26/10/2022

Inspetoria Nossa Senhora Aparecida (BAP), de São Paulo, recebe visita da Madre Geral Emérita

Inspetoria Nossa Senhora Aparecida (BAP), de São Paulo, recebe visita da Madre Geral Emérita

Entre os dias 7 e 26 de outubro, a Inspetoria Nossa Senhora Aparecida (BAP), de São Paulo, teve a grande alegria de contar com a visita e presença de Irmã Yvonne Reungoat, Madre geral emérita do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) entre os anos 2008-2021.
Irmã Yvonne chegou de Roma no dia 7 de outubro e foi calorosamente acolhida na Casa inspetorial, no bairro Bom Retiro, em São Paulo. A comunidade local estava esperando-a, assim como as Noviças que a receberam com cantos e coreografias, e também representantes da comunidade educativa do Colégio de Santa Inês.
Na tarde do mesmo dia, houve uma celebração eucarística na capela da Casa inspetorial, presidida pelo Salesiano, P. Dilermando Luiz Cozatti, a fim de consagrar à Nossa Senhora do Rosário a presença e a estadia de Irmã Yvonne na BAP, bem como os Exercícios Espirituais orientados por ela a dois grupos de Irmãs.
No dia 8 de outubro, Irmã Yvonne viveu um momento muito especial: a participação ao Fest 2022, evento 100% salesiano que reuniu presencialmente, depois de dois longos anos de espera, cerca de 4.500 pessoas entre jovens, educadores, leigos, religiosos e religiosas, reavivando o carisma e a alegria de estar em família, unidos em um só espírito de paz e partilha.
Na tarde do dia 8, Irmã Yvonne pode visitar as Irmãs idosas e doentes da Casa Santa Teresinha, da Lapa. Em um diálogo bem familiar, ela fez o que mais gosta: agradecer todo o apoio das Irmãs, especialmente a oração silenciosa e a oferta da própria situação pelo bem do Instituto.

Um dia carismático

Já no dia 9 de outubro, o dia se apresentou bastante intenso! Irmã Yvonne deixou São Paulo e foi até Guaratinguetá, visitar a comunidade do Colégio do Carmo que este ano está celebrando os 130 anos da chegada das FMA ao Brasil. Num encontro muito simpático e fraterno, Irmã Yvonne recordou o quanto Nossa Senhora precede sempre as presenças e fundações das FMA. Ela destacou o fato de que a primeira fundação das FMA no Brasil tenha sido justamente tão próxima da cidade de Aparecida, onde está localizado o Santuário Nacional da Padroeira do Brasil e onde, em 1717, a imagem de Nossa Senhora foi encontrada nas águas do Rio Paraíba do Sul. Outro fato que revela a presença “antecipada” de Maria é o nome dado à primeira fundação das FMA: o primeiro Colégio foi dedicado à Nossa Senhora do Carmo, devoção que marcou profundamente a vida de Mons. João Filippo, sacerdote italiano que construiu o edifício e solicitou a vinda das Irmãs Salesianas para Guaratinguetá.
Depois do Carmo, Irmã Yvonne realizou um grande sonho: conhecer pessoalmente o “Memorial das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil”, organizado e em pleno funcionamento junto à Casa do Puríssimo, onde se encontra também a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, construída também esta por Mons. João Filippo, e que acolhe diariamente muito romeiros e devotos de Nossa Senhora.
No “Memorial”, Irmã Yvonne foi acompanhada por Irmã Dulce Hirata que apresentou todo o percurso histórico tanto do Memorial quanto da presença das FMA no Brasil. Irmã Yvonne ficou muito encantada com o estilo moderno, criativo e também com a seriedade da pesquisa história que resultou neste espaço carregado de carisma e de amor à juventude.
Depois da visita ao “Memorial”, Irmã Yvonne foi até Lorena para encontrar a comunidade da Casa Maria Auxiliadora, onde pode expressar mais uma vez a sua gratidão às Irmãs idosas pelo acompanhamento e oferta das orações.
Outro momento muito esperado, era a possibilidade de visitar o Santuário Nacional de Aparecida, o que aconteceu no final da tarde, como parte do programa intenso de Irmã Yvonne. Estar na “Casa da Mãe”, ainda que por breve tempo, conhecer a obra artística de Marko Rupnik que já cobriu a fachada norte do Santuário e agora está sendo executada na fachada sul, e especialmente poder ver uma quantidade enorme de romeiros e peregrinos que iam chegando para acompanhar os festejos do dia 12 de outubro, era tudo o que o coração mais queria. Aliás, convém ressaltar que durante a viagem de São Paulo a Guaratinguetá, em todo o percurso encontrou-se peregrinos caminhando em direção ao Santuário de Aparecida. Era comovente ver a fé, a persistência e também a resiliência com que os peregrinos viviam este percurso. Realmente a fé move montanhas!

Exercícios Espirituais bíblico-carismáticos

Entretanto, o motivo principal da visita de Irmã Yvonne Reungoat à Inspetoria Nossa Senhora Aparecida foram os Exercícios Espirituais por ela orientados, a dois grupos de FMA.
O primeiro grupo encontrou-se de 10 a 16 de outubro, na Vila Dom Bosco, em Campos do Jordão (SP). Eram cerca de 60 participantes que puderam não só desfrutar da sabedoria e das reflexões de Irmã Yvonne, mas também do ambiente de uma natureza exuberante, do silêncio e da tranquilidade do lugar.
As meditações propostas por Irmã Yvonne reuniam em si o que de melhor existe em termos bíblicos e carismáticos, tudo somado à grande experiência de vida e visão de mundo da Madre geral emérita. Em Campos do Jordão, o grupo teve a assistência espiritual do salesiano Padre Osmar Bezutte e contou com o seu ministério da escuta e dos sacramentos.
O segundo grupo encontrou-se de 18 a 24 de outubro, na Casa Santa Teresa, em Porto Alegre (RS), antiga sede inspetorial antes da nova configuração. Ali se reuniram outras 40 FMA e duas Irmãs Scalabrinianas para ouvir e meditar as mensagens de Irmã Yvonne, num espaço muito acolhedor e de bom gosto, onde cada detalhe favorecia a oração pessoal e o clima de silêncio. Em Porto Alegre, o grupo contou com a presença e o ministério sacerdotal de vários salesianos que vivem na Casa inspetorial SDB, em Porto Alegre.
Tanto o grupo de Campos do Jordão quanto o de Porto Alegre tiveram alguns particulares em comum: a visita dos Inspetores salesianos, P. Justo Piccinini (BSP) e P. Gilson da Silva (BPA), as “Boas Noites” de Irmã Yvonne e um momento de integração no qual as Irmãs presentes puderam se apresentar e dizer de onde vinham. Este foi um espaço muito significativo, já que algumas Irmãs estavam se encontrando e se conhecendo pela primeira vez desde a fundação da Inspetoria BAP.
O particular diferente foi, para o grupo de Campos do Jordão, a visita de Dom Antônio Carlos Altieri, arcebispo emérito da Arquidiocese de Passo Fundo (RS) e a possibilidade de celebrar a Festa de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil e Patrona da BAP, bem como a Festa de Santa Teresa D’Avila, Patrona do Instituto das FMA.
Já o grupo de Porto Alegre teve a graça de concluir os Exercícios Espirituais na comemoração mensal de Maria Auxiliadora, 24 de outubro, e acolheu fraternalmente o pedido de renovação dos votos da juniorista, Irmã Eudenice da Luz Maia.
Irmã Yvonne Reungoat retornou à sede da BAP, em São Paulo, no dia 25 de outubro, onde participou de uma Eucaristia de encerramento da visita e viajou para Roma na manhã do 26 de outubro.
As FMA da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida agradecem a Irmã Yvonne pela bonita experiência vivida neste tempo fecundo de encontros, reencontros e muita espiritualidade, bem como o testemunho de uma vida feliz, totalmente entregue pelo bem da Igreja e do Instituto.

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O caminho sinodal é uma das prioridades das salesianas

Assumir a sinodalidade missionária como estilo de vida que gera novos modos de participação, animação e governo é uma das três escolhas prioritárias do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora traçada em 2021, durante o último Capítulo Geral. O período foi de verificação, reflexão e orientação para uma busca comunitária da vontade de Deus para o Instituto «A sinodalidade para nós é um elemento carismático pois, como Instituto, somos sinodais desde o nascimento. Entendemos a sinodalidade como um modo de ser e de agir, promovendo a participação de todas na missão educativa comum», disse ao Vatican News a Madre Chiara Cazzuola, superiora-geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. Ela acrescentou que a “sinodalidade” é a expressão da espiritualidade de comunhão que tem o seu fundamento na Trindade e se concretiza na comunhão entre as irmãs e os jovens. A originalidade de Maria Domingas Mazzarello, como madre, educadora e cofundadora, consiste no fato de ter colaborado para criar comunidades sinodais, ou seja, comunidades caracterizadas por trabalhar, rezar, viver e partilhar a vida e a missão “juntas”. A nossa missão entre os jovens Madre Cazzuola sublinha: «somos chamadas a animar e acompanhar, em contínuo discernimento, o crescimento vocacional de cada pessoa que nos é confiada». Nesse sentido, acrescenta, o objetivo prioritário da missão educativa é guiar a juventude ao encontro com Jesus de Nazaré. Os próprios jovens, portanto, tornam-se protagonistas das propostas educativas. Eles pedem-nos para assumir novos estilos e novas estratégias para uma pastoral mais aberta e sinodal em resposta às suas expetativas. «A missão educativa é confiada a toda a comunidade educadora - religiosos, leigos, jovens - e requer a convergência de múltiplas intervenções num projeto global de promoção que, por sua vez, exige a participação de várias vozes e em diferentes níveis de interação: eclesial, social, política. Dando centralidade aos jovens, a comunidade educativa está empenhada em tecer uma rede de solidariedade entre todos aqueles que acreditam e trabalham na missão educativa», observa Madre Cazzuola. Por isso, como ela sublinha, os métodos de intervenção pastoral devem ser procurados, testados e verificados no contexto em que se trabalha, para que sejam respostas às verdadeiras questões que emergem. Ser capaz de se coordenar harmoniosamente garante a sinergia de todos os recursos em volta do projeto comum, para além dos diferentes modos e organismos de animação. «A vida cresce e desenvolve-se se procurarmos juntos alimentá-la, trabalhando com otimismo e caridade pastoral e reforçando a comunhão com Jesus, verdadeira fonte da nossa comunhão» conclui a superiora-geral. Gerir as inevitáveis divergências e conflitos «A caridade deve ser a força poderosa que estimula, anima, reúne tantas pessoas diferentes e as ajuda a superar os inevitáveis conflitos e pobrezas a todos os níveis. É necessário encontrar tempo e ter a oportunidade de se exprimir, de se escutar com atenção e respeito, mesmo e sobretudo quando o outro pensa de forma diferente», diz ao Vatican News a Madre Yvonne Reungoat, superiora-geral emérita, perita e facilitadora da Assembleia Sinodal. Ela acrescenta que esse confronto deve ser sustentado pela firme vontade de procurar o que une para que prevaleça sobre aquilo que divide. «As escolhas e decisões devem sempre amadurecer na reflexão e na oração». Ser pessoas de comunhão e reconciliação Partilhando a sua experiência, a Madre Reungoat sublinha que se chega à convergência e a ser pessoas de comunhão e de reconciliação, apesar da diversidade de pontos de vista, quando se avança no caminho do diálogo, da clareza, da hospitalidade recíproca, na consciência da necessidade de um processo contínuo de conversão do coração e da mente segundo o Evangelho. «A discordância e o conflito não podem ser negados porque, quando são bem geridos, tornam-se preciosas oportunidades de crescimento para todos: provocam reflexão, aprofundamento, impelem-nos sempre a ir mais longe, a verificar se caminhamos de fato nos sulcos do carisma ou se corremos o risco de ficar fechadas numa rigidez de pensamento e presas nos nossos pontos de vista, embora sempre parciais», diz a Madre Reungoat. Sublinha que a «boa gestão do desacordo e do conflito pode ajudar-nos a fazer a passagem pascal do “eu” individualista para o “nós” comunitário/eclesial». E a superiora-geral emérita das Irmãs Salesianas conclui: “Nunca devemos esquecer que somos uma comunidade para a missão.” Fonte: Escrito por Irmã Ausilia De Siena para Vaticannews.va

Santa Madalena Morano: Exemplo de dedicação e amor à juventude

Nascida em Chieri (Turim), no dia 15 de novembro de 1847, Madalena Catarina Morano começou, desde muito jovem, um tirocínio pedagógico com as crianças do lugar (Buttigliera); a isso dedicaria toda a sua vida, especialmente depois de ter conseguido o diploma de professora. Rica de experiência didática e catequética, já com trinta anos, aconselhada por Dom Bosco, pôde realizar um desejo de consagração alimentado desde a sua primeira comunhão. Em 1879 já era Filha de Maria Auxiliadora e pediu a Deus a graça de "não morrer antes de ter completado a sua medida da santidade".Destinada à Sicília, em 1881, deu início ali a uma fecunda obra educativa entre as meninas e as jovens das camadas populares. Voltando continuamente "um olhar para a terra e dez para o céu", abriu escolas, oratórios, internatos e oficinas de trabalhos manuais em toda a ilha.Nomeada Superiora provincial, assume também o empenho formativo das numerosas novas vocações, atraídas pelo seu zelo e pelo clima comunitário que se criava ao seu redor.Seu multíplice apostolado era apreciado e encorajado pelos Bispos que entregaram à sua evangélica capacidade empreendedora a Obra dos Catecismos. Com a saúde minada por um tumor, no dia 26 de março de 1908, Ir. Morano encerrou em Catânia uma vida de plena coerência, vivida sempre no intento de "jamais impedir a ação da Graça com concessões ao egoísmo pessoal".Na mesma cidade, João Paulo II a proclamou Bem-aventurada, no dia 05 de novembro de 1994. A celebração da memória cai no dia que recorda o seu nascimento terreno: 15 de novembro. Seus restos mortais são venerados na Capela das Filhas de Maria Auxiliadora, em Alì Terme (Messina). Nascimento: 15/11/1847Venerável: 01/09/1988Beato: 05/11/1994Celebração Litúrgica: 15 de novembroFalecimento (nascimento para o céu): 26/03/1908 Fonte: cgfma.net

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