A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada pela primeira vez no Brasil, ocorrerá entre 10 e 21 de novembro de 2025, na cidade de Belém (PA). A edição histórica reunirá líderes mundiais, cientistas, representantes de povos originários, educadores, jovens e organizações da sociedade civil para debater soluções urgentes para a crise climática.
O portal de notícias BBC destacou que esta será a maior COP já realizada em território brasileiro, com expectativa de mais de 75 mil participantes, um marco que coloca a Amazônia no centro das decisões globais sobre o futuro do planeta.
Para a Rede Salesiana Brasil, cuja missão educativa inclui o cuidado com a “Casa Comum”, inspirada na espiritualidade de Dom Bosco, Madre Mazzarello e na Encíclica Laudato Si’, a COP30 representa um momento de reflexão, diálogo e ação concreta em defesa da vida.
O que é a COP30? Uma explicação simples e didática
O professor Ary Junior, do Colégio Mazzarello - Recife, preparou um conteúdo especial em seu perfil no Instagram ajudando os estudantes e educadores a entenderem a importância da conferência.
No vídeo, ele explica que a COP é “o principal encontro mundial para discutir as mudanças climáticas e negociar acordos climáticos entre os países”. A COP30, em particular, será fundamental porque:
- marcará a revisão global dos esforços para limitar o aquecimento da Terra a 1,5°C;
- cobrará compromissos mais ambiciosos de descarbonização;
- trará a Amazônia como símbolo central da urgência ambiental;
- contará com forte participação de povos indígenas, juventudes e educadores.
Segundo o professor Ary, “entender a COP é essencial para perceber que cada escolha, individual, comunitária ou governamental, impacta diretamente a vida na Terra”.
Essa perspectiva dialoga profundamente com a pedagogia salesiana, que forma jovens conscientes, críticos e comprometidos com a construção do bem comum.
Protagonismo salesiano na Amazônia: Netto Santos representa a região Norte na COP30
Entre os jovens brasileiros selecionados para integrar a delegação oficial está o amazonense Netto Santos, ex-aluno salesiano e atual gestor de marketing das SALESIANAS MAZZARELLO, em Manaus. Aos 24 anos, Netto leva para Belém o lema que tem guiado sua atuação:
“Falar da Amazônia é nosso direito.”
Com foco em inovação social, educomunicação e defesa dos territórios amazônicos, ele idealizou o Projeto de Letramento Digital Amazônico, que leva mini laboratórios de tecnologia para comunidades indígenas do Amazonas.
A iniciativa capacita jovens e lideranças locais em:
- Inteligência Artificial
- Programação
- Cultura digital
- Negócios comunitários
- Uso ético e responsável da tecnologia
O projeto envolve parcerias com DiversiData, LinuxTips e Makira-e’ta, Rede de Mulheres Indígenas do Amazonas.
“A tecnologia pode (e deve) estar a favor dos amazônidas.” Segundo ele, a COP30 será uma oportunidade de amplificar vozes que historicamente foram silenciadas.
A matéria completa sobre o projeto está disponível em
https://i9brasil.com.br/projeto-letramento-digital-amazonico-e-levado-para-cop30/
Educar para o cuidado: o compromisso salesiano com a Casa Comum
A presença de educadores e ex-alunos salesianos na COP30 reforça a vocação da Rede Salesiana. Dom Bosco dizia que “a educação é coisa do coração”. Hoje, cuidar do coração do mundo (a Amazônia) é também missão educativa.
Inspirados pelo convite do Papa Leão XIV a promover uma ética da responsabilidade diante dos desafios da Inteligência Artificial e da sustentabilidade, as escolas salesianas seguem empenhadas em:
- fortalecer projetos de educação ambiental;
- promover o protagonismo juvenil;
- incentivar práticas pedagógicas que integrem ciência, tecnologia e valores humanos;
- dialogar com comunidades tradicionais e iniciativas socioambientais.
A COP30 não é apenas um evento internacional — é um chamado.
E jovens como Netto Santos e educadores como o professor Ary Junior são sinais concretos de que a educação salesiana continua gerando líderes comprometidos com a vida, com o Evangelho e com o futuro da humanidade.
Que a participação da Amazônia e da juventude brasileira ilumine caminhos de diálogo, justiça climática e cuidado integral com nossa Casa Comum.