25/10/2024

“Amou-nos”, a Encíclica do Papa sobre o Sagrado Coração de Jesus

“Amou-nos”, a Encíclica do Papa sobre o Sagrado Coração de Jesus
Foto: ShutterStock ID 2152059665

“'Amou-nos', diz São Paulo referindo-se a Cristo (Rm 8,37), para nos ajudar descobrir que nada ‘será capaz de separar-nos' desse amor (Rm 8,39)”. Assim começa a quarta Encíclica do Papa Francisco, intitulada a partir do incipit “Dilexit nos” e dedicada ao amor humano e divino do Coração de Jesus: “O seu coração aberto precede-nos e espera-nos incondicionalmente, sem exigir qualquer pré-requisito para nos amar e oferecer a sua amizade: Ele amou-nos primeiro (cf. 1 Jo 4, 10). Graças a Jesus, ‘conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele’ (1 Jo 4, 16)” (1).

Conheça o texto da Encíclica na íntegra e em língua portuguesa clicando aqui.

O AMOR DE CRISTO REPRESENTADO EM SEU SANTO CORAÇÃO
Em uma sociedade - escreve o Papa - que vê a multiplicação de “várias formas de religiosidade sem referência a uma relação pessoal com um Deus de amor” (87), enquanto o cristianismo muitas vezes esquece “a ternura da fé, a alegria do serviço, o fervor da missão pessoa-a-pessoa” (88), o Papa Francisco propõe um novo aprofundamento sobre o amor de Cristo representado em seu santo Coração e nos convida a renovar nossa autêntica devoção, lembrando que no Coração de Cristo “encontramos todo o Evangelho” (89): É em seu Coração que “finalmente nos reconhecemos e aprendemos a amar” (30).

O MUNDO PARECE TER PERDIDO SEU CORAÇÃO
Francisco explica que, ao encontrar o amor de Cristo, “tornamo-nos capazes de tecer laços fraternos, de reconhecer a dignidade de cada ser humano e de cuidar juntos da nossa casa comum”, como ele nos convida a fazer em suas encíclicas sociais Laudato Si' e Fratelli tutti (217). E diante do Coração de Cristo, pede mais uma vez ao Senhor “que tenha compaixão desta terra ferida” e derrame sobre ela “os tesouros da sua luz e do seu amor”, para que o mundo, “que sobrevive entre guerras, desequilíbrios socioeconômicos, consumismo e o uso anti-humano da tecnologia, recupere o que é mais importante e necessário: o coração” (31). Ao anunciar a preparação do documento, no final da audiência geral de 5 de junho, o Pontífice deixou claro que este ajudaria a meditar sobre os aspectos “do amor do Senhor que podem iluminar o caminho da renovação eclesial; mas também que podem dizer algo significativo a um mundo que parece ter perdido seu coração”. E isso enquanto as celebrações estão em andamento pelos 350 anos da primeira manifestação do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, em 1673, que se encerrarão em 27 de junho de 2025.

A IMPORTÂNCIA DE VOLTAR AO CORAÇÃO
Aberta por uma breve introdução e dividida em cinco capítulos, a Encíclica sobre o culto ao Sagrado Coração de Jesus reúne, como anunciado em junho, “as preciosas reflexões de textos magisteriais precedentes e de uma longa história que remonta às Sagradas Escrituras, para repropor hoje, a toda a Igreja, esse culto carregado de beleza espiritual”.

O primeiro capítulo, “A importância do coração”, explica por que é necessário “voltar ao coração” em um mundo no qual somos tentados a “nos tornarmos consumistas insaciáveis e escravos na engrenagem de um mercado” (2). E faz isso analisando o que queremos dizer com “coração”: a Bíblia fala dele como um núcleo “que se esconde por detrás de todas as aparências” (4), um lugar onde “não conta o que mostramos exteriormente ou o que ocultamos, ali conta o que somos” (6). Ao coração conduzem as perguntas decisivas: que sentido quero dar à vida, às minhas escolhas e ações, quem sou diante de Deus (8). O Papa ressalta que a atual desvalorização do coração nasce do “racionalismo grego e pré-cristão, do idealismo pós-cristão e do materialismo”, de modo que, no grande pensamento filosófico, foram preferidos conceitos como “razão, vontade ou liberdade”. E não encontrando lugar para o coração, também “não se desenvolveu suficientemente a ideia de um centro pessoal” que pode unificar tudo, ou seja, o amor, (10). Ao invés, para o Pontífice, é preciso reconhecer que “eu sou o meu coração, porque é ele que me distingue, que me molda na minha identidade espiritual e que me põe em comunhão com as outras pessoas” (14).

O MUNDO PODE MUDAR A PARTIR DO CORAÇÃO
É o coração “que une os fragmentos” e torna possível “qualquer vínculo autêntico, porque uma relação que não é construída com o coração não pode ultrapassar a fragmentação do individualismo” (17). A espiritualidade de santos como Inácio de Loyola (aceitar a amizade do Senhor é uma questão de coração) e São John Henry Newman (o Senhor nos salva falando ao nosso coração a partir do seu sagrado Coração) nos ensina, escreve o Papa Francisco, que “perante o Coração de Jesus vivo e atual, o nosso intelecto, iluminado pelo Espírito, compreende as palavras de Jesus” (27). E isso tem consequências sociais, porque o mundo pode mudar “a partir do coração” (28).

“GESTOS E PALAVRAS DE AMOR”
O segundo capítulo é dedicado aos gestos e palavras de amor de Cristo. Os gestos com os quais nos trata como amigos e mostra que Deus “é proximidade, compaixão e ternura” são vistos em seus encontros com a Samaritana, com Nicodemos, com a prostituta, com a mulher adúltera e com o cego no caminho (35). Seu olhar, que “perscruta as profundezas do seu ser” (39), mostra que Jesus “está atento às pessoas, às suas preocupações, ao seu sofrimento” (40). De tal forma “que admira as coisas boas que encontra em nós”, como no centurião, mesmo que os outros as ignorem (41). Sua palavra de amor mais eloquente é ser “pregado numa cruz” (46), depois de chorar por seu amigo Lázaro e sofrer no Jardim das Oliveiras, ciente de sua própria morte violenta “nas mãos daqueles que tanto amava” (45).

O MISTÉRIO DE UM CORAÇÃO QUE AMOU TANTO
No terceiro capítulo, “Este é o coração que tanto amou”, o Pontífice recorda como a Igreja reflete e refletiu no passado “sobre o santo mistério do Coração do Senhor”. Ele faz isso fazendo referência à Encíclica Haurietis aquas, de Pio XII, sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus (1956). Ele deixa claro que “a devoção ao Coração de Cristo não é o culto a um órgão separado da Pessoa de Jesus”, porque adoramos a “Jesus Cristo por inteiro, o Filho de Deus feito homem, representado numa imagem sua em que se destaca o seu coração” (48). A imagem do coração de carne, ressalta o Papa, nos ajuda a contemplar, na devoção, que “o amor do coração de Jesus não compreende somente a caridade divina, mas se estende aos sentimentos do afeto humano” (61). Seu Coração, prossegue Francisco citando Bento XVI, contém um “tríplice amor”: o amor sensível do seu coração físico “e o seu duplo amor espiritual, o humano e o divino” (66), no qual encontramos “o infinito no finito” (64).

O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS É UM COMPÊNDIO DO EVANGELHO
As visões de alguns santos, particularmente devotos do Coração de Cristo, ressalta Francisco, “são belos estímulos que podem motivar e fazer muito bem”, mas “não são algo em que os crentes sejam obrigados a acreditar como se fossem a Palavra de Deus”. Em seguida, o Papa lembra com Pio XII que não se pode dizer que este culto “deve a sua origem a revelações privadas”. Aliás, “a devoção ao Coração de Cristo é essencial para a nossa vida cristã, na medida em que significa a nossa abertura, cheia de fé e de adoração, ao mistério do amor divino e humano do Senhor, até ao ponto de podermos voltar a afirmar que o Sagrado Coração é um compêndio do Evangelho” (83). O Pontífice nos convida, então, a renovar a devoção ao Coração de Cristo também para combater as “novas manifestações de uma ‘espiritualidade sem carne’” que estão se multiplicando na sociedade (87). É necessário retornar à “síntese encarnada do Evangelho” (90) diante de “comunidades e pastores concentrados apenas em atividades exteriores, em reformas estruturais desprovidas de Evangelho, em organizações obsessivas, em projetos mundanos, em reflexões secularizadas, em várias propostas apresentadas como requisitos que, por vezes, se pretendem impor a todos” (88).

A EXPERIÊNCIA DE UM AMOR “QUE DÁ DE BEBER”
Nos dois últimos capítulos, o Papa Francisco destaca os dois aspectos que “a devoção ao Sagrado Coração deve reunir hoje para continuar a alimentar-nos e a aproximar-nos do Evangelho: a experiência espiritual pessoal e o compromisso comunitário e missionário” (91). No quarto, “O amor que dá de beber”, relê as Sagradas Escrituras e, com os primeiros cristãos, reconhece Cristo e seu lado aberto em “aquele a quem trespassaram”, a quem Deus se refere na profecia do livro de Zacarias. Uma fonte aberta para o povo, para saciar a sede do amor de Deus, “para a purificação do pecado e da impureza” (95). Vários Padres da Igreja mencionaram “a chaga no lado de Jesus como a origem da água do Espírito”, sobretudo Santo Agostinho, que “abriu o caminho para a devoção ao Sagrado Coração como lugar de encontro pessoal com o Senhor” (103).  Esse lado trespassado, recorda o Papa, “assumiu gradualmente a forma do coração” (109), e enumera várias santas mulheres que “relataram experiências de encontro com Cristo, caracterizado pelo repouso no Coração do Senhor” (110). Entre os devotos dos tempos modernos, a Encíclica fala, em primeiro lugar, de São Francisco de Sales, que representa a sua proposta de vida espiritual com um “coração trespassado por duas flechas, encerrado numa coroa de espinhos” (118)

AS APARIÇÕES A SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE
Sob a influência dessa espiritualidade, Santa Margarida Maria Alacoque relata as aparições de Jesus em Paray-le-Monial, entre o fim de dezembro de 1673 e junho de 1675. O núcleo da mensagem que nos é transmitida pode ser resumido nas palavras que Santa Margarida ouviu: “Eis aqui este Coração que tanto tem amado os homens, que a nada se tem poupado até se esgotar e consumir para lhes testemunhar o seu amor” (121).

TERESA DE LISIEUX, INÁCIO DE LOYOLA E FAUSTINA KOWALSKA
De Santa Teresa de Lisieux, o documento recorda o fato de chamar Jesus de “Aquele cujo coração batia em uníssono com o meu” (134) e suas cartas à Irmã Maria, que ajudam a não concentrar a devoção ao Sagrado Coração “no âmbito da dor”, como o daqueles que entendiam a reparação como uma espécie de “primado dos sacrifícios”, mas na confiança “como a melhor oferta, agradável ao Coração de Cristo” (138). O Pontífice jesuíta também dedica algumas passagens da Encíclica ao lugar do Sagrado Coração na história da Companhia de Jesus, enfatizando que, em seus Exercícios Espirituais, Santo Inácio de Loyola propõe ao exercitante “entrar no Coração de Cristo” em um diálogo de coração para coração. Em dezembro de 1871, o Padre Beckx consagrou a Companhia ao Sagrado Coração de Jesus e o Padre Arrupe voltou a fazê-lo em 1972 (146). As experiências de Santa Faustina Kowalska, recorda-se, repropõem a devoção “colocando uma forte ênfase na vida gloriosa do Ressuscitado e na misericórdia divina” e, motivado por elas, São João Paulo II também “relacionou intimamente a sua reflexão sobre a misericórdia com a devoção ao Coração de Cristo” (149). Falando da “devoção da consolação”, a Encíclica explica que, diante dos sinais da Paixão conservados pelo coração do Ressuscitado, é inevitável “que o fiel queira responder” também “à dor que Cristo aceitou suportar por causa de tanto amor” (151). E pede “que ninguém ridicularize as expressões de fervor devoto do santo povo fiel de Deus, que na sua piedade popular procura consolar Cristo” (160). Pois que, então, “desejando consolá-lo, saímos consolados” e assim “também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação” (162).

A DEVOÇÃO AO CORAÇÃO DE CRISTO NOS ENVIA AOS IRMÃOS
O quinto e último capítulo, “Amor por amor”, aprofunda a dimensão comunitária, social e missionária de toda autêntica devoção ao Coração de Cristo, que, ao mesmo tempo que “nos conduz ao Pai, envia-nos aos irmãos” (163). De fato, o amor aos irmãos é o “maior gesto que possamos oferecer-lhe para retribuir amor por amor” (167). Olhando para a história da espiritualidade, o Pontífice recorda que o empenho missionário de São Charles de Foucauld fez dele um “irmão universal”: “deixando-se plasmar pelo Coração de Cristo, quis abraçar no seu coração fraterno toda a humanidade sofredora” (179). Francisco fala então de “reparação”, como explicava São João Paulo II: “entregando-nos em conjunto ao Coração de Cristo, ‘sobre as ruínas acumuladas pelo ódio e pela violência, poderá ser construída a civilização do amor tão desejada, o Reino do Coração de Cristo’” (182).

A MISSÃO DE FAZER O MUNDO SE APAIXONAR
A Encíclica recorda novamente com São João Paulo II que “a consagração ao Coração de Cristo ‘deve ser aproximada à ação missionária da própria Igreja, porque responde ao desejo do Coração de Jesus de propagar no mundo, através dos membros do seu Corpo, a sua total dedicação ao Reino’. Por conseguinte, através dos cristãos, ‘o amor difundir-se-á no coração dos homens, para que se construa o Corpo de Cristo que é a Igreja e se edifique uma sociedade de justiça, de paz e de fraternidade’” (206). Para evitar o grande risco, sublinhado por São Paulo VI, de que na missão “se digam e façam muitas coisas, mas não se consiga promover o encontro feliz com o amor de Cristo” (208), precisamos de “missionários apaixonados, que se deixem cativar por Cristo” (209).

A ORAÇÃO DE FRANCISCO
O texto se conclui com a seguinte oração de Francisco: “Peço ao Senhor Jesus Cristo que, para todos nós, do seu Coração santo brotem rios de água viva para curar as feridas que nos infligimos, para reforçar a nossa capacidade de amar e servir, para nos impulsionar a fim de aprendermos a caminhar juntos em direção a um mundo justo, solidário e fraterno. Isto até que, com alegria, celebremos unidos o banquete do Reino celeste. Aí estará Cristo ressuscitado, harmonizando todas as nossas diferenças com a luz que brota incessantemente do seu Coração aberto. Bendito seja!” (220).

Fonte: Vatican News / Escrito por Alessandro Di Bussolo

Mais Recentes

[CG29] Escuta, expressão e visão unificada para o futuro Salesiano

Na quinta-feira, 13 de março, os participantes do 29º Capítulo Geral (CG29) estiveram envolvidos em duas tarefas fundamentais: a escuta e a expressão. Por um lado, dedicaram atenção paciente aos relatórios das seis Comissões, que elaboraram um texto detalhado sobre os temas do Núcleo Temático 1; por outro lado, analisaram o caminho percorrido até agora, permitindo que cada um se reconhecesse no processo por meio da aprovação das atas e deliberações. A esse compromisso somou-se a necessidade de intensificar a troca de ideias, inclusive nos momentos informais, para esclarecer os próprios pensamentos e compreender melhor os dos outros. De fato, o Capítulo pode ser comparado a uma grande oficina, onde as três “linhas de produção” (ou seja, os núcleos temáticos) se entrelaçam, mantendo, contudo, sua especificidade em termos de conteúdo e peso. Isso exige dos participantes grande flexibilidade mental e boa resistência: precisam manter distintos os “desenhos técnicos” e as “peças” a serem montadas, sem perder de vista a visão unificada e coerente que transformará essas reflexões no “produto final”. Uma Visão Reforçada para o Conselho Geral Um aspecto central do trabalho de hoje foi o fortalecimento da visão do Conselho Geral, garantindo que ele represente adequadamente os Setores e as Regiões. Foi delineado o objetivo de uma coordenação mais estrita, voltada para uma ação mais unificada e reconhecível, juntamente com o fortalecimento da capacidade de planejamento desse organismo. Ao mesmo tempo, foram reafirmados os traços essenciais a serem reconhecidos nos irmãos chamados a funções de responsabilidade, tanto em nível mundial quanto nas inspetorias. Essas confirmações foram enriquecidas com nuances importantes, alinhadas às orientações que o CG29 está traçando para o próximo sexênio. Centralidade de Cristo e Fidelidade à Vocação As Comissões e seus relatores apresentaram textos sobre dois temas centrais: a centralidade de Cristo e o cuidado das vocações, e a escuta, a interpretação e as escolhas para a vida dos salesianos. Essas reflexões ofereceram uma avaliação franca e aprofundada do estado espiritual, psicológico e organizacional das comunidades salesianas. Não houve hesitação em destacar as limitações pessoais e estruturais, e a convergência das observações provenientes dos diferentes grupos atesta a veracidade e, por vezes, a severidade das análises. O objetivo é claro: o salesiano de hoje deve reafirmar sua fidelidade à vocação, passando dos ideais e abstrações à autenticidade interior e a prática concreta. Isso significa reexaminar os métodos e práticas da vida comunitária, que devem ser pensados como famílias capazes de ouvir e compreender as dificuldades de cada irmão e enfrentar juntos as inevitáveis crises recorrentes. Os salesianos, imersos no mundo contemporâneo, são influenciados por ele e constantemente questionados, muitas vezes até “provocados” pelos seus desafios. O conjunto de documentos elaborados até agora, que faz parte do patrimônio do CG29, permite redefinir a direção do caminho a seguir. Esse caminho deve servir autenticamente ao crescimento humano e cristão de cada irmão, favorecendo a formação permanente num clima de autenticidade e alegria. No horizonte, surge a imagem do oratório como paradigma de uma relação fraterna e acolhedora. Um lugar onde cada pessoa possa ser ouvida e ajudada, onde se desenvolva a criatividade necessária para responder às necessidades do coração e aos recursos disponíveis. O oratório, de fato, representa um modelo capaz de favorecer a reunião e a educação dos jovens, o testemunho evangélico aos pobres e a construção da paz. O 29º Capítulo Geral continua o seu trabalho com determinação, esforçando-se para traduzir essas reflexões em diretrizes concretas para o futuro da missão salesiana. Os desafios são grandes, mas também é grande a esperança de construir comunidades mais autênticas, fiéis ao chamado e capazes de responder com coerência às necessidades do nosso tempo. Fonte: Agência Info Salesiana - ANS

Evento online da RSB promove reflexão sobre a identidade do Coordenador e Assessor de Pastoral

Na manhã do dia 11 de março, a Rede Salesiana Brasil (RSB) realizou um encontro formativo online reunindo Coordenadores e Assessores de Pastoral, que contou com a participação de mais de 200 pessoas, de todo o país. O evento teve como objetivo aprofundar a compreensão da realidade juvenil, fortalecer a identidade pastoral salesiana e reforçar os compromissos assumidos no Manifesto às Juventudes da RSB. A abertura contou com a acolhida dos Diretores Executivos da RSB, Ir. Silvia Aparecida da Silva e Pe. Sérgio Augusto Baldin, que ressaltaram a importância da missão pastoral na formação dos jovens. “A convite do Papa Francisco, fomos iluminados a sermos peregrinos de esperança, reforçando a temática da Estreia deste ano: Peregrinos de esperança com os jovens. Esse é um compromisso que nós, Salesianos e Salesianas, temos em nosso coração", destacou Ir. Silvia. Na sequência, o Pe. Ivan Artur Lima de Faria, mestre em Psicologia e doutorando em Psicossociologia e Sociologia Clínica e Educação, conduziu a palestra “Olhares atentos à realidade juvenil”. Ele abordou os desafios e belezas do universo juvenil, destacando a importância da escuta ativa das necessidades destes jovens e da presença significativa dos educadores salesianos. “Somos convidados a refletir sobre a beleza incansável do universo juvenil, que nos encanta ao mesmo tempo que nos desafia”, afirmou Pe. Ivan. Dando continuidade ao evento,  o Pe. José Ricardo Mole trouxe a reflexão “A identidade do Coordenador e Assessor de Pastoral – Ancorados na esperança, peregrinos com os jovens”. Durante o momento, reforçou o papel fundamental desses agentes na missão salesiana. “A partir desta apresentação do Pe. Ivan, nos perguntamos: Neste ano tão especial do Jubileu da Esperança, há esperança? Nosso carisma salesiano vai sempre nos dizer que sim. Há muita esperança e há muito o que se fazer”, afirmou Pe. José Ricardo Mole. Encerrando o encontro, Ir. Claudiane apresentou os compromissos assumidos pela Rede Salesiana Brasil no Manifesto às juventudes, que foi construído de forma colaborativa no Encontro Nacional da RSB, realizado em 2023, em Aparecida-SP. “Enquanto Rede Salesiana Brasil, temos alguns compromissos que assumimos e achamos por bem trazer estes elementos do Manifesto, que vão ao encontro das reflexões feitas hoje e de diversos documentos que reforçam o carisma salesiano de ser presença em meio às juventudes”, enfatizou. Para Ana Paula Costa e Silva, Gestora de Projetos de Formação Continuada da RSB, o evento proporcionou um momento valioso de reflexão e aprendizado. “Este evento teve especial importância por oportunizar às equipes maior aproximação com a realidade juvenil, ampliar reflexões sobre a identidade do Coordenador e Assessor de Pastoral e reforçar os compromissos do Manifesto às Juventudes, que devem ser conhecidos, assumidos e vivenciados por todas as comunidades educativo-pastorais do Brasil Salesiano”, destacou. A manhã formativa foi encerrada com um momento de feedback e partilhas entre os participantes, fortalecendo a comunhão e o compromisso salesiano com a evangelização e a educação da juventude. Angélica Novais da Assessoria de Comunicação da RSB

Compromisso com a Sustentabilidade: RSB e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ODS da ONU

Na tarde desta quarta-feira (12/03), os diretores executivos da Rede Salesiana Brasil, Ir. Silvia Aparecida e Pe. Sérgio Baldin, junto à coordenadora executiva, Maria Dantas, realizaram um gesto simbólico, mas carregado de significado: a entrega de fitinhas com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) aos colaboradores do escritório nacional da RSB. Essas fitinhas foram recebidas durante a cerimônia de certificação do Selo Social DF, realizada na última terça-feira, em Brasília (DF). A Rede Salesiana Brasil, patrocinadora nacional do Selo, reafirma seu compromisso com projetos de impacto social alinhados à Agenda 2030 da ONU. O desafio foi lançado: cada colaborador estudará o ODS recebido e trará sugestões práticas de como a RSB pode contribuir de forma concreta para o seu alcance.  Esse movimento reforça o papel da nossa Rede como agente de transformação social, promovendo educação, inclusão e sustentabilidade em nossas presenças salesianas. Juntos, podemos construir um mundo mais justo e solidário!  Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Receba as novidades no seu e-mail

O futuro que você merece

Siga a RSB nas redes sociais:

2025 © Rede Salesiana Brasil