26/11/2024

A Beata Maria Troncatti FMA será canonizada

A Beata Maria Troncatti FMA será canonizada

No dia 25 de novembro de 2024, o Santo Padre Francisco recebeu em audiência Sua Emcia. Rev.ma o Cardeal Marcello Semeraro, Prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos. Durante a Audiência, o Sumo Pontífice autorizou o mesmo Dicastério a promulgar o Decreto sobre:

- O milagre atribuído à intercessão da Beata Maria Troncatti, religiosa professa do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, nascida em Córteno Golgi (Itália) em 16 de fevereiro de 1883 e falecida em Sucúa (Equador) em 25 de agosto de 1969.

Com este ato do Santo Padre, abre-se o caminho para a canonização da Bv. Maria Troncatti. A data da Canonização será decidida pelo Sumo Pontífice durante um Consistório ordinário.

“Esta notícia é motivo de gratidão a Deus e de grande alegria para toda a Família Salesiana, em particular para o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, para a Diocese de Bréscia, que deu à luz a futura Santa, e para o Vicariato Apostólico de Méndez (Equador), onde Maria Troncatti viveu a sua aventura missionária. A canonização de Maria Troncatti é um sinal de esperança por seu forte testemunho de transmissão de vida e Fé às novas gerações e aos povos indígenas da floresta amazônica - sua “pátria do coração”.

Mulher de reconciliação e de paz, tinha o dom de uma maternidade que tocava os corações” - comenta o P. Pierluigi Cameroni SDB, Postulador Geral.Maria Troncatti nasceu em Corteno Golgi (Brescia) no dia 16 de fevereiro de 1883. Devotada à catequese paroquial e aos sacramentos, a adolescente Maria desenvolveu um profundo sentido cristão que a abriu à vocação religiosa. O Boletim Salesiano chegava a Corteno e Maria pensava em sua vocação religiosa. Por obediência ao pai e ao pároco, porém, ela esperou atingir a maioridade para pedir a admissão no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Fez a primeira Profissão em 1908, em Nizza Monferrato. Durante a Primeira Guerra Mundial (1915-1918), a Ir. Maria frequentou cursos de saúde em Varazze e trabalhou como enfermeira da Cruz Vermelha no hospital militar.Durante uma enchente em que arriscou se afogar, Maria prometeu a Nossa Senhora que, se lhe salvasse a vida, teria partido para as missões.

A Madre Geral, Caterina Daghero, designou-a para as missões do Equador, em 1922. Permaneceu em Chunchi por três anos. Acompanhada pelo Bispo missionário Dom Comin e por uma pequena expedição, Irmã Maria e outras duas religiosas penetraram na floresta amazônica. O seu campo missionário era a terra do povo Chuar, no sudeste do Equador. Elas se instalam em Macas, uma vila de colonos cercada pela habitação coletiva dos Chuares.Com suas coirmãs, realiza um difícil trabalho de evangelização em meio a riscos de todos os tipos, inclusive de animais da floresta e das correntezas dos rios. Macas, Sevilla Don Bosco, Sucúa são alguns dos “milagres” ainda florescentes da ação de Irmã Maria Troncatti: enfermeira, cirurgiã, ortopedista, dentista, anestesista... Acima de tudo, ela era Catequista e Evangelizadora, rica em recursos maravilhosos de Fé, paciência e amor fraterno.

Seu trabalho para a promoção das mulheres chuares floresceu em centenas de novas famílias cristãs, formadas pela livre escolha pessoal dos jovens casais. Ela recebeu o apelido de “a médica da selva”, lutando pelo progresso humano, especialmente das mulheres. Ela é a “madrecita”, sempre solícita em estender a mão não somente aos doentes mas também a todos os que precisavam de ajuda e esperança. De um simples e pobre ambulatório, ela chegou ao ponto de fundar um verdadeiro hospital e formar enfermeiras. Com paciência materna, ouvia, promovia a comunhão entre as pessoas e educava os nativos e os colonos ao perdão. “Olhar para o Crucifixo me dá vida e coragem para trabalhar”: era a certeza da Fé que sustentava sua vida. Em toda atividade, sacrifício ou perigo, ela se sentia amparada pela presença materna de Maria Auxiliadora.

No dia 25 de agosto de 1969, em Sucúa (Equador), o pequeno avião que transportava Irmã Maria Troncatti para a cidade caiu poucos minutos após decolar, na orla daquela floresta que fora sua "pátria do coração" por quase meio século, espaço de sua incansável doação entre os chuares. A Irmã Maria viveu sua última decolagem: aquela que a levou ao Céu! Tinha 86 anos, todos passados doando amor. Ela ofereceu sua vida pela reconciliação entre os colonos e os chuares. Escreveu: “Sou cada dia mais feliz com a minha vocação missionária religiosa!”.

Foi declarada Venerável em 12 de novembro de 2008 e beatificada sob o pontificado de Bento XVI em Macas (Vicariato Apostólico de Méndez – Equador) em 24 de novembro de 2012.

Fonte: Agência Info Salesiana - ANS

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ENAS 2025: Quarto dia celebra o envio da missão com esperança e compromisso renovados

O último dia do Encontro Nacional da Ação Social Salesiana - ENAS 2025, realizado nesta sexta-feira (4 de julho), em Aparecida, foi marcado por um profundo espírito de comunhão, partilha e envio. Encerrando quatro dias intensos de escuta, discernimento e construção conjunta, os participantes vivenciaram um momento significativo de consolidação das diretrizes que nortearão a caminhada da Ação Social da Rede Salesiana Brasil para a próxima década. A manhã teve início com a acolhida e oração conduzidas por Ir. Fábio Julio de Souza, coordenador da Ação Social da Inspetoria Santo Afonso Maria de Ligório, e por Jessica Jesus Silva, coordenadora da Ação Social da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora. A oração, marcada por gratidão e esperança, preparou os corações para o fechamento dos trabalhos com o mesmo espírito de fé e fraternidade que permeou todo o encontro. Em seguida, o assessor Eduardo dos Santos Batista apresentou a síntese dos quadros da Ação Social para os próximos 10 anos em Rede, resultado do caminho percorrido ao longo do ENAS. Este momento foi mais do que uma apresentação técnica: foi a materialização do sonho coletivo, cuidadosamente construído a partir das escutas, análises e partilhas vividas nos dias anteriores. O olhar lançado ao futuro vem acompanhado de compromissos concretos, alicerçados nos princípios da missão salesiana e nas necessidades emergentes das juventudes. Na continuidade da programação, os participantes foram convidados à construção dos objetivos da Ação Social, reforçando o protagonismo coletivo e a corresponsabilidade na missão. Com escuta atenta, diálogo fraterno e horizonte comum, delinearam-se metas que darão continuidade à caminhada em rede, sempre com o olhar voltado à promoção da vida, da dignidade humana e da educação integral de crianças, adolescentes e jovens. A plenária final foi um momento tocante de interação e gratidão. Representantes de diferentes inspetorias expressaram suas impressões sobre o encontro, partilharam sentimentos de renovação vocacional e reafirmaram o compromisso com uma atuação social que transforma realidades e constrói pontes de esperança. A alegria salesiana esteve presente nos gestos, nos sorrisos e nas palavras de gratidão que encerraram essa etapa formativa. O ENAS 2025 foi concluído com a Celebração Eucarística de envio, às 11h, marcada por forte espiritualidade e emoção. Diante do altar, os participantes renovaram o compromisso com a missão salesiana, inspirados pela presença viva de Dom Bosco, Madre Mazzarello e Maria Auxiliadora. A missa foi um verdadeiro momento de consagração da caminhada feita e do envio para continuar a transformar o mundo com coragem, fé e amor educativo. O ENAS 2025 chega ao fim, mas deixa como herança um novo tempo para a Ação Social Salesiana no Brasil: mais integrada, mais consciente, mais ousada na caridade e na profecia. Com o coração ardente e os pés no caminho, seguimos em rede, movidos pelo lema de Dom Bosco: "Da mihi animas, caetera tolle."   Acesse as fotos deste quarto dia abaixo: Angélica Novais da Comunicação da RSB

Jubileu dos Jovens será realizado em Aparecida de 3 a 6 de setembro

O Jubileu dos Jovens, promovido pela Comissão Episcopal para a Juventude CNBB, integra as celebrações do Ano Santo com o tema “Peregrinos da Esperança” O Maior Santuário Mariano do Brasil, em Aparecida, SP, será o principal destino da juventude brasileira, entre os dias 3 e 6 de setembro de 2025, durante o Jubileu dos Jovens. A iniciativa busca reunir jovens de todas as regiões do país em um caminho de fé, comunhão e formação. As atividades ocorrerão no auditório do Santuário Nacional de Aparecida e no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida. A programação do evento inclui encontros formativos, seminário de comunicação e a tradicional Romaria Nacional da Juventude, no Santuário Nacional. Encontro nacional de lideranças - A programação começa no dia 3 com o Encontro Nacional de Responsáveis Diocesanos, Assessores e Líderes Jovens (RDJ2025), que segue até 5 de setembro. A atividade será realizada no auditório do subsolo do Santuário Nacional. O objetivo é oferecer espaço de formação, escuta e planejamento conjunto entre as lideranças que atuam na pastoral juvenil em nível diocesano. Durante os três dias, os participantes refletirão sobre os desafios da evangelização da juventude, a sinodalidade na ação pastoral e o papel dos jovens no contexto social e eclesial. A programação incluirá momentos de espiritualidade, oficinas e partilha de experiências regionais. Seminário de Comunicação -  No dia 5 de setembro, ocorrerá o RISE UP: 3º Seminário de Jovens Comunicadores, também no auditório do subsolo. Voltado aos jovens que atuam com comunicação social (mídias sociais, jornalismo, designer, etc) e evangelização digital, o encontro pretende formar jovens comprometidos com a comunicação ética e evangelizadora, em sintonia com as diretrizes da Igreja. As atividades do seminário abordarão temas como produção de conteúdo, redes sociais, inteligência artificial e missão digital. Romaria Nacional da Juventude - O ponto alto do Jubileu será no sábado, 6 de setembro, com a Romaria Nacional da Juventude. A expectativa é reunir milhares de jovens de diversas dioceses para um dia de celebração e testemunho da fé, marcado por missas, momentos de oração, catequeses e atividades culturais. A programação se concentrará no Centro de Eventos do Santuário Nacional, com procissão ao longo da esplanada. A Romaria é considerada a maior expressão da unidade da juventude católica brasileira. Participação e inscrições - As inscrições estão abertas em: app.ciaticket.com.br/evento/jubileu-das-juventudes-03-09-2025-1127. Cada diocese é incentivada a organizar caravanas. Caminho sinodal e compromisso com a esperança - O Jubileu dos Jovens é parte do caminho sinodal da Igreja, que convida todos os fiéis a viverem a esperança como virtude cristã e compromisso com a transformação da realidade. Para a juventude, trata-se de uma oportunidade de renovar a fé, assumir o protagonismo juvenil e aprofundar a identidade como discípulos missionários. Em Aparecida, os jovens serão acolhidos na Casa da Mãe, confiando à intercessão de Nossa Senhora os desafios e esperanças. Fonte: Jovens Conectados - CNBB

Reflexão sobre a mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais

Comunicar a esperança em tempos de crise Reflexão sobre a mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais.   Miral Atik - Patriarcado Latino de Jerusalém Em um momento em que a guerra, a divisão e o sofrimento atravessam a Terra Santa, a mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais – celebrado no dia 1º de junho, domingo antes de Pentecostes – chega como um apelo urgente: “Compartilhem com mansidão a esperança que há em seus corações” (1 Pedro 3, 15-16). As palavras do Papa ressoam com um profundo significado pastoral e profético, convidando todos os cristãos – não apenas aqueles que trabalham na mídia – a refletir sobre como usamos a comunicação social. É um instrumento de paz ou mais um combustível para os conflitos? Uma palavra de esperança entre os ruídos da guerra Em sua mensagem, publicada em 24 de janeiro de 2025, o Papa Francisco nos convida a nos tornarmos “comunicadores de esperança”, enraizados em Cristo, “o comunicador perfeito” [1], e nos adverte contra uma comunicação que alimenta o medo, o ódio ou o desespero, uma retórica que desumaniza e divide. “A esperança é um risco que vale a pena correr”, escreve. “É uma virtude escondida, tenaz e paciente”. Mas a esperança – insiste -, deve ser comunicada com verdade, reverência e compaixão. De Emaús a Gaza: Que tipo de comunicadores somos? A pergunta do Papa ressoa com força em uma terra onde uma única imagem pode acender chamas de raiva e uma única palavra pode consolar um coração partido: “Que tipo de comunicação praticamos?”. Ele compara o comunicador cristão àquele que peneira o ouro entre os grãos de areia. Em uma terra marcada por histórias dolorosas, os comunicadores são chamados a contar histórias de esperança, não para embelezar a realidade, mas para revelar a beleza que habita também nas trevas. O Papa Francisco destaca três traços essenciais da comunicação cristã, inspirados na Primeira Carta de Pedro: Escolher ver o bem mesmo quando tudo parece perdido, graças ao dom do Espírito Santo. Devemos estar prontos para explicar o motivo da nossa esperança: Cristo mesmo. Devemos falar com doçura e respeito, não com agressividade ou medo. O Cristo ressuscitado na estrada de Emaús nos ofereceu um modelo de verdadeira comunicação, que começa com a escuta. Jesus primeiro caminhou ao lado dos discípulos em sua confusão e dor, ouvindo pacientemente suas dores antes de reacender suavemente sua esperança. Da mesma forma, somos chamados a caminhar com os outros, começando não com palavras, mas com a presença. Ao partilhar histórias de coragem, misericórdia e fé resistente, não gritamos a esperança ao mundo, mas despertamo-la silenciosamente, através de um testemunho compassivo. O Papa Francisco exorta-nos a contar histórias que descubram a beleza e a luz num mundo oprimido pelo sofrimento, narrativas que aprofundem a nossa humanidade partilhada. Do coração: Uma comunicação que cura O Papa imagina um estilo de comunicação que nos torne “companheiros de viagem”, caminhando juntos nos momentos difíceis, semeando esperança enraizada na misericórdia, em vez de no medo ou na raiva. Este tipo de comunicação, especialmente em um período de guerra e divisão, é um ato profético: aproxima os corações, revela o bem silencioso que se manifesta mesmo no sofrimento e favorece a unidade em vez da divisão. Esta comunicação resiste à redução das pessoas a slogans ou ideologias. Abraça a sua humanidade e promove a beleza e a solidariedade. Não é guiada por reações instintivas, mas pelo amor, que transforma as palavras em instrumentos de cura. Fala de uma comunicação que brota de corações fundados em Cristo, criando laços de comunhão em vez de muros de isolamento. Esta visão é particularmente urgente na Terra Santa, onde as histórias de esperança são uma âncora de salvação e cada palavra pode reabrir feridas ou começar a curá-las. Os cristãos como testemunhas nos meios de comunicação A todos os cristãos da Terra Santa – clero, jovens, jornalistas, pais e estudantes – a sua voz é importante. Numa terra onde cada palavra ressoa em corações frágeis, escolham o amor. Numa região frequentemente dominada pelo desespero, escolham falar de esperança. E num mundo habituado à indignação, ousem ser gentis. Podemos ser narradores de esperança, lembrando ao mundo que mesmo nas trevas Cristo caminha conosco e nossas palavras podem se tornar instrumentos de sua paz. Compartilhemos essa esperança - com fidelidade, coragem e ternura - do coração da Terra Santa até os confins do mundo. Como cristão da Terra Santa, escrevi este artigo como reflexão sobre o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais, em resposta ao convite do Dicasterio para a Comunicação Social para contribuir a compartilhar e promover a mensagem do Papa Francisco: “Compartilhem com mansidão a esperança que há em seus corações” (cf. 1 Pedro 3, 15-16). [1] “communio et progressio” sobre os meios de comunicação social, redigida por ordem do Concílio Vaticano II, parágrafo 11. Fonte: Vatican News

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