ECOSAM reforça a necessidade de ser rede e compartilha projetos
19/04/2023

ECOSAM reforça a necessidade de ser rede e compartilha projetos

ECOSAM reforça a necessidade de ser rede e compartilha projetos

A Equipe de Comunicação Social das Américas (ECOSAM), do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), continua reunida em Montevidéu, no Uruguai, realizando seu encontro presencial de avaliação e planejamento para o triênio 2023-2025.

No dia 18 de abril, os trabalhos foram coordenados por Ir. Dalila Carolina Erazo Alvarado, da Inspetoria Santíssimo Salvador, que representa a Conferência Interinspetorial México, Antilhas e América Central (CIMAC). As atividades tiveram início com a oração da manhã, baseada no texto do Evangelho de João (21, 1-7) que ajudou a refletir sobre o tema “lançar as redes”, “somos rede!”. Em seguida, o grupo encontrou por meio da plataforma Zoom, o professor e pesquisador Erick R. Torrico Villanueva, da Universidade Andina Simón Bolivar (UASB), Doutor em Comunicação pela Universidade Rey Juan Carlos, Madrid (Espanha). O professor Erick apresentou a conferência “Comunicação (re)humanizante: Uma rota descolonial”, que é também título do livro por ele publicado em 2022. Em sua conferência destacou fases e eventos da História que determinaram os caminhos da comunicação na América Latina, colocando em destaque expressões como: pensamento descolonial, conquistas e colonização, colonialidade, descolonialidade, descolonização, comunicação “ocidental” e a “in-comunicação” colonial.

Segundo Erick é graças à comunicação que existe a vida social, porque ela cria tecidos sociais, mas também pode destruir a vida social. Sem comunicação não existe sociedade, sem sociedade não há comunicação. O professor enfatizou a necessidade de recuperar o sentido humanizante da comunicação, a interrelação entre as pessoas. Tem que haver intercâmbio, diálogo, reciprocidade. O principal aspecto que caracteriza o ser humano é a comunicação, além do uso da razão e do trabalho. (Re)humanizar a comunicação é recuperar a capacidade que o ser humano tem de comunicar. É preciso também aproveitar os meios de comunicação que existem para (re)humanizar a comunicação.

Em seguida, o grupo participou da Eucaristia junto com a comunidade local, na Capela do Centro de Espiritualidade Santa Rafaela Maria, onde o encontro está sendo realizado. Ainda na parte da manhã, a Conselheira Geral para a Comunicação, Ir. Maria Ausilia De Siena, apresentou as “Linhas Gerais do Âmbito da Comunicação Social”, reforçando a importância de humanizar a comunicação, pois ela é uma exigência do ser humano. Segundo a Conselheira, muitas vezes, a falta de comunhão da qual muito se fala nas comunidades é, na verdade, um problema de comunicação. Ir. Ausilia, referindo-se à mensagem do Papa Francisco para o 57º Dia Mundial das Comunicações, evidenciou a importância da escuta e do comunicar na verdade e com verdade. Em seguida, explicou o porquê da opção do Conselho Geral por uma programação conjunta para o sexênio e, em relação ao Âmbito da Comunicação, apresentou aquele que é o grande objetivo: “Criar/consolidar a rede das coordenadoras inspetoriais para a Comunicação Social". Destacou as ações que vão responder às grandes escolhas do XXIV Capítulo Geral das FMA: formação, sinodalidade missionária e ecologia integral. Para concluir a manhã, apresentou objetivos e ações que se referem aos pilares do Âmbito da Comunicação: Animação, Formação, Informação e Produção.

  

No período da tarde, o grupo viveu um momento significativo de partilhas. Algumas Conferências apresentaram experiências relacionadas à Educomunicação e seus processos. Representando a Conferência CIMAC, Ir. Dalila Carolina Erazo Alvarado, da Inspetoria Santíssimo Salvador (CAM), da América Central, região norte, apresentou o Projeto “Redes”, cujo objetivo principal é fortalecer a rede de coordenadores de educomunicação promovendo a vitalidade dos processos comunicativos. Em seguida, a Conferência Interinspetorial da América do Norte e Canadá (NAC) que congrega as Inspetorias dos Estados Unidos e Canadá, representadas pelas Irmãs Cynthia Salas e Antoinette Cedrone, apresentou o projeto “Mission Advancement” (“Avanço da Missão”).

Para concluir os trabalhos deste segundo dia de encontro, a Conferência Interinspetorial do Cone Sul da América Latina (CICSAL), representada pelas Irmãs Susana Billordo e María Baffundo, apresentou dois projetos: “Un nuevo latido” (“Uma nova batida”) e “Maín, en tu vida nos encontramos” (Maín, em sua vida nos encontramos”). O primeiro tinha por objetivo gerenciar uma comunicação baseada no diálogo, na verdade e na “amorevolezza” entre as comunidades educativo-pastorais, a partir do coração oratoriano, para gerar e cultivar laços profundamente humanos e sagrados que expressem participação e compromisso na gestação da nova identidade da Inspetoria Laura Vicuña (Argentina). E o segundo, no marco do 150º aniversário do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, quis oferecer um espaço virtual formativo para educadores leigos e FMA de todas as obras das Inspetorias da CICSAL, para recordar com gratidão as origens carismáticas e dar um novo impulso à missão recebida como herança.

Nos próximos dias, outras duas Conferências - Conferência Interinspetorial das Nações Bolivarianas (CINAB)Conferência Interinspetorial do Brasil (CIB) - vão também socializar seus projetos educomunicativos.

   

Por Ir. Maike Loes

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Espiritualidade teresiana em Irmã Maria Troncatti

Em 15 de outubro de 2025 celebra-se a memória litúrgica de Santa Teresa de Ávila, padroeira do Instituto das FMA. Alguns traços da espiritualidade teresiana também podem ser percebidos na Bem-aventurada Irmã Maria Troncatti, agora Santa Nas Constituições de 1885, Dom Bosco escrevia no artigo sobre a Mestra das noviças: “Santa Teresa queria as Religiosas alegres, sinceras e abertas… As Irmãs de tal caráter são as mais aptas a inspirar nas jovens e nas pessoas do mundo estima e amor pela piedade e pela Religião” (Regras ou Constituições para as Filhas de Maria SS. Auxiliadora agregadas à Sociedade Salesiana, Turim 1885, Título IX, 5). Certamente, Dom Bosco quis dar às FMA uma mestra de vida espiritual que soubesse unir contemplação e ação numa síntese harmoniosa, verdadeira raiz da criativa iniciativa da grande reformadora e fundadora espanhola. Contudo, as primeiras FMA tiveram dificuldade em viver assim. Numa carta de Borgo San Martino, Irmã Luigina Boccalatte escrevia que entre 25 e 29 de junho de 1882 Dom Bosco celebrou a Santa Missa durante os dias da festa de São Luís Gonzaga: “Nem lhe conto o trabalho extraordinário e quanta gente se reuniu, até de povoados vizinhos.”A Irmã narra: “Dissemos a Dom Bosco que não nos restava tempo para as nossas práticas de piedade e que à noite nos dava sono. E ele respondeu: «Rezai três Ave-Marias o melhor que puderdes e ide dormir tranquilas, porque já estais cansadas do dia; mas, na Missa e na Comunhão, repeti a Jesus que vos dê saúde, santidade, alegria e perseverança, e que vos faça tantas Santas Teresas»” (Crônicas IV, 155–156). Também a Bem-aventurada Irmã Maria Troncatti, FMA (1883 – 1969), FMA (1883–1969), que será canonizada em 19 de outubro por Leão XIV em Roma, na Praça São Pedro, soube unir contemplação e ação, testemunhando com igual força confiança em Deus e em Maria Auxiliadora, criatividade e ousadia apostólica. As testemunhas afirmam: “A oração era seu alimento diário: amava estar na capela, apesar do pouco tempo disponível; aproveitava as primeiras horas do dia, o momento de descanso dos enfermos e as horas da tarde… e rezava! Contudo, quando era chamada para assistir os doentes, deixava imediatamente a capela para cuidar dos necessitados.” Quando noviça, escreveu palavras que ecoam a espiritualidade teresiana: “Senhor, quero ser tua para sempre. Ó Jesus, deixei tudo o que tinha de mais caro para vir servir-te, para santificar minha alma. Sim, tudo abandonei: só Tu me restas, mas Tu me bastas.Jesus, faze-me muito boa e perseverante no estado ao qual me chamaste: faze que te sirva sempre fielmente! Que eu seja esquecida por todos para ser somente tua; afasta-me de todos para ser teu brinquedinho… Dá-me muito amor, muito espírito de sacrifício, de humildade, de abnegação, para ser instrumento de bem para tantas pobres almas.” Essas palavras foram encontradas entre seus pertences após sua morte. Na documentação do Processo de Beatificação lê-se: “Como vivia a oração Irmã Maria? (…) Podemos afirmar que a Serva de Deus vivia sempre nos cumes da oração e que, portanto — como se disse do fundador Dom Bosco — ‘era a união com Deus’. Imitava a atitude de Jesus que ‘passava a noite em oração’ e que, depois do batismo no Jordão, ‘permaneceu ali rezando’. Irmã Troncatti, todas as manhãs, das 4 às 5, colocava-se em adoração diante do sacrário. Assim abria o dia; depois, aos sábados, participava do ‘rosário da aurora’ com os fiéis piedosos, para estar na hora marcada na igreja com a comunidade, para a meditação e a Santa Missa. Durante todo o dia, não só fazia do trabalho uma oração incessante, mas rezava quase continuamente: muitas testemunhas, de diversas categorias, afirmam tê-la visto com a transparência de uma fé serena, convicta e operosa.” Uma postulante que conheceu Irmã Maria em 1920 conta: “Nunca se a via ansiosa ou atarefada, e, no entanto, estava sempre ativa, com uma atitude de paz que revelava um autêntico recolhimento interior, de pessoa imersa em Deus.” Como ensina Santa Teresa: “Irmã Maria vive cada instante de sua vida numa corajosa projeção de fé que lhe ilumina o caminho nas circunstâncias mais difíceis.Seu confiante abandono nas mãos de Deus, Pai providente e Amor infinito, não a torna nem passiva nem desarmada. Ela sabe que na vinha do Senhor é o sol da graça que amadurece os frutos, mas é também necessária a operosidade diligente dos trabalhadores. Por isso, sua dedicação é incessante: desde o grandioso projeto do hospital até o cuidado para que o pequeno shuar tenha uma bela roupinha para a festa do batismo ou da primeira comunhão; das celebrações marianas ao cuidado pela esposa de seu afilhado que deve viajar à cidade.Sua intensa atividade é toda ritmada pela oração: «Um olhar ao meu crucifixo que trago ao pescoço me dá vida e asas para trabalhar» (L. 16 – Proc. p. 67).Repete a si mesma o que escreve aos parentes: «Jesus deu o próprio sangue também por esses infelizes»” (Summarium, 517). Assim, duas Santas tão diferentes, distantes no tempo e no espaço, se recordam mutuamente e encorajam o homem e a mulher de hoje a viver a fé como uma força transformadora e humanizadora do mundo atual. Fonte: Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora  

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