19/03/2024

Dia do Irmão Coadjutor

Dia do Irmão Coadjutor
Fotos: Arquivo pessoal dos Irmãos Salesianos mencionados

No coração da Congregação Salesiana, encontra-se um grupo de indivíduos cuja dedicação e serviço moldaram profundamente a história da ordem religiosa fundada por São João Bosco. No Dia do Irmão Coadjutor, celebra-se a vocação e a importância desses leigos consagrados, cujo compromisso com a missão salesiana tem sido fundamental.

Ao conceber sua Congregação, Dom Bosco vislumbrou uma comunidade dedicada ao serviço dos jovens pobres e abandonados de Turim. Reconhecendo o chamado divino, ele aguardou pacientemente as vocações que surgiriam de sua própria obra, preparando assim o terreno para os primeiros salesianos: seus próprios alunos. Enquanto esperava por esse momento, Dom Bosco contou com o apoio crucial de leigos que, comprometidos com sua fé cristã, se uniram a ele na busca pela glória de Deus e pela salvação das almas. Foi nesse contexto que Dom Bosco percebeu a importância dos leigos consagrados na composição da Congregação Salesiana.

O salesiano coadjutor é aquele que abraça sua vocação cristã de maneira radical, comprometendo-se plenamente com os ensinamentos do Evangelho e as responsabilidades que ele traz consigo. Sua missão é viver o batismo de forma fiel e exemplar, servindo como um testemunho vivo da fé e do amor de Deus para com todos os que atravessam seu caminho. Com sua dedicação incansável, eles atuam como educadores, mentores e exemplos de virtude para os jovens em todo o mundo. Seu compromisso com os valores salesianos de razão, religião e amorevollezza continua a inspirar e impactar gerações, deixando um legado duradouro de esperança e transformação.

Neste Dia do Irmão Coadjutor, conheça alguns dos Irmãos Salesianos que ajudam a perpetuar o sonho de Dom Bosco nos dias de hoje:

 

IRMÃO MARIO BORDIGNON

Mario Bordignon é Irmão Salesiano há 59 anos na casa salesiana em Rondonópolis (MT), onde faz um trabalho itinerante nas aldeias do povo indígena Bororo. “Eu quis ser Irmão Salesiano porque me impressionou como Dom Bosco era preocupado em ajudar os jovens e formar bons profissionais e bons cristãos. O Irmão como leigo fica mais perto do povo, se sente Irmão do povo no meio do qual trabalha”, comenta Irmão Mário. “Ser Irmão Salesiano é uma belíssima opção de vida. Explico o porquê: o padre deve primeiro se preocupar com o seu ministério sacerdotal. O Irmão, ao invés, pode ajudar os jovens em variadas  atividades, colocando em prática as suas capacidades pessoais. Pode ser um trabalho profissional ensinando numa oficina, pode ser animar os jovens com música, ou teatro, ou na comunicação com a tecnologia moderna ou com outras atividades que ele gosta de exercer. O amor do Irmão ao próximo, aos jovens, é um amor muito concreto, muito gratificante”, completa.

Em sua jornada, o Irmão Salesiano conta que as histórias vividas são muito interessantes e aponta uma em particular: “Consegui transformar em livros escolares a sabedoria dos anciãos Bororo. Considerando os Bororo como meus irmãos, fui por eles introduzido na tribo como um deles”.

 

IRMÃO PEDRO DE MELO

Pedro de Melo trabalho atualmente no Colégio Salesiano Leão XIII, em Rio Grande (RS) e já conta com uma jornada de 48 anos como Irmão Salesiano. “Eu tinha 12 anos quando me despertou a vocação para Irmão Salesiano, mas a minha decisão final foi quando fiz assistência no Novo Lar de Menores, em Viamão (RS). Neste período ainda era internato. Eram meninos recolhido pela FEBEM [Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor], meninos de rua, que viviam nas ruas da Grande Porto Alegre. Foi aí que que decidi ser Salesiano Irmão, para fazer a diferença na vida daquelas crianças e jovens”, conta Irmão Pedro.

Levando em conta seu chamado para a missão salesiano, Ir. Pedro faz um convite: “Essa Vocação nasceu do grande coração de Dom Bosco. O mundo precisa de gente corajosa que tenha vontade de fazer a diferença na vida dos jovens, levá-los a conhecer o projeto de Jesus Cristo dentro do Carisma de Dom Bosco. Então jovem, aceita este desafio?”

 

IRMÃO TARLEY DA GUIA NUNES DA MATA

Tarley da Guia Nunes da Mata fez sua primeira profissão religiosa em 31 de janeiro de 1990 e os votos perpétuos em 1997. Atualmente, trabalha na Missão dos Salesianos entre os povos Xavante, na Terra Indígena São Marcos, município de Barra do Garças (MT).

Irmão Tarley comenta que, em sua trajetória, contou com o exemplo de outros Irmãos Salesianos. “Foi um processo de adesão ao carisma de Dom Bosco, na modalidade laica, a partir do exemplo de vida e trabalho de vários Irmãos SDB [Salesianos de Dom Bosco] do meu tempo de internato e seminário”.

Sobre sua jornada, Ir. Tarley conta brevemente sobre uma “experiência sociológica” que ele fez: “Uma vez, quando trabalhei na Missão de Sangradouro (também com os Xavante), em 2003 ou 2004, na cidade de Primavera do Leste, fiz uma ‘experiência sociológica’. Entrei num mercado conhecido, somente de calção vermelho e todo pintado de urucum e carvão, falando alto palavras e frases na língua indígena. ‘Será que eu fiquei mesmo muito parecido com uma pessoa Xavante?’ Comecei, de maneira rápida, a encher um carrinho de compras. O zelador do mercado, uma senhora do caixa e outras pessoas que eu conhecia por fazer compras toda semana NÃO ME RECONHECERAM, ficaram alertas para ver se eu tentaria fugir com os produtos. Somente após alguns minutos me explicando é que perceberam que eu era o missionário que semanalmente comprava gêneros alimentícios. Vida de indígena é difícil em qualquer época!”

O Irmão Salesiano deixa ainda um convite: “Se você acredita que Deus lhe chama para viver uma vida de doação, estudo, trabalho e muita alegria em estar a serviço do Reino de Deus, venha conversar conosco. Quem sabe a gente se torna parceiros do sonho de Dom Bosco. Que tal?”.

 

IRMÃO CESAR FRANCISCO DOS SANTOS

Cesar Francisco dos Santos, de Piracicaba (SP), atualmente conta com 1 ano de votos perpétuos, somado a uma trajetória de 9 anos de votos temporários. Ele conta que os Irmão Salesianos que conheceu na infância foram decisivos para a sua escolha, “de modo especial Ir. Arcângelo Longo e Ir. Genésio Dalmônico. Ambos com um grande amor a Deus, a Dom Bosco, aos jovens e ao trabalho”. E continua: “Toda vocação é um convite feito por Deus. A vocação do Salesiano Irmão é uma experiência de encontro com Cristo na vivência da vida em comunidade, do amor-serviço aos jovens e fazendo com que a experiência do ‘vós sois todos são irmãos’ [Mt 23, 8] possa se tornar realidade em nossa vida e ação”.

No decorrer de sua jornada, Ir. Cesar traz uma história interessante sobre a percepção de uma criança a respeito do seu papel como Irmão Salesiano: “Certa vez, no colégio, uma professora trouxe um aluno da educação infantil que queria saber o que seria um Salesiano Irmão. Procurando de forma simples explicar, disse que era uma pessoa que estaria junto com eles, rezando, brincando, estudando, ajudando, ... então ele disse: ‘Haa, então você é o irmão mais velho da gente’. E eu confirmei: ‘Você acertou em cheio, é isso mesmo! Sou o irmão mais velho”.

 

IRMÃO ANTÔNIO CIBIN

O italiano de 82 anos, Antônio Cibin, mais conhecido como Irmão Toni, está no Brasil há 46 anos e é Irmão Salesiano desde 1960. “Me criei na Itália e tive sorte de frequentar um ambiente Salesiano, era um Oratório Diário que estava aberto de manhã até a noite para as missas, catequese, jogos, filmes [...]. O nosso ponto de referência mesmo era o Oratório e ali encontrei vários Salesianos. Um pormenor, sempre nos disseram um Salesiano que ali estava que aquele era o Oratório mais bonito do mundo. Ali conheci muitos salesianos, padres, irmãos, pessoas fantásticas. Foi ali que me veio a vocação de me tornar um Salesiano Irmão”, conta Ir. Toni.

O Salesiano Irmão veio para o Brasil a partir de alguns projetos propostos pela sua Inspetoria. Assim, iniciou sua missão em terras brasileiras pela Diocese de Mossoró. O compromisso era para 3, 4 anos, porém, após uma carta do seu Inspetor italiano, Irmão Toni decide atender à solicitação e fica para apoiar um novo padre que tinha a missão de abrir um Oratório na Arquidiocese de Maceió, em Matriz de Camaragibe (AL). A proposta era para ficar apenas 1 ano ou 2, mas Ir. Toni acabou ficando 12 anos.

Quando pensa em sua trajetória, Ir. Toni comenta: “Uma coisa que muito me alegra é quando encontro ex-oratorianos das obras sociais onde trabalhei que dizem ‘Ah, Toni. Você não sabe o quanto me ajudou na vida. Minha vida hoje é outra. Quantos dos meus companheiros se perderam e nós, orientados por vocês salesianos, estamos no caminho certo!’. Isso é a coisa que mais me alegra”

 

IRMÃO MANOEL MESSIAS DA SILVA

Manoel Messias da Silva é Salesiano Coadjutor há 20 anos, com sua primeira profissão religiosa em 29 de janeiro de 2004. Atualmente, vive na casa Inspetorial da Inspetoria Salesiana São Luiz Gonzaga e faz parte do Conselho Inspetorial como Delegado para a Pastoral Juvenil Salesiana. “Decidi ser salesiano coadjutor porque, na buscar por entender o meu chamado, descobri no testemunho de vida de outros coadjutores, a beleza do serviço aos jovens como um leigo consagrado. E muito me marcou a proximidade e facilidade com que aqueles coadjutores viviam sua vocação no meio dos jovens. Foi nessa realidade que entendi que eu não estava sendo chamado para ser Sacerdote”, comenta Irmão Manoel.

Relembrando sua trajetória, Ir. Manoel conta um pouco sobre como uam escuta acolhedora transformou a vida de um jovem: “Um certo dia, na casa de formação do Pré-Noviciado, um jovem que estava em formação se aproximou de mim e me disse que estava por deixar a experiência. Perguntei o motivo e ele me explicou detalhadamente o que tinha acontecido. Eu respondi a ele que deveria ter paciência e confiar em Deus, que as coisas serão resolvidas, que tudo é no tempo de Deus, desde que tenhamos paciência. E hoje este jovem é um bom sacerdote. Sempre que me encontra, recorda que, se não tivéssemos conversado e se não tivesse aberto o coração, talvez não estaria mais na Congregação”.

Confiante em sua escolha de se tornar um Irmão Salesiano, Manoel dá algumas dicas para quem também sente esse chamado: “Digo que, antes de mais nada, devemos conversar com Aquele que nos chama a realizar uma missão. Mas essa não pode ser uma conversa fria e distante, pelo contrário, deve ser no aconchego de um Pai que nos escuta e fala conosco, porque assim é Deus. Na sua ternura de Pai, Ele fala aos nossos corações. Digo ainda que se deixe conduzir pelo Espírito Santo, porque ele sabe o que devemos expressar, o que está no fundo de nossos corações. E, ainda mais, que não tema em dar um ‘Sim’ a Jesus, um ‘Sim’ para toda a vida sem temer os desafios que ela nos oferece, sem pressa, apenas confiando.

Quando alguém decide atender ao chamado do serviço aos demais, saiba que nunca estará sozinho. Do mesmo modo, sempre confiar em Nossa Senhora, entregando-se em suas mãos, sem ter medo de nada, acreditando que assim como ela agiu na vida de Dom Bosco e em sua Congregação, também irá agir em nossas vidas. Quem confia em Maria, jamais caminhará sozinho. Dom Bosco compreendeu tamanho amor, e expressou na sua ternura e cuidado com os jovens, e nós, hoje, como coadjutores, somos convidados a dar continuidade a essa forma de ajudar aos que sofrem a se sentirem amados, cuidados, tendo os seus direitos garantidos, sobretudo em uma sociedade que muitas vezes é fria e calculista, que te oferece propostas para aprisionar tua vida e apagar tua alegria. Impedindo a muitos de se tornarem protagonistas da história.

Por fim, digo que nos deixemos envolver pelo amor de Cristo, que no nosso caso se expressa no amor aos jovens. Não tenhamos medo em dar um ‘Sim’ a Deus, a exemplo de milhares de Coadjutores pelo mundo afora, a exemplo de Dom Bosco”.

Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil

 

Mais Recentes

Encontro da Comissão Nacional de Pastoral Juvenil Salesiana 2024

No último sábado (14), no Colégio Santa Inês, em São Paulo (SP), aconteceu o Encontro da Comissão Nacional de Pastoral Juvenil Salesiana (CNPJS), com a presença dos Delegados e das Coordenadoras Inspetoriais de Pastoral Juvenil das Inspetorias dos Salesiano de Dom Bosco (SDB) e das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) do Brasil. Durante a programação foram vivenciados momentos de planejamento da caminhada, em vista de uma maior sistematização dos processos pastorais. A Pastoral Juvenil (PJ) constitui o coração da missão educativa salesiana que busca, através de itinerários de fé, educar evangelizando e evangelizar educando. Segundo as Linhas Orientadoras da Missão Educativa das FMA (nº 78): “A missão educativa das FMA se realiza mediante uma pastoral juvenil inculturada que se inspira no Sistema Preventivo, vivido como espiritualidade radicada na caridade de Cristo e na solicitude materna de Maria. Tal pastoral tem como objetivo prioritário conduzir ao encontro com Jesus de Nazaré.” O Dicastério para a Pastoral Juvenil Salesiana, em seu Quadro de Referencial, afirma (pag. 59): “A meta proposta pela Pastoral Juvenil Salesiana para todo jovem é a construção da própria personalidade, tendo Cristo como referência fundamental; referência que, tornando-se progressivamente explícita e interiorizada, o ajude a ver a história como Ele, a julgar a vida como Ele, a escolher e a amar como Ele, a esperar como Ele ensina, a viver n’Ele a comunhão com o Pai e o Espírito Santo” (cf. CG23, n. 112-115). “O encontro da Comissão Nacional de Pastoral Juvenil é um espaço muito rico em sinodalidade. Juntos, FMA e SDB, compartilhamos nossas experiências vividas nas várias realidades do Brasil e traçamos linhas de ação para promover uma caminhada pastoral processual que corresponda aos apelos juvenis da atualidade. Em rede, nosso trabalho se torna mais fecundo e nossa missão se fortalece ainda mais”, diz a Coordenadora Nacional da PJS e representante da Inspetoria Maria Auxiliadora, Irmã Claudiane Cavalcante. “A experiência da reunião da CNPJS é sempre enriquecedora, pois demonstra a diversidade das inspetorias SDB e FMA, reunidas para planejar as atividades diversas, em nível nacional, unidas pelo mesmo carisma. Daí vem a riqueza da experiência”, conclui o Coordenador Nacional da PJS e representante da Inspetoria São João Bosco, Padre José Ricardo Mole. Escrito por Ir. Claudiane Cavalcante, Coordenadora Nacional da PJS

A Independência do Brasil e o Grito dos Excluídos e Excluídas

A proposta do Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu em uma reunião de avalição do processo da 2ª Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu nos anos de 1993 e 1994.  POR QUE O 7 DE SETEMBRO?  Desde 1995, o Grito dos Excluídos e Excluídas acontece no dia 7 de setembro, dia oficial da comemoração da Independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional. Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna.  Nestes 30 anos de trajetória, o Grito faz um contraponto à história oficial da independência do Brasil. Na contramão dos desfiles cívicos e militares, que sempre marcaram o 7 de setembro, conclama o povo, sobretudo os pobres e excluídos, a descerem das arquibancadas, deixar o patriotismo passivo, e ocupar praças e ruas na defesa de seus direitos. Assim, o Dia da Pátria se tornou também um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. O Grito mudou a cara do 7 de setembro e da Semana da Pátria. Em todo o país, a cada ano, multiplicam-se manifestações e atividades, por meio de variadas formas de luta e linguagens: celebrações, atos, caminhadas, romarias, seminários, rodas de conversa, festivais, concursos de redação nas escolas, apresentações de música, teatro, dança, poesia, café na praça, programas de rádio, carros e bicicletas de som, lives.  GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUÍDAS 2024 Este ano, o Grito dos Excluídos celebra 30 anos de existência e traz o tema “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”. “Nestes 30 anos de resistência, lutas, anúncio e avanços, o Grito dos Excluídos e Excluídas esperançou um mundo justo e acolhedor. E seguirá incentivando ações que fortaleçam e mobilizem as pessoas para as lutas sociais, denunciar as in-justiças e os males causados por este sistema neo¬liberal/capitalista, que exclui, degrada e mata to¬das as formas de vida, concentra a riqueza, a renda nas mãos de poucos e impõe miséria para milhões”, lê-se nos objetivos do Jornal O Grito nº. 81. Confira o Jornal na íntegra e mais informações sobre o Dia dos Excluídos e Excluídas clicando aqui. Fonte: gritodosexcluidos.com

Padre Tarcizio Odelli lança livro sobre São Francisco de Sales

O lançamento do livro “São Francisco de Sales – Doutor do Amor”, de autoria do Salesiano de Dom Bosco (SDB) e Diretor Geral do Boletim Salesiano, Padre Tarcizio Paulo Odelli, aconteceu durante o curso de Espiritualidade Salesiana a partir de São Francisco de Sales, realizado em Porto Alegre (RS), entre os dias 3 e 5 de setembro. A obra tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre a vida e a espiritualidade de São Francisco de Sales, patrono da Família Salesiana. Segundo o autor, o livro é resultado de mais de 20 anos de estudos e pregações sobre o santo. Padre Tarcizio destacou que a motivação para escrever a obra surgiu a partir dos retiros espirituais e cursos de formação nos quais apresentava, em formato de slides, o conteúdo que agora foi estruturado em texto. “É uma pessoa fascinante, não tem como não o tornar mais conhecido”, disse ele. A obra está organizada em seções que abordam a época histórica em que viveu São Francisco de Sales, sua biografia, além de temas centrais de sua espiritualidade, como o chamado à santidade, humanismo e o amor à Igreja. O livro também traz uma pequena biografia de Santa Joana de Chantal e aborda o “encontro” de São Francisco com São João Bosco. Para o Pe. Tarcizio, estudar a vida de São Francisco de Sales é essencial para entender sua contribuição inovadora à Igreja, especialmente por sua espiritualidade do amor, que é acessível a todos. A obra de São Francisco de Sales “Introdução à Vida Devota”, escrita há mais de 400 anos, continua sendo uma das mais lidas no mundo, perdendo apenas para a Bíblia e a “Imitação de Cristo”. Naquela época, valorizar os leigos foi uma grande novidade, e até o Concílio Vaticano II, seus ensinamentos permaneceram como referência. “Esta espiritualidade do amor é muito simples para ser vivida. Como ele dizia: ‘fazer tudo por amor e nada por força’. A santidade não consiste em fazer coisas extraordinárias, mas fazer as coisas ordinárias com perfeição extraordinária”, ressalta o padre. A obra é voltada principalmente à Família Salesiana, mas Pe. Tarcizio ressalta que o conteúdo é acessível a todos os interessados em conhecer melhor o doutor da espiritualidade do amor. “Francisco de Sales contribuiu com a Igreja sendo um grande inovador e apresentando uma espiritualidade simples, acessível a todos”, afirmou o autor. Fonte: Inspetoria São Pio X / Escrito por Eduardo Schmitz

Receba as novidades no seu e-mail

O futuro que você merece

Siga a RSB nas redes sociais:

2024 © Rede Salesiana Brasil