11/10/2024

Reflexões e Chamados à Paz na Segunda Semana do Sínodo sobre a Sinodalidade

Reflexões e Chamados à Paz na Segunda Semana do Sínodo sobre a Sinodalidade
Foto: Vatican Media

A segunda semana do Sínodo sobre a Sinodalidade foi marcada por uma série de encontros e debates cruciais para a Igreja, tanto no âmbito espiritual quanto no social. Um dos momentos centrais foi a discussão sobre o papel do bispo de Roma no diálogo ecumênico, impulsionada pela publicação da versão francesa do documento “O Bispo de Roma” do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Este evento, ocorrido em uma mesa-redonda em Roma, reuniu católicos, protestantes e ortodoxos para refletirem sobre a sinodalidade e a primazia do Papa, promovendo maior convergência entre as denominações cristãs.

A semana também trouxe à tona questões de evangelização no espaço digital. A Irmã Xiskya Valladares, membro do Sínodo e missionária digital, destacou a importância de expandir a evangelização para os meios virtuais, mencionando a criação de escritórios de missão digital em várias Conferências Episcopais da América Latina. Ela também abordou a necessidade de superar a polarização nas redes sociais e promover a comunhão.

Também o tema “Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão e missão”, que está a decorrer em Roma, a ampla participação de mulheres é um dado muito significativo. Esta segunda sessão sinodal tem 368 membros com direito a voto e tal como aconteceu na primeira sessão em 2023, mais de 50 votantes são mulheres. Com efeito, o aprofundamento “do lugar das mulheres na Igreja” e a “sua participação nos processos de decisão e na condução das comunidades” são temas objeto da reflexão de um dos grupos de trabalho formados pelo Papa no âmbito do processo sinodal.

No contexto das guerras em curso, o Sínodo foi palco de orações pela paz. Em 6 de outubro, o Papa Francisco conduziu uma peregrinação à Basílica de Santa Maria Maior, rezando o terço pela paz, seguido de um Dia de Oração e Jejum em 7 de outubro, em memória do aniversário do ataque terrorista do Hamas contra Israel. O arcebispo-mor de Kiev, Sviatoslav Shevchuk, ressaltou a importância dessa iniciativa como um movimento do Espírito Santo, refletindo o papel do Papa como protagonista da paz.

Testemunhos emocionantes de prelados como dom Mounir Khairallah, do Líbano, e dom Launay Saturné, do Haiti, também marcaram a semana. Ambos compartilharam as dores de seus países devastados por guerras e conflitos, apelando à reconciliação e à necessidade urgente de paz. Khairallah destacou a capacidade do Líbano de se manter como uma mensagem de convivência pacífica, enquanto Saturné expressou o desespero do povo haitiano frente à insegurança.

Essa semana mostrou a vitalidade e a complexidade dos desafios enfrentados pela Igreja, tanto em sua missão interna quanto no papel que desempenha no mundo. O convite do Papa à oração e ao jejum reforça a busca por paz e justiça, enquanto as reflexões sobre a sinodalidade continuam a moldar o futuro da Igreja Católica.

Escrito por Janaína Lima, com informações do Vatican News

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Dia de Santa Teresa D’Ávila - Padroeira do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora

Em 15 de outubro, a Igreja celebra o Dia de Santa Teresa de Ávila, figura central na história da espiritualidade católica. Além de sua vida marcada pela profunda mística e reforma do Carmelo, Santa Teresa também exerce um papel especial como padroeira do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), escolhido diretamente por Dom Bosco, fundador da ordem. Dom Bosco reconhecia em Santa Teresa de Ávila a capacidade única de integrar uma vida de profunda contemplação com uma atividade incansável. Seu carisma, que equilibra oração e ação, foi um modelo essencial para a missão educativa das Filhas de Maria Auxiliadora, que seguem o lema de harmonizar vida ativa e contemplativa, inspirado na espiritualidade teresiana. Assim como Santa Teresa, as FMA são chamadas a viver na alegria, na simplicidade e no zelo apostólico, cativando almas e conduzindo-as à santidade. A influência de Santa Teresa também pode ser vista na formação de Santa Maria Domingas Mazzarello, cofundadora das FMA, que foi moldada tanto pela leitura direta das obras de Teresa quanto pelos ensinamentos do Pe. Giuseppe Frassinetti, impregnados da doutrina teresiana. As "amizades espirituais" promovidas por Santa Teresa, baseadas no apoio mútuo e na busca coletiva da santidade, marcaram profundamente o modo de vida comunitário e a missão das Filhas da Imaculada, precursoras das FMA. Para Santa Teresa, a oração era essencialmente uma relação de amizade com Deus, e essa experiência molda a vida espiritual das Filhas de Maria Auxiliadora. A oração, para elas, não é apenas um dever, mas um encontro constante com Aquele que as ama, permitindo que a ação apostólica seja um reflexo desse amor divino. Assim, a espiritualidade de Santa Teresa continua viva na missão do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, unindo contemplação e serviço ao próximo, na busca de uma educação integral que forme "bons cristãos e honestos cidadãos", como desejava Dom Bosco. Santa Teresa de Ávila permanece, portanto, como uma fonte de inspiração e uma guia espiritual para todas as irmãs que seguem sua herança de oração, alegria e missão. Escrito por Janaína Lima, Analista de Comunicação da rede Salesiana Brasil 

6º Comm Talks sobre a missão como hospitalidade profética

A missão como hospitalidade profética é o tema central do 6º Comm TalkS, iniciativa do Âmbito da Comunicação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) com o objetivo de criar uma visão partilhada da cultura da comunicação, mesmo na diversidade das expressões. Aprofunda o tema o Pe. Samuel Komlanvi Amaglo, Salesiano de Dom Bosco, Vice-Reitor da Faculdade de Teologia da Universidade Pontifícia Salesiana de Roma, onde é professor de missiologia e encarregado do Curso de Formação permanente de Pastoral Missionária. “O uso do conceito de missão e de missionário é complexo e ‘o que seja a missão’ é de fato difícil de definir. A crise atual da definição da missão parte de uma abordagem do centro para as periferias, da Trindade para a humanidade, da Igreja para o mundo e do Ocidente para o resto da humanidade”, observa o Pe. Samuel, que inicia a reflexão falando de uma mudança de paradigma da missão. Na interculturalidade, que encoraja a acolher o outro assim como é e responde também à exigência salesiana do “viver e trabalhar juntos”, vê um caminho para a hospitalidade profética que se torna aceitação recíproca. “Na perspectiva salesiana, um dos desafios da missão hoje é encontrar irmãos e irmãs que te acolham, que te acompanhem, que te ajudem a ser fiel e a dar fruto. Numa Igreja sinodal e em saída missionária, a Família Salesiana é chamada, como Dom Bosco e Madre Mazzarello, a sonhar uma missionariedade aberta ao diálogo e à hospitalidade profética”. A intervenção do Pe. Samuel oferece uma reflexão útil que pode ser partilhada nos grupos e nas Comunidades por ocasião do outubro missionário e em vista do Triênio de preparação para o 150º aniversário da Primeira Expedição Missionária (14 de novembro de 1877). O vídeo está disponível com legendas em italiano, inglês, francês, português e espanhol (nas configurações do YouTube). Todos os Comm Talks permanecem à disposição no Canal Youtube CGFMANET e se podem  recuperar do banner lateral na página inicial do site do Instituto. Fonte: Istituto Figlie di Maria Ausiliatrice

Celebração Litúrgica de Alexandrina Maria da Costa

Nascimento: 30/03/1904Venerável: 21/12/1995Beatificação: 25/04/2004Celebração Litúrgica: 13 de outubroFalecimento (nascimento para o céu): 13/10/1955 No dia 13 de outubro de 2021, no dia do seu nascimento ao céu, a Família Salesiana celebra a memória litúrgica de Alexandrina Maria da Costa, Salesiana Cooperadora portuguesa, declarada beata pelo Papa João Paulo II em 25 de abril de 2004. Alexandrina nasceu em 30 de março de 1904, em Balasar, na província do Porto. Aos 14 anos, fazendo um gesto de coragem diante de quem tenta atacá-la, pula da janela de casa. As consequências da queda a levaram, cinco anos depois, à paralisia total, constrangendo-a à imobilidade no leito por mais de 30 anos. Pede a graça da cura, mas Nossa Senhora dá-lhe a força para aceitar e abraçar o sofrimento pela salvação das almas. Dizia: “Não tenho outro desejo senão dar glória a Deus e salvar as almas”. Vive uma intensa vida mística, em contínua união com Jesus presente nos Tabernáculos de todo o mundo. A sua missão era, de fato, ser como a lâmpada do Tabernáculo, para fazer companhia a Jesus Eucaristia. Era uma verdadeira alma eucarística: a partir de 27 de março de 1942 deixou de se alimentar, vivendo apenas da Eucaristia. Nos últimos anos da sua vida, muitas pessoas, atraídas pela fama de santidade, fazem-lhe visita e atribuem a própria conversão aos seus conselhos. Desde 1944 o diretor espiritual de Alexandrina é o Pe. Umberto Pasquale, um Salesiano de Dom Bosco que, constatando sua grandeza espiritual, encoraja-a a continuar a ditar o seu diário.  Naquele ano, torna-se Salesiana Cooperadora e pede para colocar o diploma de filiação “de modo a tê-lo sempre sob os olhos”: “Sinto-me unida aos Salesianos e Cooperadores de todo o mundo. Quantas vezes olho o meu diploma de membro e ofereço meus sofrimentos, unida a todos eles, pela salvação dos jovens!”. A 13 de Outubro de 1955 – dia em que em Portugal recorda-se a última aparição de Nossa Senhora aos três Pastorzinhos em Fátima (1917) e se celebra a festa de Nossa Senhora do Rosário – Alexandrina Maria da Costa morre em Balasar, onde é sepultada, de frente para o Tabernáculo. É declarada Venerável em 21 de dezembro de 1995 e beatificada em 25 de abril de 2004 por João Paulo II, que, na homilia, diz: “Permeada e ardente de amor, não quer negar nada ao seu Salvador: com forte vontade, aceita tudo para demonstrar-lhe que o ama. Com o exemplo da Beata Alexandrina, expresso nos três verbos ‘sofrer, amar, reparar’, os cristãos possam encontrar o estímulo e a motivação para elevar tudo o que a vida tem de doloroso e triste através da prova do amor maior: sacrificar a vida por quem se ama”. Um Centro Internacional de Espiritualidade Salesiana e um Centro para Salesianos Cooperadores acolhem jovens e peregrinos, que chegam a Balasar de todas as partes do mundo para rezar nos lugares de Alexandrina e aprofundar a espiritualidade. Fonte: Istituto Figlie di Maria Ausiliatrice

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