Uma memória que se faz história para o Instituto FMA
03/08/2022

Uma memória que se faz história para o Instituto FMA

Uma memória que se faz história para o Instituto FMA

Do contato com vários Institutos femininos; da confirmação do Papa Pio IX que o encorajou nesta escolha; de repetidos “sonhos” e fatos extraordinários por ele mesmo contados; da profundidade de sua devoção mariana: “Cuide delas: são minhas filhas” (Sonho 6 de julho de 1862).
Enquanto ele amadurecia esse projeto, em Mornese (Alessandria), Maria Domingas Mazzarello, membro da Associação das Filhas da Imaculada, animava um grupo de jovens que se dedicavam às meninas da aldeia, com o objetivo de torná-las habilidosas na costura e, acima de tudo, orientá-las a serem boas cristãs e cidadãs honestas.
Dois sonhos se encontravam assim convergindo para um idêntico ideal: fazer nascer, também para as meninas e as jovens uma Família Religiosa semelhante àquela dos Salesianos: um novo carisma educativo na Igreja. Para a fundação, Dom Bosco escolhe o grupo das Filhas da Imaculada de Mornese. Maria Domingas Mazzarello foi Cofundadora ao dar forma e desenvolvimento à nova Instituição.
No dia 5 de agosto de 1872 em Mornese o primeiro grupo de 11 jovens emite a Primeira Profissão para ser na Igreja e na sociedade religiosa educadoras das jovens, especialmente das classes populares. Permanecem na Casa da fundação de 1872 a 1879. Nesse breve arco de tempo se plasma uma identidade e uma espiritualidade que toma justamente o nome da aldeiazinha de origem: espírito de Mornese. Dirigidas pela sabedoria formativa de Madre Mazzarello, as FMA conjugam, com criatividade, o Sistema Preventivo de Dom Bosco, com os recursos femininos e com as exigências da educação da mulher e da infância, com uma presença ativa no âmbito da escola e da catequese.
Obtida do Bispo de Acqui a aprovação diocesana das Constituições, no dia 23 de janeiro de 1876, as FMA impulsionadas pelo ardor missionário começam a sair de Mornese para chegar ao Uruguai em 1877 e depois a Argentina. Desde então o Instituto se difunde sempre mais, na Itália, na Europa e na América.
Em 1879 a Casa mãe foi transferida para Nizza Monferrato (Asti) onde o Instituto abre a primeira Escola Normal paara a formação das mestras e experimenta um grande entusiasmo missionário e um aumento prometedor de vocações.
Desde 1891 as FMA estão presentes na Ásia, desde 1893 na África e desde 1954 na Austrália. A missão se realiza em uma pluralidade de ambientes educacionais abertos à multiculturalidade e à inter-religiosidade com uma atenção especial para as crianças, meninas e mulheres. Em toda parte se procura manter vivo o impulso missionário das origens, “elemento essencial da identidade do Instituto” (cf Constituições FMA, art.75) com vigilante atenção para as exigências dos tempos e das Igrejas particulares.
Em 1906-1907 o Instituto, após a publicação das Normae secundum quas (1901), vive o processo de separação da Congregação Salesiana, especialmente no que se refere ao aspecto administrativo e à dependência jurídica do Reitor Mor. Permanece no entanto a comunhão e a colaboração eficaz em compartilhar a espiritualidade do Fundador e a missão educativa.
A partir de 1908 são constituídas as primeiras Inspetorias na Itália e na América Latina. Em 1911, após 39 anos da fundação, o Papa Pio X concede a aprovação pontifícia do Instituto.
As FMA conhecem até hoje um notável desenvolvimento geográfico, que as orienta a dar respostas às necessidades educacionais e emergentes nos cinco continentes, com uma variedade de obras educativas e promocionais surgidas da criatividade e da audácia apostólica das FMA. Em toda parte elas respondem às inéditas pobrezas das crianças de ambos os sexos, das jovens, das famílias, dos migrantes. Deste modo o Instituto continua a experimentar novas formas de vitalidade carismática, também graças à valorização da vocação laical das Ex-Alunas/os e dos Salesianos Cooperadores com os quais compartilha a missão educacional.

 

Santidade salesiana Instituto FMA (Perfis)
“Os santos são o reflexo da presença de Deus. Os santos são nossos irmãos e irmãs que acolheram a luz de Deus em seu coração e a transmitiram ao mundo, cada qual segundo a própria tonalidade. Este é o objetivo da vida: fazer passar a luz de Deus” (Papa Francesco).

 

Mostra do Carisma Salesiano FMA

 

Mostra Mariana

 

Fonte: Conselho editorial
https://www.cgfmanet.org/

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Conselho de Administração da RSB se reúne em Brasília e reafirma missão e transparência institucional

Nesta quinta-feira, 13 de novembro, a Assembleia do Conselho de Administração da Rede Salesiana Brasil (CAD) reuniu-se na sede da Rede Salesiana Brasil (RSB), em Brasília, para mais um importante momento de avaliação e fortalecimento institucional. A reunião reafirma o compromisso da RSB com seu papel educativo-missionário no Brasil, bem como com a responsabilidade de gerir com transparência os recursos confiados à Rede. Inspirada no carisma de São João Bosco e de Santa Maria Mazzarello, a RSB pauta sua ação com a pedagogia do amor, da proximidade e da presença educativa junto aos jovens.  A governança da RSB exige, por sua vez, estruturas coletivas de decisão que assegurem tanto o protagonismo juvenil quanto a prestação de contas à sociedade. Nesse sentido, o CAD representa um elo vital entre missão e gestão. Segundo Pe. Sérgio Baldin, diretor executivo da RSB, o Conselho “desempenha um papel essencial ao servir como elo entre as diretrizes da RSB e a implementação prática de suas iniciativas”. Ir. Silvia Aparecida da Silva, também Diretora Executiva da RSB, ressaltou a importância deste momento. “Esta reunião do Conselho de Administração constitui um verdadeiro tempo de escuta, partilha e discernimento. A missão salesiana nos convoca a caminhar juntos, e o CAD é expressão concreta dessa comunhão de serviço”, ressaltou. O CAD da RSB é composto por membros representativos das Inspetorias salesianas, nomeados pela Assembleia Geral para mandato de três anos, com possibilidade de recondução. Na presente composição, constam: Padre Moacir José Scari, SDB – Ecônomo da Inspetoria São João Bosco; Padre Robson Barros da Costa, SDB – Ecônomo da Inspetoria São Luiz Gonzaga; Irmã Mônica Santana, FMA – Diretora Institucional do Colégio Maria Auxiliadora; Irmã Maria da Paz Milanez, FMA – Ecônoma da Inspetoria Maria Auxiliadora; Pe. André Luiz Simões, SDB – Ecônomo da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora - BSP; João Vasconcelos Melo – Gerente Administrativo da Inspetoria Madre Mazzarello. Além dos membros efetivos, estiveram presentes os Diretores Executivos, Ir. Silvia Aparecida e Pe. Sérgio Baldin, a Coordenadora Executiva, Maria Dantas. Durante a assembleia, os membros do Conselho avaliaram, acompanharam e validaram o plano de trabalho da RSB, além de supervisionar o orçamento e as prestações de contas da instituição. Essa sistemática propicia um parecer colegiado que será submetido à apreciação da Assembleia Geral, reforçando os princípios de transparência, responsabilidade e corresponsabilidade. A governança participativa da RSB, tal como vivenciada por meio da Assembleia do CAD, revela-se como alicerce para o crescimento sustentável e missionário da Rede. Convidamos toda a comunidade educativa: inspetorias, escolas, centros de juventude, famílias e jovens a acompanhar-nos nesta caminhada de corresponsabilidade.   Comunicação da Rede Salesiana Brasil

“Do olhar ao post: oficina aprimora o olhar técnico e intencional de comunicadores da Rede Salesiana Brasil na edição de fotos e vídeos

Realizada no dia 11 de novembro, das 15h às 17h, a oficina “Do olhar ao post: técnicas e práticas para editar fotos e vídeos” reuniu 75 participantes de todo o país em mais um momento formativo promovido pela Rede Salesiana Brasil (RSB). A atividade busca fortalecer o compromisso salesiano com a qualificação profissional e o uso responsável e criativo das mídias no ambiente educativo. A oficina foi proposta pelas Coordenações Inspetoriais de Comunicação da RSB, atendendo às necessidades das equipes das presenças salesianas que, após participarem da oficina sobre fotografia digital, realizada em junho, sugeriram nova oficina, para aprofundamento dos recursos de edição de fotos e vídeos.  A moderação da oficina ficou a cargo de Euclides Fernandes Brites, Coordenador de Comunicação da Inspetoria Missão Salesiana do Mato Grosso, que conduziu o encontro com leveza, acolhida e profundidade, características marcantes da tradição comunicacional salesiana. Tornar visível o que os jovens são e vivem O formador convidado, Giuliano Celms De Augustinis, apresentou um percurso dinâmico que partiu do “olhar”, isto é, da sensibilidade e intenção que antecedem o clique, até chegar ao “post”, onde a narrativa visual ganha forma e sentido. Durante a oficina, Giuliano destacou princípios fundamentais para quem produz conteúdo digital no contexto educativo, sendo elas: A importância da intencionalidade antes de fotografar ou filmar; A composição e o enquadramento como aliados para narrar histórias reais de forma ética e atraente; Técnicas de edição acessíveis para melhorar luz, cor, ritmo e clareza das produções; Cuidados com a identidade visual institucional, mantendo unidade e coerência com o carisma salesiano; Humanização da comunicação, valorizando os protagonistas: crianças, adolescentes, jovens, famílias e educadores.O encontro reforçou que a produção de fotos e vídeos nas obras salesianas não é apenas técnica, mas também missionária: trata-se de comunicar vida, esperança e presença educativa, seguindo o estilo de Dom Bosco e Madre Mazzarello. Ao longo da oficina, os participantes interagiram por meio do chat e exercícios guiados, demonstrando grande interesse pelas dicas práticas apresentadas. Um dos participantes destacou: “Gostei muito da oficina, pois me ajudou a ter mais ideias para a criação de vídeos e levar em consideração que fazer um roteiro antes ajuda muito. Um passo a mais na missão de comunicar o bem Ao final, os participantes saíram não apenas com novas habilidades técnicas, mas com uma compreensão mais profunda da missão educativa que se realiza também pelos meios de comunicação. A oficina reforça o compromisso da Rede Salesiana Brasil com formações contínuas que unem qualidade técnica, identidade carismática e protagonismo juvenil, pilares fundamentais para que nossas obras continuem comunicando com verdade, beleza e sentido.   Comunicação da Rede Salesiana Brasil

A presença da Igreja assusta aqueles que querem destruir a Amazônia

“As comunidades indígenas nos acolhem, felizes pela nossa presença, pedindo-nos para não ir embora. A presença da Igreja é profética: vai além da religião. Protege a vida e aquilo que nos rodeia." As palavras são do padre Wellington Abreu, jovem missionário salesiano, sobre a ação pastoral na Amazônia A presença da Igreja nas florestas da Amazônia assusta, não as comunidades indígenas, mas a quem quer invadir e desfrutar esse território para obter os minerais e distruir a natureza. Nós somos uma barreira”. As palavras de padre Wellington Abreu foram repercutidas na mídia vaticana justamente enquanto os líderes do mundo estão no Brasil para participar da COP30 em Belém, cidade que é porta de entrada para a região amazônica. Elas nos recordam como o compromisso diário e corajoso para o destino do mundo se lança também, e sobretudo, longe dos holofotes: na concretude dos gestos.  O compromisso dos salesianos na Amazônia  Padre Wellington é um jovem sacerdote salesiano, pároco da paróquia de São Miguel Arcanjo, em Iauaretê, na diocese de São Gabriel da Cachoeira, cidade do Estado do Amazonas. Iauaratê significa “Cabeça de Jaguar”. É um cruzamento de trezes etnias e cinco línguas onde o rio é vida, a floresta é casa e certas árvores são sagradas.  Basta pensar a “Cabeça da Onça”, uma aldeia localizada ao longo do rio Papurí, habitado pelos Hupda, uma população indígena que vive da caça, da pesca e do cultivo da mandioca, privada de acesso à internet. No ano passado, a presença constante dos salesianos levou a um resultado extraordinário: 47 indígenas, 90% da comunidade Hupda, foram batizados depois de um ano intenso de catecismo. No entanto, a região Norte da Amazônia permanece um ponto vulnerável: onde existe fronteira, chegam os traficantes de drogas; onde há os minerais, os invasores. E aqui, a lei não basta. O sinal telefônico não existe, o Estado está longe. Quem fica ao lado dessas pessoas?  Proteger a vida e aquilo que a cerca  “Nós, graças a Deus, conseguimos estar lá e preservar a natureza, mas as coisas não vão muito bem na região vizinha, Roraima, onde, dois anos atrás, a chegada dos garimpeiros destruiu o rio, matou muitos animais e fez a população adoecer gravemente. Acredito que a nossa presença assusta esses grupos que querem invadir o ambiente. E entendemos isso quando as comunidades indígenas nos acolhem, felizes, pela nossa presença, pedindo-nos para não irmos embora. Diria que a presença da Igreja, que é profética, vai além da religião: Protege a vida e aquilo que nos rodeia. É uma ideia concreta de ecologia integral”, considera padre Wellington.  Distâncias e narcotráfico: os principais problemas  Ideia que não é facil de aplicar, no entanto. Na Amazônia, tem, antes de tudo, o problema das distâncias. “A nossa província é a de Manaus e de Manaus a São Gabriel da Cachoeira são quase duas horas de avião ou quatro dias de barco. Depois, de São Gabriel para minha aldeia são necessárias 12 horas de embarcação com um motor de 40 cavalos para, no máximo, oito pessoas. Outro problema: o custo do combustível é altissimo. Às vezes temos que caminhar quatro ou seis horas”, relata o sacerdote.  Depois, tem que considerar o narcotráfico. “Nós estamos em uma área fronteiriça e no ano passado tivemos problemas com os traficantes que vieram da Colômbia: queriam invadir o nosso espaço para recuperar terra. Com a ajuda dos militares, a situação agora está tranquila, mas o tráfico de drogas passa pela fronteira e chega em outras cidades do Brasil, terminando por envolver também a comunidade indígena e, sobretudo, lamento dizer isso, os mais jovens. Para eles, trata-se de dinheiro fácil”, pontua padre Wellington.  A esperança nos jovens Porém, conclui Wellington, “isso torna a nossa presença ainda mais importante: com as nossas seis escolas, queremos ajudar os mais de 300 jovens que estão conosco e ajudar os habitantes da Amazônia a terem consciência da vida, da sua beleza. Estar presentes: não só na relação com Deus, mas em fazer descobrir a alegria da vida”.     

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