos territórios mais vulneráveis. A COP30 está sendo realizada em Belém, no coração da Amazônia, de 10 a 21 de novembro de 2025. Membros da FS participarão do evento, e essa presença é importante: é o momento adequado para a Juventude Salesiana se apresentar, nas sedes da COP e em outras plataformas relacionadas ao meio ambiente em todo o mundo.

Por que a COP30 é tão importante agora?

Estamos num momento crucial. O aquecimento da Terra ultrapassa os limites de segurança, exigindo respostas rápidas, concretas. A realização da conferência no Brasil destaca a Amazônia como peça-chave para o equilíbrio climático, a biodiversidade e a vida das comunidades indígenas e tradicionais. Os líderes mundiais são chamados a reforçar seus compromissos ambientais, proteger os mais afetados e garantir financiamento justo para os países que mais necessitam.

Quais são os principais temas da COP30?

primeiro grande objetivo é conter o aquecimento global abaixo de 1,5°C. Cada fração de grau importa para a sobrevivência humana e dos ecossistemas.

Em segundo lugar, é preciso reduzir as emissões e preparar-se para os impactos já em curso, abandonando gradualmente os combustíveis fósseis, melhorando o uso da energia, fortalecendo comunidades contra ondas de calor, tempestades, inundações.

terceiro ponto é o tema econômico, fundamental — recursos e tecnologias precisam chegar aos países mais vulneráveis, de forma justa e eficiente.

Em quarto lugar, a inclusão e a equidade são fundamentais. As mudanças climáticas têm um impacto mais severo sobre as pessoas menos favorecidas, especialmente as populações indígenas, comunidades locais e países do sul global. As decisões devem ser moldadas por sua liderança e suas vozes.

Por fim, as florestas e as soluções naturais são partes fundamentais da resposta. Proteger e restaurar a Amazônia e outros ecossistemas ajuda a armazenar carbono, preservar a água e sustentar os meios de subsistência.

Isso diz respeito a todos: a mim, ao senhor, aos jovens...

As decisões tomadas agora determinarão nosso futuro, nossas carreiras, nossa saúde, nossa segurança e os lugares que consideramos... lar. Os líderes globais e as políticas já estão sendo afetados pelas vozes dos jovens; e a presença da sociedade civil nas COPs está aumentando. A transição para economias mais sustentáveis e equitativas está gerando novas oportunidades nos setores de tecnologia, agricultura, planejamento, educação e trabalho comunitário. E, como compartilhamos uma Casa Comum, o que ocorre em qualquer região afeta a todos nós; suas ações podem beneficiar os demais, e as ações dos demais podem beneficiar você!

Como participar, mesmo sem estar presente, da COP30?

Bem, em primeiro lugar, informando-se sobre o que acontecerá na COP30 e sobre quais são as promessas do seu país no evento. Também é importante tomar medidas locais em sua escola, paróquia, universidade ou comunidade: reduzindo o desperdício e o consumo de energia, cuidando das árvores e da água; e preferindo meios de transporte mais ecológicos; levando adiante as reivindicações dos grupos indígenas e locais, dando crédito e buscando consenso quando eles compartilham suas histórias; solicitando aos líderes políticos informações sobre o plano climático do seu país e o que mais eles farão; alinhando as escolhas diárias aos valores para ser credível; usando arte, música, vídeos e eventos para explicar as questões climáticas em termos simples e humanos, para inspirar outras pessoas.

Qual é o papel dos Salesianos na COP30?

Sem dúvida, nossa principal meta consiste na missão salesiana de educar e direcionar os jovens, a fim de que se tornem defensores da Criação, imbuídos de Esperança, competências e Fé. Este é um momento oportuno para a Família Salesiana (FS). Com Razão, Fé e Amor, podemos auxiliar os jovens a se transformarem em guardiães práticosfelizes, corajosos da Criação. É fundamental apoiar a Amazônia, ouvir as comunidades mais impactadas e agir coletivamente em defesa da nossa Casa Comum. Os avanços modestos feitos hoje podem abrir caminho para um futuro mais justo e esperançoso.

 

Fonte: Agência Info Salesiana

PEM Jovem 2025 reúne juventude salesiana do Cone Sul em experiência de fé e missão na Argentina

Entre os dias 1º e 5 de novembro, a cidade de Junín de los Andes, na Argentina, tornou-se o ponto de encontro da Juventude Salesiana do Cone Sul da América. Jovens do Brasil, Uruguai, Paraguai, Chile e Argentina, juntamente com uma missionária da Bélgica, participaram do Projeto de Espiritualidade Missionária com a Juventude (PEM Jovem 2025), promovido pelo Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA).

Foram dias de intensa convivência, oração e redescoberta da vocação missionária, vividos com a alegria própria do carisma de Dom Bosco e Madre Mazzarello. Nesta edição, o projeto teve como tema “Retornar às origens missionárias”, retomando o espírito dos primeiros grupos de missionários salesianos enviados à Patagônia e convidando os jovens a fazerem o mesmo movimento interior de escuta, discernimento e envio.

“O PEM Jovem é uma experiência profunda de fé e compromisso. Ele ajuda os jovens a redescobrirem a beleza de seguir Jesus com o coração livre e missionário”, explicou Ir. Teca, da equipe brasileira.

 

1º dia: Acolhida, símbolos e partilha

O encontro teve início no dia 1º de novembro, com um clima de festa e fraternidade. Após a acolhida, os jovens receberam suas camisetas e crachás, símbolos de pertencimento à missão FMA. A Inspetoria Paraguaia conduziu a animação inicial, seguida pela entrada das bandeiras das nações e da Palavra de Deus, que iluminou o caminho espiritual do grupo.

Durante a manhã, foram apresentados os símbolos do projeto:

  • a camiseta, sinal do compromisso com a missão;

  • a mochila, convite a caminhar levando apenas o essencial da fé;

  • a lanterna, que representa a luz de Cristo que dissipa toda escuridão.

Também foi revelada a logo do projeto, construída simbolicamente em forma de quebra-cabeças, convidando cada participante a refletir sobre o seu lugar na missão comum.

O dia seguiu com momentos de partilha e reflexão sobre a vida das primeiras Irmãs Missionárias, fortalecendo o sentimento de pertença à grande família salesiana.

 

2º dia: Caminho com Cristo na Via Christi

No segundo dia, a oração da manhã, conduzida pela Ir. Adair Sberga, preparou o coração dos participantes para uma peregrinação à Via Christi, um percurso de contemplação da vida de Jesus em 23 estações, seguido de uma caminhada até o alto da montanha, na 24ª estação, onde está a imagem do Cristo Ressuscitado.

Cada parada foi um convite a olhar para Cristo e confrontar o Evangelho com as realidades da juventude e da missão. A experiência foi marcada por silêncio, contemplação e comunhão entre culturas.

O dia foi encerrado com a Celebração Eucarística no Santuário de Nossa Senhora das Neves e Laura Vicuña, em um clima de profunda comunhão e gratidão.

 

3º dia: A vida luminosa de Laura Vicuña

O terceiro dia foi dedicado à figura de Laura Vicuña, jovem salesiana e beata que nasceu naquela mesma região. Os participantes percorreram os lugares marcados por sua vida e fé, meditando sobre o exemplo de entrega e amor que ela deixou.

Inspirados por Laura, os jovens refletiram sobre o sentido da santidade cotidiana e sobre como viver o Evangelho no dia a dia, nas escolas, nas famílias e nas realidades sociais de cada país.

 

4º dia: Encontro com a comunidade de San Ignacio

Na terça-feira, o grupo viveu um dia especial em San Ignacio, onde repousam os restos mortais do Beato Ceferino Namuncurá, outro grande exemplo de santidade juvenil salesiana.

Em clima de oração e convivência com a comunidade local, os participantes descobriram, como expressaram os próprios jovens, que “no vento, nosso bom Deus fala suave ao coração”.

A visita foi um momento de profunda integração cultural e espiritual, reforçando o chamado à missão como serviço e escuta.

 

Juventude em saída missionária

O PEM Jovem 2025 foi um verdadeiro laboratório de espiritualidade e protagonismo juvenil, em que a experiência missionária se tornou concreta na oração, na escuta e na convivência entre culturas.

A proposta do encontro é que os jovens retornem às suas comunidades “com o coração ardente e os pés a caminho”, dispostos a viver e anunciar o Evangelho com alegria, criatividade e solidariedade.

O encontro encerrou-se com a celebração do envio missionário, em que cada participante recebeu o compromisso de ser “luz e presença de Cristo” nas realidades juvenis do Cone Sul, como discípulos e missionários a exemplo de Dom Bosco, Madre Mazzarello, Laura Vicuña e Ceferino Namuncurá.

 

Fonte: Comunicacação da Rede Salesiana Brasil com informações do Instagram do PEM Jovem 2025 e Boletim Salesiano.

Inspetoria São João Bosco participa da COP30 em Belém e reforça compromisso com o cuidado da Casa Comum

A 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP30, acontece em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025 e reúne lideranças de todo o mundo em torno do desafio climático global.

Entre os participantes, a Congregação Salesiana marca presença por meio da Delegação Dom Bosco Green, representada pelos Padres Silvio Torres (Argentina) e Matthew Thomas (Nova York), além de Camila C. de Paula (Brasil), relações-públicas da Inspetoria São João Bosco (ISJB).

Durante o evento, a delegação salesiana participa de diversas atividades intersetoriais realizadas no Parque da Cidade, um dos espaços oficiais da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Na Zona Verde (Green Zone), espaço que conecta sociedade civil, instituições públicas e privadas e lideranças globais, os representantes salesianos se unem a diferentes iniciativas de diálogo, inovação e investimento sustentável.

Além disso, os salesianos integram ações promovidas por organismos da Igreja Católica, como o Simpósio da Igreja no Brasil durante a COP30 (12/11), organizado pela CNBB; os encontros da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) (10 a 15/11); as atividades da Arquidiocese de Belém (07 a 21/11) e a Cúpula dos Povos (12 a 21/11).

 

Salesianos e o compromisso com a Casa Comum

Para o Padre Silvio Torres, religioso salesiano e responsável pela Articulação Dom Green na América Cone Sul, a participação na COP30 é uma oportunidade de aprofundar o compromisso da Congregação com o cuidado da Casa Comum, princípio central da encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco.

“Estar presente neste encontro é conhecer as iniciativas de diferentes organizações religiosas e civis que trabalham pelo cuidado da Casa Comum e, sobretudo, contribuir para a realização do sonho do Papa Francisco expresso em Laudato Si’. Além disso, é uma oportunidade única de aprender com os povos originários, que nos ensinam, com sua sabedoria ancestral, a cuidar da Casa Comum”, destacou o padre.

A Inspetoria São João Bosco, inspirada nas diretrizes do Capítulo Geral 29 (CG29) e no programa Dom Green, desenvolve há anos o Projeto Salê Sustentável, que promove ações educativas e pastorais voltadas à sustentabilidade em mais de 120 unidades salesianas distribuídas pelos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal.

 

Juventude e sustentabilidade em rede

A relações-públicas da ISJB, Camila C. de Paula, ressalta que a presença salesiana na COP30 fortalece o trabalho em rede com outras organizações da Igreja e amplia o diálogo com os setores público, privado e da sociedade civil.

“Participar dessas iniciativas é essencial para fortalecer a rede de projetos desenvolvidos pela Igreja no Brasil e estreitar parcerias entre instituições comprometidas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o cuidado com a Casa Comum e, principalmente, com o protagonismo dos jovens, especialmente os em situação de vulnerabilidade social”, afirmou.

De acordo com dados da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), cerca de 50 mil pessoas são esperadas em Belém durante a COP30, incluindo delegados internacionais, negociadores, jornalistas e mais de 15 mil representantes de movimentos sociais, que participarão de debates paralelos na Cúpula dos Povos.

O correspondente do Vatican News, Silvonei José, lembra que os efeitos das mudanças climáticas têm impacto direto sobre as populações mais vulneráveis:

“As mudanças climáticas estão intensificando as perturbações nas economias, sociedades e ecossistemas, afetando mais fortemente os mais pobres e vulneráveis. Apesar do reconhecimento da urgência, o financiamento para adaptação ainda está muito abaixo das necessidades globais.”

Com presença ativa e diálogo aberto, os salesianos da Inspetoria São João Bosco reafirmam, em Belém, o compromisso de educar para o cuidado e a sustentabilidade, ajudando a transformar o sonho do Papa Francisco em ação concreta pela Casa Comum.

Fontes: ISJB, EBC, Vatican News e CNBB.

Gênova celebra os 150 anos da Primeira Expedição Missionária Salesiana com programação especial

Entre os dias 10 e 12 de novembro, a cidade de Gênova, ponto de partida dos primeiros missionários salesianos, será palco de importantes celebrações pelos 150 anos da Primeira Expedição Missionária Salesiana. Foi do Porto de Gênova que, em 1875, dez missionários salesianos, liderados pelo Pe. João Cagliero, embarcaram no navio Saboia rumo a Buenos Aires, dando início à grande aventura missionária de Dom Bosco.

A programação inclui uma sessão de cinema documental, no dia 10 de novembro, no Cinema Dom Bosco – Club Amici Del Cinema, localizado no Instituto Dom Bosco de Gênova – Sampierdarena. No dia 11, haverá uma vigília de oração na Igreja de São João Bosco e São Gaetano, animada por interlúdios musicais do jovem violinista e organista romano Stefano Mhanna.

O encerramento, no dia 12 de novembro, contará com a presença do Reitor-Mor, Pe. Fabio Attard, da Madre Geral das Filhas de Maria Auxiliadora, Ir. Chiara Cazzuola, e dos missionários da 156ª Expedição, em um encontro especial seguido pela Celebração Eucarística e pela inauguração do Museu das Expedições Missionárias.

Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Valdocco acolhe celebração dos 150 anos da Primeira Expedição Missionária Salesiana

De 9 a 12 de novembro, Valdocco, em Turim, volta a ser o coração pulsante da missão salesiana. O local acolherá as comemorações dos 150 anos da Primeira Expedição Missionária Salesiana, reunindo os Delegados Provinciais para a Animação Missionária em um encontro de formação, partilha e reflexão sobre o legado e a atualidade da missão de Dom Bosco.

O ponto alto da celebração será no dia 11 de novembro, na Basílica de Maria Auxiliadora, com o envio da 156ª Expedição Missionária dos Salesianos de Dom Bosco e da 148ª Expedição das Filhas de Maria Auxiliadora. O momento será marcado por uma Eucaristia e cerimônia de envio missionário, transmitidas ao vivo pelo canal do YouTube da Agência de Notícias Salesiana (ANS), às 17h (horário da Itália), 13h no horário de Brasília.

Ao comentar sobre a celebração, Pe. Sergio Baldin, diretor-executivo da Rede Salesiana Brasil, ressaltou o significado profundo desse momento histórico: “Valdocco é o ponto de partida de todo este percurso salesiano e, ao mesmo tempo, o coração que mantém viva a chama da missão salesiana. Celebrar 150 anos da primeira expedição é agradecer por um percurso feito de coragem, fé e entrega.”

Este encontro renova o ardor missionário que, iniciado em 1875, continua a inspirar gerações de salesianos e salesianas a levar o Evangelho e o carisma de Dom Bosco e Madre Mazzarello aos jovens de todo o mundo.

Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Jovens da Itália celebram os 150 anos da Primeira Expedição Missionária Salesiana com encontro em Valdocco

Nos dias 8 e 9 de novembro, jovens de toda a Itália se reúnem em Valdocco, berço do carisma salesiano, para celebrar os 150 anos da Primeira Expedição Missionária Salesiana. O encontro, intitulado “Be a Mission”, é promovido pelo Movimento Juvenil Salesiano (MJS) em parceria com os Salesianos de Dom Bosco e as Filhas de Maria Auxiliadora da Itália, reunindo jovens que, nos últimos anos, viveram experiências missionárias inspiradas no espírito de Dom Bosco e Madre Mazzarello.

Durante dois dias, os participantes irão partilhar memórias, escutar testemunhos, participar de momentos formativos e visitar o Museu Casa Dom Bosco, fortalecendo o sentido de pertença à missão salesiana. A programação inclui também uma Festa Missionária e um momento de boa-noite salesiana, favorecendo a reflexão espiritual e a alegria da comunhão.

O encontro se encerra no domingo com uma celebração eucarística e um gesto simbólico de envio missionário, recordando o ardor e a coragem dos primeiros salesianos que partiram de Gênova rumo à América do Sul, em 1875.

Ao refletir sobre a celebração, Ir. Sílvia Aparecida da Silva, diretora-executiva da Rede Salesiana Brasil, destacou o valor inspirador do evento:

“O ‘Be a Mission’ é um convite para que os jovens de hoje redescubram a beleza de viver em missão. Dom Bosco e Madre Mazzarello nos ensinaram que ser missionário é levar o amor de Deus onde quer que estejamos, com alegria, generosidade e esperança. Celebrar esses 150 anos é renovar nosso compromisso de continuar essa história com o mesmo ardor e fé dos primeiros enviados.”

O evento é muito mais que uma comemoração histórica. O “Be a Mission” renova o chamado à missão entre os jovens, convidando as novas gerações a manter vivo o fogo missionário que, há 150 anos, começou com Dom Bosco e continua a iluminar o mundo com esperança e amor cristão.

Comunicação da Rede Salesiana Brasil

 

Boas Práticas que inspiram: segundo dia do III Seminário de Educomunicação destaca criatividade, missão e cuidado com a Casa Comum

O segundo e último dia do III Seminário de Boas Práticas de Educomunicação da Rede Salesiana Brasil (RSB) reuniu novamente educadores, comunicadores e gestores de todo o país em um clima de colaboração, entusiasmo e profundo sentido de missão. O encontro, realizado na manhã desta quarta-feira, 5 de novembro, foi moderado pelos Coordenadores Inspetoriais de Comunicação Ir. Maike Loes (Inspetoria Nossa Senhora Aparecida) e Cícero Albuquerque (Inspetoria Madre Mazzarello), que conduziram com leveza e proximidade as apresentações e interações entre os participantes.

Desde o início, o chat movimentado deu o tom do encontro: equipes compartilhando impressões, fazendo perguntas, encorajando-se mutuamente e reconhecendo a beleza das práticas apresentadas. Como sublinhou Cícero, “é bonito ver como a Educomunicação nos reúne e nos coloca em diálogo; ela cria comunidade”.

Quatro experiências que comunicam vida, fé e protagonismo

Durante a manhã, foram apresentados quatro práticas de Educomunicação, provenientes de diferentes regiões do Brasil, todos marcados por criatividade, engajamento e sintonia com a Missão Educativa Salesiana.

“Cantigas e a Campanha da Fraternidade 2025: Porque tudo que Deus viu era muito bom”
Escola Salesiana de Brasília (DF) – Inspetoria Madre Mazzarello

Apresentado por Kelly Lemos Marques, Kelly Cristina Medeiros e Deisiâne dos Santos, o projeto mostrou como a música pode ser um caminho de evangelização, encantamento e construção de valores. As educadoras explicaram que, ao revisitar cantigas tradicionais à luz da Campanha da Fraternidade, os estudantes puderam unir identidade cultural, espiritualidade e consciência social.

Durante a apresentação, Kelly Lemos destacou que o projeto busca promover a compreensão e a valorização das cantigas como expressão cultural e linguística, integrando seus elementos estruturais e melódicos com os valores da Campanha da Fraternidade. “Queremos que os estudantes participem ativamente, resgatem memórias familiares e percebam a riqueza da arte e dos valores salesianos presentes nessas cantigas. É um trabalho que une tradição, fé e sensibilidade educativa.”


“Jornaíma – Jornal do Instituto Maria Auxiliadora”
Instituto Maria Auxiliadora (Porto Velho/RO) – Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia

A professora Lyene Amaral e o estudante Daniel Ribeiro Ferreira apresentaram o projeto, que transforma o jornal escolar em um espaço de protagonismo, expressão crítica e participação comunitária. O Jornaíma atua como ponte entre escola e sociedade, dando visibilidade às vozes e produções dos estudantes.
Durante a apresentação, Daniel Ribeiro, representando a equipe estudantil, explicou como o jornal impacta a formação dos alunos ao ampliar a visão sobre a realidade e incentivar o envolvimento ativo no cotidiano escolar.

“O Jornaíma faz a gente olhar para tudo com mais atenção. A gente passa a observar, pesquisar, perguntar e entender melhor o que acontece na escola e na comunidade. Escrever e participar das matérias ajuda a desenvolver o senso crítico e a perceber que a nossa voz tem importância”, compartilhou o estudante.

A professora Lyene Amaral complementou, destacando o caráter formativo e interdisciplinar da experiência.

“O jornal permite que os estudantes experimentem diferentes linguagens, escrita, fotografia, entrevista, edição, e fortalece competências essenciais, como trabalho em equipe e autonomia. Eles se reconhecem como sujeitos capazes de comunicar, transformar e inspirar. Essa é a beleza do Jornaíma”, afirmou.

“Cuidar é se conectar: tecendo redes de cuidado e compromisso com a natureza”
Colégio Salesiano Dom Bosco (Parnamirim/RN) – Inspetoria Salesiana do Nordeste

A coordenadora Márcia Godoy e a professora Melania Viana destacaram como a educação socioambiental pode ser fortalecida por meio da Educomunicação, envolvendo as crianças em experiências que despertam cuidado, responsabilidade e pertencimento.

Durante a apresentação, Melania Viana explicou que o projeto nasceu da Mostra de Arte e Cultura da escola, que naquele ano teve como tema a Ecologia Integral.
“A partir desse tema, propusemos às crianças refletirem sobre poluição, reciclagem e preservação do meio ambiente. As atividades foram pensadas para desenvolver atitudes responsáveis, colaborativas e empáticas”, afirmou.

A coordenadora Márcia Godoy complementou destacando o impacto formativo da prática:
“Trabalhamos com 56 crianças do nível 5 da Educação Infantil. Mesmo tão pequenas, elas demonstraram enorme capacidade de compreender seu papel na sociedade e de agir com consciência. A Educomunicação nos ajudou a transformar essa reflexão em vivência concreta, aproximando as crianças do cuidado com a Casa Comum.”


“Projeto Vitória, Cidade Limpa – Resíduo ou Lixo?”
Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória (ES) – Inspetoria São João Bosco

As professoras Andréa Martins e Ariadne Daleprane apresentaram o projeto, que incentiva os estudantes a compreenderem, na prática, como o consumo consciente e a gestão adequada dos resíduos impactam a vida cotidiana e o ambiente escolar.

Durante a apresentação, Ariadne Daleprane explicou que o objetivo central da iniciativa é sensibilizar sobre o consumo consciente e o descarte correto dos resíduos secos e úmidos, ajudando os estudantes a desenvolver valores de responsabilidade e pertencimento.

“Queremos que eles percebam que pequenas escolhas do dia a dia fazem diferença. Ao integrar conteúdos do material didático com as descobertas científicas, estimulamos também a participação das famílias nas ações sustentáveis”, destacou Ariadne.

A professora Andréa Martins complementou trazendo os resultados concretos observados ao longo do trabalho:
“Vimos uma ampliação real da consciência ambiental das crianças e de suas famílias. Houve mudança de atitudes no cuidado com a escola, produção de materiais criativos e reflexivos e uma articulação muito bonita entre teoria e prática. São aprendizados que ficam para a vida”, afirmou.


Ressonâncias e conexões: Educomunicação como força articuladora

Ao final das apresentações, a Ir. Maike Loes fez um momento de síntese e aprofundamento, destacando as conexões entre todas as práticas apresentadas ao longo dos dois dias.

Ela ressaltou como os projetos dialogam com referências importantes da Rede Salesiana Brasil, como as coleções Girolhar, Nautas, ReligiosaMente e outras iniciativas formativas, que estruturam e iluminam o trabalho nas obras, especialmente no campo da comunicação e da cultura digital.

“A Educomunicação aparece aqui como uma força viva, capaz de integrar educação, espiritualidade e protagonismo. Cada uma dessas práticas revela a beleza da nossa missão: formar jovens que sabem comunicar com sensibilidade, responsabilidade e esperança. A RSB tem avançado muito, e estes projetos são sinais concretos desta caminhada.”
Ir. Maike Loes

A fala da Ir. Maike trouxe não apenas um fechamento, mas um convite: olhar para a Educomunicação como caminho estruturante da ação educativa, uma linguagem que aproxima, integra e transforma.

Antes do encerramento, os participantes foram convidados a registrar, em uma nuvem de palavras, os sentimentos que sintetizaram sua experiência no seminário. Termos como gratidão, rede, esperança, inspiração, alegria, comunhão e aprendizado dominaram o painel digital, um reflexo da energia compartilhada ao longo dos dois dias.

Uma rede que comunica para transformar

O segundo dia do seminário concluiu com uma certeza reforçada: a Educomunicação é parte essencial da missão salesiana hoje, um caminho que forma jovens protagonistas, fortalece vínculos e cria ambientes marcados pela corresponsabilidade e pela construção do bem comum.

O encontro se encerrou com agradecimentos e com o convite para que cada obra continue avançando, criando, experimentando e comunicando o Evangelho com linguagem viva e atual.

Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Voluntariado Missionário Salesiano: convite para encontro de formação on-line

A rede do Voluntariado Missionário Salesiano (VMS) continua a priorizar as relações humanas em sua missão. Por esse motivo, nos dias 24 e 25 de novembro, realizará um encontro de formação on-line, voltado à construção e ao fortalecimento da colaboração entre os programas de envio e as comunidades salesianas que acolhem os voluntários.

O encontro é um convite fraterno dirigido a todos os que acompanham os voluntários, especialmente àqueles que atuam nas Comunidades e Inspetorias que os recebem. “Juntos refletiremos sobre nossa missão comum; aprofundaremos o entendimento mútuo; e fortaleceremos os laços que garantem aos nossos voluntários um ambiente de serviço e acompanhamento autenticamente salesiano”, explica a Equipe de animação do VMS.

Tema: Construindo relações com as comunidades salesianas que acolhem voluntários

Objetivo: A acolhida e a formação de jovens missionários continuam sendo uma responsabilidade preciosa do VMS. Contudo, o serviço entre os jovens e os pobres se torna mais fecundo quando as Comunidades de envio e de acolhida caminham juntas, em espírito de unidade, paciência, Fé e confiança mútua. O encontro oferecerá um espaço de escuta, partilha de experiências e boas práticas, favorecendo a comunhão e o discernimento.

Pontos principais do programa

A formação contará com breves apresentações, tanto das organizações de envio quanto das comunidades de recepção, seguidas por um diálogo interativo sobre temas essenciais:

– como estabelecer uma colaboração sólida entre os programas de envio e as comunidades que acolhem;

– como preparar voluntários e comunidades para relações centradas na missão;

– abordagens práticas e espirituais diante dos desafios cotidianos;

– passos concretos para reforçar a unidade e a missão compartilhada.

O diálogo convidará os participantes a valorizar as experiências já vividas, destacar boas práticas e identificar novas oportunidades de cooperação. "Nosso desejo é assegurar que voluntários, comunidades e parceiros de missão recebam apoio antes da partida, durante o serviço e também após o retorno", afirmam os Coordenadores do VMS.

Próximas iniciativas: Durante o encontro, também serão apresentadas as novas atividades/ações do VMS, incluindo a atualização do site oficial, sessões semestrais de formação on-line (em maio e novembro) e os planos para um encontro internacional presencial de coordenação, previsto para 2027. A Equipe de animação do VMS reafirma sua disponibilidade em acompanhar as Inspetorias Salesianas de acordo com suas necessidades e contextos locais.

Convite: São calorosamente convidados a participar todos os que acompanham os voluntários - especialmente as Comunidades Salesianas e os Coordenadores nos territórios de missão. Suas experiências, perguntas e testemunhos serão fundamentais para o êxito do Encontro. "Sigamos caminhando com os jovens, ajudando-os a crescer como discípulos missionários no espírito de Dom Bosco" -  conclui a equipe do VMS.

Para se inscrever no encontro, clique aqui.

Fonte: Agência Info Salesiana

Belém recebe cardeal Parolin e 120 pessoas das delegações internacionais da Igreja para a COP 30

O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, chega hoje a Belém (PA) para a COP 30. Ele é o chefe da delegação de 120 pessoas da Igreja Católica de vários países que participarão da COP30 e dos eventos promovidos pela arquidiocese, de 10 a 21 de novembro próximo.  

COP30 é a 30º edição da Conferência das Partes signatárias do tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) para combate às mudanças climáticas que acontecerá na capital paraense.

“De acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é esperado um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante os principais dias da Conferência. Deste total, aproximadamente 7 mil compõem a chamada ‘família COP’, formada pelas equipes da ONU e delegações de países membros”, diz o site da Presidência da República.

As pessoas da delegação da Igreja ficarão hospedadas em casas de retiros e paróquias da arquidiocese. Além do cardeal Parolin, estão o núncio apostólico no Brasil e chefe adjunto da delegação da Santa Sé, dom Giambattista Diquattro, oito cardeais, nove arcebispos, 26 bispos, além de padres e leigos de diversas partes do mundo, como Itália, Peru, Índia, Nigéria, Congo, Colômbia, Sérvia, Filipinas e Ruanda, além de representantes brasileiros.

A comitiva da Santa Sé terá acesso à Zona Azul da COP30 e contará também com leigos, doutores e especialistas das seguintes instituições: Secretaria de Estado, Relações com Estados e Organizações Internacionais, Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Dicastério para a Cultura e Educação, além de assessores jurídicos e técnicos de infraestrutura.

Segundo o site oficial da COP 30, “a Zona Azul (Blue Zone) é o palco onde ocorrem as negociações oficiais, da Cúpula de Líderes e dos pavilhões nacionais”, nela “são definidos os rumos do futuro das políticas climáticas internacionais”.

“Na COP30, em Belém, a Zona Azul permitirá a países, organizações credenciadas e Organizações Não Governamentais (ONG's) dialogarem e apresentarem seus projetos, estratégias e soluções para a agenda climática”, continua o site.

Os barcos-hospitais Papa Francisco e São João XXIII também estarão em Belém para prestar apoio humanitário e serviços de saúde durante a COP30. A iniciativa é fruto da parceria entre o governo do Pará e a Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, responsável pela gestão das duas embarcações hospitalares. As embarcações ficarão no distrito de Icoaraci.

A Igreja na COP 30

A Igreja em Belém preparou uma programação paralela à COP 30 na qual promoverá eventos e atividades de formação e reflexão. Segundo o site da arquidiocese, terão eventos de “mobilização social sobre o cuidado da Casa Comum, em sintonia com o magistério da Igreja (especialmente as encíclicas Laudato Si’ e Laudate Deum)”. As atividades paralelas acontecerão de 11 a 16 de novembro.

“O objetivo é estimular o diálogo e o compromisso diante dos desafios socioambientais atuais, fortalecendo a Pastoral da Ecologia Integral e promovendo uma conversão ecológica nas comunidades”, diz o site da arquidiocese.

As atividades são divididas em quatro polos: Social, no Colégio Santa Catarina de Sena; Educação e Saúde, na Faculdade Católica de Belém; Juventude, no Santuário São João Batista e Nossa Senhora das Graças; e Sustentabilidade, em Santa Bárbara.

Para conferir a programação completa, clique AQUI.

Fonte: ACI DIgital

O mais trágico acidente ferroviário de Juiz de Fora completa 130 anos

Era terça-feira, 5 de novembro de 1895, quando uma comitiva de 17 pessoas, composta por religiosos salesianos, irmãs Filhas de Maria Auxiliadora e benfeitores, partiu de trem da cidade de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, com destino a Minas Gerais. A missão era fundar novas presenças salesianas nas cidades de Cachoeira do Campo, Ouro Preto e Ponte Nova.

m Barra do Piraí (RJ), o vagão especial que transportava o grupo de religiosos e seus companheiros foi acoplado ao “Rápido Mineiro”, um trem expresso da Estrada de Ferro Central do Brasil que vinha do Rio de Janeiro (então capital federal) e viajava com atraso de cerca de três horas devido a problemas mecânicos.

A composição alcançou o município de Juiz de Fora na quarta-feira, 6 de novembro, passando pela Estação Central já no meio da tarde, debaixo de uma forte tempestade. O mau tempo havia provocado a interrupção da linha telegráfica, impedindo a comunicação entre as estações ferroviárias.

Enquanto o “Rápido Mineiro” deixava a área central de Juiz de Fora, o trem misto M-14, que havia deixado a estação de Benfica e trafegava em sentido contrário, não foi retido na estação Mariano Procópio. Por falha de controle, ausência de comunicação e desarranjo no horário, o encontro entre as composições foi inevitável.

O choque ocorreu por volta das 15h15 daquele 6 de novembro de 1895, em uma curva fechada, nas proximidades da Praça Maria Lage, também conhecida como Praça Agassis, Praça do Bispo ou Largo Mariano Procópio. O impacto foi devastador: o vagão especial dos missionários, posicionado entre a locomotiva e o carro-correio, foi esmagado. O carro-correio se ergueu e caiu sobre o vagão, destruindo-o completamente.

O acidente resultou em sete mortes imediatas e nove feridos, sendo que um dos feridos faleceu posteriormente. As vítimas fatais, em sua maioria, estavam confinadas ao vagão especial dos missionários.

Entre as vítimas do acidente estavam Dom Luiz Lasagna, de 45 anos, fundador da obra salesiana no país; padre Villaamil, secretário episcopal e colaborador direto nas visitas e fundações das casas salesianas; madre Teresa Rinaldi, de 34 anos, visitadora das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil, responsável por coordenar as comunidades e acompanhar o trabalho das irmãs no país; irmã Petronila Imas, de 45 anos; irmã Júlia Argenton, de 28; e irmã Edwiges Gomes Braga, de apenas 22 anos, paulista e uma das primeiras brasileiras a ingressar na congregação.

Completava o grupo Joana Lusso, dama de companhia que acompanhava a missão e prestava apoio às religiosas. Também faleceu um foguista da ferrovia, identificado entre os trabalhadores da composição.

A responsabilidade pelo desastre foi atribuída ao chefe da estação de Mariano Procópio, preso logo após o acidente por não ter retido o trem misto, conforme determinavam as normas de tráfego.

A tragédia causou grande comoção nacional. O presidente do Estado de Minas, Bias Fortes, e o bispo auxiliar de Mariana, Dom Silvério Gomes Pimenta, enviaram mensagens de solidariedade. Jornais da época descreveram o episódio como “um dos mais dolorosos infortúnios da história ferroviária do país”.

O bispo missionário e a expansão salesiana

Nascido Luigi Giuseppe Lasagna em Montemagno, na Itália, em 3 de março de 1850, Dom Luiz Lasagna foi um dos primeiros discípulos de São João Bosco, fundador da Congregação Salesiana. Sua dedicação missionária o levou a integrar a segunda expedição salesiana à América Latina, em 1876.

Em 14 de julho de 1883, liderou um grupo de sete sacerdotes que desembarcou no Brasil, estabelecendo-se em Niterói (RJ), onde fundou o Colégio Santa Rosa — a primeira instituição salesiana do país.

Dom Lasagna destacou-se por seu fervor evangelizador e profundo compromisso com os povos originários, o que lhe rendeu o título de “Bispo dos Índios do Brasil”. Em 1893, foi nomeado bispo titular de Oea, e sua liderança foi decisiva para a expansão da obra salesiana, incluindo a fundação da Missão Salesiana de Mato Grosso, inaugurada em 1894.

O legado e a memória

A morte prematura de Dom Lasagna não impediu que sua obra florescesse. Seu exemplo inspirou gerações de missionários e educadores salesianos em todo o Brasil.

Em homenagem póstuma, o padre Luiz Zanchetta, então diretor do Colégio Santa Rosa, providenciou a transladação dos restos mortais de Dom Lasagna e das demais vítimas, inicialmente sepultadas no Cemitério de Mariano Procópio, em Juiz de Fora. A exumação foi feita discretamente, durante a noite, para evitar resistência popular.

Os despojos foram levados ao Monumento Nacional Mariano — hoje Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Niterói —, inaugurado em 8 de dezembro de 1900.

Em 1931, como parte das comemorações pelo cinquentenário da obra salesiana no Brasil, os restos mortais foram trasladados para seu local definitivo: a Capela das Almas, especialmente construída no santuário. A cerimônia, realizada em 6 de novembro daquele ano, no 36º aniversário da catástrofe, contou com um solene cortejo fúnebre presidido por Dom Henrique Mourão, bispo de Campos e ex-aluno de Dom Lasagna.

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