Os Bailes de Carnaval de Madre Mazzarello
17/02/2023

Os Bailes de Carnaval de Madre Mazzarello

Os Bailes de Carnaval de Madre Mazzarello

No tempo em que Maria Domingas Mazzarello era jovem e pertencia à Associação das Filhas da Imaculada, ela teve a feliz ideia de promover Festas de Carnaval para as meninas e jovens de Mornese.

Ela se deixou orientar pela sabedoria de Dom Bosco que recomendava fazer o maior bem possível à juventude e de não medir esforços para impedir que as jovens ofendessem a Deus com comportamentos inadequados. Também Pe. Pestarino, que era o orientador espiritual de Maín, dizia que era melhor “cuidar da alma das meninas do que fazer a Via Crucis e rezar o terço...”.

Com a ajuda de outras jovens, Maín – sempre que sabia da existência de algum baile no povoado – público ou privado, reunia as meninas de Mornese e favorecia momentos de divertimento, de música, onde todas podiam dançar e se divertir livremente e de forma sadia.

Esta iniciativa de Maín atraiu a raiva e a indignação dos rapazes que se deram conta de que nos bailes – durante os dias de Carnaval – as jovens de Mornese não apareciam. E por quê? Porque Maín as reunia e oferecia diversão conjugada com bons comportamentos e uma alegria muito saudável.

Alguns dos rapazes começaram a ameaçar as meninas quando as encontravam pelas ruas. Mas estas, com confiança, conversavam com Maín, a qual as incentivava a não cederem, a resistirem e conservarem a pureza do coração.

Além dos bailes de Carnaval, Maín também organizava com as meninas de Mornese momentos de passeio e piqueniques nos arredores do povoado.

 

Fonte: cf. Cronistória do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – Volume 1, pág. 111ss

 

 

 

Mais Recentes

Educação Salesiana e a Realidade da Criança Negra: Sonho e Desafio de Dom Bosco no Brasil de Hoje

Dom Bosco sonhou com uma educação capaz de transformar vidas, tirando jovens da pobreza e conduzindo-os ao protagonismo social. Seu projeto educativo nasceu da compaixão diante de uma juventude abandonada, marginalizada e sem perspectivas. Para ele, a educação deveria ser um caminho de transformação. No entanto, ao olhar para o Brasil contemporâneo, especialmente para as crianças negras, percebemos que esse sonho ainda não se concretizou. A criança negra é, muitas vezes, a face mais visível da pobreza estrutural que marca nossa sociedade. Vive em contextos onde o acesso à educação de qualidade é um percurso árduo, frequentemente interrompido pela fome, pela violência e pela exclusão. Mesmo quando encontra acolhimento e oportunidades, como nas escolas ou obras sociais inspiradas no carisma salesiano, persiste o drama da desigualdade: estudar de barriga vazia, voltar para casas sem saneamento, enfrentar preconceitos e estigmas cotidianos. A fome, inimiga silenciosa do aprendizado, rouba sonhos e apaga sorrisos. É preocupante constatar que, em um mundo marcado por avanços tecnológicos e grande capacidade produtiva, tantas crianças ainda necessitam do mínimo necessário para viver com dignidade. Enquanto se fala em inteligência artificial e inovação, milhões de meninos e meninas continuam privados de alimentação adequada, saúde e acesso ao conhecimento. Não por falta de capacidade, mas por falta de justiça social. Essa contradição interpela todos nós, discípulos de Dom Bosco, que acreditamos na potência transformadora do amor educativo. O carisma salesiano nos convida a ver Cristo nos rostos jovens, especialmente nos mais pobres. Quando esse rosto é o de uma criança negra, é preciso um olhar ainda mais atento, capaz de reconhecer as marcas de uma história de exclusão e resistência. Lembrar o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, à luz da espiritualidade salesiana, é mais do que celebrar a cultura e a herança afro-brasileira: é reafirmar o compromisso de lutar por equidade, romper as amarras da pobreza e promover a formação integral de crianças e jovens que continuam travando uma batalha diária contra a fome e o esquecimento. Dom Bosco acreditava que cada jovem, independentemente de sua origem, traz em si uma “semente de bem”. Essa semente, porém, precisa de solo fértil para germinar. Quando o ambiente social é hostil e faltam condições básicas, o potencial humano é sufocado. Por isso, educar à maneira salesiana hoje significa também denunciar as estruturas que mantêm a pobreza e anunciar caminhos de transformação. Significa lutar por políticas públicas que garantam alimentação escolar digna, promover a cultura da paz, incluir e valorizar a história e a identidade negra no espaço educativo. O sonho de Dom Bosco permanece vivo quando seus filhos e filhas se colocam ao lado dos que mais sofrem. Contudo, não basta acolher; é necessário cuidar, proteger e transformar. A educação salesiana não é neutra: ela é profética. Deve ser sinal de esperança em meio à injustiça, de vida em meio à morte social. Quando um educador salesiano dá de comer, acolhe, orienta e evangeliza uma criança faminta, realiza o coração do sonho de Dom Bosco e anuncia o Reino de Deus. Lembrar o 20 de novembro é, assim, renovar nossa missão. É reconhecer que a verdadeira enculturação do Evangelho passa pela escuta da dor do povo negro, pela valorização de sua cultura e pela retomada do ideal educativo que une fé, razão e amor. O sonho de Dom Bosco continua atual, mas só se tornará realidade quando nenhuma criança, no Brasil ou em qualquer parte do mundo, tiver que escolher entre aprender e comer.   P. Carlos José da Silva, SDB, da Comissão de Diversidade e Inculturação da Inspetoria São João Bosco

Ex-Educando Salesiano tem projeto reconhecido como uma das 100 inovações educativas mais impactantes do ano

A iniciativa “Penso, Logo Escrevo”, criada pelo Professor Wagner Garcia Siqueira, que atualmente leciona na Escola Estadual “Fadlo Haidar”, em São Paulo-Itaquera-SP, foi reconhecida como uma das 100 inovações educativas mais impactantes e escaláveis do mundo, para a edição de 2026 do catálogo da “HundrED” - organização global, com sede na Finlândia, que identifica e divulga práticas transformadoras em educação. O anúncio foi feito no dia 11 de novembro. Agora, os 100 projetos selecionados em todo o mundo serão apresentados durante 100 dias na plataforma da HundrED. O projeto do Prof. Wagner deve ir ao ar em 30 de janeiro de 2026. Os trabalhos selecionados neste ano, para o catálogo do ano que vem, são de 52 diferentes países e beneficiam 63 milhões de alunos ao redor do Planeta. Com mais de 31 anos de experiência no ensino de língua portuguesa, Wagner celebra o reconhecimento internacional do projeto, desenvolvido com alunos da rede estatal: “O fato de nós sermos reconhecidos internacionalmente nos mostra justamente a conexão que uma prática do Brasil está sendo vista por outros profissionais, por outros educadores e especialistas, ao redor do mundo; e isso nos dá uma sensação maravilhosa”, afirma o Prof. Wagner. Ex-Educando, Ex-Oratoriano e Membro da Paróquia Nª Sª Aparecida O Professor Wagner Garcia Siqueira tem uma relação antiga com a ‘Obra Social Dom Bosco’, do Bairro Itaquera; e fez questão de agradecer ao ‘P. Rosalvino Morán Viñayo’, Precursor da presença salesiana na Região, por toda a contribuição na sua trajetória: “Gratidão. Essa é a palavra que desejo expressar ao P. Rosalvino e à Comunidade Salesiana de Itaquera, por todo o trabalho em prol da educação de crianças, jovens e adultos, na periferia da Cidade de São Paulo, por meio da ‘Obra Social Dom Bosco’. Sou filho dessa Obra, que impactou decisivamente minha carreira como Professor, pois aprendi que, segundo Dom Bosco, “a educação é coisa do coração”. Foi uma enorme alegria poder anunciar ao querido ‘Padre Rosalvino’ que o Projeto ‘Penso, Logo Escrevo’ – Project ‘I think, therefore I write’ – foi reconhecido pela Fundação HundrED, da Finlândia, como uma das iniciativas mais inovadoras, impactantes e escaláveis, sendo selecionado para integrar a Coleção Global 2026”. Sobre o projeto Criado há 21 anos, o “Penso, Logo Escrevo” nasceu da percepção de Wagner sobre a insegurança dos alunos diante das avaliações que exigiam produção textual. A partir disso, o professor decidiu transformar o ensino da escrita num processo colaborativo, no qual os alunos participam ativamente, da escolha dos temas à correção dos textos. O método se divide em cinco etapas:– os alunos se reúnem em grupos para sugerir temas;– as propostas são levadas à votação geral da turma;– cada aluno produz sua redação;– o professor faz a correção individual; e– por fim, se fazem leituras públicas, primeiro em sala e depois para toda a escola, num evento anual.Além de preparar os alunos para o ‘Provão Paulista’, ‘Enem’ e ‘Vestibulares’, o projeto “Penso, Logo Escrevo” tem como foco principal desenvolver a expressão e o domínio da linguagem. “A importância de reconhecer projetos como o ‘Penso, Logo Escrevo’ vem de mostrar - aos Professores do Brasil e do Mundo - o trabalho que se faz na prática; um trabalho que é fruto de prática concreta; uma ação que responde a um desafio: fazer com que a educação/instrução se faça e que o aluno aprenda e cresça muito mais” – destaca Wagner. O passo a passo de implementação do projeto agora está disponível na plataforma da HundrED, permitindo que escolas de todo o mundo conheçam e repliquem a iniciativa. Atualmente, Wagner leciona na Escola Estadual Fadlo Haidar, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo-SP, mas o projeto já passou por outras unidades, como a Escola Estadual Profra. Ruth Cabral Troncarelli e a Escola Estadual Jardim Iguatemi. O reconhecimento internacional soma-se a outras premiações conquistadas pelo Educador ao longo da carreira, entre elas o Prêmio Professores do Brasil (MEC, 2009) e o 4º lugar na V Mostra de Inovações Pedagógicas em Língua Portuguesa, promovida pelo SESC de Belo Horizonte, em 2005. Antes de chegar aos 100 melhores projetos do ano, o Professor já inspirava outras aulas. O “Penso, Logo Escrevo” é realizado pelas Professoras Ingrid Soma (da Escola Estadual Sumie Iwata, também localizada na Zona Leste), e Geane Kênia (da Escola Estadual Prof. Bicalho, localizada na cidade de Grão-Mogol, em Minas Gerais); e foi estudado na Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba, na disciplina de planejamento e avaliação, com a Profra. Dra. Milene Bazarim, do Curso de Letras.   Fonte: Agência Info Salesiana

A Família Salesiana se prepara para os XLIV Dias de Espiritualidade: “Fazei o que Ele vos disser. Crentes, livres para servir”

 De 15 a 18 de janeiro de 2026, a Família Salesiana de todo o mundo se reunirá em Turim para participar da 44ª edição dos Dias de Espiritualidade (DEFS), anual encontro já tradicional, que reúne consagrados, leigos, jovens e amigos de Dom Bosco em torno da Estreia do Reitor-Mor. A edição de 2026 será a primeira sob a orientação do Reitor-Mor, P. Fábio Attard, e terá como foco o tema: “Fazei o que Ele vos disser. Crentes, livres para servir” – um convite a redescobrir a Fé como fonte de liberdade interior e de doação generosa na vida cotidiana e no empenho apostólico. Na carta de convocação, o Secretariado da Família Salesiana convida todos os grupos a se prepararem para uma experiência espiritual capaz de renovar a Fé e de fortalecer a unidade do carisma. A Estreia proposta pelo Reitor-Mor, que norteará todo o percurso dos Dias, volta o olhar para a atitude de Maria nas bodas de Caná: uma Fé que escuta, confia, liberta, torna disponível para o serviço. Uma Fé concreta, que moldou a vida de Dom Bosco, de Madre Mazzarello, dos primeiros missionários, de tantos membros da FS, que, ao longo do tempo, transformaram a dedicação diária em testemunho credível. O evento começará na quinta-feira, 15 de janeiro, com a recepção dos participantes, a sessão inaugural e a apresentação da Estreia pelo Reitor-Mor, momentos que marcarão a abertura oficial dos Dias. A celebração da Eucaristia na Basílica e uma noite de fraternidade darão o tom característico a esse encontro: um equilíbrio entre oração, reflexão, comunhão. A sexta-feira, 16 de janeiro, será dedicada ao aprofundamento bíblico e teológico do tema, com uma Lectio Divina conduzida pelo Diácono Paolo De Martino e, em seguida, partilhas em grupos linguísticos — espaço privilegiado para um diálogo realista sobre os desafios da Fé hoje. À tarde, o programa oferecerá aos participantes, atividades para conhecer melhor a recém-proclamada santa, Ir. Maria Troncatti, incluindo uma visita guiada à mostra “Asas de Maria Troncatti” e uma leitura teatral sobre a missionária das FMA. A Eucaristia será celebrada na igreja de São José Bento Cottolengo, destacando a figura deste santo piemontês e reafirmando o vínculo entre a espiritualidade salesiana e a tradição de caridade social que marca Turim. O dia se encerrará com a Vigília de oração organizada pela Associação de Maria Auxiliadora (ADMA). O sábado, 17 de janeiro, será dedicado ao diálogo com a realidade dos jovens e dos grupos leigos: a manhã será reservada à reflexão sobre como despertar e acompanhar a Fé de adolescentes e jovens, com apoio de testemunhos e boas práticas já existentes. Na parte da tarde, haverá o momento comemorativo dos 150 Anos de Fundação dos Salesianos Cooperadores, com recordações históricas, uma análise do presente e uma visão para o futuro — além de uma mostra especial sobre os Grupos leigos nascidos da FS. A noite fraterna concluirá o dia. O último dia, domingo, 18 de janeiro, oferecerá aos participantes um espaço de síntese e releitura: após a Oração da manhã e a Eucaristia presidida pelo Reitor-Mor, a Assembleia seguirá para a avaliação final, com encontros em pequenos grupos e, depois, na reunião plenária conclusiva, antes do envio final — um apelo para que todos vivam a Fé como abertura ao serviço cotidiano, especialmente em favor dos jovens mais vulneráveis. As inscrições para participar dos DEFS devem ser feitas on-line até 14 de dezembro, pelo site www.famigliasalesiana.org. Agência Info Salesiana

Receba as novidades no seu e-mail

O futuro que você merece
Somos Rede

Siga a RSB nas redes sociais:

2025 © Rede Salesiana Brasil