O UniSALESIANO lançou, nesta semana, o 1º Polo em EAD (Educação a Distância), do Curso de Pedagogia, para 46 indígenas Boe-Bororo, que vivem na aldeia de Meruri – distante mais de 900 quilômetros de Araçatuba. Trata-se de um projeto de extensão educacional ligado às ações promovidas pela missão salesiana nas comunidades indígenas de Meruri e São Marcos, no Mato Grosso.
Na noite do dia 12 de setembro, os acadêmicos do UniSALESIANO se reuniram em um ambiente da aldeia para acompanhar a primeira aula online, proferida pela Coordenadora do Curso de Pedagogia em EAD, Profª. Elaine Cristina Moreira da Silva.
A aula contou com a participação virtual do Pró-Reitor de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, Prof. André Ornellas, que explanou sobre a história do UniSALESIANO e a importância de trilhar uma trajetória acadêmica. “Levar a educação, a tecnologia e oferecer oportunidade de crescimento pessoal e profissional, faz parte da missão dos salesianos”, afirmou Ornellas.
De acordo com Elaine, o curso é gratuito, tem duração de quatro anos e é organizado por semestre, com encontros semanais (segundas-feiras). “Tem módulos específicos e adequação para atender às necessidades específicas desse público em geral, seguindo as diretrizes curriculares nacionais, que são apresentadas para o Curso de Pedagogia”, explicou.
O Diretor-Geral do UniSALESIANO Araçatuba, Pe. Erondi Tamandaré, SDB, lembrou que a ideia de implantar o Polo EAD em Meruri surgiu de uma conversa informal entre ele, o Diretor das Missões Indígenas de Meruri e São Marcos, Pe. Andelson Dias, SDB, e o Secretário Inspetorial, Pe. João Bosco, SDB.
Posteriormente, surgiu o pedido formal à Reitoria do UniSALESIANO, que foi aprovado por todos os membros, de forma unânime. “Sentimos a necessidade de uma parceria contínua e fortalecida com os indígenas. Então, demos andamento ao processo de implantação do Polo de Meruri”, disse Pe. Erondi, ao completar que o objetivo é expandir o polo para outras aldeias.
Por sua vez, Pe. Andelson destacou a importância do polo para a formação de jovens e adultos que almejam um diploma diante de tantas adversidades culturais. “Muitos vão para a cidade para obter um título, voltar e ajudar seu povo. Porém, na cidade, há muitas dificuldades e percebemos que eles retornavam e havia um desânimo pela descontinuidade dos estudos”, frisou Pe. Andelson.
Então, para ele, o curso EAD dentro da aldeia valoriza a cultura, pois fortalece os laços familiares e garante a formação, com título de licenciatura em Pedagogia. “Além do conhecimento, eles poderão exercer a profissão, que é de suma importância para toda a comunidade Boe-Bororo”, concluiu.
Fonte: Monique Bueno