06/07/2023

Conheça a história da Bem-Aventurada Maria Romero Meneses

Conheça a história da Bem-Aventurada Maria Romero Meneses

Nesta sexta-feira (7), a Igreja Católica e toda a Família Salesiana celebra a memória da Bem-Aventurada Maria Romero Meneses. Uma Religiosa Salesiana que dedicou sua vida a serviço dos pobres durante 46 anos depois que sua congregação a enviou para a Costa Rica a fim de ajudar nos internatos, os mais necessitados e nos consultórios médicos. Com um íntimo contato com Deus, Maria Romero realizou a construção de casas para pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social em uma iniciativa chamada "Ciudadelas de María Auxiliadora", uma obra que continua até hoje pelas Religiosas Salesianas.

Nascida em Granada, Nicarágua, em 13 de janeiro de 1902, realizou sua primeira profissão no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) em 6 de janeiro de 1923 e, em 1931, foi enviada a São José da Costa Rica, que se tornou sua segunda pátria e onde se dedicou aos “pobres e crianças abandonadas” por 46 anos, com caridade incansável, montando trinta e seis oratórios festivos, obras sociais, casas para famílias sem-teto e uma clínica de assistência médica dedicada aos pobres. 

A Ir. Maria foi o instrumento que Deus usou para tornar visível o amor e a misericórdia, especialmente para os mais pobres e necessitados. A “fantasia da caridade” se espalhou por ela com tanta criatividade que transbordou em grandes obras, iniciativas, palavras, gestos concretos, tudo em sinal de obediência, pobreza e castidade que ela havia professado. A Beata tinha um caráter jovial e brincalhão, soube captar o lado positivo das pessoas e dos acontecimentos e soube envolver-se no bem e na caridade. Foi beatificada em Roma, no dia 14 de abril de 2002, por São João Paulo II. Ir. Maria Romero é a primeira Beata da América Central.

MISSÃO COM A JUVENTUDE

Quando as alunas conversavam com Ir. Maria sobre as favelas, sobre a pobreza em que viviam as pessoas daquele bairro e os abusos a que eram submetidas, ela dizia: “Meninas, queremos ficar imóveis, contentando-nos em suspirar de dor e desaprovação até o céu? Não, não falamos sobre isso! Vamos ao que interessa, vamos trabalhar para o bem. Certamente vamos orar. Também nós devemos ir às casas dos pobres, não para falar de ódio e vingança, mas de caridade cristã, de benevolência para com todos. Iremos à Missão e vocês serão pequenas missionárias”, falava a religiosa.

Em 25 de dezembro de 1939, duas a duas, as jovens tiveram sua primeira experiência em diferentes subúrbios. Mais tarde, pensaram no Catecismo e, com a permissão dos párocos, foram à Cúria ao Arcebispo, Dom Victor Manuel Sanabria, que, depois de ouvi-las, as enviou para anunciar a Palavra. Assim nasceram os oratórios festivos que chegaram a 36 e, como Dom Bosco, Ir. Maria procurou por todos os meios atrair crianças e jovens para o oratório.

Todas as obras que fundou foram, segundo o lema da Congregação Salesiana, “Da mihi animas cetera tolle” (Dai-me almas e ficai com o resto), movidas pelo desejo de salvar as almas e removê-las do pecado. Esta é a razão pela qual ela abriu o Colégio, a irmã sentia uma grande tristeza pelos perigos a que as meninas estavam expostas, nas inevitáveis ​​viagens diárias de ida e volta.

PEQUENA CIDADE DE MARIA AUXILIADORA 

Ir. Maria, sempre atenta à voz de Deus, dava esmolas, alimentos e necessidades básicas. Sempre o fazia com o mesmo objetivo de passar do material para o espiritual e, assim, chegar às almas. Movida por seu coração compassivo e diante de tão grandes necessidades, em 1973 fundou a “Ciudadela de María Auxiliadora” com as primeiras sete casas dignas para os pobres.

O impulso que sempre teve para se doar aos outros, especialmente aos pobres e necessitados, vinha do alto, de seu grande amor pelos seus “Rei e Rainha”: Jesus Sacramentado e Maria Auxiliadora. A sua fonte segura eram as Sagradas Escrituras, em particular os Evangelhos: “Passo momentos agradáveis ​​e preciosos, saboreando esta fonte inesgotável”, relatava a religiosa.

CONHEÇA

Na Casa Maria Auxiliadora “Obras Sociais Irmã Maria Romero”, fundada em San José na Costa Rica, na Província de Nossa Senhora dos Anjos da América Central do Sul (CAR), as irmãs continuam trabalhando pelos mais pobres, oferecendo-lhes ajuda concreta, esperança e otimismo salesiano. Numerosos peregrinos vão homenagear, constantemente, a Beata no Mausoléu onde repousam os seus restos mortais, renovado em 2020.

Clique aqui e saiba mais sobre os trabalhos que são realizados na Casa de María Auxiliadora, Obras Sociales Sor María Romero.

Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil e Portal das FMA

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Vocação para a vida consagrada: Um chamado divino e essencial

Agosto é um mês especial para a Igreja Católica no Brasil, pois é dedicado à celebração das vocações em suas diversas formas, incluindo a vocação para a Vida Consagrada. Este chamado, que ecoa no coração de muitos homens e mulheres ao longo dos séculos, é um compromisso profundo de se entregar a Deus, dedicando-se inteiramente ao serviço da Igreja e da sociedade. A vocação para a Vida Consagrada é um dom que não apenas fortalece a missão da Igreja, mas também oferece um testemunho vivo de fé, amor e esperança. Consagrados e consagradas assumem votos de pobreza, castidade e obediência, vivendo em comunidades religiosas ou seculares, e desempenhando papéis essenciais nas mais diversas áreas como educação, saúde, pastoral e obras sociais.  A missão desempenhada pela Rede Salesiana Brasil também conta com a dedicação diária de inúmeros irmãos e irmãs salesianas. Exemplo deste trabalho incansável dentro da vida consagrada está o Irmão Antonio Teixeira, que fez a primeira profissão religiosa há 37 anos e hoje atua como Diretor do Colégio Salesiano Santa Maria, em Cáceres (MT), pertencente à Inspetoria Santo Afonso Maria de Ligório. “A vocação salesiana é algo rico em sua essência e escolhi ser discípulo de Jesus Cristo [...], tendo como modelo Jesus o Bom Pastor e o coração de Dom Bosco, pastor e educador dos jovens, em especial dos que mais necessitam”, conta Ir. Teixeira. “Dom Bosco pensou tão largamente nos jovens que criou ao seu redor um vasto movimento em prol da juventude da sua época e, nesse movimento, percebeu que precisaria de várias formas de educadores/pastores”, conclui. Como desafios de sua escolha vocacional, Ir. Teixeira comenta que, “é preciso renovar todos os dias a resposta a esse chamado, só assim será perpétuo. Por vezes, a vocação do salesiano irmão não é muito difundida, porém isso não é um problema, mas um desafio para que, com o próprio testemunho, a tornemos conhecida”. Mesmo diante deste contexto, Ir. Teixeira diz que se sente realizado em seu chamado, escolhendo como lema a disponibilidade na alegria: “Quem hei de enviar? Quem irá por mim? Ao que respondi, Eis-me aqui envia-me...” do profeta Isaías e “Na Alegria Amar e Servir!”. Como irmão salesiano, Ir. Teixeira conta que pôde desenvolver diversos serviços em prol das juventudes: na formação, na escola, no ensino superior, nas missões indígenas e no governo da inspetoria, sempre carregando consigo o lema que escolheu. Por isso, ele faz um convite a todos aqueles que buscam um discernimento vocacional: “Não tenham medo da disponibilidade ao serviço do Reino de Deus. Ele, aos poucos, vai nos moldando e nos capacitando para o serviço e nos tornando Seu porta-voz”.  Já em São Paulo (SP), a Mestra de Noviças no noviciado Interinspetorial Nossa Senhora das Graças, Irmã Solange de Fátima Sanches, conta que sentiu o seu chamado para a vida consagrada ainda muito nova: “Desde pequena queria ser irmã, mas pelo fato de ser filha de pequenos agricultores, esse desejo aos poucos foi ficando mais longe. Quando eu estava com 15 anos, uma prima foi estudar com as irmãs salesianas, aí eu vi que era possível realizar o sonho que eu tinha desde criança. Entrei com as irmãs salesianas no dia 08 de março de 1984, fui acolhida por irmãs muito alegres e muito presentes na vida dos alunos que estudavam no Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, de São Luiz Gonzaga (RS). Ali eu fiz o pré-aspirantado durante dois anos, depois fui para Rio do Sul (SC) e lá fiquei mais dois anos. No ano de 1988 fui para o Noviciado que naquela época era em Porto Alegre (RS)”.Ir. Solange fez sua primeira profissão religiosa em 1990 e celebra 34 anos de vida consagrada repletos de boas memórias e muita alegria salesiana: “São tantas [as alegrias] que é impossível enumerá-las”, comenta. Ir. Solange compartilha uma memória inusitada sobre a época em que fez estágio como noviça em Uruguaiana: “A Diretora me deu várias turmas para dar aula de Ensino Religioso. Ela disse que eu devia ser criativa, e eu tentei ser. Dentre as tarefas de casa, eu pedi para uma turma de 4º ano responder quantos capítulos tem a Bíblia e quantos versículos. No dia seguinte, a Diretora me chamou e queria saber qual tarefa eu tinha pedido para os alunos, porque as mães estavam ligando para a escola dizendo que estavam passando a noite contando os versículos da Bíblia”.  Mesmo com tantas boas histórias e aprendizados, Ir. Solange também compartilha qual foi o seu maior desafio: “Acredito que deixar a família foi o que mais me custou, mas as alegrias e o clima de família que encontrei junto às irmãs ajudaram a superar aquilo que parecia impossível”. E com essa alegria de ter dado o seu “sim” generoso à vocação que Deus lhe concedeu, Ir. Solange incentiva: “Não tenham medo. Façam a experiência! Vocês não se arrependerão!”. Ao celebrar o Mês das Vocações, a Igreja convida todos os fiéis a rezarem pelas vocações, especialmente pela Vida Consagrada, e a apoiar aqueles que estão em discernimento. A vocação de cada pessoa é um tesouro que deve ser descoberto, compreendido e vivido com alegria. Responder ao chamado de Deus é abraçar uma vida cheia de sentido, marcada pelo serviço ao próximo e pelo compromisso com o Reino de Deus. Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Lançamento do Portal Vocacional Salesiano reúne inspiração, missão e acolhimento em nova plataforma unificada

Com o coração pleno de expectativa e entusiasmo, a Rede Salesiana Brasil (RSB) anuncia o lançamento do Portal Vocacional Salesiano, um novo espaço online que centraliza e valoriza os caminhos vocacionais de todas as dez inspetorias salesianas, femininas (FMA) e masculinas (SDB), do Brasil. A iniciativa nasce com o desejo de facilitar o discernimento vocacional, oferecendo recursos formativos, testemunhos e acompanhamento espiritual à luz do carisma de Dom Bosco e Madre Mazzarello. Um portal que conecta, inspira e orienta Cada inspetoria agora conta com seu próprio site dentro do portal, onde jovens encontram informações adaptadas ao seu contexto local, mas alinhadas à missão e espiritualidade comuns. Como exemplo, podemos destacar: No site das FMA, a jovem é convidada a refletir: “E se Deus me chama para ser uma Filha de Maria Auxiliadora?” A página apresenta etapas formativas como Conviviência Vocacional, Aspirantado, Postulado, Noviciado, Juniorato e Formação Permanente, todas guiadas pelo carisma educativo, acolhedor e espiritual herdado de Madre Mazzarello e Dom Bosco. Já no site dos SDB, o visitante encontra uma recepção acolhedora com o convite: “E se Deus me chama para ser Salesiano?” A plataforma apresenta o Itinerário “Evangelho e Vida”, um percurso de dez encontros com acompanhamento salesiano, além das etapas formativas que incluem Aspirantado, Pré-noviciado, Noviciado, Pós-noviciado e Tirocínio. Caminhos que inspiram: formação, missão e pertença O Portal Vocacional Salesiano é muito mais do que um site institucional. É um convite vibrante à comunidade juvenil, de diferentes regiões e formações, para que descubra seu lugar na Igreja e na vida consagrada. Ele convida à partilha comunitária, à reflexão e ao compromisso mais profundo com a missão salesiana. Como acessar O portal já está no ar: https://vocacaosalesiana.org.br/

Viva São João Bosco!

Dom Bosco, fundador da Família Salesiana, cuja memória é celebrada em 16 de agosto, foi proclamado o Pai e Mestre da Juventude São João Bosco foi um homem à frente de seu tempo. No final do século 19, enxergou toda a potencialidade da juventude e passou a incentivá-la no caminho do bem. Dom Bosco dedicou “até o seu último suspiro” à educação e à evangelização dos jovens, especialmente os mais carentes. Infância de Dom Bosco João Belchior Bosco nasceu em Castelnuovo d'Asti, uma região rural na Itália, no dia 16 de agosto de 1815. Perdeu o pai muito cedo e foi educado pela mãe, Margarida Occhiena, na fé e na prática da mensagem evangélica. Com apenas nove anos, João Bosco teve o primeiro de seus sonhos proféticos e intuiu que deveria se dedicar à educação da juventude. Ainda garoto, começou a entreter os meninos de sua idade com brincadeiras alternadas com trabalho, oração e instrução religiosa. A família enfrentou muitos problemas financeiros, mas ele conseguiu dar continuidade aos estudos para se tornar sacerdote. Foi ordenado em 1841, e escolheu como lema: “Da mihi animas cetera tolle” (Gn 14,2 1), que poderia ser traduzido como “Dai-me almas e ficai com o resto”. Dom Bosco e o Sistema Preventivo Iniciou o trabalho junto aos jovens mais pobres com o Oratório, obra que se tornaria um símbolo da educação salesiana. Organizou um sistema educativo baseado na razão, na religião e na “amorevolezza”, palavra italiana que significa “amor educativo”. Não se cansava de pedir aos professores e mestres que tivessem paciência, confiança na juventude, carinho acima de tudo. O Sistema Preventivo de Dom Bosco afirmava que era melhor educar do que reprimir e depositava toda confiança na capacidade e no “bem” existente em cada jovem. Com a criação do Oratório e a conformação do Sistema Preventivo, ele possibilitou a crianças e jovens pobres e desassistidos daquela época a formação evangélica, a aprendizagem profissional, a educação para a cultura e um ambiente familiar e alegre, no qual podiam brincar e criar. Dom Bosco e a Família Salesiana Escolheu entre seus jovens os melhores colaboradores de sua obra, dando origem à Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos de Dom Bosco), em 1859. Junto com Santa Maria Domingas Mazzarello fundou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, em 1872. E, com os leigos, homens e mulheres, criou em 1876 os Cooperadores Salesianos, para ajudar e apoiar a obra da educação da juventude, antecipando assim novas formas de apostolado na Igreja. Também se originou de Dom Bosco a Associação de Maria Auxiliadora – criada, em 1869, “para promover a veneração do Santíssimo Sacramento e a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos”. Paralelamente a esses grupos começaram a surgir os primeiros ex-alunos de Dom Bosco, a princípio alguns antigos aprendizes do Oratório de Valdocco (Itália) que, em 1870, se apresentaram a Dom Bosco para manifestar-lhe gratidão. Ao longo da história, a Família Salesiana ganhou novos grupos, ampliando o número de pessoas que, inspiradas pelo projeto apostólico de Dom Bosco, trabalham em favor da educação, evangelização e salvação da juventude. Dom Bosco faleceu em 31 de janeiro de 1888 e seu corpo repousa na Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim. Foi beatificado em 2 de junho de 1929 e canonizado em 1º de abril de 1934. No centenário de sua morte, o Papa João Paulo II o declarou Pai e Mestre da Juventude. Escrito por Boletim Salesiano, com informações sdb.org

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