Por seus relevantes trabalhos humanitários desenvolvidos junto aos Povos Originários do Brasil na Amazônia, Ir. Rosalia Lapo (FMA), mais conhecida como Ir. Rosy, foi agraciada com o 4º Prêmio concedido pela Associação Carlo Marchini, no auditório do Instituto Paulo VI, em Brescia, na Itália. Na impossibilidade de recebe-lo pessoalmente, se fez representar por sua sobrinha, Ir. Franca Lapo (FMA).
Ir. Rosy desempenha um fundamental papel nas tribos indígenas brasileiras, cuidando das populações mais carentes como enfermeira. De chapéu na cabeça, bengala e estilo salesiano no coração, ela embarca periodicamente em barcos que percorrem as artérias da grande bacia hidrográfica, única via de comunicação da região. Depois, segue a pé para chegar aos pequenos aglomerados de comunidades indígenas, cujos vários dialetos aprendeu ao longo do tempo. Leva remédios e cura para as doenças típicas da região: picadas de cobra e parasitoses, além das práticas habituais de higiene e profilaxia, decisivas para garantir a saúde de jovens e idosos.
“Quando chegamos nas aldeias, os índios nos recebem com carinho. Levamos os remédios, cuidamos dos enfermos e compartilhamos tudo com eles, começando pela Palavra de Deus. Eles vivem com simplicidade e são felizes com o que têm; eu sou uma missionária de muita sorte, pensando no dom que Deus me deu de poder estar no meio da selva, no meio dessa gente querida. É o Senhor quem faz! Sinto a presença de um Deus que está sempre próximo de nós e nunca nos abandona, juntamente com Maria que nos cobre com o seu manto”, diz Ir. Rosy em seu depoimento encaminhado para a Associação Carlo Marchini Onlus, quando da sua nomeação para o "Prêmio Carlo Marchini" 2022.
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SOBRE IR. ROSALIA LAPO
“O que é loucura para o mundo, Deus escolhe para si”. Esta expressão, parafraseando São Paulo, foi e continua sendo a inspiração da vocação missionária de Ir. Rosalia Lapo, que é natural de Longare, localizada em Vicenza, na Itália, posteriormente naturalizando-se brasileira. É uma Filha de Maria Auxiliadora entusiasmada e apaixonado pelo carisma salesiano e pela missão Ad Gentes. De uma família numerosa de 9 filhos, dos quais um Salesiano de Dom Bosco (SDB) e uma FMA. Ir. Rosy como é carinhosamente chamada, ainda muito jovem fez seu pedido missionário, sendo designada para o Brasil em 1978, diretamente de Roma para Manaus, na Amazônia, fazendo sua primeira experiência no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, mais precisamente, no campo da enfermagem.
Antes de ser enviada para as Missões do Rio Negro, Ir. Rosy morou em Belém do Pará e novamente em Manaus, no Centro Educacional Santa Teresinha (CEST). Porém, como missionária Ad Gentes, sua maior alegria e felicidade foi quando partiu para a missão entre os irmãos indígenas: Iauaretê, Taracuá, Içana e Pari-Cachoeira, exercendo a profissão de enfermeira com muito carinho, humanismo, ética e competência técnica, sendo Diretora de Hospitais e/ou de Ambulatórios Médicos.
SOBRE A ASSOCIAÇÃO CARLO MARCHINI
Tudo começou quando o jovem italiano Carlo Marchini, de férias no Brasil, foi realizar um serviço voluntário na missão salesiana de São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas. Banhando-se no Rio Negro, entrou num redemoinho d’água e morreu. Em janeiro de 1992, em Brescia (Itália), nasceu a Associação Carlo Marchini, criada por familiares e amigos do jovem, com o objetivo de contribuir para a educação e o desenvolvimento dos jovens empobrecidos no país.
Fonte: Assessoria de Comunicação - Inspetoria Salesiana Nossa Senhora da Amazônia, com informações de carlomarchinionlus.it