O impacto dessa pesquisa também lhe garantiu uma bolsa para um programa de intercâmbio na Universidade da Flórida
Em pesquisa publicada recentemente na Journal of Agriculture and Food Research, o professor Giuliano Pincerato, coordenador dos cursos de Arquitetura e Engenharia Civil do UniSALESIANO, apresentou resultados promissores sobre o uso do milheto (Pennisetum glaucum) para reduzir a ecotoxicidade em solos contaminados por herbicidas e inseticidas.
A investigação concentrou-se na capacidade do milheto em solos expostos ao herbicida tebuthiuron (TBT), ao inseticida thiamethoxam (TMX) e à vinhaça, subproduto da produção de açúcar e álcool, com o objetivo de restaurar a saúde do solo e diminuir os efeitos negativos dos agroquímicos. O estudo destaca que o tempo de crescimento do milheto e o momento da coleta de amostras foram fatores cruciais para a regeneração do solo e para a germinação de sementes de alface, usada como parâmetro de saúde ambiental. Os dados indicaram que intervenções logo após o plantio do milheto geraram uma recuperação rápida, sugerindo que essa técnica pode ser uma estratégia viável para mitigar o impacto ambiental dos produtos químicos.
Pincerato, que realiza o estudo como parte de seu doutorado, celebrou a publicação como um marco significativo na sua pesquisa. "Este artigo avança o entendimento sobre como reduzir os impactos de agroquímicos, especialmente em áreas de cultivo intensivo. A publicação deste segundo artigo em uma revista de renome internacional é um passo importante para concluir minha tese", afirmou. O pesquisador também anunciou que um terceiro artigo está previsto para novembro, com novos dados sobre o tema.
O impacto do estudo rendeu a Pincerato uma bolsa de intercâmbio na Universidade da Flórida, em Boca Raton, onde ele dará continuidade ao estudo de fitorremediação em 2024. A bolsa, que cobre 70% dos custos, foi possibilitada pelo programa de doutorado da UNESP, representando uma valiosa oportunidade de colaboração internacional.
Além de sua atuação no UniSALESIANO, Pincerato integra o Grupo de Estudos de Ação em Impactos Ambientais (GAIA-FECAT) da UNESP de Dracena, sob a orientação do Prof. Dr. Renato Matos Lopes, reforçando o compromisso das instituições com pesquisas que promovam a sustentabilidade e a saúde ambiental no setor agrícola.
Fonte: Assessoria UniSalesiano com atualizações da Comunicação da RSB