19/03/2024

São José: O Patrono da Providência e da Devoção Salesiana

São José: O Patrono da Providência e da Devoção Salesiana
Foto: Quadro da Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim, Itália

No coração da fé católica, São José permanece como um símbolo poderoso de confiança, devoção e proteção. No dia 19 de março, os Salesianos de Dom Bosco (SDB) e as Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) se unem em reverência a esse humilde carpinteiro, proclamado por Pio IX como Patrono da Igreja Universal em 1870.

A devoção dos Salesianos de Dom Bosco (SDB) a São José tem início com o próprio fundador da Congregação. Dom Bosco estabeleceu a celebração solene de sua festa em todas as casas salesianas. Sua fé era tão certa que ele introduziu práticas especiais em memória das dores e alegrias do Santo, visando inspirar a pureza e a busca pela santidade entre os jovens. “Em 1871 estabeleceu que em todas as suas casas devia ser celebrada pelos estudantes e pelos aprendizes a festa no dia 19 de março com recesso de todas as atividades [...]. Desta sua devoção constante deu provas em 1859, quando introduziu no livro ‘O Jovem Instruído’ uma prática em memória das sete dores e das sete alegrias de São José. Uma oração para obter a santa virtude da pureza”. (Memórias Biográficas de São João Bosco, Volume VI, p. 204).

A devoção a São José é uma tradição também no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA). Para Madre Mazzarello e as primeiras irmãs Salesianas, São José não é apenas um modelo de fé, mas um verdadeiro protetor e provedor. Em meio às dificuldades econômicas e às incertezas do início da congregação, São José era invocado como o "ecônomo" da casa, aquele que providenciava as necessidades essenciais e intercedia nas horas de aflição. A confiança das irmãs em São José transcendeu os limites materiais, encontrando conforto e solução mesmo nos momentos mais desafiadores.

Os relatos da Cronistória das FMA testemunham o poder da intercessão de São José. Em um episódio marcante, durante uma epidemia de varíola, São José foi invocado como protetor do Instituto e sua intercessão foi reconhecida como fundamental para a preservação da comunidade. Em outro momento, diante da necessidade de expansão do Colégio de Nizza, a confiança em São José foi reforçada, resultando em graças inesperadas e no fortalecimento da fé e da alegria na comunidade.

“Com esta bela função fica aberto o mês de São José, já invocado como ‘ecônomo’ do Instituto e, neste ano, também como enfermeiro e médico, porque em Nizza como em todo o Piemonte continua a grassar a varíola.

São já mais de 300 as vítimas na cidade; entre nós se verificou o caso de algumas Irmãs e alunas atacadas por simples varicela, tanto que as pessoas externas não se persuadem de que o Colégio de Nossa Senhora tenha ficado ileso e algumas chegam ao absurdo de pensar que também entre nós tenha havido mortes pela epidemia e que as vítimas tenham sido sepultadas em casa! Não sabem como é potente o nosso protetor São José, ao qual confiamos todas as pessoas da casa”. (Cronistória do Instituto das FMA, volume 3 - p. 115)

A devoção a São José não é apenas uma expressão de piedade, mas uma fonte de inspiração e proteção para os Salesianos e Salesianas. Em seus momentos de necessidade e na busca por orientação espiritual, São José é invocado como um guia e amigo fiel. Sua vida de humildade, obediência e serviço ressoa profundamente nos corações dos membros da Congregação Salesiana, inspirando-os a seguir seu exemplo no trabalho de educação e evangelização das juventudes.

Em 1870, o papa Pio IX declarou São José como Patrono da Igreja Universal. Recentemente, em 2020, com a Carta Apostólica Patris corde (Com coração de Pai), do Papa Francisco, celebrou-se os 150 anos da declaração de São José como padroeiro da Igreja. Nesse contexto, os Salesianos e as Filhas de Maria Auxiliadora renovam sua devoção ao Santo, confiando em sua intercessão constante e em seu exemplo de fé inabalável.

 

O QUADRO DE SÃO JOSÉ NA BASÍLICA DE MARIA AUXILIADORA (TURIM-ITÁLIA)

 

Memórias Biográficas de São João Bosco, Volume X, p. 1053-1055

 

“No dia 26 de abril, festa do Patrocínio de São José, finalmente se pôde contemplar em seu altar no Santuário de Maria Auxiliadora o quadro do Santo Patriarca, solenemente abençoado por Dom Bosco. Ele próprio quis realizar a sagrada cerimônia, da qual, muitos anos depois, o P. Francisco Picollo, escrevia as seguintes recordações:

Os olhares de todos se concentravam sobre o grande pano que cobria o quadro; enorme era a ansiedade para constatar se de fato o quadro era tão belo como tinha sido descrito. Quando a suave imagem de São José apareceu tal como Dom Bosco a tinha sugerido ao pintor Lorenzone, em cores tão bem equilibradas, ouviu-se no templo um murmúrio geral:
todos comentavam em voz baixa as próprias impressões.
   -  Como é bonito São José!, dizia um colega, veja como é suave o Menino Jesus que apoia sua cabeça sobre o peito do Santo...
   -  Está vendo o cestinho de rosas, dizia outro, sobre os joelhos do Menino? Ele entrega as rosas a São José que as deixa cair sobre o Oratório...
   -  São o símbolo das graças que nos quer conceder, acrescentava um terceiro...
   -  Não é um quadro o que estamos vendo; disse alguém, é alguma coisa que fala..., é uma pregação: basta olhar para logo compreender o que é a devoção a São José e quanto ele se interessa por nós!
Um som de campainha restituiu o silêncio entre os fiéis, enquanto a voz clara de Dom Bosco entoava: - Deus, in adiutorium meum intende... e invocava os sagrados carismas com que Deus enriquece as imagens dos Santos quando, pela bênção do sacerdote, deixam de ser coisa profana para se tornarem coisa sagrada. Dom Bosco abençoou o quadro que parecia sorrir a toda aquela multidão de jovens que nele depositavam sua própria confiança; depois cantou também a Missa solene.

Eu estava perto do altar e pude admirar o devoto elá do Servo de Deus que com frequência voltava os olhos para o quadro e que cantava com que comovida as orações ao Santo. Também o coral de mais de cem vozes juvenis que, do coro, cantaram: Como une roo-iris, refulge José entre as nuvens da glória, é como um ramalhete de rosas nos dias de inverno.., despertou na multidão de jovens secretas elevações espirituais. As rosas na mão de São José e os cânticos das vozes argentinas de centenas de jovens davam a impressão de estarmos num jardim embelezado pelo esplendor da majestade de São José e perfumado pelo aroma das virtudes do grande apóstolo da juventude, que estava a seus pés, concentrado no êxtase da sua piedade.

Dom Bosco mandou fazer fotografia do quadro que foram largamente difundidas pela livraria pela livraria do Oratório, e o Unità Cattolica, no dia 7 de maio, fazia este elogio: 

Ite ad Joseph. Temos diante dos olhos uma bela fotografia, representando o Patrocínio de S. José, do quadro a óleo posto num dos altares laterais de igreja de M. Santíssima Auxilium Christianorum no Oratório de S. Francisco de Sales em Turim.
O quadro é mais um trabalho do Sr. Lorenzone, cuja arte, particularmente em obras de caráter religioso, não precisa das nossas palavras para ser conhecida. Amigos e inimigos do excelente artista reconhecem concordemente que em questão de sentimentos, isto é, de expressão do afeto religioso, daquele não sei quê que fala à alma e que desperta vívidos e variados afetos do coração de quem admira a pintura, mesmo sem ser conhecedor da arte, o pintor não fica atrás de ninguém atualmente.
O conceito que domina o trabalho é simples, mas, especialmente devoto, adaptado à capacidade do povo, a fim de fazer-lhe captar, num simples olhar, a sublimidade e o poder do gloriosíssimo Esposo da Mãe de Deus. O Santo, ereto, em pé sobre uma nuvem, rodeado de anjos em atitudes variadas e muito devotas, traz nos braços o Menino Jesus, que apoia sobre os joelhos um cestinho cheio de rosas.
O Menino toma as rosas e as oferece a São José, que, aos poucos, vai deixando cair sobre a igreja de Maria Auxiliadora, que aparece na base do quadro. A atitude do Menino Jesus é muito graciosa, porque, voltado para seu Pai adotivo, lhe sorri com infinita doçura. Diante daquele sorriso divino, o Santo Patriarca parece extasiado, e poderíamos dizer que a alegria celestial do Divino Infante se duplica ao refletir-se na do amado semblante de São José.

A completar o delicioso grupo, ao lado do Menino Jesus, ereta, em pé, em atitude envolvente, a Santíssima Mãe Maria Virgem, como que arrebatada em contemplação daquele doce e inefável intercâmbio amoroso do seu Divino Filho e de seu puríssimo Esposo, parece fora de si pela infinita doçura que inunda seu coração.
Ainda um particular. O P. Francisco Giacomelli, ex-colega de Seminário do Santo, e depois da morte do Teól. Golzio, seu confessor, narrava que, ao notar que as rosas que São José deixava cair de suas mãos eram vermelhas e brancas, perguntou a Dom Bosco: - O que significam essas rosas brancas e vermelhas? Ele não respondeu. Então eu lhe disse - A mim parece que as rosas brancas representam as graças que agradam a nós, e as vermelhas as que agradam a Deus. Que acha? - Muito bem, ele respondeu, as rosas vermelhas são as melhores!

Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil 

Fontes:

Memórias Biográficas de São João Bosco, Volume VI, p. 204

Memórias Biográficas de São João Bosco, Volume X, p. 1053-1055

Cronistória do Instituto das FMA, volume 3 - p. 115 e 135 - Ano 1880

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Quando a doença manifestou seus primeiros sintomas, começou para Augusto uma longa e forçada peregrinação em busca da saúde que jamais readquirirá: Itália, Suíça, Egito, Espanha foram as principais estações do seu girovagar. A saúde, porém, não era o principal objetivo da sua busca; coexistia em seu espírito juvenil outra busca muito mais preciosa, a da vocação. Não demorou muito para compreender que não fora feito para a vida da corte. Aos vinte anos, escrevendo ao pai, dizia entre outras coisas, aludindo às festas mundanas das quais era obrigado a participar: “Confesso-lhe que estou cansado disso tudo. São divertimentos inúteis que me angustiam. Para mim, é desagradável ser obrigado a travar conhecimentos em tantos banquetes”. Muita influência sobre o jovem príncipe foi exercida pelo seu preceptor José Kalinowski. Este tivera no passado dez anos de trabalhos forçados na Sibéria; fizera-se carmelita descalço e foi canonizado por João Paulo II em 1991. Foi preceptor de Czartoryski apenas por três anos (1874-1877), deixando nele profundas marcas. Sabe-se por ele que a orientar o príncipe em sua busca vocacional foram sobretudo as figuras de São Luís Gonzaga e do compatriota Santo Estanislau Kostka. Era entusiasta do lema deste último: Ad maiora natus sum (“nasci para coisas maiores”). “A vida de São Luís, do padre Cepari que me enviaram da Itália – escreve Kalinowski – teve eficácia decisiva no progresso espiritual de Augusto e abriu-lhe o caminho para uma união mais fácil com Deus”. Evento decisivo foi o encontro com Dom Bosco. Augusto tinha 25 anos quando o viu pela primeira vez. Isso se deu em Paris, no palácio Lambert, onde o fundador dos Salesianos celebrou Missa no oratório da família. Ao altar, serviam o príncipe Ladislau e Augusto. “Há algum tempo eu desejava conhecê-lo!”, disse Dom Bosco a Augusto. A partir daquele dia, Augusto viu no santo educador o pai da sua alma e o árbitro do seu futuro. Dom Bosco tornara-se o ponto de referência para o discernimento vocacional do jovem. O padre turinense, contudo, sempre teve uma atitude de grande cautela quanto à aceitação do príncipe na Congregação. Será o papa Leão XIII a dissolver pessoalmente qualquer dúvida. Conhecida a vontade de Augusto, o Papa concluiu: “Diga a Dom Bosco que é da vontade do Papa que ele o receba entre os Salesianos”. “Pois bem, meu caro – respondeu Dom Bosco imediatamente – eu o aceito. A partir de agora, o senhor faz parte da nossa Sociedade e desejo que a ela pertença até a morte”. Em fins de junho de 1887, depois de renunciar a tudo em favor de seus irmãos, o jovem Augusto foi enviado a San Benigno Canavese para um breve período de aspirantado, antes de iniciar o noviciado naquele mesmo ano sob a guia do mestre padre Júlio Barberis. Augusto deve alterar muitos costumes: o horário, a alimentação, a vida comum... Deve lutar também contra as tentativas da família, que não se resigna a esta opção. O pai vai visitá-lo e tenta dissuadi-lo. Augusto, porém, não se deixa vencer. Em 24 de novembro de 1887 recebe a batina das mãos de Dom Bosco na basílica de Maria Auxiliadora. “Coragem, meu príncipe– sussurra-lhe o santo ao ouvido – hoje conseguimos uma magnífica vitória. Contudo, posso dizer-lhe, com grande alegria, que virá um dia em que o senhor será sacerdote e, por vontade de Deus, fará muito bem à sua pátria”. Dom Bosco morreu dois meses depois, e sobre a sua sepultura em Valsalice, o príncipe Czartoryski torna-se salesiano, emitindo os votos religiosos.Naqueles anos, em Valsalice, fazia seus estudos para a mesma meta o padre André Beltrami, que se ligou a Augusto com profunda amizade: estudavam juntos as línguas estrangeiras e ajudavam-se a escalar a meta da santidade. Quando a doença de Augusto se agravou, os superiores pediram para André ficar ao seu lado e ajudá-lo. Passaram juntos as férias de verão nos institutos salesianos de Lanzo, Penango d’Asti, Alassio... Augusto era para André um anjo da guarda, mestre e exemplo heroico de santidade. André Beltrami, hoje venerável, dirá dele: “Cuidei de um santo”. A doença faz com que Augusto seja enviado à costa da Ligúria, realizando ali os estudos de teologia. O decurso da doença aumenta a persistência das tentativas da família, que recorre também às pressões dos médicos. Ao cardeal Parocchi, a quem foi pedido que usasse sua influência para tirá-lo da vida salesiana, ele escreve: “Em plena liberdade, eu quis emitir os votos, e o fiz com grande alegria do meu coração. A partir daquele dia, vivendo na Congregação, gozo de uma grande paz de espírito, e agradeço a Nosso Senhor por ter-me feito conhecer a Sociedade Salesiana e ter-me chamado a nela viver”. Preparado pelo sofrimento, em 2 de abril de 1892 é ordenado sacerdote em Sanremo por dom Tomás Regio, bispo de Ventimiglia. O príncipe Ladislau e a tia Isa não participaram da ordenação. A vida sacerdotal do padre Augusto durou apenas um ano, passado em Alassio, num quarto que dava para o pátio dos meninos. Morreu em Alassio na noite de sábado 8 de abril de 1893, na oitava da Páscoa, sentado numa poltrona já usada por Dom Bosco. “Que bela Páscoa!”, dissera na segunda-feira ao coirmão que o assistia, sem imaginar que haveria de celebrar no paraíso o último dia da oitava. Tinha trinta e cinco anos de idade e cinco de vida salesiana. Na lembrança da Primeira Missa escrevera: “Para mim, um dia nos teus átrios é mais do que mil fora deles. Bem-aventurado aquele que habita a tua casa: canta sempre os teus louvores” (Salmo 83). Seus restos mortais foram transportados para a Polônia e tumulados na cripta paroquial de Sieniawa, junto às sepulturas da família, onde um dia Augusto fizera a Primeira Comunhão. Posteriormente, seus despojos foram transladados à igreja salesiana de Przemyśl, onde se encontram até hoje. 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Mês vocacional: Irmãs FMA celebram 50 anos de consagração com esperança e gratidão

Trinta Filhas de Maria Auxiliadora, vindas de diversos países da Europa, Ásia, África e América, reuniram-se entre os dias 24 e 27 de julho, na Casa Geral das FMA, em Roma, para celebrar o jubileu dos 50 anos de Profissão Religiosa. O encontro, promovido por iniciativa da Madre Geral, Ir. Chiara Cazzuola, foi vivido como uma peregrinação de esperança, oração e comunhão no carisma salesiano. Mais do que uma comemoração, o encontro foi uma oportunidade profunda de escuta da Palavra de Deus, reflexão vocacional e partilha fraterna entre irmãs que, em grande parte, já haviam caminhado juntas no juniorato e na preparação aos votos perpétuos em 1981. “Celebrar o dom de um amor surpreendente e fiel” foi o lema que iluminou cada passo desse tempo de graça. O primeiro dia contou com a reflexão de Ir. Piera Cavaglià, que conduziu o grupo a redescobrir nas Constituições do Instituto a centralidade da Aliança com Deus: um chamado de amor e predileção que se concretiza diariamente, na comunidade, na missão com os jovens e no compromisso com o mundo. “A fidelidade vocacional só é fecunda quando enraizada na resposta generosa ao amor de Deus”, destacou Ir. Piera. Os dias seguintes foram marcados por momentos simbólicos e profundamente espirituais, como a peregrinação jubilar à Porta Santa da Basílica de São Pedro, em Roma, e a visita à Casa Madre Ersília Canta, onde foi recordado o sonho que originou a comunidade internacional de formação espiritual. Também foram realizadas visitas ao Santuário de Santa Maria Maior e ao “Borgo Laudato si’”, em Castel Gandolfo, um espaço dedicado à ecologia integral e à sustentabilidade, inspirado na encíclica do Papa Francisco. Em cada atividade, as Irmãs puderam renovar sua entrega e expressar a gratidão por uma vida fecunda no serviço aos jovens e à Igreja. Na partilha dos testemunhos, a pergunta que ecoava era: “Amei o suficiente? Dei tudo?”. Interrogações que nascem da consciência de que a fecundidade da vida religiosa está em ser sinal do amor de Deus, com simplicidade, alegria e presença ativa junto aos que mais precisam. O encontro foi encerrado com uma celebração eucarística presidida por Dom Luis Rosón, SDB, com renovação dos votos e a entrega simbólica de uma lâmpada por parte da Madre Chiara, como sinal da fidelidade que permanece acesa, noite e dia, diante do Senhor. A Rede Salesiana Brasil, unida ao Instituto das FMA e a toda a Família Salesiana, celebra com alegria este jubileu de amor e missão. Que o testemunho dessas irmãs inspire novas vocações e fortaleça a entrega de tantas educadoras salesianas que continuam levando adiante, com esperança, o carisma de Dom Bosco e Madre Mazzarello. Comunicação da Rede Salesiana Brasil com informações do Site do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora

FMA participam do Jubileu dos Missionários Digitais e Influenciadores Católicos em Roma

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