07/04/2025

Capitulares em peregrinação à Catedral de Turim veneram o Santo Sudário

Capitulares em peregrinação à Catedral de Turim veneram o Santo Sudário

Junto com a “turinidade” de seus costumes e costumes, os primeiros salesianos difundiram o tesouro precioso que o Arcebispo da capital do Piemonte guarda em nome de toda a Igreja: sua familiaridade especial com o Sudário, o pano que registra o momento do sepultamento e da Ressurreição de Jesus.

Quando os primeiros missionários partiram (em 1875), ainda não havia uma abordagem ao Sudário que fizesse uso dos vários meios tecnológicos. Somente em 1898 o advogado Secondo Pia, natural de Asti como Dom Bosco, convenceu a Cúria a utilizar o instrumento fotográfico para reproduzir as extraordinárias marcas presentes no tecido. E esse homem foi o primeiro a se surpreender com a imagem impressionante que resultava do filme impresso, o “negativo” da visão comum: o rosto claramente distinguível de um homem e todo o corpo, que atestava a crucificação conforme narrada nos Evangelhos.

No final de um século que viu a explosão do poder da razão pura e sua aplicação na vida cotidiana por meio da indústria, um fruto daquele mundo tecnológico foi remover uma relíquia – a mais significativa para a fé cristã – da dependência apenas da tradição piedosa e colocá-la no centro de questões que eram novas para a ciência e para todos.

Assim como nos primeiros tempos da expansão da Congregação, também hoje os Salesianos são “testemunhos” do Sudário no mundo. Quando o então Arcebispo de Turim, Cardeal Severino Poletto, conheceu os fidei donum de sua diocese no Brasil e na Argentina em 2002, os salesianos que o receberam fizeram muitas perguntas sobre as últimas pesquisas que confirmavam com bastante certeza a datação e a origem do tecido na Palestina, 2.000 anos antes.

O encontro com o Ordinário de Turim se repetiu desta vez aos pés da urna que contém o Sudário e com o atual Arcebispo, Dom Roberto Repole, que convidou os Capitulares para uma noite de oração na Catedral de São João Batista, na sexta-feira da Quaresma, 5 de abril de 2025.

Profunda emoção espiritual por parte dos 250 salesianos na presença do que o Papa Bento XVI definiu como “o mistério do Sábado Santo”. E referências quase textuais aos temas do Capítulo dedicado aos jovens, especialmente aos mais ofendidos pela violência e pela injustiça, são as palavras que o Papa Francisco expressou há 10 anos naquele mesmo lugar: “O Sudário nos atrai para o rosto e o corpo torturado de Jesus e, ao mesmo tempo, nos empurra para o rosto de cada pessoa sofredora e injustamente perseguida”.

O Diretor do Centro Internacional de Estudos do Sudário, Gian Maria Zaccone, entregou ao Reitor-Mor, Dom Fabio Attard, que estava à frente da peregrinação, uma mensagem que resume a relação de sempre e de hoje: “ A celebração vivida juntos esta noite na Catedral me permite oferecer a você e a todos os Salesianos Capitulares um agradecimento especial pelo que a Família Salesiana fez e continua fazendo para difundir a imagem do Sudário no mundo todo.

Nosso Centro de Estudos, que trabalha em apoio ao Arcebispo e Custódio Pontifício, sempre se beneficiou do apoio de muitos Salesianos que trabalharam no Sudário como estudiosos ou divulgadores. Nos últimos anos, uma colaboração frutífera com a Pontifícia Universidade Salesiana foi ainda mais fortalecida para implementar cursos de formação que ajudem a abordar adequadamente o Sudário. Hoje mesmo concluímos um curso monográfico (em seis aulas) na seção Turim-Crocetta com cerca de 250 participantes, aos quais temos a alegria de poder homenagear com o volume de atas 'frescas' da imprensa.

Por fim, é uma fonte de alegria para nós presenteá-los com o rosto do Sudário impresso em linho (projeto 'Lino Val Gandino'), que esperamos que se torne uma imagem familiar para vocês, assim como foi para Dom Bosco ."

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ENAS 2025: Segundo dia de evento trata sobre as  Juventudes no centro dos novos desafios sociais

O segundo dia do Encontro Nacional da Ação Social Salesiana (ENAS 2025), realizado em Aparecida (SP), foi marcado por escuta, discernimento e compromisso com as juventudes. Desde o início da manhã até o fim da tarde, a programação girou em torno da reflexão sobre os desafios sociais do tempo presente, o papel da juventude na construção de um mundo mais justo e o legado da missão salesiana junto aos mais vulneráveis. A manhã começou com animação e espiritualidade, em um clima de fraternidade conduzido por Jean Lopes e Ir. Celene Couto. Na acolhida e oração, Ir. Giselle Ferreira dos Santos (Inspetoria Maria Auxiliadora) e Rosemeire Gomes Silva (Inspetoria Nossa Senhora Aparecida) reacenderam nos participantes a chama do carisma salesiano que impulsiona o cuidado com os jovens, especialmente os mais pobres. Na conferência de abertura do dia, o sociólogo Jessé Souza ofereceu um panorama crítico sobre o cenário social brasileiro atual. Com base em sua vasta produção acadêmica e longa experiência em pesquisa, abordou as raízes das desigualdades sociais, o papel da elite econômica na manutenção dessas estruturas e os impactos do racismo e da exclusão na juventude brasileira. Sua fala provocou reflexões profundas sobre as contradições de nossa sociedade e os caminhos necessários para transformar a realidade, especialmente a partir das políticas públicas e da educação popular. “O pensamento crítico é a principal arma de uma sociedade para aprender. Sem autocrítica, não há aprendizado”, completou. Na sequência, a educadora salesiana Patrícia Machado conduziu a palestra "Peregrinos de esperança com os Jovens!", em que destacou a centralidade da juventude na missão salesiana. Com sensibilidade e profundo embasamento pedagógico e carismático, Patrícia provocou os participantes a olhar para os jovens não apenas como destinatários da ação social, mas como protagonistas de processos de transformação. Em sua apresentação, enfatizou a importância de escutar as juventudes em sua diversidade e de promover espaços de pertença, fé e protagonismo. Em sua fala, Patrícia trouxe que “no coração das juventudes pulsa o desejo por encontros autênticos, nos quais a escuta gera reconhecimento e onde se preza por uma experiência profunda de espiritualidade encarnada no cotidiano da vida”, completou. O encontro entre Patrícia Machado e Jessé Souza no painel conjunto gerou um rico momento de troca de experiências, perguntas e partilhas. A combinação entre o olhar sociológico e a vivência educativa aprofundou ainda mais o debate e suscitou nos participantes o desejo de responder com ousadia e criatividade aos desafios do tempo presente. No período da tarde, o facilitador Eduardo dos Santos Batista conduziu a dinâmica "Futurospectiva", uma atividade em grupos que propôs aos participantes refletirem sobre os futuros possíveis da ação social salesiana. Por meio de metodologias participativas e inovadoras, os grupos puderam expressar visões, sonhos e caminhos para uma atuação ainda mais eficaz e fiel ao carisma de Dom Bosco e Madre Mazzarello. Em sua fala, Eduardo trouxe ao grupo uma provocação: “Espiritualidade sem presença é discurso. Presença sem escuta é silêncio vazio. E você, tem sido presença que transforma?”, incentivando os participantes a esta reflexão. O dia encerrou-se com um dos momentos mais significativos da programação: o bate-papo com jovens que participaram da ação social salesiana. Em suas falas, testemunharam como as obras sociais marcaram suas vidas, oferecendo não apenas oportunidades concretas, mas também sentido de vida, valores e espiritualidade. Em seus depoimentos os jovens emocionaram os presentes e reafirmaram a intuição de Dom Bosco: "Basta que sejam jovens para que os ame". 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