O iPhone, o Bluetooth, o GPS, o QR Code, o Wi-Fi, as vacinas, o sistema Braille e o cinema. Antes de mudarem o mundo, todas essas invenções foram apenas rascunhos no papel e ideias criativas. Agora, imagine quantas novas ideias se transformam em patentes? Milhões de pedidos são registrados anualmente em todo o mundo, revelando um fluxo constante de inovações.
De acordo com o Índice Global de Inovação (IGI) 2025, divulgado em 16 de setembro pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o Brasil ocupa a 52ª posição entre 139 economias. Embora ainda distante do topo do ranking, o estudo reforça que o brasileiro é um povo criativo, capaz de encontrar soluções inovadoras para melhorar a vida das pessoas.
Nesse cenário, é essencial incentivar crianças e jovens a se interessarem pela pesquisa científica e criação de novas ideias que possam transformar o futuro. Com esse espírito, os estudantes do Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora de Aracaju participaram da CIENART – Feira Científica de Sergipe, conquistando o 1º lugar na modalidade Cienart Virtual (Categoria B), na área de Matemática e Ciências da Natureza, com o projeto Biosorriso.
O Projeto Biosorriso teve como objetivo desenvolver produtos naturais e sustentáveis voltados à higiene bucal. A iniciativa resultou na criação de uma pastilha dentária e de um enxaguante bucal natural, produzidos com ingredientes como bicarbonato de sódio, argila branca, xilitol, óleo essencial de hortelã-pimenta e óleo de coco, substituindo o uso de aditivos químicos e flúor.
Os alunos realizaram testes microbiológicos que comprovaram a eficácia dos produtos na redução de micro-organismos, apresentando pH seguro e resultados semelhantes aos de produtos comerciais. Unindo ciência, saúde e sustentabilidade, o Biosorriso incentiva o cuidado com o meio ambiente e o pensamento científico desde cedo.
Para a estudante do 9º Ano, Antonella Soares, participar do projeto foi uma experiência marcante. “Desenvolver o Biosorriso foi ao mesmo tempo desafiador e empolgante. Estávamos sempre tentando aprimorar o produto. Quando achávamos que havíamos encontrado a fórmula perfeita para as pastilhas, os testes mostravam que ainda precisávamos ajustar, elas ficavam muito moles. Tivemos que refazer várias vezes, acrescentar novos ingredientes e recalcular tudo até chegar ao resultado ideal”, expressou.
Ela ainda explica o fascinante que é fazer ciência. “Chegamos a pensar em fazer pastilhas coloridas, para deixá-las mais atrativas, mas como algumas pessoas têm alergias, decidimos não usar corantes, tornando o produto mais acessível a todos. A parte mais difícil foi chegar à formulação exata, e a mais interessante foi descobrir coisas novas no processo. Trabalhamos com materiais incríveis e ficamos muito orgulhosos com o que produzimos juntos.”
O projeto, desenvolvido com intencionalidade pedagógica e científica, foi criado pelos alunos do 9º Ano: Letícia Vitória da Silva Santos, Jorge Henrique do Nascimento Chaves, Antonella Soares Batista, Marília Vieira Freire e Myrella Carvalho Costa Menezes, sob a orientação das professoras Mônica Correia Santana Meneses, Ana Carla de Jesus, Ana Isabel Moreira Freitas, Íris Zuleica Souza Ferreira Lima, Kamila Freire Araújo Santana e Jaqueline Rabelo Matos.
Fonte: Colégio Salesiano de Aracaju