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12ª edição do Dia de Doar promove a generosidade entre os brasileiros

Data comemorada em 02 de dezembro traz expectativa de crescimento para a onda de doações se espalhar por mais municípios do país

Todos os anos, desde 2013, acontece o Dia de Doar no Brasil. E neste ano, a 12ª edição vai acontecer em 02 de dezembro. A data tem o objetivo de incentivar o país a ser mais generoso e solidário, mobilizando pessoas físicas, empresas e campanhas comunitárias para arrecadar recursos e aumentar o impacto positivo de organizações do terceiro setor.
A data visa estimular a doação de pessoas, empresas e organizações e tem um papel fundamental ao mostrar que todos podem participar, fortalecendo a cultura da doação no cotidiano das pessoas. Já as organizações sem fins lucrativos podem realizar ações para receber doações virtuais ou presenciais.
A expectativa é que milhões de pessoas sejam estimuladas no país para realizarem ações de generosidade, em uma grande onda de solidariedade. Na última edição, milhões de pessoas de diversas cidades de todas as regiões do país se envolveram com a mobilização do Dia de Doar, totalizando 80 campanhas comunitárias e arrecadando mais de 5 milhões de reais em doações.
Em 2025, a expectativa é que a iniciativa atinja um número maior de  pessoas em mais municípios brasileiros. Para isso ocorrer, diversas empresas entraram na iniciativa e realizarão ações em seus espaços, visando mobilizar sua equipe e clientes. Além disso, terá a participação de campanhas comunitárias, que no ano passado contabilizaram 80 em todo o país. Para acessar o site e conferir a mais próxima da sua região, acesse www.diadedoar.org.br e confira endereços e cronograma.

Como surgiu o Dia de Doar

O Dia de Doar faz parte de um movimento mundial chamado #GivingTuesday (terça-feira de doação). A iniciativa aconteceu pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2012, e é realizada sempre na terça-feira após o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving), uma resposta solidária à Black Friday e à Cyber Monday.
No Brasil, a primeira edição foi em 2013 e, no ano seguinte, o país entrou oficialmente no movimento global. Liderado pela ABCR, o Dia de Doar faz parte da rede do Movimento por uma Cultura de Doação e, neste ano, conta com a parceria do Instituto Mol.
No site é possível encontrar a lista de campanhas comunitárias que já foram realizadas no país, saber como liderar uma campanha e até um modelo de projeto de lei para cidades que quiserem formalizar a celebração do Dia.
Mais informações estão disponíveis no site www.diadedoar.org.br, pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou nas redes sociais @diadedoar. 

Sobre o Dia de Doar

A ABCR é a representante do #GivingTuesday no Brasil e lidera o Dia de Doar desde 2013, como parte da rede do Movimento por uma Cultura de Doação. Em 2022, o Dia de Doar engajou milhões de pessoas para celebrar a generosidade em diversas partes do Brasil. A página do Dia de Doar na internet é http://www.diadedoar.org.br e as redes sociais são todas @diadedoar.

 

Associação Brasileira de Captadores de Recursos

Fórum Nacional destaca cases de sustentabilidade do Carnaval do Rio, show da Lady Gaga e Programa Mundial de Alimentos da ONU

5º Fórum Nacional de Boas Práticas ODS é promovido on-line pelo Instituto Selo Social; inscrições são gratuitas

O Instituto Selo Social promove no dia 26 de novembro, a 5ª edição do Fórum Nacional de Boas Práticas ODS, evento on-line que reunirá cases de destaque e especialistas nacionais que vêm fortalecendo a implementação da Agenda 2030 no Brasil. A programação será transmitida ao vivo pelo YouTube do Selo Social, das 9h às 11h. As inscrições, necessárias para emissão de certificado, estão abertas na plataforma Sympla.

Com patrocínio nacional da Rede Salesiana Brasil e da Editora Edebê, o Fórum trará palestras e experiências de órgãos públicos, empresas e organizações da sociedade civil que são referência em ações de impacto social e sustentabilidade.

Entre os destaques está Diego Carbonell, especialista em Sustentabilidade e ESG, diretor de Sustentabilidade da LIGA RJ e referência nacional na incorporação de práticas sustentáveis no Carnaval do Rio de Janeiro. Carbonell atua também como consultor das ligas de escolas de samba de São Paulo (LIGA SP), Belém (ESA) e Florianópolis (LIESF), além de colaborar com a empresa Boomerang, responsável pela gestão de resíduos e sustentabilidade em grandes eventos, como o show da Lady Gaga em Copacabana e o GP de Fórmula 1 de São Paulo.

O evento recebe ainda Daniel Silva Balaban, Diretor e Presidente do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas no Brasil (UN World Food Programme). Economista, mestre em Relações Internacionais, Balaban está à frente do Centro de Excelência Contra a Fome desde 2011, conduzindo iniciativas de combate à fome e promoção da segurança alimentar. É ainda membro da Agenda de Conselheiros Globais do Fórum Econômico Mundial.

Para abordar os desdobramentos da COP30, o Fórum contará com Rafaela Junqueira de Oliveira, diplomata e Segunda-Secretária na Coordenação-Geral de Desenvolvimento Sustentável do Ministério das Relações Exteriores. Especialista em temas de energia, meio ambiente, comércio e cooperação internacional, Rafaela trará detalhes da atuação da diplomacia brasileira com outros países, os acordos firmados e quais as perspectivas para o futuro a partir desses avanços na Conferência, com foco no Desenvolvimento Sustentável.

Painel de Boas Práticas

A programação inclui também um painel dedicado a experiências de impacto social desenvolvidas por organizações certificadas pelo Selo Social em diversas cidades brasileiras.

O Selo Social

O Instituto Selo Social é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, dedicado a criar ambientes propícios à corresponsabilidade pelo desenvolvimento social local e qualidade de vida da população. Entre as ações, desenvolve o programa Selo Social há mais de uma década em diferentes regiões do país. Atualmente, é o maior certificador social do Brasil  de iniciativas sociais ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS. Na sua trajetória já reconheceu mais de 20.000 impactos sociais em todas as regiões brasileiras.  Desde 2023, o Selo Social integra a Comissão Nacional Para os ODS – CNODS, do Governo Federal, representando a sociedade civil nos espaços de discussões para o avanço da Agenda 2030 no país.

 

Fonte: Instituto Selo Social 

Encontro da Juventude na COP30 marca presença e compromisso de jovens católicos com o cuidado da vida do planeta

A Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB realizou o Encontro Nacional Juventude na COP30, entre os dias 13 e 16 de novembro, no distrito de Icoaraci, em Belém (PA). As atividades realizadas e a carta divulgada no último dia de encontro marcaram a presença e o compromisso da juventude católica com o cuidado da vida do planeta.

O encontro foi realizado em conjunto com o Setor Juventude da Arquidiocese de Belém e a Pastoral Juvenil do Regional Norte 2 da CNBB, com atividades no Santuário São João Batista e Nossa Senhora das Graças, em Icoaraci. O local foi escolhido como um dos polos organizados pela arquidiocese de Belém para refletir sobre temas sociais, de educação e saúde, de sustentabilidade e de juventude.

Mais de 100 jovens participaram de diversas atividades, como mesas redondas, palestras, ações culturais, corrida e uma visita missionária à Ilha de Cotijuba. Os debates e as reflexões trataram especialmente sobre a ecologia integral a partir da encíclica Laudato Si’.

Visita Missionária

Junto com o presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária da CNBB, dom Maurício Jardim, cerca de 70 jovens participaram da visita missionária à Ilha de Cotijuba, no dia 14 de novembro de 2025.

Jovens em visita missionária | Foto: reprodução/Jovens Conectados

Em grupos, os jovens visitaram comunidades ribeirinhas pertencentes à paróquia São Francisco das Ilhas.

Confira um vídeo com o resumo da ação missionária:

 

Carta: vozes da juventude e grito da criação

A carta divulgada ao final do encontro reforçou a esperança e o compromisso dos jovens no cuidado da criação.

“Cremos que a luta pela promoção da harmonia socioambiental é a condição fundamental para o retorno do equilíbrio do planeta e somos convictos que essa é uma tarefa de todas as gerações”, afirmaram os jovens.

No texto, eles alertam e exigem que os líderes mundiais “ouçam as vozes das juventudes e o grito da criação, tomando decisões corajosas e justas, guiadas pelo amor às pessoas e pela preservação do planeta”.

Confira a carta na íntegra:

Icoaraci – Belém/PA, 16 de novembro de 2025.

Queridos irmãos e irmãs,

Louvado seja nosso Senhor pela vida de toda a Criação!

Nós, jovens católicos, reunidos em Belém do Pará, na COP 30, sentimos em nossos corações o chamado de Deus para cuidar da vida e da criação. A Terra é nossa Casa Comum, e nela devemos viver em harmonia com os demais seres, proteger com amor, gratidão e responsabilidade, como seus guardiões.

Vivemos tempos de desafiadores onde os eventos climáticos extremos acontecem cada vez com maior frequência, não perdemos a esperança, pois acreditamos que, com fé e ação, podemos gerar uma transformação social. A Palavra de Deus nos ensina que a criação é sagrada, e que somos chamados a ser cooperadores de Deus na construção de um mundo justo e sustentável.

Entendemos que diante dos diversos acontecimento algo precisa ser feito, como garantir com que os Povos e Comunidades Tradicionais, os ribeirinhos permaneçam em seus territórios, sem sofrer violência com o avanço do Hidromineral Negócio. Só com as Florestas em pé e produtivas, com os mares e ares limpos teremos a garantia de uma nação justa e equânime. A terra é de todos e para todos, e como nos dizia o Papa Francisco, ela é nossa Casa Comum.

Acompanhamos toda a caminhada realizada pela Igreja e grupos das mais diversas espiritualidades, no processo “Igreja Católica na COP30”, do qual nós também somos protagonistas. Como nos exortava o Papa Francisco e como relança com vigor o Papa Leão XIV, é pela força da espiritualidade que podemos abrir novos caminhos de esperança, de cuidado e compromisso pela Casa Comum.

Cremos que a luta pela promoção da harmonia socioambiental é a condição fundamental para o retorno do equilíbrio do planeta e somos convictos que essa é uma tarefa de todas as gerações.

Por isso, nos comprometemos a:

– Valorizar, divulgar e apoiar experiências concretas de cuidado, formação e preservação da natureza, de produção agroecológica sustentável e justa;

– Apoiar as comunidades e os povos da floresta, das águas, do campo e das cidades que clamam por direito à Terra, Teto e Trabalho, porque acreditamos que somos nós, pequenas comunidades aliadas e organizadas, os protagonistas da mudança;

– Respeitar e proteger a natureza, cuidando de cada ser vivo como parte importante da criação;

– Agir em nossas expressões: grupos, pastorais, novas comunidades, congregações, escolas, universidades e famílias para promover a justiça social e ambiental;

– Inspirar outros jovens a valorizar a criação e praticar gestos concretos de cuidado com o planeta;

– Orar, refletir e trabalhar para que nossas decisões respeitem a vida e o equilíbrio da Terra;

– Adotar um estilo de vida sóbrio. Evitar o uso de plásticos e descartáveis em nossas atividades, reduzindo a produção de lixo e incentivando a coleta seletiva e a reutilização de materiais; e

– Defender com os povos originários, tradicionais e ribeirinhos, suas vidas, territórios e todos os biomas.

A casa comum é um lugar para se viver bem, com responsabilidade ecológica, com práticas individuais e coletivas e ações efetivas, para garantir um presente e um futuro com mais qualidade de vida para todos.

Ao final de nosso encontro, alertamos e exigimos que os líderes mundiais ouçam as vozes das juventudes e o grito da criação, tomando decisões corajosas e justas, guiadas pelo amor às pessoas e pela preservação do planeta.

Acreditamos que, juntos, com fé, esperança e ação, podemos cuidar da Casa Comum e construir um futuro de vida, dignidade e harmonia para todos.

Junte-se a nós! Juntos, podemos fazer a diferença! Com amor e esperança!

 

Fonte: Luiz Lopes Jr. do site da CNBB

Partilhas inspiradoras marcam o início do III Seminário de Boas Práticas de Educomunicação da RSB

Teve início na manhã desta terça-feira, 4 de novembro, o III Seminário de Boas Práticas de Educomunicação da Rede Salesiana Brasil (RSB), na modalidade on-line, reunindo comunicadores, educadores e gestores de todo o país em um espaço de partilhas, formação e inspiração.

A acolhida do encontro foi conduzida pelos Diretores Executivos da RSB, Ir. Silvia Aparecida da Silva e Pe. Sérgio Augusto Baldin, que destacaram o papel da comunicação como força integradora e evangelizadora na missão salesiana. “Cada obra da RSB é chamada a comunicar com o coração de Dom Bosco e Madre Mazzarello, tornando-se sinal de esperança para os jovens e para a sociedade”, afirmou a Ir. Silvia.

Em seguida, o professor Joadir Foresti, Coordenador do Projeto de Educomunicação da RSB, desenvolveu uma abordagem sobre “A força da Educomunicação na Rede Salesiana Brasil”, em que destacou o papel da educomunicação como eixo estratégico para a missão educativa salesiana.

“A Educomunicação é um novo âmbito de intervenção da comunicação social, também compreendida como um componente do processo educativo. Ela coloca a educação e a comunicação em uma relação dialógica e estratégica, a serviço do desenvolvimento pessoal e social do ser humano, por meio de uma busca permanente de respostas teóricas e práticas às complexas questões da contemporaneidade”, destacou o Prof. Joadir Foresti.

Sua fala convidou os participantes a perceberem a comunicação não apenas como uma ferramenta, mas como um modo de ser e de educar, profundamente enraizado na tradição salesiana.

Boas práticas que comunicam esperança

A programação do primeiro dia foi marcada pela socialização de três experiências inspiradoras de Educomunicação, que demonstram o protagonismo das comunidades educativo-pastorais e a presença viva do carisma salesiano em diferentes regiões do Brasil.

Festival Cultural Irmã Maria Rita Pèrillier
Centro Maria Rita Pèrillier (Lorena/SP) – Inspetoria Nossa Senhora Aparecida.

Durante a apresentação, Paula Bruna Cortez explicou que o objetivo do Festival é promover um espaço de integração, expressão cultural e protagonismo infantojuvenil, em sintonia com a Missão Educativa Salesiana, que busca a formação integral dos educandos e o fortalecimento dos vínculos entre instituições, famílias e comunidade.

O evento foi uma celebração artística e educativa que valoriza a cultura, a expressão juvenil e o legado de Irmã Maria Rita, integrando fé, arte e missão.

Projeto de Curtas-Metragens Dom Bosco em Cena
Colégio Dom Bosco (Porto Alegre/RS) – Inspetoria São Pio X.

A iniciativa transforma a sala de aula em estúdio criativo, promovendo a produção audiovisual como meio de reflexão, protagonismo e evangelização.

Durante a apresentação, os professores Ana Paula Malanovicz e Marcelo Frizon destacaram que o projeto nasceu do desejo de tornar o aprendizado mais significativo, aproximando os estudantes das linguagens midiáticas e dos valores salesianos.

“A produção dos curtas coloca o jovem como protagonista da sua própria aprendizagem. Ele deixa de ser apenas espectador e passa a ser autor, pesquisador e comunicador, capaz de expressar sua fé e suas ideias de forma criativa”, explicou a professora Ana Paula Malanovicz.

Complementando, o professor Marcelo Frizon ressaltou que o projeto também é uma oportunidade de viver o Sistema Preventivo em ação: “Cada roteiro e cada gravação se tornam um exercício de escuta, diálogo e convivência, em que educadores e alunos constroem juntos conhecimento, valores e sentido. É comunicação com alma salesiana.”

Guardiões do Velho Chico
Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (Petrolina/PE) – Inspetoria Maria Auxiliadora.

Um projeto interdisciplinar que alia comunicação, ecologia e cidadania, estimulando o cuidado com a Casa Comum e a conscientização ambiental. O projeto tem o objetivo de promover a conscientização e a intervenção socioambiental na orla de Petrolina para preservação do Rio São Francisco.

Durante a apresentação, a professora Fabiana da Costa Silva explicou que o trabalho envolve estudantes, professores e a comunidade local em ações práticas e educativas voltadas para o cuidado com o meio ambiente. “Buscamos diagnosticar os pontos críticos de geração de resíduos sólidos na orla, identificar áreas sem cobertura de lixeiras e planejar coletivamente intervenções educativas”, destacou.

Ela acrescentou que os alunos também participam da produção de placas e cartazes informativos, da sensibilização de comerciantes e frequentadores sobre a responsabilidade compartilhada e do monitoramento dos resultados, com entrega dos dados à Agência Municipal de Meio Ambiente. “Mais do que limpar a orla, queremos formar cidadãos conscientes, que cuidam do Rio São Francisco como parte da própria vida e identidade regional. O selo Guardiões do Velho Chico é o símbolo desse compromisso coletivo com a Casa Comum”, concluiu a professora.

As práticas apresentadas foram avaliadas a partir de critérios como dimensão educomunicacional, relação com a missão educativa salesiana, engajamento da comunidade educativo-pastoral, alcance e relevância social dos resultados. Cada experiência evidenciou o poder da comunicação como ferramenta de transformação e formação integral dos jovens.

Encerramento com espírito de comunhão

O primeiro dia do Seminário foi encerrado com um momento de ressonâncias e agradecimentos, reforçando a importância da colaboração entre as presenças salesianas. Os participantes foram convidados a registrar suas mensagens no mural digital colaborativo e a compartilhar percepções sobre as apresentações.

A equipe organizadora expressou gratidão pela ampla participação e renovou o convite para o segundo dia do seminário, no dia 5 de novembro, a partir das 9h (horário de Brasília).

Sobre o Seminário

O III Seminário de Boas Práticas de Educomunicação é promovido pelo Comitê de Coordenadores Inspetoriais de Comunicação da Rede Salesiana Brasil, com o objetivo de fortalecer o ecossistema educomunicacional salesiano e valorizar as experiências que unem comunicação, evangelização e protagonismo juvenil.

Comunicação da Rede Salesiana Brasil

 

III Seminário de Boas Práticas de Educomunicação valoriza experiências que unem missão, criatividade e protagonismo juvenil

A Rede Salesiana Brasil (RSB) realiza, nos dias 4 e 5 de novembro de 2025, das 9h às 11h (horário de Brasília), o III Seminário de Boas Práticas de Educomunicação. O encontro, que acontece de forma online, é um espaço de partilha, formação e integração entre comunicadores, educadores e gestores das diversas presenças salesianas do país.

Captação com propósito: aprendizados da imersão da Rede Filantropia para as Obras Sociais Salesianas

Entre os dias 27 e 30 de outubro, a Rede Salesiana Brasil (RSB) esteve representada por Sandra Sahd, Gestora Nacional de Captação de Recursos, na Imersão em Captação de Recursos da Rede Filantropia, realizada em São José dos Campos (SP). Foram quatro dias de formação intensa, reflexões e trocas de experiências sobre o papel da captação de recursos na sustentabilidade das organizações sociais, sempre à luz do propósito e da missão.

“Mais do que uma formação técnica, foi uma experiência de reencantamento com o propósito, um convite para repensarmos não apenas como captar, mas por que e para quem fazemos isso”, destaca Sandra.

Logo na abertura do encontro, conduzida por Dr. Danilo Tisel e Michel Freller, os participantes foram convidados a refletir sobre o sentido estratégico da captação. Foi destacado que, antes de buscar recursos, é essencial ter clareza de propósito, compreender qual transformação se deseja promover no mundo e qual é o investimento necessário para que ela aconteça.

A reflexão reforçou a importância de que toda equipe caminhe unida em torno de um mesmo ideal. A captação, segundo Sandra, não é um setor isolado, mas um movimento coletivo. Quando todos compreendem o propósito e o impacto da missão, captar recursos deixa de ser uma tarefa técnica e se torna uma ação viva e coerente com a identidade institucional.

Ética, tecnologia e o futuro da mobilização

O segundo dia trouxe uma imersão em temas contemporâneos, como o uso da inteligência artificial e a ética na captação. Com Jaques Grinberg, os participantes descobriram o potencial da IA como ferramenta para aprimorar campanhas e fortalecer relacionamentos com doadores. Já Carla da Nóbrega e Ricardo Baboo destacaram que nenhuma inovação é sustentável sem ética, propósito e transparência.

“Aprendi que não existe recurso que valha o risco de perder nossa integridade. A meta não pode ultrapassar o limite do que é ético, e o investimento em captação deve ser justo e transparente”, reforça Sandra.

Na oficina com Carol Zanotti, o aprendizado foi profundo: escrever projetos é advogar por uma causa. Captar recursos é, na verdade, mobilizar pessoas e consciências em torno de uma transformação social concreta.

Relacionamentos que transformam

No terceiro dia, a tônica foi o poder das conexões humanas. Com Thiago Massagardi e Flávia Lang, os participantes refletiram sobre o valor do relacionamento com doadores e parceiros. Captar recursos não é pedir, mas oferecer uma oportunidade de transformação.

“As empresas não doam; elas se conectam com causas que refletem seus valores e compromissos. Por isso, precisamos estar preparados, com uma narrativa clara e contrapartidas bem definidas”, compartilha Sandra.

O dia também trouxe contribuições de Márcio Zepellini, Cássio Aoqui e Danilo Jungers, que enfatizaram a importância da profissionalização e da diversificação de fontes, sempre com base em dados e práticas éticas.

Comunicação que inspira e emociona

Encerrando a imersão, o quarto dia foi dedicado à comunicação estratégica. Especialistas como Amarildo Clemente, Marco Iarussi e Fabiana Dias reforçaram que a emoção é o motor da mudança e que a comunicação precisa estar centrada nas pessoas.

“A comunicação estratégica é, antes de tudo, intencionalidade. É saber o que queremos despertar nas pessoas quando falamos da nossa causa. Muitas vezes falamos da organização, mas não da causa, e o verdadeiro poder está em deixar claro por que existimos”, reflete Sandra.

Uma missão que continua

Ao final da imersão, Sandra Sahd trouxe uma síntese que ecoa o carisma salesiano:

“A captação de recursos, quando feita com propósito, é pastoral, educativa e evangelizadora. É o gesto concreto de tornar viável o sonho de Dom Bosco em nosso tempo.”

Mais do que técnicas e estratégias, a imersão reforçou que o grande diferencial está nas pessoas, na capacidade de sonhar juntos, planejar com seriedade, agir com ética e comunicar com emoção.

Comunicação da Rede Salesiana Brasil

 

Projeto salesiano oferece alternativa a crianças da comunidade do Jacarezinho

Há três anos, crianças e adolescentes de uma das maiores comunidades carentes do Rio de Janeiro participam de um curso de inclusão digital. Seu coordenador, padre Natale Vitali, fala aos meios de comunicação do Vaticano: “Não é uma realidade fácil para eles, que muitas vezes não recebem uma educação digna. Mas não nos limitamos à informática, também ajudamos na conscientização e no desenvolvimento de valores morais e sociais”

O sangue é lavado, e os cartuchos das balas são retirados. Mas o medo fica. Expulsar esse medo do Jacarezinho, uma das maiores e mais violentas comunidades do Rio de Janeiro, é um desafio. Um desafio que os missionários de Dom Bosco, como o padre italiano Natale Vitali, querem vencer. Ele chegou à comunidade em 2020, um ano antes de uma operação policial transformar-se em massacre — o segundo mais letal da história da cidade, superado apenas pelo ocorrido ontem, 28 de outubro, nos bairros do Alemão e da Penha (138 mortos).

O sacerdote, que viu armas desde o primeiro dia em que entrou no Jacarezinho, conhecia uma das 28 pessoas assassinadas em 6 de maio de 2021, durante a incursão de mais de 200 agentes para prender 21 membros de uma facção de narcotráfico. “Era um garoto, sempre ficava em frente à nossa paróquia e à nossa escola, com um travesseiro na mão, e sempre nos cumprimentava. Em uma das missas que celebrei nas seis comunidades locais, lembramos os nomes e rostos das vítimas daquele massacre, que ainda está muito vivo na memória”, conta o salesiano, que acaba de concluir seu mandato como Superior da Inspetoria São João Bosco do Brasil em Belo Horizonte.

Longe da violência

A violência está profundamente enraizada no Jacarezinho. Os números não deixam dúvida: é a segunda comunidade com mais mortes em operações policiais. De 2007 a 2023, segundo o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, da Universidade Federal Fluminense, foram registradas 348 ações policiais com 216 mortos.

Essa violência afeta também a educação dos jovens: as aulas são canceladas, escolas são fechadas e muitos acabam vendo no tráfico a única forma de ganhar algum dinheiro. “Quando a polícia entra na favela, o medo é constante”, diz o padre Vitali. “Não é uma realidade fácil: muita gente não quer viver aqui. As crianças e os adolescentes muitas vezes não recebem uma boa educação, e a relação com os pais — que, em muitos casos, não estudaram — é frágil. Eles não percebem a importância de educar bem os filhos”.

Os refúgios dos jovens de Jacarezinho são a paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, que abriga o oratório festivo Dom Bosco, e a escola Alberto Monteiro de Carvalho, com mais de 500 alunos. Há três anos, depois das aulas e do almoço, eles participam do projeto de iniciação à informática, coordenado pelo padre Vitali, que o chama de curso de inclusão digital. As crianças e adolescentes, entre 6 e 14 anos, aprendem a usar o computador — muitos o veem pela primeira vez — com o apoio de professores contratados graças ao financiamento da ONG italiana Missioni Don Bosco, da cidade de Turim.

“Essa é uma das nossas ‘oficinas’. Mas não se limita à informática”, explica o sacerdote. “Trabalhamos também a sensibilização e os valores morais e sociais. Começamos em 2022, quando a Inspetoria comprou os primeiros equipamentos. O número de participantes cresce a cada ano: em 2022 eram 45, em 2023 chegaram a 150, em 2024 a 200, e hoje já são 265 alunos. É difícil fazê-los ir embora quando o curso termina, porque se sentem bem nesse ambiente familiar”.

A alternativa salesiana

No próximo ano letivo, no início de 2026, o projeto de inclusão digital deve receber ainda mais alunos. “Estamos ampliando a escola e, quando a obra terminar, se Deus quiser, poderemos acolher mais 200 estudantes”, informa o padre Vitali. Desde 2024, o curso também foi estendido aos pais dos alunos.

O impacto positivo da obra salesiana em Jacarezinho pode ser medido pelos testemunhos que o padre recebe de ex-alunos: “Há pouco tempo, conversei com dois deles. Um começou a trabalhar em uma empresa de informática e me disse que o curso de inclusão digital mudou sua mente e seu coração. O outro nos doou o primeiro salário para ajudar a manter o projeto”.

A missão dos salesianos continuará — educando crianças e jovens, protegendo-os da violência e oferecendo uma alternativa ao tráfico de drogas. O padre Vitali conclui: “A fé em Deus nos ajuda muito  a trabalhando próximos a eles. Ela nos dá força, esperança e alegria para continuar anunciando o Evangelho — mesmo quando o medo, que lutamos para vencer, ainda vive dentro de nós”.

Fonte: Vatican News

Gestores da Inspetoria Madre Mazzarello refletem sobre presente e futuro durante a Assembleia de Gestão Estratégica 2025

Evento realizado em Cachoeira do Campo reuniu representantes de todos os âmbitos da Inspetoria e destacou a importância da liderança, da escuta e da corresponsabilidade na missão salesiana

Cachoeira do Campo (MG) – Nos dias 2 e 3 de outubro de 2025, o Retiro das Rosas acolheu gestores e gestoras das diversas presenças da Inspetoria Madre Mazzarello para a Assembleia de Gestão Estratégica 2025, que teve como tema “Gestores conectados no presente e olhar no futuro.”

O encontro reuniu representantes de todos os âmbitos da Inspetoria - Pastoral Juvenil, Formação, Escolas, Obras Sociais, Missão Indígena, Comunicação, ACSSA, VIDES e Família Salesiana - em um espaço de partilha, análise e planejamento conjunto.

Um início inspirador e cheio de alegria

A Assembleia começou com um lindo momento de oração, conduzido pela Ir. Ana Maria Gomes Cordeiro, Coordenadora de Pastoral, que animou o grupo com uma dinâmica de apresentação genuinamente salesiana, marcada pela alegria e pelo espírito de comunhão.
Em seguida, a Ir. Amélia de Assis Castro, Coordenadora de Equipe Inspetorial, conduziu a apresentação de um vídeo com bandeiras contendo “sinais de esperança”, enviados pelas unidades em preparação para o encontro - um gesto simbólico que expressou a caminhada conjunta da Inspetoria.

Vídeo dos Sinais de Esperança:


Liderança e saúde mental em pauta

A primeira palestra da Assembleia foi ministrada pela Psicanalista, Professora, Comunicóloga, Mentora e Analista Comportamental, Patrícia Lisboa, que abordou o tema “Liderança e Saúde Mental”.

Com uma metodologia participativa e envolvente, Patrícia conduziu uma reflexão profunda sobre o papel das lideranças na promoção de ambientes saudáveis, abordando temas como o impacto do comportamento dos líderes na saúde emocional das equipes, o poder da escuta e do diálogo, o autoconhecimento e o autocuidado.

O ponto central da fala foi o conceito de “Segurança Psicológica”, que inspirou os participantes a refletirem sobre a importância de criar espaços onde as pessoas se sintam acolhidas e valorizadas.

A palestrante encerrou com uma citação da poetisa Maya Angelou: “Eu aprendi que as pessoas vão esquecer o que você disse e o que você fez, mas nunca esquecerão como você as fez sentir.”

O momento foi considerado um dos principais destaques da Assembleia, promovendo trocas ricas e reflexões significativas entre os participantes.

 

Análise SWOT: olhar estratégico para a missão

Ainda no primeiro dia, a Ir. Dircione da Glória Amorim, Coordenadora de Ação Social, conduziu o momento de aplicação da Matriz SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) - ferramenta clássica de planejamento estratégico criada por Albert Humphrey, nos anos 1960.

Após a explicação sobre o método, os participantes foram divididos em quatro Comunidades Salesianas: Maria Troncatti, Laura Vicunha, Domingos Sávio e Carlo Acutis. Cada grupo refletiu sobre os principais pontos fortes e desafios enfrentados pela Inspetoria nos últimos cinco anos, considerando sua nova configuração institucional.

Em plenária, as Comunidades partilharam suas análises, complementando ideias e reforçando a importância da escuta e da construção coletiva. O dia encerrou-se com um momento fraterno de convivência e integração, repleto de alegria e espírito salesiano.


Segundo dia: espiritualidade, planejamento e comunhão

O segundo dia da Assembleia iniciou-se com um profundo momento de Eucaristia, celebrado na Capela do Retiro das Rosas e presidido pelo Padre Harley Carlos de Carvalho Lima, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, em Cachoeira do Campo (MG).
A celebração abriu os corações dos participantes para os trabalhos do dia, unindo espiritualidade e missão em um clima de gratidão e esperança.

Na sequência, o Assessor de Educação, Cristiano Prates Rodrigues, conduziu a continuidade dos trabalhos, orientando os grupos na elaboração de um Plano de Melhorias baseado no Mapa Estratégico da Inspetoria.

Retomando o processo construído coletivamente nos últimos anos, Cristiano recordou as cinco dimensões do Mapa - Sustentabilidade Carismática, Sustentabilidade Financeira, Clientes e Mercado, Aprendizados e Crescimento e Processos Internos - e propôs um olhar mais prático sobre as ações da Inspetoria.

As Comunidades voltaram a se reunir, agora para propor ações concretas e unificadas, com especial atenção à Sustentabilidade Carismática, compreendida como o coração pulsante da missão salesiana.

Com o uso de tecnologia, todos colaboraram simultaneamente em um documento na nuvem, o que permitiu uma experiência dinâmica e sinodal de construção conjunta. Na plenária final, Ir. Amélia de Assis Castro revisitou cada dimensão do Mapa, analisando as contribuições e dando ao grupo a possibilidade de inserir novas propostas em tempo real.


Encerramento: esperança e missão

Para concluir a manhã, a Ir. Teresinha Ambrosim, Inspetora, conduziu o encerramento da primeira parte da Assembleia, destacando a importância de manter o olhar fixo em Jesus Cristo e de fortalecer o carisma salesiano em cada ação.

“É muito bom e muito importante fazer essas análises das nossas forças e fragilidades, direcionando o nosso olhar a Cristo, o Bom Pastor. E fazemos isso ao estilo de Dom Bosco e Madre Mazzarello, através da educação junto às juventudes”, destacou a Inspetora.

Ir. Teresinha também apresentou ao grupo reflexões sobre a Campanha da Fraternidade e a Estreia 2026, e celebrou a canonização de Maria Troncatti, a ser proclamada no próximo dia 19 - “a primeira Filha de Maria Auxiliadora, desde Madre Mazzarello, a ser declarada santa pela Igreja.”

Além disso, ela apresentou o novo site da Animação Vocacional da Rede Salesiana Brasil, um espaço de promoção vocacional e testemunho de vida consagrada salesiana.

No período da tarde, os grupos de Escolas e Obras Sociais se reuniram em momentos específicos, dedicados às pautas próprias de cada âmbito, encerrando a Assembleia com profundo sentimento de comunhão e propósito compartilhado. A Ir. Amélia de Assis Castro agradeceu a todos pela dedicação e participação:

“É muito emocionante ver como evoluímos na construção do nosso Mapa Estratégico. Hoje olhamos para ele com maturidade e esperança. Estou muito feliz e satisfeita com tudo o que construímos juntos.”

 

Um futuro guiado por Maria

Encerrando a Assembleia de Gestão Estratégica 2025, os participantes reafirmaram o compromisso de seguir com esperança, fé e corresponsabilidade, fortalecendo a missão de ser presença geradora de vida, especialmente junto aos jovens e aos mais empobrecidos.

Que Maria continue abençoando a todos e todas, abrindo caminhos e novos horizontes, elevando sempre nosso olhar para Jesus Cristo. A Inspetoria Madre Mazzarello segue, assim, a serviço da vida, da juventude e da missão salesiana, com o coração voltado ao futuro e enraizado no carisma.


Fonte: Comunicação da Inspetoria Madre Mazzarello-BMM.

VI FEITEC: critérios ambientais, sociais e de governança tornaram-se centrais para a transformação das realidades locais

A VI Feira de Inovação e Tecnologia Educacional (FEITEC), da Zona Leste da Capital Paulistana, realizada de 17 a 20 de setembro em Itaquera, adotou um tema que reflete as tendências globais: ESG (Environmental, Social, and Governance).

Ao longo dos três dias, as atividades, exposições, painéis e debates da Feira giraram em torno do conceito ESG, que aborda de maneira abrangente os seguintes fatores: Sustentabilidade - impactos no meio ambiente, poluição, uso de recursos naturais, resíduos, embalagens, emissões; Responsabilidade Social - compromisso com as pessoas, comunidades, saúde, segurança no trabalho, condições justas de trabalho, inclusão, antidiscriminação, respeito à privacidade, serviços acessíveis; Governança - práticas éticas, transparência, cumprimento de obrigações legais e fiscais, gestão responsável e alinhamento entre lucro, propósito e responsabilidade.

Os organizadores esclareceram que os critérios ESG estão relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, definidos no contexto do Pacto Global, reforçando a conexão do evento com o debate sobre padrões e compromissos globais, embora com aplicação local. A FEITEC deste ano proporcionou aos participantes - visitantes, alunos, estudantes da rede estatal e particular (ambos públicos), educadores, profissionais de diversas áreas e comunidade local - uma variedade de atividades culturais, tecnológicas e educacionais, todas alinhadas ao tema e com foco no impacto social, além de acesso ao conhecimento tecnológico e a oportunidades de aprendizado que, frequentemente, não chegam à periferia de São Paulo.

Fonte: Agência Info Salesiana

 
 

CNJ recebe primeira turma do Programa Adolescente-Jovem Aprendiz em parceria com o CESAM-DF

Em uma ação que mistura cidadania, formação profissional e inclusão social, dez alunos da rede pública do Distrito Federal começaram, em 16 de setembro de 2025, sua ambientação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como parte do Programa Adolescente-Jovem Aprendiz. A iniciativa, voltada para adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade, é fruto de uma parceria entre o CNJ e o Centro Salesiano do Menor (CESAM-DF).

 

O que é o programa

O Programa Adolescente-Jovem Aprendiz foi instituído pela Portaria CNJ n.º 55/2025.  Ele busca oferecer aos estudantes da rede pública uma oportunidade de aprender uma profissão, ao mesmo tempo em que permanecem matriculados na escola regular. Destina-se, especialmente, a jovens cujas famílias recebem benefícios de programas socioassistenciais, e que moram em cidades-satélites do Distrito Federal.

 

Estrutura e funcionamento
  • Ambientação: os jovens iniciaram com uma fase de ambientação no CNJ, conduzida pela equipe de Qualidade de Vida no Trabalho e Atenção Psicossocial do Conselho.

  • Carga horária e duração: o programa vai durar 24 meses. As atividades práticas no CNJ ocorrerão de segunda a quinta-feira, das 14h às 18h, e aulas complementares no CESAM às sextas-feiras.

  • Desenvolvimento profissional e pessoal: além de atividades práticas, serão trabalhadas competências comportamentais essenciais, como disciplina, responsabilidade e assiduidade.

  • Renda: os aprendizes recebem bolsa (remuneração) durante o período, o que representa uma fonte relevante de auxílio para suas famílias, podendo contribuir com despesas como aluguel, alimentação, água e luz.

Depoimentos e expectativas
  • O presidente do CNJ e do STF, ministro Luís Roberto Barroso, deu as boas-vindas aos jovens destacando que, apesar da entrada no mundo do trabalho, não devem deixar de lado os estudos, sugerindo que o processo seja de autoconhecimento e descoberta de talentos.

  • Dois dos jovens participantes, Laiane Gomes (16 anos, Samambaia, futura faculdade de Direito) e Hilary Estefani Pereira (16 anos, mesma região, com o sonho de ser Policial Federal), expressaram a expectativa de que essa experiência abra portas para futuros profissionais.

Sobre o CESAM-DF

O Centro Salesiano do Menor (CESAM-DF) é uma instituição sem fins lucrativos, mantida pelos Salesianos da Inspetoria São João Bosco. Fundado em 1979, tem longo histórico de atuação na formação sócio-profissional de adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social e econômica no DF. Entre seus serviços estão programas de aprendizagem que já inseriram milhares de jovens no mercado formal de trabalho, em parceria com empresas públicas e privadas, além de atuar junto a redes de assistência social. 

 

Importância e impactos esperados

A parceria CNJ-CESAM representa mais que uma inserção laboral: é uma iniciativa que trabalha por inclusão, igualdade de oportunidades e cumprimento de direitos constitucionais, como o direito à profissionalização, educação, dignidade e convivência familiar e comunitária. 

Para o governo e as instituições envolvidas, espera-se que o programa não só ofereça formação técnica, mas também fortaleça o senso de responsabilidade, autonomia e protagonismo dos jovens. A expectativa é que projetos como este diminuam desigualdades, apoiem famílias em condições de vulnerabilidade e criem caminhos reais de ascensão social.

Comunicação da Rede Salesiana Brasil com informações do Conselho Nacional de Justiça - CNJ

“Seminário Virtual: vivenciando os Cadernos de Identidade e dos Compromissos Fundamentais da Ação Social da RSB” aprofunda reflexões sobre o Oratório como critério permanente

No dia 29 de agosto, a Rede Salesiana Brasil realizou o Seminário Virtual sobre a aplicação dos Cadernos de Identidade e dos Compromissos Fundamentais da Ação Social, reunindo mais de 100 participantes on-line. O encontro teve como tema “Oratório como critério permanente”, convidando gestores, educadores e colaboradores das obras sociais a refletirem sobre a centralidade do educando na missão salesiana e o compromisso coletivo de oferecer sempre “o melhor para eles”.

A programação contou com a partilha de experiências de obras sociais da Inspetoria São Pio X, apresentando práticas concretas que traduzem o carisma salesiano em ações educativas e pastorais. A acolhida foi conduzida pela Coordenadora da Ação Social da Inspetoria São João Bosco, Carolina Neves de Oliveira, que contextualizou o propósito de tornar mais conhecidas práticas que evidenciam a aplicabilidade dos Cadernos da Ação Social na realidade das obras sociais, com fundamentação e sentido. 

Luiz Salgado (Teco), Diretor Executivo do Parque Dom Bosco (Itajaí-SC), destacou que a vivência do oratório na obra é “como queria Dom Bosco: ambiente educativo, acolhedor, familiar e alegre, critério permanente em nossas ações do cotidiano”. Ele ressaltou também que o oratório festivo acontece mensalmente, com propostas pensadas em conjunto entre educandos e educadores, fortalecendo vínculos e protagonismo juvenil, e que a experiência se estende à comunidade local, transformando também as famílias.

Na mesma linha, Marcela Andrade, Coordenadora Educativo-Pastoral do Parque Dom Bosco, reforçou a importância do “coração oratoriano” dos educadores, que, ao se aproximarem dos jovens, transformam a relação educativa em um vínculo fraterno.

Cristina Hugentobler, Diretora Executiva do Novo Lar (Viamão-RS), enfatizou que “o oratório do Novo Lar é mais que um espaço: é um abraço aberto a cada família que chega”. Segundo ela, mães, pais, crianças e jovens encontram não apenas atividades, mas um lar de vínculos verdadeiros, em que a alegria se mistura à fé e onde cada pessoa descobre que pertence a uma grande família.

Nikolas Marcelo Belo Moreira, educador do Instituto Assistencial Dom Bosco (Guarapuava-PR), trouxe a reflexão de que “a passagem de época que estamos vivendo requer discernimento sobre o tipo de presença entre os jovens mais pobres”. Ele lembrou que a memória carismática é a fonte que inspira paixão educativa e decisões operacionais, sempre com predileção pelos mais vulneráveis.

Kaylla Maria Borges, Coordenadora Educativo-Pastoral do ISAS (Curitiba-PR), recordou a frase de Dom Bosco — “não basta amar os jovens; é preciso que eles sintam que são amados” — para explicar o sentido do oratório na obra. Segundo ela, essa certeza se concretiza no cuidado, na transformação e no amor oferecido a cada jovem, valorizando o vínculo com a comunidade, as parcerias e a missão de oferecer sempre “para eles, o melhor”.

Por fim, Tatiana Ostroske, Orientadora Pedagógica do Centro Educacional Dom Bosco (Joinville-SC), apresentou a experiência do Oratório Itinerante, criado como resposta criativa ao desafio de chegar até as crianças e adolescentes em seus próprios espaços de convivência. Ela explicou que cada encontro “é uma experiência educativa planejada, onde se cultivam valores, vínculos e oportunidades de protagonismo juvenil”, reafirmando o oratório como critério permanente, lugar de acolhida e de construção de sentido para a vida.

Durante as partilhas, ficou evidenciado o empenho das equipes em manter vivo o espírito do oratório como critério pedagógico e pastoral permanente. Cada relato revelou como o compromisso salesiano se atualiza nas diferentes realidades, sempre colocando o educando no centro do processo educativo.

“Nas partilhas das práticas pelos gestores e educadores das obras sociais da Inspetoria São Pio X, à luz do tema ‘Oratório como critério permanente’, ficou evidenciado o compromisso e o empenho das equipes em realizar o melhor pelos educandos atendidos (Para eles, o melhor!). A intenção é a mesma, o sonho é o mesmo, os compromissos são compartilhados! Em cada realidade, as ações se desenvolvem com sentido por meio de atitudes pedagógicas que têm o educando no centro”, destacou Ana Paula, gestora de projetos de formação da RSB.

O Seminário reforçou a convicção de que os Cadernos de Identidade e dos Compromissos Fundamentais da Ação Social da RSB são instrumentos de unidade e fortalecimento da missão. Eles orientam a prática educativa, assegurando que o oratório, expressão original do carisma de Dom Bosco, permaneça como referência para a construção de ambientes educativos acolhedores e evangelizadores.

Angélica Novais da Comunicação da Rede Salesiana Brasil

O trabalho da MSMT junto aos Povos Originários de Mato Grosso é a maior esperança de resgate da dignidade dessa população

O trabalho da Missão Salesiana de Mato Grosso (MSMT) junto aos povos originários, fazendo a perfuração e manutenção de poços artesianos, é a maior esperança de resgate da dignidade dessa população. Mais de cem aldeias xavantes sofrem por falta de água potável.

O Distrito Sanitário Especial Indígena Xavante cobre 68 mil quilômetros quadrados, atende a 26.000 pessoas e abrange sete terras indígenas, 14 municípios e 375 aldeias. A ausência de poços artesianos em regiões como Sangradouro, São Marcos, Marechal Rondon, Areões, Pimentel Barbosa, Parabubure e Marãiwatsédé agrava problemas de saúde ligados ao consumo de água imprópria.

Consequências e respostas urgentes

As doenças diarreicas, vômitos, cólicas e infecções intestinais atingem principalmente crianças e idosos. A Secretaria Especial de Saúde Indígena registrou que, em cinco anos, o ‘DSEI Xavante’ elaborou dez projetos de abastecimento, contratou três e fez quatro levantamentos geofísicos.

Nesse ritmo, comunidades com sede hoje só teriam solução para o problema da falta de água potável em aproximadamente 200 (duzentos!) anos. A Assembleia Legislativa criou uma Câmara Setorial Temática para articular ações com governos e priorizar melhorias médicas, fornecimento de medicamentos e construção de poços.

Ações de instituições e parceiros

O Hospital Albert Einstein atua no Projeto MICC para combater doenças materno-infantis e prevenir câncer de colo do útero, relacionando a falta de água limpa a mortes que podem ser evitadas. A Promotoria de Justiça do município de Campinápolis destacou em relatório que a ausência de água potável é o principal problema estrutural.

O Promotor Fabrício Miranda Mereb apontou que a potabilidade da água impacta diretamente a saúde indígena. Uma parceria entre o Ministério Público e a Missão Salesiana mantém cerca de 50 (cinquenta) poços artesianos nas aldeias daquele município.

O papel da Missão Salesiana

O ‘Grupo Operação Mato Grosso’ constrói cisternas, instala encanamentos e busca recursos para perfurar poços. O ‘Projeto AMA’, coordenado pela Missão, fabrica bombas adaptadas a cada comunidade, instala reservatórios, filtra a água e orienta o uso consciente.

Em junho de 2024, a aldeia Corpo de Cristo voltou a ter água após a troca de uma bomba. A ação reuniu o P. Divino Aparecido Lopes, integrantes da Operação Mato Grosso e Voluntários do Centro Social Alvorada. 

Preocupação do Legislativo Estadual

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso instalou, em 14 de julho, a Câmara Setorial Temática (CST) da Saúde Indígena, proposta pelo presidente da Casa, Deputado Max Russi (PSB). O grupo, presidido por Paloma Velozo, atua para articular políticas públicas que melhorem o atendimento médico, ampliem o fornecimento de medicamentos e garantam acesso à água potável nas aldeias. Na reunião de instalação, Lideranças Indígenas destacaram que a perfuração de poços artesianos é prioridade para comunidades que enfrentam escassez hídrica, especialmente na região do Araguaia, onde vivem cerca de 22.000 indígenas da etnia xavante.

A próxima reunião da CST está marcada para 21 de agosto, na sede da Assembleia, e contará com a presença do Titular da Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba. Na pauta, além de estratégias de prevenção e promoção da saúde, será discutida a viabilização de projetos para garantir água potável em territórios indígenas. Em 27 de agosto, a Comissão realizará encontro em Barra do Garças para ouvir diretamente as demandas dos Povos Xavantes, reforçando a preocupação do Legislativo estadual com a segurança hídrica e a qualidade de vida dessas comunidades.

Impactos e esperança

Hoje o Projeto AMA mantém cerca de 80 (oitenta) poços semiartesianos no DSEI Xavante. O salesiano Diácono José Alves de Oliveira, que está à frente desse trabalho, afirmou: “Os desafios são muitos. Acredito que as parcerias entre poder público e instituições diversas, nesse esforço conjunto, seja uma saída para a resolução desse grave problema da falta d’água nas aldeias”.

As ações da Missão e seus parceiros têm reduzido mortes por doenças ligadas à água contaminada. A expansão do projeto pode melhorar as condições de saúde e sustentar as comunidades sem desrespeitar a identidade e a cultura local.

Euclides Fernandes da Missão Salesiana de Mato Grosso (MSMT)

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