Dom Bosco, a força da palavra e o dom do relacionamento
10/06/2022

Dom Bosco, a força da palavra e o dom do relacionamento

Dom Bosco, a força da palavra e o dom do relacionamento

Continuando a série dos dez artigos do Conselheiro Geral para a Comunicação Social, Pe. Gildásio Mendes dos Santos, sobre o tema “Dom Bosco e a realidade digital e virtual”, aprofunda-se hoje a face dos dons comunicativos do Fundador da Congregação Salesiana, e a atenção se dirige especificamente ao tema: “Dom Bosco, a força da palavra e o dom do relacionamento”:

 

A comunicação nasce das palavras! Os primeiros sons que uma criança aprende a emitir, suas primeiras palavras, são uma espécie de versão (geralmente curta) de 'mãe' e 'pai', ou talvez simplesmente 'mamãe', 'papai'.  A Palavra é o princípio da comunicação.  Segundo o livro de Gênesis, Deus cria os seres humanos e todas as coisas pela fala, nomeando, dando vida... através do poder da fala!

 

Somos fundamentalmente pessoas da fala. Através das palavras desenvolvemos um léxico pessoal para definir quem somos, o que fazemos e como interpretamos o que existe em nosso derredor. Através das palavras construímos uma linguagem. Através da linguagem nos comunicamos com os outros.

 

Historicamente, nós, seres humanos, criamos palavras e desenvolvemos uma linguagem por meio da qual evoluímos como seres sociais em todos os nossos ambientes culturais.

 

O mundo digital também tem relação com palavras e linguagens. Seus códigos são palavras de um certo tipo inseridas na escrita. Bits e bytes são palavras. Todos os sistemas informáticos e softwares são linguagens. Os aplicativos são linguagens. Na tecnologia da informática, tecnologia da informação e realidade virtual, as mensagens codificadas se transformam em linguagens, inclusive os códigos e algoritmos são linguagens. Quando programamos um computador, lidamos com palavras que, combinadas com números e cifras, se transformam em um código informático, uma linguagem que nos permite interagir com o computador. As interações entre os sistemas dentro da Internet funcionam como uma enciclopédia.  Exemplo disto é a forma com a qual foi projetada a Wikipédia, que consente interações virtuais entre um lugar e outro por meio das palavras.

 

As palavras e os idiomas humanos, no entanto, abrigam significados mais profundos. Elas não constituem apenas fonemas, morfologia, sintaxe ou ferramentas técnicas de comunicação; também se relacionam com o significado e a profundidade. As palavras nos revelam e trazem à tona o que pensamos e sentimos como seres humanos.  A linguagem é, portanto, nossa maneira de expressar o que somos, amamos ou acreditamos. Por meio da linguagem aprendemos a nos conduzir no mundo social, a tomar decisões e a sermos proativos no espaço que ocupamos no mundo. A palavra expressa emoções, sentimentos, valores. É a voz do coração e da alma humana.  A palavra e a linguagem expressam o que somos.

 

A linguagem, portanto, encerra uma dimensão oculta, uma parte do mistério que somos, que é a vida. É por isso que, no decorrer da nossa existência, vamos encontrando novas palavras para expressar novas experiências, novas descobertas ou novas realidades.

 

Um aspecto complementar do ato de expressar-se por meio das palavras está nos relacionamentos. A palavra reconduz às relações humanas. A palavra nos é dada para que possamos falar, criar, dialogar e dar vida ao nosso mundo.

Dom Bosco era um homem de palavras! Adotou a linguagem para viver e educar!

 

Desde a infância até os últimos momentos de sua vida, Dom Bosco usou as palavras para expressar seu ser mais profundo e suas convicções. Permitam-me analisar o ‘Sonho dos Nove Anos’ a partir da perspectiva do poder das palavras e da linguagem. Isso pode nos ajudar a compreender melhor por que as palavras são a "mãe da comunicação". Ele brinca com as palavras! Cria sua própria linguagem!

 

Ele conta: "Aos nove anos de idade, tive um sonho, que me ficou profundamente gravado por toda a vida. Parecia-me estar perto de casa num pátio bastante espaçoso, onde se encontrava uma multidão de rapazes que se divertiam. Alguns riam, outros jogavam, outros blasfemavam. Ao ouvir aquelas blasfêmias, lancei-me imediatamente no meio deles tentando com socos e palavras fazê-los calar".

 

É interessante o relato de Dom Bosco sobre o que mais o impressionou nesta parte do sonho: as “blasfêmias”, ou seja, as "palavras ruins". Uma linguagem ruim! O poder das palavras! Palavras que revelaram a triste situação que aqueles jovens estavam a enfrentar em suas vidas.

Dom Bosco prossegue: "Naquele momento apareceu um homem venerando, nobremente vestido... Chamou-me pelo nome e me ordenou que me colocasse à frente daqueles meus amigos".

 

O diálogo inicia com termos opostos:

 

Golpes - doçura

Fealdade do pecado - valor da virtude

 

Dom Bosco replica respondendo que ele "era apenas uma pobre criança ignorante, [ele] não era capaz de falar a esses meninos sobre religião".

Dom Bosco pergunta: “Quem sois vós que me ordenais coisas impossíveis?”.

O homem do sonho responde:  “Exatamente por te parecerem impossíveis, deves torná-las possíveis com a obediência e com a aquisição da ciência”.

Dom Bosco, então, faz uma pergunta profunda: "Onde, por que meios?".

O diálogo continua. O homem responde à sua pergunta:

"Eu te darei a mestra", sob cuja disciplina poderás tornar-te sábio, e sem a qual toda a sabedoria se torna tolice".

 

Através do uso da linguagem, o diálogo se aprofunda mais e mais.... O ser se exprime: questões profundas emergem... Há um desejo de saber quem é o interlocutor. São palavras em busca da verdade!

 

“Mas quem sois vós, que falais deste modo?”, pergunta, por fim, João Bosco.

E o homem responde: "Eu sou o filho d’Aquela que a tua mãe te ensinou a saudar três vezes ao dia".

 

A linguagem é a forma como o jovem João Bosco se defende, encontra segurança, uma referência emocional para resolver um problema.

 

Dom Bosco, por sua vez, diz: “Minha mãe diz-me que não ande com pessoas que não conheço, sem sua licença; por isso dizei-me o vosso nome”.

A linguagem é dinâmica. As perguntas levam a buscar, a refletir, a considerar, a enfrentar a verdade da vida e da realidade. A linguagem anda de mãos dadas com as crenças e as convicções humanas.

 

A história continua: "Vi a seu lado uma senhora de majestoso aspecto, vestindo um manto todo resplandecente, como se cada ponto seu fosse uma estrela fulgidíssima. Vendo-me cada vez mais confuso nas minhas perguntas e respostas, fez-me sinal para que eu me aproximasse dela e, tomando-me com bondade pela mão, disse-me: ‘olha’”. E assim fez.

 

A linguagem abre caminhos para a vida e a confiança. A língua é como uma chave que abre portas e novos horizontes. "Os rapazes tinham fugido todos e, em vez deles, vi uma multidão de cabritos, cães, gatos, ursos e outros animais".

 

O diálogo continua, sempre com termos opostos.

Animais selvagens - cordeiros domesticados

Forte - enérgico - humilde

 

E ele segue contando seu sonho: “Eis o teu campo, eis onde deves trabalhar. Torna-te humilde, forte e robusto; e aquilo que neste momento vês suceder com estes animais, deverás fazê-lo com os meus filhos”.


Voltei então o olhar e eis que, em vez de animais ferozes, apareceram outros tantos mansos cordeiros que, todos a saltitar, corriam ao redor como para fazer festa àquele personagem e àquela senhora.

 

A linguagem é como um oceano, profunda e, às vezes, bastante complexa. Sob alguns aspectos, chega a ser misteriosa. Toca o coração, a alma, a mente.  Através de palavras como "sim”, “não”, “talvez", os seres humanos definem sua vida, seu futuro, seu verdadeiro lugar no mundo.

 

João Bosco expressa seus sentimentos mais profundos: "Naquele momento, ainda em sonho, comecei a chorar, e supliquei àquela personagem que falasse de modo que eu compreendesse, visto que eu não sabia o que significava tudo aquilo. Então ela colocou a mão na minha cabeça, e me disse: “A seu tempo, tudo compreenderás”.

Dito isto, um barulho despertou-me e tudo desapareceu, depois de ter dito... palavras de forte significado e simbolismo. Palavras que expressam o poder da linguagem, o dom das relações!

 

As relações são o destino da fala!!!

 

Através dos relacionamentos, expandimos nossa comunicação interpessoal e damos sentido e solidez às nossas palavras.

 

Para Dom Bosco, a palavra "jovens" torna-se uma linguagem que toca profundamente toda sua vida, seu coração, sua alma.  Torna-se uma palavra para ser vivida, de se doar, de comunicar.  Através da linguagem do coração e da alma, toca a vida daqueles que o conheceram e aprenderam das grandes coisas que ele fez pelos jovens.

 

Para ele, a palavra se torna um projeto de vida porque a palavra que vem de Deus é uma Palavra que lhe ilumina a vida, dá-lhe perseverança para persistir naquilo que amou e viveu:  “Prometi a Deus que até o meu último suspiro seria pelos meus queridos jovens” (cf. C 1).

 

Fonte: Agenzia Info Salesiana (ANS)

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Voluntariado Missionário Salesiano: convite para encontro de formação on-line

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Belém recebe cardeal Parolin e 120 pessoas das delegações internacionais da Igreja para a COP 30

O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, chega hoje a Belém (PA) para a COP 30. Ele é o chefe da delegação de 120 pessoas da Igreja Católica de vários países que participarão da COP30 e dos eventos promovidos pela arquidiocese, de 10 a 21 de novembro próximo.   COP30 é a 30º edição da Conferência das Partes signatárias do tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) para combate às mudanças climáticas que acontecerá na capital paraense. “De acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é esperado um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante os principais dias da Conferência. Deste total, aproximadamente 7 mil compõem a chamada ‘família COP’, formada pelas equipes da ONU e delegações de países membros”, diz o site da Presidência da República. As pessoas da delegação da Igreja ficarão hospedadas em casas de retiros e paróquias da arquidiocese. Além do cardeal Parolin, estão o núncio apostólico no Brasil e chefe adjunto da delegação da Santa Sé, dom Giambattista Diquattro, oito cardeais, nove arcebispos, 26 bispos, além de padres e leigos de diversas partes do mundo, como Itália, Peru, Índia, Nigéria, Congo, Colômbia, Sérvia, Filipinas e Ruanda, além de representantes brasileiros. A comitiva da Santa Sé terá acesso à Zona Azul da COP30 e contará também com leigos, doutores e especialistas das seguintes instituições: Secretaria de Estado, Relações com Estados e Organizações Internacionais, Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Dicastério para a Cultura e Educação, além de assessores jurídicos e técnicos de infraestrutura. Segundo o site oficial da COP 30, “a Zona Azul (Blue Zone) é o palco onde ocorrem as negociações oficiais, da Cúpula de Líderes e dos pavilhões nacionais”, nela “são definidos os rumos do futuro das políticas climáticas internacionais”. “Na COP30, em Belém, a Zona Azul permitirá a países, organizações credenciadas e Organizações Não Governamentais (ONG's) dialogarem e apresentarem seus projetos, estratégias e soluções para a agenda climática”, continua o site. Os barcos-hospitais Papa Francisco e São João XXIII também estarão em Belém para prestar apoio humanitário e serviços de saúde durante a COP30. A iniciativa é fruto da parceria entre o governo do Pará e a Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, responsável pela gestão das duas embarcações hospitalares. As embarcações ficarão no distrito de Icoaraci. A Igreja na COP 30 A Igreja em Belém preparou uma programação paralela à COP 30 na qual promoverá eventos e atividades de formação e reflexão. Segundo o site da arquidiocese, terão eventos de “mobilização social sobre o cuidado da Casa Comum, em sintonia com o magistério da Igreja (especialmente as encíclicas Laudato Si’ e Laudate Deum)”. As atividades paralelas acontecerão de 11 a 16 de novembro. “O objetivo é estimular o diálogo e o compromisso diante dos desafios socioambientais atuais, fortalecendo a Pastoral da Ecologia Integral e promovendo uma conversão ecológica nas comunidades”, diz o site da arquidiocese. As atividades são divididas em quatro polos: Social, no Colégio Santa Catarina de Sena; Educação e Saúde, na Faculdade Católica de Belém; Juventude, no Santuário São João Batista e Nossa Senhora das Graças; e Sustentabilidade, em Santa Bárbara. Para conferir a programação completa, clique AQUI. Fonte: ACI DIgital

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