Bibliotecários e os Desafios do Mundo Digital
12/03/2023

Bibliotecários e os Desafios do Mundo Digital

Bibliotecários e os Desafios do Mundo Digital

No dia 12 de março, anualmente, é comemorado o Dia do Bibliotecário, profissão que vai além da mera organização de uma biblioteca, contribuindo diretamente para a promoção da educação de qualidade no mundo, sendo este profissional um mediador valioso entre o usuário e a informação. Ao Bibliotecário competem tarefas como a preservação do acervo, catalogação e indexação de obras, além do incentivo à leitura, tornando-se um facilitador do acesso ao acervo da biblioteca. Para além de tudo isso, este profissional contribui diretamente para o progresso cultural do país. 

Para celebrar esta data, conheça algumas histórias de Bibliotecários e Bibliotecárias da Rede Salesiana Brasil que estão impactando positivamente a educação de crianças, adolescentes e jovens pelo país:

UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO, CAMPO GRANDE (MS)

“Muda-se o tipo de usuário, mas os desafios são os mesmos: construir pontes entre a informação e o pesquisador”

Mourâmise de Moura Viana é Bibliotecária na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande (MS), e comenta sobre o papel de sua profissão diante dos desafios atuais: “O nosso desafio continua o mesmo que é fazer com que haja ‘encontrabilidade’ da informação com o pesquisador independente do suporte. Estamos vivendo a explosão da informação, a internet está repleta de todo tipo de conteúdo, inclusive lixo eletrônico, e nós, profissionais bibliotecários, é quem temos os recursos técnicos para fazer a curadoria dessa vasta gama de informação”.

São diversas as histórias vividas no ambiente de uma biblioteca e o dia a dia sempre traz muitas surpresas que ficam na memória. Mourâmise traz um fato recente que ocorreu na biblioteca da UCDB neste último Dia da Mulhere: “Por ocasião do dia da mulher, recebemos um grande buquê de flores de uma ex-acadêmica que continuou estudando na biblioteca e sentiu vontade de expressar gratidão pelos nossos serviços. Ficamos todos bem emocionados e motivados com o gesto dela. Coisas assim acontecem recorrentemente nas bibliotecas, pesquisadores ficam extremamente felizes ao recuperar uma informação perdida no oceano informacional. Sou extremamente grata pela minha profissão, e tenho muito prazer em ser chamada de bibliotecária ou biblioteconomista. Muda-se o tipo de usuário, mas os desafios são os mesmos, construir pontes entre a informação e o pesquisador”, comenta.

Confira abaixo algumas ações que envolvem o trabalho da Bibliotecária Mourâmise na UCDB como, respectivamente, o projeto de escambo de literaturas que ainda está ativo; a visita técnica de acadêmicos de biblioteconomia de outra instituição e o lançamento do livro de um autor local:

     

INSPETORIA MADRE MAZZARELLO, BELO HORIZONTE (MG)

“O maior desafio da minha profissão é o reconhecimento. A maior alegria é contribuir para o processo de aprendizagem das pessoas e acompanhar seu desenvolvimento”

Em Minas Gerais, Daiane Campos Procópio é a Bibliotecária responsável pelo acervo histórico institucional da Inspetoria Madre Mazzarello, pertencente às Irmãs Salesianas do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), e suas presenças localizadas nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Mesmo diante dos desafios da era digital, Daiane vê com otimismo a aliança de sua profissão com as ferramentas atuais: “A tecnologia é uma poderosa aliada do bibliotecário, pois não só auxilia na execução de nossas tarefas, mas no alcance e acesso a ferramentas e fontes relevantes para os usuários”, comenta. Mas também traz um ponto de atenção: “Atualmente, é possível ter acesso a uma grande quantidade de informações na internet, o que dificulta para o usuário a identificação de informações verdadeiras e de credibilidade. Desta forma, o bibliotecário atua também como um profissional apto a selecionar as fontes e informações precisas que auxiliarão os usuários em suas demandas informacionais”, completa.

Sobre as dores e alegrias de sua profissão, Daiane diz: “O maior desafio da minha profissão é o reconhecimento. A maior alegria é contribuir para o processo de aprendizagem de pessoas e acompanhar seu desenvolvimento acadêmico e profissional” e traz uma história inusitada sobre a visita de um estudante à Biblioteca Inspetorial: “Eu gosto muito de trabalhar com o público infanto-juvenil, pois eles são curiosos e fazem muitas perguntas. Atualmente, eu trabalho em uma biblioteca especializada, voltada para as necessidades informacionais da instituição, não tendo como público-alvo o atendimento de alunos. Mesmo assim, certo dia, um aluno entrou na biblioteca e perguntou se esta era uma “biblioteca antiga”. Achei muito engraçada a observação dele, pois, diferente da biblioteca do colégio onde ele estuda que possui computadores e recursos digitais, esta está voltada para a preservação do acervo institucional. Possivelmente, ele observou que a biblioteca não se parecia com a biblioteca que ele frequentava, com diversos recursos tecnológicos, e concluiu que esta era uma ‘biblioteca antiga’”.

INSTITUTO NOSSA SENHORA AUXILIADORA (INSA), SÃO PAULO (SP)

“Expresso aqui minha alegria quando enxerguei, no brilho do olhar das crianças, a presença da imaginação”

Em São Paulo (SP), a Bibliotecária Vera Lúcia Ventura de Azevedo é a responsável pelo acervo do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora (INSA). Sobre sua profissão, comenta que, o Bibliotecário “é o profissional que permite às bibliotecas o englobamento desta nova era digital sem perder o papel primordial de formar e expandir o conhecimento”.

No INSA, Vera também comanda atividades com os estudantes, contribuindo diretamente para o seu desenvolvimento integral. “Foi aqui no INSA que foi solicitado para contar histórias para nossos queridos alunos. Me vesti da personagem Emília, do Sítio do Pica Pau Amarelo, e foi um aprendizado muito importante, brinquei e me diverti com traquinagens da personagem. Os alunos ficaram muito felizes e, até hoje, não sabem que fui eu quem fez a personagem Emília”, comenta Vera que também salienta que esta troca é uma de suas maiores alegrias na profissão: “Minha maior alegria é ter o feedback de nossos interagentes e saber que eles conseguiram ser bem-sucedidos a partir do serviço, produto oferecido. Expresso aqui minha alegria quando enxerguei, no brilho do olhar das crianças, a presença da imaginação e a viagem ao mundo de Monteiro Lobato”.

 

INSPETORIA SALESIANA DE NOSSA SENHORA AUXILIADORA - BIBLIOTECA E ARQUIVO INSPETORIAL, SÃO PAULO (SP)

“Em época de Fake News, ensinar ao usuário fontes de informações confiáveis e como identificá-las, para mim, é um dos papéis essenciais do bibliotecário”

Em São Paulo, Cláudia Cristina Trindade Martins é a Bibliotecária responsável pelo acervo da Biblioteca e Arquivo Inspetorial da Inspetoria Salesiana de Nossa Senhora Auxiliadora, pertencente aos Salesianos de Dom Bosco (SDB), e suas presenças localizadas no estado de São Paulo.

“Não é difícil de notar porque o bibliotecário agora é chamado de ‘Profissional da Informação”. Nosso objeto de trabalho é a informação e, na era digital, ela é abundante, por isso, nosso trabalho só expandiu e modernizou”, comenta Cláudia, otimista com os desafios do mundo atual. “Em época de Fake News, ensinar ao usuário fontes de informações confiáveis e como identificá-las, para mim, é um dos papeis essenciais do bibliotecário. Percebo que o usuário de hoje só se desloca para vir até a biblioteca em casos específicos, mas ele encontra quase toda a informação que busca digitalmente, e isso só é possível por causa do trabalho de curadoria que o bibliotecário faz”, completa.

Mesmo com o avanço cada vez mais rápido das tecnologias, Cláudia acredita que elas, quando utilizadas de forma correto, podem ser aliadas dos bibliotecários no fortalecimento da educação. “Acredito que o trabalho humano e personalizado do Bibliotecário seja seu diferencial, alinhado com as ferramentas tecnológicas certas, nosso trabalho pode abrir lindos caminhos ao usuário. Apesar das diversas áreas de atuação, para um profissional bem preparado, ainda acredito que o fomento à leitura, à pesquisa acadêmica e científica, ainda é o mais importante para mim como profissional”, comenta. “Acredito que nosso maior desafio é buscar esse reconhecimento e valorização, inclusive existem muitas Bibliotecas escolares por aí sem um profissional capacitado, cito as escolares pois são elas que formam a base do leitor, do estudante, do pesquisador, o incentivo à leitura e o reconhecimento profissional começa nela”, completa Cláudia.

Em sua trajetória, Cláudia relembra uma história inusitada que viveu enquanto trabalhava em uma biblioteca universitária: “Apesar do silêncio solicitado para não atrapalhar os estudos dos usuários, existia alunos que, no intervalo das aulas, levavam um cabideiro (arara) de rodinhas com roupas para vender bem no meio das mesas. Era surreal ver o povo atravessando a biblioteca com ele como se fosse em um shopping, bem no meio de todo mundo lendo. Era uma verdadeira feira! Era difícil controlar, pois, nessa biblioteca, o silencio não exista. Era o point para emprestar livros e reunir a galera, então as vendas de roupas rolavam soltas. Eu ria de desespero”.

Mesmo com os desafios, Cláudia comenta o quanto ama a profissão que escolheu: “Escolhi ser bibliotecária inicialmente por meu amor à leitura e aos livros, mas, hoje, minha satisfação profissional vai muito além. Já estive em muitos ambientes de trabalho ao longo desses anos, mas, atualmente, na Biblioteca e Arquivo Inspetorial dos Salesianos, é como mergulhar no mundo da Salesianidade: História dos antigos, livros centenários, fotos históricas, publicações dos SDB, enfim, é bem impactante perceber como eles foram pioneiros em diversos aspectos no início do século, principalmente na educação dos jovens. Fico feliz em poder ajudar a desvendar mais sobre essa história”.

COLÉGIO MARIA AUXILIADORA, RECIFE (PE)

“A biblioteca é um laboratório de possibilidades”

Em Recife, Paula Wivianne Quirino dos Santos está à frente da Biblioteca do Colégio Maria Auxiliadora e comenta um pouco sobre as dores e alegrias da sua trajetória como Bibliotecária: “Acredito que a maior alegria é perceber o quanto os alunos adoram estar na biblioteca. Isso mostra que o trabalho que faço vem tendo resposta positiva. O desafio é mudar a mentalidade de muitos que ainda veem a biblioteca como depósito de objetos e coisas velhas. A biblioteca é um laboratório de possibilidades que precisa ter recursos tecnológicos, pois, caso contrário, não faz sentido estar inserida em um ambiente digital. Estaríamos fadados ao passado”.

Paula também traz como um ponto importante a localização das bibliotecas dentro das escolas: “Precisamos lembrar que os espaços gerais de acesso devem estar visíveis e sinalizados na escola. Bibliotecas devem estar sempre nos pisos térreos para facilitar o acesso e a acessibilidade. Além de serem setores com muito peso e com uma frequência diária, também devem estar próximos a sanitários. Nós não sabemos das especificidades dos outros, mas podemos demonstrar empatia e respeito através dos nossos espaços e ambientes de trabalho”, aponta.

Ao lembrar de histórias passadas em bibliotecas, Paula conta que uma vez presenciou um choque de gerações: “Eu sempre coloco tapetes emborrachados para os alunos deitarem e lerem algo. Em um certo dia, eu estava atendendo uma mãe e, no mesmo momento, um aluno pegou o emborrachado arrastou até a frente da prateleira, pegou alguns gibis e ficou ali mesmo, lendo deitadinho. A mãe perguntou se aquilo podia, pois, na época dela, jamais seria possível, uma vez que o acervo era fechado e não dava acesso ao leitor, fora que o comportamento era outro. Eu disse que podia, afinal de contas ele só estava lendo de frente para a estante. Então, ela não acreditando, foi lá perguntar ao aluno se ele estava bem, e ele respondeu que sim e ainda perguntou se ela queria espaço para ler algum gibi também. Na hora, ela olhou para mim e sorriu e eu ri de volta com aquela expressão de: "Isso é normal!".

  

INSPETORIA SALESIANA SÃO DOMINGOS SÁVIO E FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO, MANAUS (AM)

“Vejo o bibliotecário como o profissional que defende vigorosamente a liberdade intelectual e a igualdade de acesso à informação”

“Ao contrário do que muitos dizem, bibliotecas não deixarão de existir. Digo que o uso da tecnologia está contribuindo cada vez mais para que todos possamos ter acesso à informação de qualidade e, por trás de todos esses processos, o bibliotecário é o agente responsável por organizar e disseminar a informação de maneira técnica e padronizada ao seu público. Costumo dizer que o profissional bibliotecário sempre será um mediador e incentivador no processo educacional. Vejo o bibliotecário como o profissional que defende vigorosamente a liberdade intelectual e a igualdade de acesso à informação”, comenta Danielle de Paula da Silva, Bibliotecária da Faculdade Salesiana Dom Bosco, em Manaus (AM), pertencente à Inspetoria Salesiana São Domingos Sávio.

Como bibliotecária de uma faculdade, Danielle conta que, no início do ano letivo, a biblioteca recebe muitos calouros e as pérolas começam a fluir. Na ocasião, faz memória de uma situação engraçada: “Estava eu focada no atendimento dos alunos, tirando dúvidas e explicando onde estavam os livros na estante. Chegou uma aluna e disse que gostaria de um livro de metodologia. Expliquei a ela que o livro estava no final do corredor e nisso ela saiu da biblioteca. Eu pensei: ‘acho que ela esqueceu o documento para conseguir fazer o empréstimo’ e continuei o atendimento normal. Não demorou muito a aluna retorna à biblioteca com a seguinte frase: ‘não achei o livro’. Olhei pra ela e perguntei: ‘você tem certeza que foi no corredor verificar o livro?’ E expliquei que, no final do corredor, tem um paredão com livros de metodologia que ela estava solicitando, e convidei-a para ir comigo pegar. Foi quando ela soltou a informação de que o corredor que ela foi verificar o livro era o corredor da entrada da faculdade”. Depois do ocorrido, Danielle comenta que é difícil segurar o riso toda vez que lembra da história.

COLÉGIO SALESIANO BOM BOSCO, PARNAMIRIM (RN)

“Perceber que o meu fazer diário de alguma forma também se estende ao ambiente familiar me abriu um sorriso”

Krishna Lima Ribeiro, mais conhecida como tia Kris, atua há 11 anos no meio educacional. A frente da Biblioteca do Colégio Salesiano Dom Bosco, em Parnamirim (RN), comenta que o papel do bibliotecário vai muito além de apenas organizar o acervo: “O bibliotecário escolar precisa estar envolvido em todos os processos de estimular, coordenar e executar atividades com o propósito de criar situações e ambientes que instiguem os alunos a desenvolver o gosto pela leitura. Num país onde a média de leitura anual é de quatro livros, ver crianças ultrapassando essa meta em duas ou três vezes em apenas 1 mês de leitura nos mostra que estamos no caminho certo”.

Em sua carreira, Krishna comenta que “o maior desafio de um bibliotecário escolar é fazer com que todos reconheçam a biblioteca como um espaço imprescindível para o desenvolvimento e promoção da leitura e da aprendizagem como um todo”, e faz memória de um momento que a marcou como profissional: “Outro dia estava em minha sala e vi uma mãe à procura de saber quem era a tia Kris que a filha dela tanto brincava e fazia de conta em ser. Prontamente me coloquei à disposição e qual foi a minha surpresa quando ela veio contar que fazia semanas que todos os dias a filha brincava de ser bibliotecária em casa, contando histórias para suas bonecas e inserindo a família nessa ‘brincadeira de bibliotecária’. Perceber que o meu fazer diário de alguma forma também se estende ao ambiente familiar me abriu um sorriso e tornou ainda mais importante cada história contada, é como uma sementinha que vamos plantando e ficamos à espera que gerem bons frutos”.

  

INSTITUTO NOSSA SENHORA DE LOURDES, GRAVATÁ (PE)

“Pessoas críticas e conscientes do seu papel na sociedade devem passar pelas bibliotecas”

Mesmo na era digital, o Bibliotecário Jonas Amador da Silva, acredita que as novas tecnologias não vão tirar o protagonismo dos profissionais de biblioteconomia. “O bibliotecário não perde o seu valor em tempos de mundo digital, apenas acrescentam-se novas funções ao seu trabalho”, comenta.

Jonas aponta que sua maior alegria dentro desta profissão é trabalhar com a informação e a cultura, sendo uma ponte entre os alunos e o mundo literário. “As bibliotecas são lugares de múltiplas funções, são também lugar de debates e diálogos e deve ser sempre um lugar aberto de fala para todos e todas, onde se aprende o respeito às diversidades. Em resumo, pessoas críticas e conscientes do seu papel na sociedade devem passar pelas bibliotecas”.

Sobre uma parte do acervo que está sob sua responsabilidade, Jonas comenta um fato curioso: “Temos um acervo histórico de slides antigos e fitas K7 que, quando estão em contato com as novas gerações, alguns não sabem do que se trata, ocasionando uma situação engraçada entre o choque de gerações”.

  

COLÉGIO E FACULDADE DOM BOSCO, PORTO ALEGRE (RS)

“Se em uma época a bibliotecária era responsável pela guarda e conservação das obras, a mesma serve hoje para disseminar a informação”

Mesmo em um mundo cada vez mais digital, Priscila de Queiroz Macedo, bibliotecária do Colégio e Faculdade Dom Bosco, em Porto Alegre (RS), acredita que sua profissão não perde o valor: “É necessário ter a pessoa adequado para organizar a informação. Eu sempre gosto de comparar que, mesmo com a invenção do aspirador, a vassoura não ficou de lado. O mesmo serve para os livros, mesmo com os e-books, os físicos seguem sendo usados e, para ambos, há a necessidade de uma pessoa capacitada para esse serviço. Se em uma época a bibliotecária era responsável pela guarda e conservação das obras, a mesma serve hoje para disseminar a informação. Porém, acredito que hoje, um ponto crucial é o combate a fake news, algo que, até pouco tempo não era tão mencionado, mas que de uns cinco anos para cá se faz mais que necessário este profissional de gestão da informação”.

Priscila comenta que, na sua visão, o maior desafio hoje é ter mais profissionais atuando, principalmente dentro do ambiente escolar. “No Brasil, o número é baixo de profissionais atuando em escolas, principalmente públicas, mas a minha maior alegria é poder trabalhar com a transformação social e informacional”, diz a bibliotecária que, ao lidar com o público infantil em sua carreira, faz lembrança de um comentário muito inocente: “Hoje mesmo escutei de uma criança que o lugar preferido na escola dela é a biblioteca, mas só depois dos lugares de comer. Lidar com essa inocência é sempre algo lindo de vivenciar”, comenta Priscila.

A Rede Salesiana Brasil parabeniza cada um de seus bibliotecários e bibliotecárias que atuam nas Inspetorias, Escolas, Obras Sociais e Instituições de Ensino Superior, por sua contribuição transformadora e imprescindível para a formação integral dos(as) estudantes salesianos.

Fonte: Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil

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Estudantes do Colégio Salesiano Dom Bosco, no Centro de Manaus, brilham na Olimpíada Brasileira de Robótica e na Mostra Nacional de Robótica

O Colégio Salesiano Dom Bosco, do Centro de Manaus, marcou presença mais uma vez nas finais brasileiras da Mostra Nacional de Robótica (MNR) e da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), considerada a maior competição de robótica da América Latina, participando na modalidade Robótica Artística, com os estudantes Ana Clara Vieira, Davi Augusto, Guilherme Andrade e Júlia Evaristo, da 8º Ano do Ensino Fundamental. Neste ano, a escola apresentou seis iniciativas que evidenciam o compromisso dos estudantes com a ciência, a inovação e o impacto social, dentre elas, foram selecionadas quatro. 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O protótipo oferece soluções sustentáveis para os desafios das secas e cheias dos rios amazônicos, auxiliando no transporte de mantimentos e em pesquisas científicas com sensores ambientais e foi desenvolvido pelos alunos Kenedy Ajala, Yasmin Andrade e Isabela Duarte. O projeto recebeu menção honrosa na etapa estadual do Amazonas e na etapa do Espirito Santo.  Por fim, a equipe também levou ao evento o Robô Focus, criado para apoiar alunos com TDAH, da Aluna Angelina Sena, do 2º Série do Ensino Médio, e a ex -estudante salesiana Clara Tereza, que estuda Design na UFAM. Teve também o projeto Meninas Amazonas, uma iniciativa 100% feminina que incentiva a participação de meninas na robótica, ciência e tecnologia, incluindo a produção de um eBook exclusivo com atividades formativas e inspiradoras, realizado pelas alunas Mariana Sena e Samilly Sthefany. Vozes que revelam transformação A participação na OBR e na MNR foi acompanhada de muita emoção, crescimento e superação. O estudante Ravi, do 1º ano do Ensino Médio e integrante da equipe premiada, resumiu o sentimento vivido: “Apesar de todas as dificuldades pelo caminho, fomos resilientes e ganhamos muitos conhecimentos. Quero continuar na robótica e ser campeão junto da minha equipe em João Pessoa no ano que vem!” Sua colega, Yasmin Andrade, também do 1º ano do Ensino Médio e membro da equipe Tambakicks, expressou sua gratidão pela experiência e pelo acompanhamento pedagógico: “Essa experiência mudou tudo o que eu pensava e me ajudará a ser uma aluna melhor. Obrigada, professora, por acreditar no meu potencial. A robótica me abriu portas para uma área incrível da tecnologia.” Os depoimentos dos estudantes revelam aquilo que a educadora responsável, professora Joana Ramos, reforça há anos: a robótica vai muito além da competição. Ao falar sobre o evento com a RSB, ela destacou o impacto profundo do processo formativo: “Foram dias intensos, cheios de aprendizados, ajustes, erros e acertos. A robótica é um instrumento de transformação pessoal, social e educacional. Eles voltam mais maduros, confiantes e apaixonados pela ciência. A robótica se transforma e, eu continuo acreditando que, através da educação, mudamos o mundo, disse a professora Joana Ramos.” Famílias vivem a experiência junto A emoção também foi compartilhada pelas famílias. A mãe Alessandra Sena, que teve dois filhos participando do evento (André Luiz, do 6º ano, e Angelina, da 2º série do Ensino Médio), relatou a grandiosidade do encontro nacional e sua importância formativa: “Para quem vive a robótica, participar desse evento é um sonho. É um encontro grandioso, que reúne equipes de vários estados, do Ensino Fundamental ao universitário. A troca de ideias, o contato com outras pesquisas e culturas… tudo isso transforma os jovens. É maravilhoso para cada estudante e, para nós, pais, é motivo de muito orgulho.” Robótica como missão educativa A participação na OBR reforça a missão salesiana de promover uma educação integral, que conecta ciência, criatividade, valores humanos e protagonismo juvenil. Em cada projeto apresentado, os alunos demonstram não apenas domínio tecnológico, mas também sensibilidade social, responsabilidade e espírito de equipe. Conheça as iniciativas e ações desenvolvidas pelos alunos do Colégio Salesiano Dom Bosco Participação na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e Mostra Nacional de Robótica (MNR): o Colégio Dom Bosco tem participado das finais nacionais na modalidade Robótica Artística e da MNR, levando projetos desenvolvidos pelos alunos e conquistando menções e premiações nacionais.  Representação em eventos internacionais (RoboCup): projetos premiados na MNR garantiram vagas para representar o Amazonas e o Brasil em etapas internacionais como a RoboCup.  Projetos sociais e de impacto (ex.: Mão Biônica, Bracelete para Mal de Parkinson, Cidade Inteligente, Missão Clean Space): ao longo do ano as equipes apresentam projetos de impacto social e ambiental desenvolvidos com tecnologias de baixo custo (Arduino, prototipagem), que chamaram atenção nos eventos nacionais.  Laboratório / Sala Maker e Espaço STEM: a escola mantém espaços Maker/Laboratório de Robótica onde são ministradas aulas práticas de programação, eletrônica e prototipagem para diferentes séries. Esses ambientes apoiam a formação contínua dos alunos em STEAM - acrônimo em inglês para Ciências (Science), Tecnologia (Technology), Engenharia (Engineering), Artes (Arts) e Matemática (Mathematics) - metodologia educacional que busca integrar essas áreas do conhecimento em projetos e atividades práticas, promovendo o aprendizado interdisciplinar e o desenvolvimento de habilidades como criatividade, pensamento crítico e resolução de problemas.  Torneios e seletivas internas (Torneio Brasil de Robótica - TBR):  Realização de etapas internas e seletivas para preparar equipes rumo a competições regionais e nacionais (TBR, etapas estaduais da OBR), estimulando participação ampla dos estudantes. Equipes e identidades (ex.: Tambakicks, Amazon Tech): existência de equipes com identidade própria que participam das competições e mostras; também há times que se destacaram em outras competições de tecnologia (como a Olimpíada Nacional de Aplicativos — ONDA). O Colégio Salesiano Dom Bosco celebra mais esta vitória na robótica, conquistas que vão muito além de prêmios e classificações. São histórias de vida transformadas, vocações despertadas e jovens que descobrem na ciência um caminho para construir um futuro melhor.

4º Encontro On-line do Programa de Formação das Coordenações Pedagógicas aprofunda discussão sobre como utilizar ferramentas de design para tornar a formação de professores mais visível

No dia 12 de novembro, a Rede Salesiana Brasil realizou o 4º encontro on-line do Programa de Formação das Coordenações Pedagógicas do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, encerrando o ciclo formativo de 2025 com um momento marcado pela criatividade, colaboração e aprofundamento metodológico. Coordenações Pedagógicas de todo o Brasil acompanharam a formação conduzida pela formadora Caroline Cardoso. A partir da fundamentação desenvolvida, as coordenações foram convidadas a refletir sobre o papel das linguagens visuais como estratégia pedagógica, especialmente no contexto da formação continuada dos educadores. Com uma abordagem dinâmica, Caroline apresentou princípios de design aplicáveis ao cotidiano das coordenações, reforçando como a visualidade potencializa a clareza das orientações, a comunicação pedagógica e a devolutiva das práticas docentes. Atividade “mão na massa”: criatividade para expressar processos formativos Em sintonia com o tema, o encontro contou com uma proposta prática. Antecipadamente, as participantes foram orientadas a preparar um pequeno kit de materiais para a atividade. Durante a formação, cada coordenação produziu uma peça criativa, utilizando elementos simples, mas alinhados ao conteúdo apresentado. As produções foram compartilhadas no grupo de WhatsApp do Programa de Formação das Coordenações , criando um ambiente de inspiração mútua e troca entre as coordenações, fortalecendo a rede colaborativa que sustenta o Programa. Narrativas formativas e construção coletiva Outro momento significativo foi a partilha em pequenos grupos. As coordenações trocaram experiências, narrativas e percursos formativos desenvolvidos em suas escolas ao longo de 2025, especialmente com as(os) educadoras(es) dos Anos Iniciais. Esses registros foram reunidos em um mural colaborativo no Padlet, que permanecerá como memória afetiva e pedagógica do trabalho realizado. Avaliação do percurso formativo e continuidade em 2026 Para encerrar a edição 2025 do Programa, foi disponibilizado um formulário de avaliação do percurso, no qual as coordenações podem registrar percepções, sugestões e encaminhamentos. As contribuições serão fundamentais para a organização da continuidade da jornada formativa de 2026, a ser desenvolvida por meio de três encontros on-line ao longo do ano, dando continuidade ao compromisso com a qualificação e o fortalecimento da prática pedagógica nas escolas da RSB. O encerramento do ciclo formativo de 2025 reafirma o compromisso da Rede Salesiana Brasil com processos pedagógicos de qualidade, colaborativos e alinhados às demandas contemporâneas da educação. Em 2026, seguimos juntas(os), fortalecendo o trabalho das coordenações e promovendo uma formação integral e humanizadora para nossas comunidades educativas. Saiba mais sobre sobre o terceiro encontro deste ciclo de formações clicando aqui. Comunicação da Rede Salesiana Brasil

4º Encontro do Programa de Formação das Coordenações Pedagógicas do EF Anos Finais aprofunda a reflexão sobre avaliação na prática

O Programa de Formação das Coordenações Pedagógicas do Ensino Fundamental Anos Finais da Rede Salesiana Brasil (RSB) realizou, no dia 22 de outubro, o seu 4º encontro on-line, reunindo cerca de 20 acessos simultâneos de coordenadores de todo o país. O tema desta edição, “Avaliação na prática: pensando, experimentando, repensando e vivenciando”, convidou os participantes a revisitar suas concepções e experiências sobre a avaliação, com foco em práticas formativas e reflexivas. A formação foi conduzida pela Profª Leoneide Rodrigues, Assessora Pedagógica da RSB, que tem acompanhado o percurso formativo das coordenações ao longo do ano. Em sua condução, Leoneide enfatizou a importância de compreender a avaliação como parte integrante do processo de aprendizagem, e não apenas como um instrumento de mensuração. “Avaliar é um ato de cuidado e de compromisso com o desenvolvimento integral dos estudantes. É preciso criar espaços para o diálogo, a escuta e o feedback construtivo, de modo que cada estudante se perceba em constante crescimento”, destacou a formadora durante o encontro.   Avaliação formativa e feedbacks significativos O encontro foi marcado pela vivência prática e pela troca de experiências entre as coordenações. Em grupos, os participantes refletiram sobre situações do cotidiano escolar, analisando desafios e estratégias para aprimorar os processos avaliativos. Os participantes destacaram, no formulário de feedback, a riqueza dos momentos de partilha e prática, especialmente as reflexões sobre a Avaliação Formativa e sua relação com o Currículo da Rede Salesiana Brasil, o uso ético e pedagógico da Inteligência Artificial na elaboração de rubricas, a relevância dos feedbacks construtivos no desenvolvimento dos estudantes e a análise dos desafios dos enunciados avaliativos na construção de atividades alinhadas às habilidades previstas. Também destacaram o uso da ferramenta ChatGPT em atividades de reflexão e produção pedagógica, demonstrando como a IA pode ser integrada de forma contextualizada e intencional ao planejamento educativo.   Um caminho de formação contínua O Programa de Formação das Coordenações Pedagógicas do EF Anos Finais integra o conjunto de ações formativas promovidas pela RSB para fortalecer o papel das lideranças educacionais na consolidação do Projeto Educativo Pastoral Salesiano. Desde o primeiro encontro, o programa vem abordando temas fundamentais para a prática pedagógica, como Neurociências da Aprendizagem, com a Drª Leonor Guerra, a personalização da aprendizagem e as potencialidades da avaliação formativa. “Cada encontro é uma oportunidade de repensar a nossa missão educativa à luz do carisma salesiano, buscando sempre o desenvolvimento integral dos nossos estudantes e a construção de comunidades educativas que aprendem juntas”, destacou Leoneide Rodrigues. Veja também algumas matérias anteriores desta série de formações: 1º Encontro: Início do percurso formativo das coordenações pedagógicas 3º Encontro: A avaliação como prática potencializadora da aprendizagem   Comunicação da Rede Salesiana Brasil

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