30/09/2024

3ª Assembleia Inspetorial encerra Visita Canônica de quatro meses

3ª Assembleia Inspetorial encerra Visita Canônica de quatro meses
Foto: Flickr Salesianas BAP

De 26 a 28 de setembro, a Inspetoria Nossa Senhora Aparecida (BAP), com sede em São Paulo (SP), realizou a sua 3ª Assembleia presencial.

A Assembleia marcou um momento importante na história da BAP. Criada em fevereiro de 2021, a BAP acolheu neste ano, durante quatro meses, a sua primeira Visita Canônica. Esta visita que é uma prática no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), e que acontece a cada seis anos, foi conduzida por Irmã Paola Battagliola, Conselheira Geral das FMA, que esteve na Inspetoria enviada pela Madre Geral, Irmã Chiara Cazzuola.

Portanto, a Assembleia Inspetorial da BAP contou com a presença de Irmã Paola Battagliola e marcou de forma magistral a conclusão da Visita Canônica.

Participaram da 3ª Assembleia presencial da BAP, 103 Irmãs representando as 24 comunidades da Inspetoria, distribuídas nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Também participaram do evento, Irmã Silvia da Silva, diretora executiva da Rede Salesiana Brasil (RSB) e Irmã Adair Sberga, Reitora do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora, de Campos dos Goytacazes (RJ).

Nos três dias de Assembleia, as Irmãs se deixaram orientar pelo tema “Vislumbrar o futuro por entre as dobras escondidas do presente. Reconhecer e agradecer!”.

Momento central da Assembleia foi a apresentação do relatório final da Visita Canônica, conduzido pela Conselheira Geral. As Irmãs contribuíram com ressonâncias e perguntas, destacando em suas falas o quanto foi claro e detalhado o relatório, desenhando bem o “rosto” da Inspetoria, identificando desafios, oportunidades e avanços na vida e na missão das comunidades educativas da BAP.

Outro momento muito especial desta Assembleia foi a comemoração dos aniversários de Profissão Religiosa de 26 Irmãs da BAP. Nem todas puderam estar presentes na celebração devido às distâncias e também à idade. Duas FMA celebraram 80 anos de pertencimento ao Instituto das FMA, quatro festejaram seus 70 anos, outras 10 celebraram 65 anos de consagração religiosa e outras cinco, 60 anos. Junto com as quatro FMA que celebraram as Bodas de Ouro também foi contemplada Irmã Paola Battagliola que, no dia 5 de agosto, celebrou 50 anos de Profissão Religiosa. Uma FMA, Irmã Érika K. Okuma celebou Bodas de Prata, ou seja, 25 anos como Irmã Salesiana.

O curioso desta celebração é que, somando os anos de Vida Religiosa de todas as Jubilandas, chega-se ao resultado de 1.600 anos, ou seja, 16 séculos de fidelidade e de histórias de vida.
As comemorações aconteceram no palco do Teatro do Colégio de Santa Inês e as Jubilandas presentes foram convidadas a ocupar a “Cadeira do Sonho concretizado”, partilhando com as demais um pouco de sua história de vida. Algo inesperado aconteceu: um vídeo-mensagem de Madre Chiara Cazzuola, cumprimentando pelo nome as Jubilandas, abrilhantou o momento e deixou todas muito felizes! Entre fotografias antigas e atuais, slogan de profissão, música e depoimentos, houve também uma apresentação “surpresa” de dois estudantes do Instituto Madre Mazzarello, Leonardo e Matheus, que interpretaram a música “My Way”, de Frank Sinatra.

Em seguida, houve a Celebração Eucarística presidida pelo Salesiano Padre Alexandre Luís de Oliveira, Inspetor da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora, de São Paulo. Nela, as Jubilandas presentes renovaram o compromisso religioso, e as demais, acompanharam a Missa por meio das mídias sociais da BAP.

E como já é tradição, após os festejos, as participantes da Assembleia se reuniram para apreciaram um espetáculo teatral – «Um sonho que nos faz construir um “hoje” gerador de vida», escrito e interpretado por Irmã Luana Oliveira e um grupo de estudantes do Colégio do Carmo, de Guaratinguetá (SP).

No segundo dia da Assembleia (27), as FMA da BAP puderam ouvir a contribuição de Irmã Maria Inês Ribeiro, da Congregação das Irmãs Mensageiras do Amor Divino, que abordou o tema “Vida Religiosa Consagrada, hoje”. Após as reflexões apresentada pela religiosa, as Irmãs se encontraram em grupos para identificaram as convergências e ideias fortes tanto do Relatório da Visita Canônica quanto da palestra da assessora.

Os trabalhos do dia foram concluídos com a Celebração Eucarística em ação de graças pela vida da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida, presidida pelo Salesiano Padre Edson Donizetti. Nesta celebração, as Irmãs puderam manifestar sua gratidão pelo serviço e presença de Irmã Alaíde Deretti, Inspetora da BAP. Para concluir a jornada, as Irmãs do Conselho Inspetorial dinamizaram um momento de distensão, que culminou com a abertura da tradicional “Sala dos Presentes”, onde foram expostos trabalhos artísticos e manuais realizados pelas FMA nas diferentes comunidades.

O terceiro dia da Assembleia teve início com a Celebração Eucarística, presidida pelo Salesiano Padre Maurício Tadeu de Miranda. Em seguida, as Irmãs se encontraram para receber as orientações quanto aos trabalhos em grupos, tendo como ponto de partida tudo o que já havia sido compartilhado nos dias anteriores e mais dois eventos importantíssimos em nível eclesial e congregacional: o Jubileu da Esperança – “Peregrinos da Esperança” – e o triênio de preparação para os 150 anos da primeira Expedição Missionária (2024-2027), cujo tema é “Este é o momento de reavivar o fogo – 150º aniversário das missões FMA”.

Durante a Assembleia Inspetorial, além de momentos celebrativos, de reflexões e de oração, as Irmãs puderam avaliar o caminho da BAP percorrido até 2024 e compartilhar os encaminhamentos para 2025, que será um ano muito significativo. Nele acontecerá a Avaliação Trienal, que é uma avaliação proposta pelo Instituto das FMA, em nível mundial, a fim de verificar o caminho percorrido desde o último Capítulo Geral (2021), já pensando na realização do próximo, previsto para 2027, em Roma (Itália).

A 3ª Assembleia presencial da BAP foi concluída com a palavra da Inspetora, Ir. Alaíde Deretti, que em sua mensagem retomou o tema da Assembleia e afirmou: «Espero que os meses que nos separam do final de mais um ano sejam vividos – por todas – com audácia e gratidão, com vontade de reinventar o que somos, reinventar o nosso jeito de sermos comunidade, de sermos FMA, de sermos consagradas, felizes, amantes da nossa vocação, para que possamos ser significativas e geradoras de fraternidade e comunhão, respeitando e abraçando nossas diferenças. Porque as nossas diferenças formam um mosaico de beleza e de harmonia».

Antes de se dissolver a Assembleia, as Irmãs puderam expressar ressonâncias sobre o andamento dos três dias de trabalho e encontro, vivenciando também uma celebração de envio, marcada pelas palavras “gratidão”, “reconhecimento”, “acolhida”, “cuidado”, “escuta”, “presença”. Nesta celebração, Irmã Paola Battagliola e Irmã Alaíde Deretti ungiram as diretoras, e estas repetiram este significativo gesto para com as Irmãs de suas comunidades.

No domingo (29), Irmã Paola Battagliola despediu-se da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida e partiu para Roma, onde lhe aguardam outros trabalhos dentro de sua missão de Conselheira Geral Visitadora. Antes de viajar, ela deixou uma última mensagem: «Queridas Irmãs, trago em meu coração a beleza de uma visita canônica que tocou minha existência. Louvo e agradeço ao Senhor pelo que experimentei de bondade, de proximidade e de amor fiel ao nosso carisma salesiano! Desejo que realizem o sonho de construir comunidades vocacionais, onde emana um testemunho alegre e contagiante, para despertar nos jovens a beleza de uma vida doada a Deus e à missão. Permaneço no grupo (n.d.r. grupo de WhatsApp) com grande alegria para acompanhar sua caminhada nesta amada BAP. Com muitas saudades, um grande abraço a cada uma».

Fonte: Inspetoria Nossa Senhora Aparecida 

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Dia de Nossa Senhora do Rosário e a súplica do Papa

Uma súplica de paz e um dia de oração e jejum: este foi o anúncio feito pelo Papa Francisco na celebração da Santa Missa de abertura da segunda sessão da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, na Praça São Pedro, na manhã da quarta-feira (02). A proposta é de que, hoje (07), dia em que a Igreja celebra Nossa Senhora do Rosário, e data que também marca o brutal massacre do Hamas contra cidadãos israelenses majoritariamente civis (07/10/2023), cristãos e cristãs do mundo todo se unam em oração e jejum pela paz. O Bispo de Roma, nos últimos meses, continuou gritando, sem ser ouvido, pedindo um cessar-fogo e caminhos de paz. Hoje, este grito torna-se ainda mais coral e dirige-se ao Céu, na esperança de que o Senhor da história abra os corações dos líderes das nações e sejam alcançadas “negociações honestas” e “compromissos honrosos” para pôr fim à loucura da guerra. Porque mesmo a paz mais imperfeita e precária é preferível ao horror da guerra, mesmo aquela considerada mais “justa”. O DIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO celebrado em 7 de outubro, o Dia de Nossa Senhora do Rosário é uma das mais antigas e significativas festividades marianas da Igreja Católica. A data remonta a um momento crucial da história cristã e reflete a profunda devoção ao Rosário, uma das orações mais populares e poderosas para os católicos. Essa celebração reúne fiéis ao redor do mundo, marcando uma jornada de fé e gratidão à Virgem Maria, reconhecida por sua intercessão nos momentos de maior dificuldade. A festa de Nossa Senhora do Rosário tem suas raízes históricas na Batalha de Lepanto, travada em 7 de outubro de 1571. Naquela ocasião, as forças cristãs da Liga Santa enfrentaram o poderoso Império Otomano, em uma batalha naval decisiva no Mediterrâneo. Temendo uma derrota que poderia abrir portas para a invasão da Europa, o Papa Pio V convocou toda a cristandade a rezar o Rosário, pedindo a intercessão de Nossa Senhora. Contra todas as expectativas, os cristãos venceram a batalha. Em agradecimento, o Papa instituiu a festa de "Nossa Senhora da Vitória", que posteriormente se tornou "Nossa Senhora do Rosário", em honra ao poder desta oração. O QUE É O ROSÁRIO?O Rosário é uma forma de oração meditativa composta por repetidas recitações de orações tradicionais, como o Pai-Nosso e a Ave-Maria, intercaladas pela contemplação de mistérios da vida de Jesus e Maria. Essa prática tem suas origens no século XII, quando os monges utilizavam contas para contar suas orações. O Rosário, em sua forma moderna, foi promovido por São Domingos de Gusmão, que, segundo a tradição, recebeu a oração das mãos da própria Virgem Maria como uma poderosa arma espiritual. Dividido em quatro conjuntos de mistérios — Gozosos, Dolorosos, Gloriosos e Luminosos —, o Rosário convida a meditar sobre momentos fundamentais da vida de Cristo e de Maria. O Papa João Paulo II, grande devoto dessa oração, chamou o Rosário de "compêndio do Evangelho", por sua profundidade espiritual e alcance devocional. A DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOA devoção a Nossa Senhora do Rosário é um símbolo de fé e confiança no poder intercessor de Maria. Ao longo dos séculos, a Igreja Católica promoveu o Rosário como uma prática de oração que leva os fiéis a uma comunhão mais profunda com Deus, pela intercessão de Sua Mãe.  Numerosos papas e santos recomendaram o Rosário como um instrumento de paz e conversão. A própria aparição de Nossa Senhora em Fátima, em 1917, reforçou essa devoção quando Maria pediu que os fiéis rezassem o Rosário diariamente pela paz no mundo. A prática também está associada à ideia de proteção divina, especialmente em tempos de guerra, crise ou calamidade. A devoção a Nossa Senhora do Rosário lembra a todos os católicos que, em tempos de dificuldade, a fé e a oração podem trazer força, paz e vitória. Escrito por Janaína Lima, com informações do Vatican News

Celebração Litúrgica de Alberto Marvelli

Nascimento: 21/03/1986Venerável: 22/03/1986Beato: 05/09/2004Celebração Litúrgica: 5 de outubroFalecimento (nascimento para o céu): 05/10/1946 Nascido em Ferrara, Itália, no dia 21 de março de 1918, segundo de seis irmãos, cresceu numa família verdadeirame nte cristã, em que a vida de piedade se unia à atividade caritativa, catequética e social. Transferindo-se com a família em 1930 para Rimini, frequenta o oratório salesiano e a Ação Católica onde, a exemplo de Domingos Sávio, amadurece a fé com uma opção definitiva: “o meu programa sintetiza-se numa palavra: santo”. Reza com recolhimento, faz catequese com convicção, manifesta zelo, caridade, serenidade. É forte de caráter, firme, decidido, volitivo, generoso; tem um aguçado senso de justiça e uma grande ascendência entre os companheiros. É um jovem esportista e dinâmico, ama todos os esportes: tênis, vôlei, atlética, futebol, natação, excursões na montanha. Mas a sua maior paixão será a bicicleta, também como meio privilegiado de apostolado e ação caritativa. Amadurece na universidade a formação cultural, e a espiritual na Federação Universitária Católica Italiana (FUCI). Escolhe Piergiorgio Frassati, hoje beato, como modelo. Obtida a láurea em engenharia mecânica em 30 de junho de 1941, deve partir como militar em 7 de julho. A Itália está em guerra; uma guerra que Alberto condena com lúcida firmeza: “Desça logo a paz com justiça para todos os povos, a guerra desapareça do mundo para sempre”. Dispensado, porque outros três irmãos já estão no front, trabalha por breve período na FIAT de Turim. Após os trágicos acontecimentos de 25 de julho de 1943, com o bombardeamento do sul da Itália pelos aliados, a queda do fascismo, a proclamação do armistício com os aliados em 8 de setembro de 1943 e a consequente ocupação alemã do solo italiano, Alberto volta para casa em Rimini. Ele sabe qual é a sua missão: torna-se operário da caridade. Depois de cada bombardeamento, é o primeiro a ir em socorro dos feridos, encorajar os sobreviventes, assistir os moribundos, tirar das ruínas os sepultados vivos. Não só ruínas, mas também fome. Alberto distribuía aos pobres tudo o que conseguia recolher: colchões, cobertores, panelas. Ia até os agricultores e negociantes e comprava todo tipo de víveres. Depois, com a bicicleta carregada de sacolas, ia aonde sabia que havia fome e doença. Voltava, às vezes, para casa sem sapatos ou sem bicicleta: dera a quem mais precisava. No período da ocupação alemã, salvou muitos jovens das deportações e conseguiu, com uma ação corajosa e heroica, abrir os vagões, já trancados e em partida na estação de Santarcangelo, e libertar homens e mulheres destinados aos campos de concentração. Após a libertação da cidade, em 23 de setembro de 1945, foi criada a primeira junta do Comitê de Libertação. Entre os assessores também está Alberto Marvelli; não está inscrito nem nenhum partido, não foi partigiano (‘guerrilheiro’ contra a ocupação estrangeira), mas todos reconheceram e apreciaram o enorme trabalho feito por ele em favor dos desalojados. É um jovem de apenas 27 anos, mas tem firmeza e competência para enfrentar os problemas, coragem nas situações mais difíceis e disponibilidade sem limites. Confiam-lhe a tarefa mais difícil: a comissão de alojamento, que deve disciplinar a distribuição dos alojamentos na cidade, resolver controvérsias, requisitar apartamentos, não sem os inevitáveis ressentimentos. Depois, confiam-lhe a tarefa da reconstrução, como colaborador da seção especial de obras públicas. Em seu pequeno caderno de anotações, Alberto escreve: “Servir é melhor do que ser servido. Jesus serve”. Leigo cristão, crescido no oratório salesiano de Rimini, expressa a sua fé cristã sobretudo no compromisso político e social, entendido como serviço ao bem comum: “Com a ajuda de Nosso Senhor, desejo e proponho ser sempre de exemplo aos companheiros e defender a minha fé em todas as ocasiões, sem respeito humano, mas com a mente sempre voltada para a maior glória de Deus”. É com esse espírito de serviço que Alberto enfrenta a atividade cívica. Quando os partidos renascem em Rimini, inscreve-se no partido da Democracia Cristã. Sentiu e viveu o empenho na política como um serviço à coletividade organizada; a atividade política podia e devia ser a expressão mais elevada da fé vivida. Nesse ínterim, o bispo chama-o para dirigir os “Católicos Laureados”. Seu empenho poderia ser sintetizado em duas palavras: cultura e caridade. “Não se deve levar a cultura apenas aos intelectuais, mas a todo o povo”. Desse modo, dá vida a uma universidade popular. Abre um refeitório para os pobres. Convida-os ao refeitório, reza com eles; depois, distribui a sopa e escuta as necessidades deles. Sua atividade em favor de todos é incansável; está entre os fundadores das ACLI (Associações Católicas de Trabalhadores Italianos); cria uma cooperativa de trabalhadores da construção civil, a primeira cooperativa “branca” (não comunista) na Romanha “vermelha”. A intimidade com Jesus Eucarístico nunca é um fechar-se em si mesmo, alienado dos compromissos e da história. Antes, quando percebe que o mundo ao seu redor está sob o signo da injustiça e do pecado, a Eucaristia torna-se para ele força para iniciar a ação de redenção e libertação, capaz de humanizar a face da terra.Na noite de 5 de outubro de 1946, de bicicleta, vai fazer um comício eleitoral; ele também é candidato às eleições da primeira administração municipal. Às 20h:30min, um caminhão militar investe sobre ele. Morrerá com apenas 28 anos, poucas horas depois, sem retomar a consciência. A mãe, Maria, forte na dor, está ao seu lado. Sua morte causou grande comoção em toda a Itália. A figura de Alberto Marvelli, na história do apostolado dos leigos, é a de um autêntico precursor do Concílio Vaticano II, no que se refere ao compromisso dos leigos na animação cristã da sociedade. Foi, como queria Dom Bosco, um bom cristão e um cidadão honesto, empenhado na Igreja e na sociedade com coração salesiano. Fonte: sdb.org

Dia de São Francisco de Assis fecha o Tempo da Criação 

O dia 4 de outubro marca a celebração de São Francisco de Assis, uma das figuras mais reverenciadas da Igreja Católica, conhecido por seu profundo amor pela natureza, simplicidade de vida e dedicação aos pobres. Nascido na cidade italiana de Assis, Giovanni di Pietro di Bernardone, seu nome de batismo, passou de jovem rico e boêmio a um dos maiores exemplos de renúncia e devoção. Filho de um próspero comerciante de tecidos, Francisco inicialmente viveu uma vida de luxos e privilégios. Contudo, após uma série de eventos que incluíram uma experiência mística enquanto estava preso durante uma guerra e, mais tarde, um chamado direto de Cristo na capela de São Damião, Francisco abandonou seus bens materiais e se dedicou a uma vida de pobreza e serviço aos necessitados. Sua famosa decisão de renunciar às riquezas paternas marcou o início de uma nova jornada espiritual que culminou na fundação da Ordem dos Frades Menores, mais conhecida como Ordem Franciscana. A missão de São Francisco era clara: viver conforme os ensinamentos de Jesus Cristo, em simplicidade, caridade e respeito pela criação. Seu exemplo cativou milhares de seguidores, e sua pregação sobre a importância do amor ao próximo, ao pobre e à natureza ecoa até os dias de hoje. O LEGADO DE SÃO FRANCISCOSão Francisco de Assis foi canonizado pelo Papa Gregório IX em 1228, apenas dois anos após sua morte. Seu legado inclui não apenas a fundação da Ordem Franciscana, que se espalhou pelo mundo, mas também sua profunda influência sobre o conceito de humildade e cuidado com o meio ambiente na Igreja Católica. O Papa João Paulo II o declarou padroeiro dos ecologistas, reforçando seu papel como defensor da criação divina. Sua obra "Cântico das Criaturas", que expressa seu louvor a Deus por meio da natureza, ainda hoje inspira aqueles que veem a Terra como uma dádiva divina. Em suas palavras, Francisco via os elementos da natureza – o sol, a lua, o vento e a água – como irmãos e irmãs, todos integrantes de uma grande família criada por Deus. O Dia de São Francisco de Assis é celebrado em várias partes do mundo com missas, procissões e bênçãos de animais, já que o santo também é amplamente reconhecido como patrono dos animais. A bênção dos animais, tradição em muitas paróquias católicas, destaca o amor de Francisco por todas as criaturas de Deus. A CELEBRAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS E O TEMPO DA CRIAÇÃOSão Francisco está intimamente ligado ao Tempo da Criação, uma celebração ecumênica anual que ocorre de 1º de setembro a 4 de outubro. Iniciado pelo Patriarca Ecumênico Dimitrios I em 1989, esse período visa conscientizar os cristãos de todo o mundo sobre a necessidade de cuidar da Terra. O encerramento do Tempo da Criação no Dia de São Francisco de Assis sublinha a importância do cuidado com o meio ambiente, algo que se tornou ainda mais relevante com a exortação do Papa Francisco, Laudato Si', que homenageia o santo ao destacar a responsabilidade humana sobre a Casa Comum. “O Tempo da Criação é um tempo para renovar a nossa relação com o nosso Criador e toda a criação através da celebração, da conversão e do compromisso coletivo. Durante o Tempo da Criação, nos unimos às nossas irmãs e irmãos da família ecumênica em oração e ação pela nossa Casa Comum” lê-se no site seasonofcreation.org. Como representação salesiana, a Filha de Maria Auxiliadora (FMA), Ir. Alessandra Smerilli, do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano, compõe o Conselho Consultivo que apoia o Comitê Diretivo do Tempo da Criação através de sua experiência teológica e litúrgica, bem como da experiência programática e em projetos de seus parceiros. O exemplo de São Francisco é um convite para uma vida de respeito, gratidão e harmonia com o Criador e com sua criação. Sua mensagem de simplicidade e reverência à natureza é mais urgente do que nunca em um mundo marcado pela degradação ambiental. Escrito por Janaína Lima, com informações do seasonofcreation.org

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