Tradicionalmente, no final da Sessão Plenária do Conselho Geral, o Reitor-Mor oferece em boa-noite aos Coirmãos de sua Comunidade, uma Mensagem, na qual ilustra o trabalho realizado pelo Conselho, fazendo-lhes algumas pertinentes exortações para a próxima futura caminhada. A boa prática foi renovada ontem à noite, quarta-feira, 25 de junho de 2025, quando o Reitor-Mor e XI Sucessor de Dom Bosco, P. Fábio Attard, informou seus coirmãos da Sede Central Salesiana sobre o trabalho realizado nas 31 sessões da chamada Sessão Plenária de Verão (13 de maio-25 de junho), primeira do Conselho Geral eleito pelo Capítulo Geral 20.
Durante tal Sessão, foram nomeados:
– 6 novos Inspetores (África Etiópia Eritreia, África Nigéria-Níger, Brasil-Belo Horizonte, Índia Mumbai, Filipinas Sul, Madagascar);
– 61 Conselheiros Inspetoriais;
– 195 Diretores;
– 6 Mestres de Noviços.
Além disso, foram abertas quatro novas presenças.
Entretanto, a sessão plenária de verão, em sua primeira reunião pós-capitular, dedicou-se especificamente a um repensamento dos frutos do CG29, a fim de chegar a orientações valiosas para o percurso da Congregação no próximo sexênio. A análise focou:
- no documento final do CG29;
- no projeto do sexênio, e em sua carta introdutória.
A partir desta nova fase com que se prossegue na vida da Congregação, o P. Attard também ofereceu algumas ideias a seus Coirmãos da Sede Central Salesiana. Resumindo:
- "Somos chamados a fazer parte da Sede Central para servir", disse o P. Attard. "Se cada um de nós viver essa lógica de sermos 'servidores' e de não buscar nenhum 'interesse' além do bem da Congregação, haverá um sinal claro de que nosso modo de viver - humilde e inteligente, saudável e sereno, com fé e esperança - será um primeiro presente que oferecemos".
O Reitor-Mor também destacou a relevância da coerência de vida, que leva a ser um "servo confiável", única opção possível para um apostolado frutífero. "A alternativa consiste em processos de animação de 'fachada', uma animação desprovida de credibilidade, faz barulho, pode até impressionar, mas não causa impacto", disse o XI Sucessor de Dom Bosco.
Daí seu tríplice convite: deixar-se acompanhar por um diretor espiritual ("Quem é o meu P. Cafasso?"); deixar-se nutrir e guiar sistematicamente pela Palavra; e manter a Eucaristia e a meditação diária como as principais fontes da própria vocação.
Para os Filhos de Dom Bosco, o conhecimento e o amor, constantemente alimentados e fortalecidos do Santo da Juventude, também são essenciais: "Empenhemo-nos todos por reservarmos momentos e espaços para aprofundar o nosso entendimento qualitativo de Dom Bosco. Não nos satisfaçamos apenas com as narrativas de Dom Bosco, mas busquemos descobrir a "história" de Dom Bosco, aquela que o Espírito Santo despertou nele e continua a despertar em nós e por meio de nós atualmente, para o benefício dos jovens".
O Reitor-Mor destacou, mais, a importância da sobriedade, alertando para as possíveis tentações de um estilo de vida «burguês». E mencionou não apenas as dificuldades enfrentadas por tantíssimas famílias atendidas pela ação salesiana mas também as palavras diretas de Dom Bosco: "Recomendo-lhes, pelo amor de Deus, que se fuja do supérfluo. Há que lembrar que quanto possuímos não nos pertence a nós, mas aos pobres: e ai de nós se não fizermos bom uso disso!". (A frase se repete no artigo 79 das Constituições Salesianas.).
Ao concluir sua fala, o P. Attard evocou a espiritualidade de São Boaventura, mencionada pelo Papa Bento XVI, que afirmava que "governar não era simplesmente fazer, mas era acima de tudo pensar e rezar... Todas as suas escolhas eram fruto da reflexão e do pensamento iluminado pela oração". Em outras palavras, trata-se de governar "não apenas por meio de ordens e estruturas, mas guiar e iluminar as almas, orientando-as para Cristo".
Assim, com uma ação iluminada pela oração e pela reflexão, com um conhecimento vivo de Dom Bosco capaz de tornar atual e vivo o carisma, e com um estilo de vida atraente e autêntico, mesmo em "mudança de época" como a atual, os Salesianos poderão realmente favorecer "o crescimento integral dos jovens, especialmente dos mais pobres e vulneráveis".
Fonte: Agência Info Salesiana