Nesta sexta-feira (7), a Igreja Católica e toda a Família Salesiana celebra a memória da Bem-Aventurada Maria Romero Meneses. Uma Religiosa Salesiana que dedicou sua vida a serviço dos pobres durante 46 anos depois que sua congregação a enviou para a Costa Rica a fim de ajudar nos internatos, os mais necessitados e nos consultórios médicos. Com um íntimo contato com Deus, Maria Romero realizou a construção de casas para pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social em uma iniciativa chamada "Ciudadelas de María Auxiliadora", uma obra que continua até hoje pelas Religiosas Salesianas.
Nascida em Granada, Nicarágua, em 13 de janeiro de 1902, realizou sua primeira profissão no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) em 6 de janeiro de 1923 e, em 1931, foi enviada a São José da Costa Rica, que se tornou sua segunda pátria e onde se dedicou aos “pobres e crianças abandonadas” por 46 anos, com caridade incansável, montando trinta e seis oratórios festivos, obras sociais, casas para famílias sem-teto e uma clínica de assistência médica dedicada aos pobres.
A Ir. Maria foi o instrumento que Deus usou para tornar visível o amor e a misericórdia, especialmente para os mais pobres e necessitados. A “fantasia da caridade” se espalhou por ela com tanta criatividade que transbordou em grandes obras, iniciativas, palavras, gestos concretos, tudo em sinal de obediência, pobreza e castidade que ela havia professado. A Beata tinha um caráter jovial e brincalhão, soube captar o lado positivo das pessoas e dos acontecimentos e soube envolver-se no bem e na caridade. Foi beatificada em Roma, no dia 14 de abril de 2002, por São João Paulo II. Ir. Maria Romero é a primeira Beata da América Central.
MISSÃO COM A JUVENTUDE
Quando as alunas conversavam com Ir. Maria sobre as favelas, sobre a pobreza em que viviam as pessoas daquele bairro e os abusos a que eram submetidas, ela dizia: “Meninas, queremos ficar imóveis, contentando-nos em suspirar de dor e desaprovação até o céu? Não, não falamos sobre isso! Vamos ao que interessa, vamos trabalhar para o bem. Certamente vamos orar. Também nós devemos ir às casas dos pobres, não para falar de ódio e vingança, mas de caridade cristã, de benevolência para com todos. Iremos à Missão e vocês serão pequenas missionárias”, falava a religiosa.
Em 25 de dezembro de 1939, duas a duas, as jovens tiveram sua primeira experiência em diferentes subúrbios. Mais tarde, pensaram no Catecismo e, com a permissão dos párocos, foram à Cúria ao Arcebispo, Dom Victor Manuel Sanabria, que, depois de ouvi-las, as enviou para anunciar a Palavra. Assim nasceram os oratórios festivos que chegaram a 36 e, como Dom Bosco, Ir. Maria procurou por todos os meios atrair crianças e jovens para o oratório.
Todas as obras que fundou foram, segundo o lema da Congregação Salesiana, “Da mihi animas cetera tolle” (Dai-me almas e ficai com o resto), movidas pelo desejo de salvar as almas e removê-las do pecado. Esta é a razão pela qual ela abriu o Colégio, a irmã sentia uma grande tristeza pelos perigos a que as meninas estavam expostas, nas inevitáveis viagens diárias de ida e volta.
PEQUENA CIDADE DE MARIA AUXILIADORA
Ir. Maria, sempre atenta à voz de Deus, dava esmolas, alimentos e necessidades básicas. Sempre o fazia com o mesmo objetivo de passar do material para o espiritual e, assim, chegar às almas. Movida por seu coração compassivo e diante de tão grandes necessidades, em 1973 fundou a “Ciudadela de María Auxiliadora” com as primeiras sete casas dignas para os pobres.
O impulso que sempre teve para se doar aos outros, especialmente aos pobres e necessitados, vinha do alto, de seu grande amor pelos seus “Rei e Rainha”: Jesus Sacramentado e Maria Auxiliadora. A sua fonte segura eram as Sagradas Escrituras, em particular os Evangelhos: “Passo momentos agradáveis e preciosos, saboreando esta fonte inesgotável”, relatava a religiosa.
CONHEÇA
Na Casa Maria Auxiliadora “Obras Sociais Irmã Maria Romero”, fundada em San José na Costa Rica, na Província de Nossa Senhora dos Anjos da América Central do Sul (CAR), as irmãs continuam trabalhando pelos mais pobres, oferecendo-lhes ajuda concreta, esperança e otimismo salesiano. Numerosos peregrinos vão homenagear, constantemente, a Beata no Mausoléu onde repousam os seus restos mortais, renovado em 2020.
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Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil e Portal das FMA