Inspetoria de São Paulo celebra 150 anos da fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora no Santuário de Aparecida
08/08/2022

Inspetoria de São Paulo celebra 150 anos da fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora no Santuário de Aparecida

Inspetoria de São Paulo celebra 150 anos da fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora no Santuário de Aparecida

A missa, que contou com a participação de Irmãs residentes no Estado de São Paulo, membros das comunidades educativas, estudantes, ex-alunas/os, representantes da Família Salesiana, foi presidida por Dom Hilário Moser sdb, bispo emérito de Tubarão (SC), e concelebrada por Dom Fernando Legal sdb, bispo emérito de São Miguel Paulista (SP). Também participaram outros Salesianos de Dom Bosco, entre eles, Padre Justo Ernesto Piccinini, Inspetor da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora, de São Paulo.  
O Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora celebrou o seu Jubileu nas 97 nações onde está presente, com momentos bastante variados e criativos. No entanto, o que predominou foi a Celebração Eucarística, definida como a “Celebração do Sim”, na qual muitas das Irmãs Salesianas puderam renovar sua Profissão religiosa diante da comunidade eclesial reunida.
A escolha da BAP pelo Santuário Nacional de Aparecida, um dos maiores Santuários da América Latina e centro propulsor da espiritualidade mariana – foi bem motivada. Além da “feliz coincidência” do nome, tanto a BAP quanto o Santuário têm como padroeira Nossa Senhora Aparecida, o Santuário está situado na região onde, em 16 de março de 1892, chegaram as primeiras Missionárias para dar vida ao “espírito de Mornese” em terras brasileiras. Portanto, o Jubileu de fundação do Instituto também foi oportunidade para celebrar os 130 anos de presença das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil.
Alguns momentos marcaram profundamente a Celebração do dia 5 de agosto: a procissão de entrada teve como protagonista a imagem da Virgem Aparecida que, em seguida, foi colocada no altar central entre os quadros de Dom Bosco e de Madre Mazzarello. Da procissão de entrada também participaram a Inspetora, Ir. Alaíde Deretti, as Conselheiras inspetoriais presentes e outras Irmãs representando as demais FMA da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida.
Após a homilia de Dom Hilário Moser, as FMA renovaram sua Profissão religiosa diante do povo de Deus presente no Santuário. A renovação da Profissão encontrou eco nas palavras do presidente da Celebração. De fato, Dom Hilário – em sua homilia – disse que celebrar os 150 anos do Instituto é fazer memória da “história de salvação da juventude”. O Instituto teve origens muito humildes, mas «que, graças ao espírito missionário [...], hoje é frondosa árvore que estende seus ramos pelo mundo... enfim, é toda essa “história de salvação” que hoje nos reúne na Casa da Mãe Aparecida para colocar sobre o altar da Eucaristia nosso coração agradecido».
O bispo emérito também destacou a presença de Maria na vida de Dom Bosco e do Instituto, recordando que, para o Santo fundador, não foi suficiente construir a Basílica de Turim, ele quis também oferecer a Maria Auxiliadora um monumento vivo: «Vós vos gloriais de serdes Filhas de Maria Auxiliadora; na verdade, vós não sois somente Filhas, sois também Irmãs, sois também Mães: por isso, em tudo deveis parecer-vos com Maria».
Na categoria “mãe”, Dom Hilário falou sobre as Bodas de Caná, evidenciando que as FMA são convidadas «a ter coração e olhos maternais para estar atentas às necessidades da juventude», compadecendo-se dos mais necessitados, usando de misericórdia com os que erram, amparando os que caem, socorrendo «as muitas misérias do nosso mundo».
Também fez referência ao XXIV Capítulo Geral das FMA, destacando o título do Documento capitular: “Com Maria, ser ‘presença’ que gera vida”. Disse: «com Maria e como Maria, vós sois convidadas a serdes Mães, a abrir o vosso coração aos cuidados próprios de uma mãe para com os próprios filhos. Jovens aos milhares vivem na orfandade e precisam de mãe! Sede vós suas Mães: nisto consiste a vossa missão».
Para Dom Hilário Moser, a melhor forma para celebrar os 150 anos do Instituto é: «Comprometer-vos a viver e a trabalhar como verdadeiras Filhas, Irmãs e Mães [...] e fazer do futuro uma “história da salvação da juventude”. Na certeza de que também no futuro se haverá de proclamar: “Foi Maria quem tudo fez”». A homilia foi concluída com um augúrio: no futuro certamente «Maria continuará a caminhar pelas vossas casas, recomendando-vos: “Fazei tudo o que meu Filhos vos disser”».
Antes da conclusão da Eucaristia, a Inspetora Ir. Alaíde Deretti, dirigiu sua mensagem aos presentes, destacando que «celebrar 150 anos de história é olhar para trás, recordar o passado e fecundar a vida de gratidão! É olhar para o hoje do nosso tempo, abraçar o presente e confiar no horizonte! É olhar para frente, acolher a novidade e espalhar esperança! É olhar para o Alto, receber de graça a Graça divina e renovar nosso sim: “Eis-nos aqui!”. É escutar de Nossa Senhora aquele primeiro e sempre novo “A ti as confio” e, sob o seu manto - de Aparecida e de Auxiliadora - devolver a ela a vida e a essência das juventudes: “A ti as confio”.
Como já é tradição no Santuário, também nesta Celebração Eucarística foi recitada a Consagração a Nossa Senhora Aparecida. O Inspetor, Padre Justo Piccinini, ergueu a pequena imagem de Nossa Senhora, para torná-la bem mais visível, e todos os presentes acompanharam a Consagração feita por Dom Hilário Moser. Para as FMA, este foi o momento de consagrar a Nossa Senhora não só a vida e a missão da BAP, mas a vida e a missão de todo o Instituto, também de Madre Chiara Cazzuola e de seu Conselho.
A Celebração dos 150 anos no Santuário de Aparecida foi transmitida ao vivo pela TV Aparecida e por diversas redes sociais para que também as FMA que não puderam estar presentes, por causa das distâncias geográficas, pudessem unir-se em oração e em sintonia de pensamento a todo o Instituto.
Após a missa, as Irmãs deixaram a cidade de Aparecida e foram para Guaratinguetá, onde partilharam o almoço e puderam comemorar, na fraternidade, não só o Jubileu de fundação do Instituto, mas também os 130 anos da chegada das primeiras FMA no Colégio do Carmo, que é a primeira casa aberta no Brasil e na BAP.

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Nesta sexta-feira, 24 de outubro de 2025, o Santo Padre Leão XIV recebeu em audiência Sua Eminência Reverendíssima o Cardeal Marcello Semeraro, Prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos. Durante a Audiência, o Sumo Pontífice autorizou o mesmo Dicastério a promulgar o Decreto relativo a: - o martírio dos Servos de Deus Jan Świerc e Oito Companheiros, sacerdotes professos da Sociedade Salesiana de São João Bosco, mortos entre 1941 e 1942, por ódio à Fé, nos campos de concentração de Auschwitz (Polônia) e Dachau (Alemanha). Trata-se do reconhecimento do martírio de nove Servos de Deus, sacerdotes poloneses da Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos), que morreram entre 27 de junho de 1941 e 7 de setembro de 1942. Durante o período nazista, eles exerciam seu ministério na Polônia, dedicando-se a atividades pastorais ou de ensino; oito deles, que pertenciam à Inspetoria de São Jacinto de Cracóvia, da Diocese de Cracóvia, foram presos, torturados e mortos no campo de concentração de Auschwitz; o P. Franciszek Miska pertencia à Inspetoria de Santo Alberto de Pila, da Diocese de Włocławek, e morreu na Alemanha, no campo de concentração de Dachau. Segue a lista, na ordem proposta pela ‘Positio’: 1.          o P. Ignacy Antonowicz, de 51 anos, professor e diretor do Estudantado Teológico Salesiano em Cracóvia, morreu em Auschwitz, em 21 de julho de 1941, em consequência de maus-tratos; 2.         o P. Karol Golda, de 27 anos, o mais jovem do grupo, professor de teologia no Instituto Salesiano de Oświęcim (cidade conhecida pelo nome alemão de Auschwitz), foi fuzilado em 14 de maio de 1942, em Auschwitz, por ter confessado dois soldados alemães; 3.         o P. Włodzimierz Szembek, de 59 anos, Vice-Pároco em Skawa, foi ordenado sacerdote aos 51 anos e morreu em Auschwitz em 7 de setembro de 1942, em consequência de maus-tratos; 4.         o P. Franciszek Harazim, de 56 anos, diretor do ginásio de Oświęcim e professor de teologia no seminário maior salesiano de Cracóvia, foi morto em Auschwitz em 27 de junho de 1941; 5.         o P. Ludwig Mroczek, de 36 anos, dedicado a atividades pastorais em várias paróquias, mais recentemente em Czestochowa, morreu em Auschwitz em 5 de janeiro de 1942, após ser torturado; 6.         o P. Jan Świerc, de 64 anos, o mais velho e guia do grupo, Diretor do Estudantado Teológico Salesiano e Pároco em Cracóvia, foi morto em 21 de julho de 1941 em Auschwitz; 7.         o P. Ignacy Dobiasz, de 61 anos, confessor e funcionário da paróquia de Cracóvia, morreu em Auschwitz em 27 de junho de 1941, em consequência de maus-tratos e trabalho desumano; 8.         o P. Kazimierz Wojciechowski, 37 anos, professor de música e matemática, diretor do oratório e da Associação da Juventude Católica em Cracóvia, foi morto em Auschwitz em 27 de junho de 1941; 9.         o P. Franciszek Miska, de 43 anos, natural da Alta Silésia, Pároco e diretor do instituto salesiano de Ląd, que a Gestapo transformou em prisão para os padres das dioceses de Włocławek e Gniezno-Poznań, morreu de privações, em 30 de maio de 1941, no campo de concentração de Dachau. Para todos os Servos de Deus, a aceitação heroica do martírio é evidente. Eles estavam cientes de que estavam em perigo naquele ambiente de perseguição à Igreja. Outros padres já tinham sido detidos e assassinados. Embora a família e amigos os tivessem aconselhado a deixar o país, eles permaneceram ao lado dos fiéis, especialmente dos jovens, a quem continuaram orientando com cautela e tranquilidade. Eles permaneceram fiéis durante a prisão e até o momento da morte, apesar de sofrerem abusos de todo tipo, entregando-se a Deus. Nenhum deles demonstrou ressentimento em relação aos seus algozes e, em alguns casos, palavras de perdão foram dirigidas a eles. O martírio foi o ápice de suas vidas virtuosas, vividas a serviço de Deus e com fidelidade ao carisma salesiano. "Para a Congregação Salesiana, para toda a Família Salesiana e para a Igreja de Deus na Polônia, esta é uma notícia que traz grande alegria neste Ano Santo da Esperança - recorda o Postulador Geral para as Causas dos Santos da Família Salesiana, P. Pierluigi Cameroni - . Estes Servos de Deus são exemplos brilhantes de Fé profunda e envolvente, até ao sacrifício total, capaz de inspirar os Fiéis contemporâneos a viver uma vida cristã autêntica." Fonte: Agência Info Salesiana

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