05/06/2024

183 anos da Ordenação Sacerdotal de Dom Bosco

183 anos da Ordenação Sacerdotal de Dom Bosco
Foto: Divulgação

No dia 5 de junho de 1841, a história da Igreja Católica e da educação juvenil na Itália marcava um de seus momentos mais importantes: a ordenação sacerdotal de João Melchior Bosco, mais conhecido como Dom Bosco. Este evento não só transformou a vida de um jovem dedicado ao sacerdócio, mas também deu origem a uma missão que se espalharia pelo mundo.

A ordenação de João Bosco, aos 26 anos, foi realizada pelo Arcebispo de Turim, Luigi Fransoni. A cerimônia foi simples, mas carregada de significado para João e para todos que o conheciam. Naquele momento, ele adotou o nome de Dom Bosco, um título de respeito que sublinhava sua nova posição e sua dedicação à igreja.

Após sua ordenação, Dom Bosco começou a celebrar missas e a se dedicar mais intensamente ao seu trabalho com os jovens. Ele fundou o Oratório de São Francisco de Sales, o primeiro de muitos, que oferecia educação, abrigo e formação espiritual para jovens carentes, muitos dos quais eram órfãos ou viviam em situações de extrema pobreza. Já naquela época, com seu método educativo conhecido como "Sistema Preventivo", que baseava-se na razão, religião e amorevolezza, tornou-se um modelo amplamente reconhecido e seguido até hoje ao redor do mundo.

A ordenação de Dom Bosco foi o ponto de partida para a criação da Congregação Salesiana, oficialmente fundada em 1859. A missão salesiana, focada na educação e formação de jovens, especialmente dos mais necessitados, cresceu rapidamente. Hoje, os Salesianos estão presentes em mais de 130 países, administrando Escolas, Obras Sociais, Instituições de Ensino Superior, Centros de Comunicação, Paróquias e Grupos Jovens.

Confira alguns depoimentos de Salesianos de Dom Bosco (SDB) do Brasil que escolheram seguir os passos do Santo dos Jovens, perpetuando a missão salesiana em prol das juventudes:

Na cidade de São Paulo, o Padre Tiago Eliomar Gonçalves de Morais é responsável pela animação vocacional e missionária da Inspetoria Salesiana de Nossa Senhora Auxiliadora. Ordenado há 9 anos, mais especificamente no dia 17 de janeiro de 2015, Pe. Tiago compreende o papel primordial de seu sacerdócio dentro da missão salesiana, dedicando-se diariamente ao cuidado dos jovens, especialmente daqueles mais pobres e em situação de vulnerabilidade e risco social.

“O sacerdócio dentro dessa missão tem um papel bem significativo. Em primeiro lugar, como sacerdote, tenho a oportunidade de ser um guia espiritual para as pessoas. Esta vocação me permite oferecer orientação, celebrar os sacramentos, congregar as pessoas, mobilizar movimentos de solidariedade e ser uma presença constante na vida da comunidade. Através das confissões, das missas e dos momentos de oração, podemos ajudar os jovens a encontrarem uma conexão profunda com Deus e a desenvolverem uma espiritualidade mais sólida, desenvolvendo o espírito de pertença à Igreja.

Dom Bosco nos ensinou a importância de estar com os jovens, de caminhar ao lado deles. Isso envolve compartilhar suas alegrias e tristezas, entender suas preocupações e sonhos, e estar disponível para eles. O padre tem a possibilidade de conhecer o coração das pessoas de um modo muito particular: é uma pessoa que apresenta um ombro amigo e um apoio no caminho de fé. É uma alegria ajudar os jovens a descobrir e a responder a sua vocação.

Em resumo, o sacerdócio na missão salesiana é uma vivência muito bonita, peculiar e multifacetada. Ele me permite ser um evangelizador por excelência, um educador, guia espiritual, presença paterna, defensor da justiça social e promotor de vocações. Cada um desses aspectos é fundamental para manter vivo o carisma de Dom Bosco e continuar sua obra entre os jovens” conta Pe. Tiago.

Já o Padre Cláudio Andrade Motta, Salesiano de Dom Bosco (SDB) há 10 anos, em São Paulo (SP), se sente feliz e realizado por ser um sacerdote salesiano a serviço dos jovens. “Eu vejo o sacerdócio como um elemento central e vital na missão salesiana, desempenhando diversos papéis importantes que contribuem para a realização dos objetivos da congregação fundada pelo nosso pai espiritual, São João Bosco.

A missão salesiana é caracterizada pelo carisma de promover a educação e evangelização dos jovens, especialmente os mais pobres e abandonados. Por isso, o sacerdote salesiano assume várias funções: ele é um guia espiritual, um pastor para os jovens e para a comunidade. Em resumo, o sacerdócio na missão salesiana é de importância fundamental, pois através dele os salesianos podem realizar sua missão de educar e evangelizar os jovens de maneira integral. A presença sacerdotal garante que a dimensão espiritual e sacramental esteja sempre no centro das atividades, proporcionando aos jovens uma formação completa que abrange todos os aspectos da vida humana. Me sinto feliz e realizado, por ser um sacerdote salesiano a serviço dos jovens, como queria nosso pai fundador, sacerdotes segundo o coração do Bom Pastor”, conta Pe. Cláudio. 

A ordenação sacerdotal de Dom Bosco, que completa 183 anos hoje, não foi apenas uma cerimônia religiosa; foi o início de uma transformação global que continua a influenciar positivamente a vida de jovens em todos os continentes. Seu compromisso com a educação e a formação moral e espiritual dos jovens permanece um forte exemplo de dedicação e amor ao próximo.

Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Mais Recentes

Encontro da Comissão Nacional de Pastoral Juvenil Salesiana 2024

No último sábado (14), no Colégio Santa Inês, em São Paulo (SP), aconteceu o Encontro da Comissão Nacional de Pastoral Juvenil Salesiana (CNPJS), com a presença dos Delegados e das Coordenadoras Inspetoriais de Pastoral Juvenil das Inspetorias dos Salesiano de Dom Bosco (SDB) e das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) do Brasil. Durante a programação foram vivenciados momentos de planejamento da caminhada, em vista de uma maior sistematização dos processos pastorais. A Pastoral Juvenil (PJ) constitui o coração da missão educativa salesiana que busca, através de itinerários de fé, educar evangelizando e evangelizar educando. Segundo as Linhas Orientadoras da Missão Educativa das FMA (nº 78): “A missão educativa das FMA se realiza mediante uma pastoral juvenil inculturada que se inspira no Sistema Preventivo, vivido como espiritualidade radicada na caridade de Cristo e na solicitude materna de Maria. Tal pastoral tem como objetivo prioritário conduzir ao encontro com Jesus de Nazaré.” O Dicastério para a Pastoral Juvenil Salesiana, em seu Quadro de Referencial, afirma (pag. 59): “A meta proposta pela Pastoral Juvenil Salesiana para todo jovem é a construção da própria personalidade, tendo Cristo como referência fundamental; referência que, tornando-se progressivamente explícita e interiorizada, o ajude a ver a história como Ele, a julgar a vida como Ele, a escolher e a amar como Ele, a esperar como Ele ensina, a viver n’Ele a comunhão com o Pai e o Espírito Santo” (cf. CG23, n. 112-115). “O encontro da Comissão Nacional de Pastoral Juvenil é um espaço muito rico em sinodalidade. Juntos, FMA e SDB, compartilhamos nossas experiências vividas nas várias realidades do Brasil e traçamos linhas de ação para promover uma caminhada pastoral processual que corresponda aos apelos juvenis da atualidade. Em rede, nosso trabalho se torna mais fecundo e nossa missão se fortalece ainda mais”, diz a Coordenadora Nacional da PJS e representante da Inspetoria Maria Auxiliadora, Irmã Claudiane Cavalcante. “A experiência da reunião da CNPJS é sempre enriquecedora, pois demonstra a diversidade das inspetorias SDB e FMA, reunidas para planejar as atividades diversas, em nível nacional, unidas pelo mesmo carisma. Daí vem a riqueza da experiência”, conclui o Coordenador Nacional da PJS e representante da Inspetoria São João Bosco, Padre José Ricardo Mole. Escrito por Ir. Claudiane Cavalcante, Coordenadora Nacional da PJS

A Independência do Brasil e o Grito dos Excluídos e Excluídas

A proposta do Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu em uma reunião de avalição do processo da 2ª Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu nos anos de 1993 e 1994.  POR QUE O 7 DE SETEMBRO?  Desde 1995, o Grito dos Excluídos e Excluídas acontece no dia 7 de setembro, dia oficial da comemoração da Independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional. Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna.  Nestes 30 anos de trajetória, o Grito faz um contraponto à história oficial da independência do Brasil. Na contramão dos desfiles cívicos e militares, que sempre marcaram o 7 de setembro, conclama o povo, sobretudo os pobres e excluídos, a descerem das arquibancadas, deixar o patriotismo passivo, e ocupar praças e ruas na defesa de seus direitos. Assim, o Dia da Pátria se tornou também um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. O Grito mudou a cara do 7 de setembro e da Semana da Pátria. Em todo o país, a cada ano, multiplicam-se manifestações e atividades, por meio de variadas formas de luta e linguagens: celebrações, atos, caminhadas, romarias, seminários, rodas de conversa, festivais, concursos de redação nas escolas, apresentações de música, teatro, dança, poesia, café na praça, programas de rádio, carros e bicicletas de som, lives.  GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUÍDAS 2024 Este ano, o Grito dos Excluídos celebra 30 anos de existência e traz o tema “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”. “Nestes 30 anos de resistência, lutas, anúncio e avanços, o Grito dos Excluídos e Excluídas esperançou um mundo justo e acolhedor. E seguirá incentivando ações que fortaleçam e mobilizem as pessoas para as lutas sociais, denunciar as in-justiças e os males causados por este sistema neo¬liberal/capitalista, que exclui, degrada e mata to¬das as formas de vida, concentra a riqueza, a renda nas mãos de poucos e impõe miséria para milhões”, lê-se nos objetivos do Jornal O Grito nº. 81. Confira o Jornal na íntegra e mais informações sobre o Dia dos Excluídos e Excluídas clicando aqui. Fonte: gritodosexcluidos.com

Padre Tarcizio Odelli lança livro sobre São Francisco de Sales

O lançamento do livro “São Francisco de Sales – Doutor do Amor”, de autoria do Salesiano de Dom Bosco (SDB) e Diretor Geral do Boletim Salesiano, Padre Tarcizio Paulo Odelli, aconteceu durante o curso de Espiritualidade Salesiana a partir de São Francisco de Sales, realizado em Porto Alegre (RS), entre os dias 3 e 5 de setembro. A obra tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre a vida e a espiritualidade de São Francisco de Sales, patrono da Família Salesiana. Segundo o autor, o livro é resultado de mais de 20 anos de estudos e pregações sobre o santo. Padre Tarcizio destacou que a motivação para escrever a obra surgiu a partir dos retiros espirituais e cursos de formação nos quais apresentava, em formato de slides, o conteúdo que agora foi estruturado em texto. “É uma pessoa fascinante, não tem como não o tornar mais conhecido”, disse ele. A obra está organizada em seções que abordam a época histórica em que viveu São Francisco de Sales, sua biografia, além de temas centrais de sua espiritualidade, como o chamado à santidade, humanismo e o amor à Igreja. O livro também traz uma pequena biografia de Santa Joana de Chantal e aborda o “encontro” de São Francisco com São João Bosco. Para o Pe. Tarcizio, estudar a vida de São Francisco de Sales é essencial para entender sua contribuição inovadora à Igreja, especialmente por sua espiritualidade do amor, que é acessível a todos. A obra de São Francisco de Sales “Introdução à Vida Devota”, escrita há mais de 400 anos, continua sendo uma das mais lidas no mundo, perdendo apenas para a Bíblia e a “Imitação de Cristo”. Naquela época, valorizar os leigos foi uma grande novidade, e até o Concílio Vaticano II, seus ensinamentos permaneceram como referência. “Esta espiritualidade do amor é muito simples para ser vivida. Como ele dizia: ‘fazer tudo por amor e nada por força’. A santidade não consiste em fazer coisas extraordinárias, mas fazer as coisas ordinárias com perfeição extraordinária”, ressalta o padre. A obra é voltada principalmente à Família Salesiana, mas Pe. Tarcizio ressalta que o conteúdo é acessível a todos os interessados em conhecer melhor o doutor da espiritualidade do amor. “Francisco de Sales contribuiu com a Igreja sendo um grande inovador e apresentando uma espiritualidade simples, acessível a todos”, afirmou o autor. Fonte: Inspetoria São Pio X / Escrito por Eduardo Schmitz

Receba as novidades no seu e-mail

Somos Rede

Siga a RSB nas redes sociais:

2024 © Rede Salesiana Brasil