19/01/2024

Aberta a 42ª edição dos Dias de Espiritualidade da Família Salesiana

Aberta a 42ª edição dos Dias de Espiritualidade da Família Salesiana

Foram 345 os inscritos, de 45 países, e 22 os Grupos da Família Salesiana (FS) representados no Teatro Dom Bosco, na abertura da 42ª edição dos Dias de Espiritualidade da Família Salesiana 2024 (DEFS 2024), iniciados em 18 de janeiro, em Turim. “Estamos na Casa de todos nós – disse o Cardeal Pe. Ángel Fernández Artime, Reitor-Mor dos Salesianos de Dom Bosco, ‘Centro de Unidade da FS’, em sua saudação de inaugural – Nossa Senhora nos acolhe, Deus nos abençoa. Estamos aqui para mostrar um carisma muito vivo”.

Iniciando os trabalhos em Valdocco, o Inspetor do Piemonte-Vale d’Aosta-Lituânia, Pe. Leonardo Mancini, entra diretamente no tema da Estreia, sublinhando que “se o espírito salesiano habitar em nós, não haverá como não nos interessarmos pelos jovens na descoberta surpreendente e encorajadora do sonho que Deus tem para todos eles”.

O Pe. Joan Lluis Playà, Delegado Central do Reitor-Mor para o Secretariado da FS e, portanto, Coordenador dos DEFS, convidou a “viver com intensidade e entusiasmo o evento, no qual as palavras-chaves dos anos precedentes – fermento, coração, amor, cristãos e cidadãos, esperança, santidade – confluem todas para a palavra ‘sonho’, porque ela compreende totalmente Dom Bosco, sua vida, sua visão”.

Muito significativa foi a chegada ao palco de 32 pessoas, representando os cinco continentes, levando cada uma um cubo com o qual se construiu uma parede com os símbolos dos Grupos da FS. Cada uma dessas peças causou uma intensa impressão sobre a consistência da variedade e difusão do carisma salesiano. Criado o clima de alegria, os participantes puderam assistir ao vídeo de divulgação da Estreia 2024. O momento foi conduzido pelo Reitor-Mor, revelando o percurso da opção pelo tema: “A 200 anos do ‘Sonho dos Nove Anos’, não podia ser senão ele o fio vermelho (tendo sido aprovado por unanimidade)”.

O relato sobre as linhas seguidas na preparação desse tradicional documento, que estimula toda a caminhada do ano, coube ao Cardeal Artime, o qual partilhou uma “impressão belíssima de suas visitas, em 10 anos de reitorado, a 120 diferentes países. O ter visto quantas pessoas no mundo fazem o bem, todos os dias, é extraordinário!”.

Sintetizou-a em quatro pontos essenciais:

- O sonho que Dom Bosco teve, pelos 9 anos, tem as características de uma visão profética. Foi esta a conduzir toda a sua vida, como pessoa e sacerdote. Só aos 72 anos, no encerramento da sua difícil e dolorosa experiência, lhe compreendeu a total importância - e a admirável presença de Maria Auxiliadora a seu lado! - quando celebrou sua única Missa no ‘Sacro Cuore’, de Roma, no Altar a Ela dedicado;

- A importância de recuperar o pensamento salesiano em torno desse sonho, brotado da memória transmitida aos seus filhos, a começar pelo Pe. Rinaldi (o Reitor-Mor do primeiro centenário do sonho) para consolidar-se e aprofundar-se a cada mudança de Guia, até ao Pe. Pascual Chávez;

- Os protagonistas do sonho são os jovens e as meninas, e eles devem ser os principais sujeitos da ação salesiana também hoje, sendo Maria de Nazaré a atriz Coadjuvante. Acerca disto, o Reitor-Mor deteve-se para uma sublinha e marca fundamental: “Se um salesiano não levar no coração um verdadeiro amor à Auxiliadora, só formalmente pertencerá à FS, mas não de fato”. A explicação deste caráter é “a dimensão feminino-materna que acompanhou a missão de Dom Bosco. Digo-o com o coração: os órfãos que acolhia precisavam sentir-se em casa, numa família, sentir-se amados”. Consagradas ou leigas, as figuras femininas na FS não devem ser pensadas como “cooperadoras”, devido à gestão de algum aspecto laboral, mas como expressão da vontade do Santo de ter não somente uma mãe desde o Céu, mas também mulheres, com as suas especificidades, a seu lado, na terra;

- A imagem de lobos e de cordeiros pode parecer de outros tempos, mas se os rapazes dos bairros mal-afamados de Turim carregavam consigo facas: hoje os encontramos, em muitos contextos, portando armas de fogo. “Na sociedade de hoje, estamos perante a uma violência muito maior que a de vinte anos atrás e isto dá-nos motivo para pensar quão mais necessário seja hoje o carisma salesiano”.

Na Estreia 2024, o X Sucessor de Dom Bosco manifestou doze desejos, doze “pequenos sonhos” que gostaria de ver realizados: “A nossa Família goza de boa saúde, mas sempre a podemos melhorar. O mundo de hoje será melhor se manifestarmos mais esperança e viço em nossa ação. Melhoremos em tudo o que pudermos, mostrando que ainda continuamos a sonhar. Se os sonhos forem como o de Dom Bosco, eles também farão sonhar, sobretudo os mais pobres: Nascemos para os mais necessitados. Não mudou sequer uma vírgula das primeiras Constituições da Congregação: não podemos pensar noutras formulações. O Espírito Santo continuará a suster-nos, se atuarmos com fidelidade ao nosso carisma”.

Maria Auxiliadora continua a ser a Mestra como no ‘Sonho dos Nove Anos’, por isso, no final da Assembleia, o primeiro dia propôs o testemunho em vídeo dos membros da Associação de Maria Auxiliadora (ADMA), que remarcaram a força que sustém a família cristã.

Confira a gravação do primeiro dia, em língua portuguesa, clicando aqui.

   

Fonte: Agenzia Info Salesiana (ANS)

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