Na busca por um mundo mais sustentável, em Recife (PE), estudantes do 9º ano do Instituto Santa Maria Mazzarello criaram um inovador barco movido a energia solar, uma fonte de energia limpa que reduz a poluição. Essa iniciativa surgiu como resposta à preocupação em preservar o Rio Capibaribe, substituindo o uso de óleo diesel, que normalmente é prejudicial ao meio ambiente, em especial ao rio. Essa ideia surgiu em virtude da crescente problemática do descarte incorreto de plásticos, canudos, óleo diesel, entre outros lixos que contaminam o Rio Capibaribe e têm um impacto significativo na qualidade de vida dos moradores locais.
Em 2022, o Projeto Capibaribe, sob o olhar de uma nova geração, apresentou as características ambientais, sociais e econômicas do rio na Feira Internacional Ciência Jovem, organizado pelo Espaço Ciência. Naquele ano, o projeto foi vencedor em sua categoria, e, em 2023, segue destacando a proteção deste importante recurso hídrico. “O projeto ‘Ecocapibaribe: a navegabilidade através de um barco sustentável’ foi desenvolvido para que tenhamos uma alteração nos modelos de barcos que navegam em nossos rios, pois os mesmos depositam resíduos de combustíveis que degradam as nossas águas. A intenção é que possamos utilizar barcos que não impactem o meio ambiente”, disse o Professor de Geografia e orientador do projeto, Ary Junior.
À frente da navegabilidade do Capibaribe com a utilização do barco sustentável, estão os alunos Luara Silva, Lorena Estelita, Larissa Germano, Alice Silva, Rafael, João Guilherme e Matheus Ferreira. “Eu peguei um barco de brinquedo que tinha na minha casa, e revesti com alumínio para que ficasse mais resistente e pudesse boiar na água. Logo em seguida, eu peguei um carrinho de controle remoto e coloquei o motor na parte interna do barco, justamente para não pegar água, coloquei palito de picolé, fiz um teto de alumínio e coloquei a placa em cima. Quando o sol bate na placa solar, passar energia para o motor fazendo, assim, a hélice rodar e o barco funcionar”, compartilha o estudante Matheus Ferreira, que esteve à frente da criação do barco.
No ano passado, os estudantes iniciaram um profundo estudo sobre a situação do Rio Capibaribe e, com base em suas conclusões, ficou evidente que o rio requer assistência global imediata para garantir sua sobrevivência, é o que comenta a aluna
Alice Araújo: “Às vezes as pessoas não têm acesso a essa conscientização e não pensam no que pode acontecer com o rio ao longo dos anos. Eu acho que é importante que todo mundo tenha acesso a esses aprendizados para que todos consigam entender que o rio também é importante para a gente, pois ele também afeta a questão econômica e social”, diz.
A preocupação com o meio ambiente é um assunto debatido no mundo todo e, em especial, no Instituto Santa Maria Mazzarello, essa temática é abordada tanto na teoria quanto na prática. Todo o corpo discente, docente e colaboradores da Instituição Salesiana realizam a coleta de óleo de cozinha e lixo eletrônico, além da coleta de água da chuva para manutenção da horta. Tais atividades foram apresentadas nas boas práticas do ano de 2022.
Questionado sobre se a elaboração do Minibarco Sustentável terá algum impacto na vida dos moradores locais, o professor Ary Junior afirmou que a proposta visa preservar as águas do Rio Capibaribe, contribuindo para a manutenção da qualidade da água. Ele acrescentou que essa nova criação terá um contato direto com a vida dos pescadores do Rio Capibaribe. "A proteção da Casa Comum é crucial, pois devemos preservar nosso planeta, conforme orientado pelo Papa Francisco no Pacto Educativo Global. Portanto, a utilização de um barco ecologicamente correto e politicamente sustentável é importante para todos", comentou o professor.
CONHEÇA MAIS
O Instituto Santa Maria Mazzarello elaborou um diário de bordo contendo as informações do projeto Ecocapibaribe. Para ter acesso ao conteúdo, basta clicar aqui e ficar por dentro de todos os detalhes dessa ação.
Confira também a reportagem do G1 sobre a iniciativa clicando aqui.
Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil, com informações do g1.globo.com