O padre Adenilson Rubim, membro da Congregação Salesiana, recentemente esteve em Roma para participar de um curso na Casa Geral de sua ordem religiosa. Em uma visita à Rádio Vaticano, ele compartilhou sua experiência na Paróquia, Escola e Oratório mantidos pelos Salesianos na Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro.
Estima-se que mais de 100 mil pessoas morem no Jacarezinho, no Rio de Janeiro. Ela é considerada a segunda maior favela do Rio, ficando atrás somente do Complexo do Alemão. A população enfrenta vários problemas sociais, como a precariedade na saúde pública, a violência e a inexistência de educação pública que atenda a população. É neste cenário que os Salesianos se fazem presentes junto aos jovens.
A história da presença salesiana no Jacarezinho remonta à década de 1950, quando o padre salesiano Nelson Carlos Del Mônaco fez sua primeira visita à favela. Na ocasião, ele reconheceu que o trabalho dos salesianos poderia ser altamente produtivo, atendendo às necessidades da população. Com o apoio de alguns empresários, o padre Nelson iniciou um projeto que, em poucos anos, resultou na construção do prédio da Escola e da Paróquia. Essa paróquia é a única representação da Igreja Católica na região. A presença salesiana no coração do Jacarezinho leva o título de Obras Profissionais Santa Rita de Cássia, e se divide na Escola Alberto Monteiro de Carvalho e na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.
De acordo com o pároco, padre Adenilson, “viver inseridamente numa comunidade é viver de Milagres e de esperança. Nós que viemos de uma outra realidade estranhamos e nos incomodamos diariamente com uma realidade em que há muita ausência do Estado, de serviços que são essenciais, como a educação”. Ainda segundo o padre Adenilson o objetivo dos Salesianos é incentivar os jovens a enxergar para além das fronteiras de sua própria comunidade, proporcionando-lhes oportunidades para um futuro melhor.
Por: Inspetoria Salesiana São João Bosco, com informações de Boletim Salesiano Brasil