07/10/2024

Dia de Nossa Senhora do Rosário e a súplica do Papa

Dia de Nossa Senhora do Rosário e a súplica do Papa
Foto: Shutter Stock ID 1240528531

Uma súplica de paz e um dia de oração e jejum: este foi o anúncio feito pelo Papa Francisco na celebração da Santa Missa de abertura da segunda sessão da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, na Praça São Pedro, na manhã da quarta-feira (02). A proposta é de que, hoje (07), dia em que a Igreja celebra Nossa Senhora do Rosário, e data que também marca o brutal massacre do Hamas contra cidadãos israelenses majoritariamente civis (07/10/2023), cristãos e cristãs do mundo todo se unam em oração e jejum pela paz.

O Bispo de Roma, nos últimos meses, continuou gritando, sem ser ouvido, pedindo um cessar-fogo e caminhos de paz. Hoje, este grito torna-se ainda mais coral e dirige-se ao Céu, na esperança de que o Senhor da história abra os corações dos líderes das nações e sejam alcançadas “negociações honestas” e “compromissos honrosos” para pôr fim à loucura da guerra. Porque mesmo a paz mais imperfeita e precária é preferível ao horror da guerra, mesmo aquela considerada mais “justa”.

O DIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

celebrado em 7 de outubro, o Dia de Nossa Senhora do Rosário é uma das mais antigas e significativas festividades marianas da Igreja Católica. A data remonta a um momento crucial da história cristã e reflete a profunda devoção ao Rosário, uma das orações mais populares e poderosas para os católicos. Essa celebração reúne fiéis ao redor do mundo, marcando uma jornada de fé e gratidão à Virgem Maria, reconhecida por sua intercessão nos momentos de maior dificuldade.

A festa de Nossa Senhora do Rosário tem suas raízes históricas na Batalha de Lepanto, travada em 7 de outubro de 1571. Naquela ocasião, as forças cristãs da Liga Santa enfrentaram o poderoso Império Otomano, em uma batalha naval decisiva no Mediterrâneo. Temendo uma derrota que poderia abrir portas para a invasão da Europa, o Papa Pio V convocou toda a cristandade a rezar o Rosário, pedindo a intercessão de Nossa Senhora. Contra todas as expectativas, os cristãos venceram a batalha. Em agradecimento, o Papa instituiu a festa de "Nossa Senhora da Vitória", que posteriormente se tornou "Nossa Senhora do Rosário", em honra ao poder desta oração.

O QUE É O ROSÁRIO?
O Rosário é uma forma de oração meditativa composta por repetidas recitações de orações tradicionais, como o Pai-Nosso e a Ave-Maria, intercaladas pela contemplação de mistérios da vida de Jesus e Maria. Essa prática tem suas origens no século XII, quando os monges utilizavam contas para contar suas orações. O Rosário, em sua forma moderna, foi promovido por São Domingos de Gusmão, que, segundo a tradição, recebeu a oração das mãos da própria Virgem Maria como uma poderosa arma espiritual.

Dividido em quatro conjuntos de mistérios — Gozosos, Dolorosos, Gloriosos e Luminosos —, o Rosário convida a meditar sobre momentos fundamentais da vida de Cristo e de Maria. O Papa João Paulo II, grande devoto dessa oração, chamou o Rosário de "compêndio do Evangelho", por sua profundidade espiritual e alcance devocional.

A DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
A devoção a Nossa Senhora do Rosário é um símbolo de fé e confiança no poder intercessor de Maria. Ao longo dos séculos, a Igreja Católica promoveu o Rosário como uma prática de oração que leva os fiéis a uma comunhão mais profunda com Deus, pela intercessão de Sua Mãe. 

Numerosos papas e santos recomendaram o Rosário como um instrumento de paz e conversão. A própria aparição de Nossa Senhora em Fátima, em 1917, reforçou essa devoção quando Maria pediu que os fiéis rezassem o Rosário diariamente pela paz no mundo. A prática também está associada à ideia de proteção divina, especialmente em tempos de guerra, crise ou calamidade.

A devoção a Nossa Senhora do Rosário lembra a todos os católicos que, em tempos de dificuldade, a fé e a oração podem trazer força, paz e vitória.

Escrito por Janaína Lima, com informações do Vatican News

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Celebração Litúrgica de Alexandrina Maria da Costa

Nascimento: 30/03/1904Venerável: 21/12/1995Beatificação: 25/04/2004Celebração Litúrgica: 13 de outubroFalecimento (nascimento para o céu): 13/10/1955 No dia 13 de outubro de 2021, no dia do seu nascimento ao céu, a Família Salesiana celebra a memória litúrgica de Alexandrina Maria da Costa, Salesiana Cooperadora portuguesa, declarada beata pelo Papa João Paulo II em 25 de abril de 2004. Alexandrina nasceu em 30 de março de 1904, em Balasar, na província do Porto. Aos 14 anos, fazendo um gesto de coragem diante de quem tenta atacá-la, pula da janela de casa. As consequências da queda a levaram, cinco anos depois, à paralisia total, constrangendo-a à imobilidade no leito por mais de 30 anos. Pede a graça da cura, mas Nossa Senhora dá-lhe a força para aceitar e abraçar o sofrimento pela salvação das almas. Dizia: “Não tenho outro desejo senão dar glória a Deus e salvar as almas”. Vive uma intensa vida mística, em contínua união com Jesus presente nos Tabernáculos de todo o mundo. A sua missão era, de fato, ser como a lâmpada do Tabernáculo, para fazer companhia a Jesus Eucaristia. Era uma verdadeira alma eucarística: a partir de 27 de março de 1942 deixou de se alimentar, vivendo apenas da Eucaristia. Nos últimos anos da sua vida, muitas pessoas, atraídas pela fama de santidade, fazem-lhe visita e atribuem a própria conversão aos seus conselhos. Desde 1944 o diretor espiritual de Alexandrina é o Pe. Umberto Pasquale, um Salesiano de Dom Bosco que, constatando sua grandeza espiritual, encoraja-a a continuar a ditar o seu diário.  Naquele ano, torna-se Salesiana Cooperadora e pede para colocar o diploma de filiação “de modo a tê-lo sempre sob os olhos”: “Sinto-me unida aos Salesianos e Cooperadores de todo o mundo. Quantas vezes olho o meu diploma de membro e ofereço meus sofrimentos, unida a todos eles, pela salvação dos jovens!”. A 13 de Outubro de 1955 – dia em que em Portugal recorda-se a última aparição de Nossa Senhora aos três Pastorzinhos em Fátima (1917) e se celebra a festa de Nossa Senhora do Rosário – Alexandrina Maria da Costa morre em Balasar, onde é sepultada, de frente para o Tabernáculo. É declarada Venerável em 21 de dezembro de 1995 e beatificada em 25 de abril de 2004 por João Paulo II, que, na homilia, diz: “Permeada e ardente de amor, não quer negar nada ao seu Salvador: com forte vontade, aceita tudo para demonstrar-lhe que o ama. Com o exemplo da Beata Alexandrina, expresso nos três verbos ‘sofrer, amar, reparar’, os cristãos possam encontrar o estímulo e a motivação para elevar tudo o que a vida tem de doloroso e triste através da prova do amor maior: sacrificar a vida por quem se ama”. Um Centro Internacional de Espiritualidade Salesiana e um Centro para Salesianos Cooperadores acolhem jovens e peregrinos, que chegam a Balasar de todas as partes do mundo para rezar nos lugares de Alexandrina e aprofundar a espiritualidade. Fonte: Istituto Figlie di Maria Ausiliatrice

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