Um Tríduo pelo aniversário da Beata Maria Troncatti
20/08/2024

Um Tríduo pelo aniversário da Beata Maria Troncatti

Um Tríduo pelo aniversário da Beata Maria Troncatti
Foto: Comissão Beata Maria Troncatti, Inspetoria Sagrado Coração (Equador)

No dia 25 de agosto de 2024 ocorre o 55º aniversário do nascimento ao céu da Beata Maria Troncatti, Filha de Maria Auxiliadora missionária no Equador (1883-1969). Assim, a Comissão Beata Maria Troncatti, da Inspetoria Sagrado Coração (ECU), propõe aos jovens um Tríduo, que pode ser acessado em língua portuguesa clicando aqui.

Esta extraordinária Filha de Maria Auxiliadora missionária, com grande dedicação e espírito de sacrifício, já no século passado, viveu ante litteram a ecologia integral, na escuta do “grito dos jovens, dos pobres e da terra” (Atos do Capítulo Geral XXIV, 38), em plena sintonia com a Encíclica Laudato Si’ e com a Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Querida Amazônia”.

Madre Chiara Cazzuola, na Circular nº 1.040, afirma: “temos uma bela herança espiritual e carismática que, desde o nascimento do Instituto até hoje, é fecunda de ricos e incisivos modelos de santidade”.

Nos 47 anos de missão no Equador, Irmã Maria sempre defendeu a vida e dela cuidou em todas as suas formas. Escutou o grito dos pobres e indefesos e, com a sua profunda sensibilidade ao sofrimento e à dor, colocou-se como missionária, “médica” e defensora, tornando-se precursora da “ecologia integral como dimensão da vida e da missão educativa” (Atos do Capítulo Geral XXIV, 38).

Desde a sua chegada, entre os indígenas e os colonos, difundiu-se a notícia de que havia chegado “a mãe física”, do termo francês phisicien (médico), missão que ela sempre desempenhou com disponibilidade e acolhimento, sem contar os sacrifícios, na totalidade do dom, atravessando matas emaranhadas e rios perigosos, enfrentando animais venenosos e riscos de todo gênero para curar, consolar, apoiar e defender os pobres. Dedicava-se à cura dos corpos e se interessava ativamente pelas almas.

Desde que chegou a Macas, em 1925, e até sua morte, acolheu em sua farmácia, ambulatório, consultório e outros, homens feridos pela lei da vingança ou doentes por epidemias, vítimas de envenenamento, meninas e adolescentes que fugiram de maus-tratos onde as famílias estavam em litígios, mulheres golpeadas a machado por maridos violentos e embriagados, crianças indesejadas, recém-nascidos órfãos ou meninos destinados à morte, que acolhia e entregava a mulheres colonas ou a jovens mulheres Shuar já evangelizadas, para criá-los e educá-los.

Cuidou da vida e defendeu-a com a abertura dos internatos, do hospital Pio XII e com as inumeráveis visitas tanto no seu ambulatório, ou nas casas dos enfermos. Irmã Maria mostrava um amor muito particular pelos órfãos, que tratava com primorosa maternidade e heroica caridade. Não se contam as crianças destinadas à morte, porque ilegítimas, que Irmã Maria salvou e delas cuidou com sacrifício e coragem, educando-as cristãmente na missão.

Um dia, uma menina chegou à missão com um recém-nascido nos braços. O bebê havia nascido no momento em que a mãe morria por envenenamento. A partir daquele momento, aquelas duas criaturas passaram a ser “de Maria”. O recém-nascido foi batizado com o nome de José Maria e a Beata era a sua madrinha. José Maria declara: “Não me lembro de ninguém na minha vida, mas apenas da Irmã Maria, que foi para mim uma verdadeira mãe”.

Irmã Maria defendia a vida e dela cuidava deste modo, unindo um profundo espírito de oração. Cada vez que era chamada para cuidar dos sofredores e para salvar e educar as crianças, Irmã Maria estava sempre pronta a dizer: “Vamos” e a levar na mão a maleta do Pronto Socorro e na outra a coroa do rosário. Antes de começar o trabalho, dizia: “Um instantinho!”. É um tempo breve de discernimento, coragem, decisão e força para agir e repetir: “Jesus meu! Maria Auxiliadora, roga por nós” e recitar a “Ave-Maria” para sentir-se guiada e sustentada pela força de Deus e de Nossa Senhora.

Rezando, como pede Madre Chiara, pelo bom êxito da sua Causa de Canonização, a Beata Maria Troncatti encoraja com o seu exemplo a reavivar o impulso da evangelização e da educação com uma sólida vida eucarística e mariana.

Fonte: Istituto Figlie di Maria Ausiliatrice (FMA)

Mais Recentes

Novena rumo à Canonização da Irmã Maria Troncatti (FMA)

Hoje, 10/10, nove dias antes da canonização da Bem-Aventurada Ir. Maria Troncatti FMA (em 19 de outubro de 2025), a Comissão Central, estabelecida pelas FMAs para a ocasião, sugere uma NOVENA temática breve, a ser feita de modo individual ou comunitário, com o objetivo de tomar a religiosa e missionária como exemplo, e renovar o empenho pela atenção ao próximo, ao espírito missionário e à prática de atitudes pacificadoras. Como afirmou a Ir. Chiara Cazzuola, Superiora Geral do Instituto das FMA, "nós também, junto com as comunidades educativas e os muitos jovens que encontramos, podemos brilhar como pequenas luzes em nossa vida cotidiana e ser sinais do amor preveniente e misericordioso do Pai, como o foi a Ir. Maria Troncatti". A novena, composta pela Ir. Luigina Silvestrin, da Inspetoria das FMA Santa Maria Domingas Mazzarello, do Triveneto (ITV), propõe algumas reflexões e orações sobre o tema "Mãos que curam, sanam, constroem paz". O texto foi desenvolvido com base numa homilia do P. Pierluigi Cameroni SDB, Postulador Geral das Causas dos Santos da FS, que apresentou a figura e algumas características da próxima futura ‘Santa’, justamente a partir das mãos. A canonização da 1ª Filha de Maria Auxiliadora após a Cofundadora do Instituto - Santa Maria Domingas Mazzarello - representa um presente e um apelo, segundo explica a Madre Chiara Cazzuola: "Ao contemplar o rosto mais belo do Instituto - Santa Maria Domingas Mazzarello – a Ir. Maria Troncatti (a ser canonizada em breve), nossas Bem-Aventuradas e Servas de Deus que viveram as Constituições com total fidelidade - abrimos nosso coração à grande Esperança, com a graça e a ousadia que provêm de Deus. Com gratidão, entoamos o Magnificat pela santidade reconhecida pela Igreja, nessas e em muitas outras Coirmãs, que, em seu dia a dia, ofereceram Amor, Esperança e Alegria". A recente Exortação Apostólica do Papa Leão - Dilexi Te - destaca que a santidade é resultado do zelo pelos pobres, que sempre foram vistos como "o Tesouro da Igreja". Dom Bosco, mencionado no n. 70, foi um exemplo e fonte de inspiração para um método especial de educação dos pobres através do Sistema Preventivo. A Beata Maria Troncatti, conhecida como "Madrecita buena" (boa Mãezinha), tinha como única preocupação os pobres, órfãos, jovens maltratados, moribundos e mais necessitados. Por eles, se dispunha a encarar riscos e adversidades, exibindo uma generosidade ‘materna’ que a levava a cuidar pessoalmente de cada um. Lemos no Summarium elaborado sobre a vida da Irmã Troncatti: "A predileção ativa da Irmã Maria pelos mais pobres, pelos necessitados, pelos abandonados é conhecida: já impossibilitada de trabalhar mais (tem 84 anos), ela fica no hospital e vigia e atende os pobres selvagens que lhe vêm a racontar seus sofrimentos e preocupações". As Mãos da Ir. Troncatti, hoje, se tornam um dom e um modelo: extraindo forças de Maria Auxiliadora, do Espírito Santo, do Amor de Cristo Crucificado, o coração se torna capaz de gestos simples - mas eficazes - de proximidade, cuidado, paz. O texto da NOVENA está disponível, em italiano, aqui.

O ITINERÁRIO DE DOM BOSCO EM ROMA: uma oportunidade única, a um só clique de distância

 O ‘Museu Casa Dom Bosco’ foi inaugurado em 27 de junho de 2025, durante a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, e logo se tornou um ponto de encontro para aqueles que compartilham a missão salesiana e a devoção do Santo piemontês aos jovens. Agora, o Museu faz parte de um itinerário mais abrangente, acessível a todos por meio de somente alguns cliques: "O ITINERÁRIO DE DOM BOSCO EM ROMA". O "ITINERÁRIO DE DOM BOSCO EM ROMA" visa mostrar os anos fundamentais para Dom Bosco, período em que se dedicou à fundação da Congregação Salesiana e das Constituições Salesianas. A visita guiada começa na Basílica do Sagrado Coração, local onde ainda é possível sentir a emoção daquele 16 de maio de 1887. Dom Bosco, já cansado e doente, quis celebrar sua única missa no altar de Maria Auxiliadora, na igreja com a qual sempre sonhara e que construíra com imensos sacrifícios. Entretanto, naquela manhã, o altar se havia convertido num mar de emoções: o Santo dos Jovens chorou copiosamente 15 (quinze) vezes, sem conseguir controlar a emoção. Cada palavra era um agradecimento, uma demonstração de amor a Deus e aos jovens a quem ele havia dedicado toda a vida. Pouco depois, Dom Bosco compartilhou com palavras simples e profundas: “Fiz um grande esforço para celebrar. Parecia que eu estava no meio dos meus meninos, observando toda a cena da minha... vida”. O tour prossegue no MUSEU CASA DOM BOSCO, em ROMA, onde todos os fiéis e visitantes poderão vivenciar uma experiência singular graças ao novo museu imersivo que, por meio da realidade virtual, permite viver os momentos mais marcantes da trajetória de Dom Bosco na URBE. Hoje, fazer uma reserva é ainda mais simples: em poucas etapas, um eficaz sistema de reservas on-line ajuda a garantir sua vaga na excursão.  "Faça sua reserva on-line e deixe-se contagiar!" convida a equipe do tour. Para fazer sua reserva, acesse o site – https://www.donboscoaroma.org/Fonte: Agência Info Salesiana

A caminho da canonização da Irmã Maria Troncatti FMA: Sua fama de santidade

O processo de canonização da Ir. Maria Troncatti, religiosa professa das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), continua. A cerimônia está agendada para ocorrer no Vaticano no dia 19 de outubro de 2025. Hoje abordaremos a fama de santidade que acompanhou a trajetória humana e espiritual da religiosa ainda em vida. O testemunho é da Ir. Elena Tinitana FMA, da Inspetoria Sagrado Coração, do Equador (ECU), membro do Tribunal Canônico que acompanhou o processo de Canonização, em entrevista realizada por Gabriel Orellana, na Rádio ‘Voz del Upano’, promovida pela Comissão Histórico-Espiritual-Litúrgica instituída pelas FMA. A religiosa cita diversos indícios que comprovam a fama de santidade da Ir. Troncatti, perceptível não só na fase missionária - mais conhecida - de sua existência mas também já no início de sua vida na Itália. A Ir. Tinitana conta: "Aos dez anos de idade, Maria Troncatti se perdeu e foi encontrada, horas depois, encolhida num abrigo improvisado. ‘Você não teve medo?’, perguntaram, e ela respondeu tranquilamente: ‘Não, pois ainda guardo a graça da comunhão dominical em meu coração’. Para ela, a presença de Jesus era uma realidade constante em sua vida” - comentou a FMA equatoriana. Posteriormente, durante a formação inicial na Itália, a Ir. Troncatti se sobressaiu entre as demais Irmãs por oferecer, de forma silenciosa, mas eficaz, o bom exemplo. Ao chegar ao Equador, as demais irmãs FMA sempre a encontravam “primeiro na capela, rezando, fazendo a Via-Sacra ou com a cabeça inclinada em mui profunda oração”. Sua reputação de santidade se revelava principalmente em sua proximidade com as pessoas: ela era “tudo para todos”, tratando todas as pessoas como “seus filhos”. “Ainda hoje, na capela onde descansam seus restos mortais em Sucúa, há um fluxo constante de pessoas que vão ao local para rezar, fazer pedidos e deixar doações...”, conta a Ir. Tinitana. “Quando a Irmã Troncatti morreu, em 25 de agosto, as pessoas disseram: ‘Morreu a nossa vovozinha!’, ‘Morreu uma santa!’. Essa certeza popular é, na minha opinião, somente um pequeno recorte da grande fama de santidade da Irmã Maria Troncatti”. O papel específico da Ir. Elena, no âmbito do processo, foi coordenar a Comissão da Causa de Canonização e dedicar-se, com outras pessoas, a examinar o milagre necessário para o processo: a cura miraculosa do indígena ‘shuar’, Juwá Bosco, atribuída à intercessão da Ir. Troncatti. Na entrevista em espanhol, a Ir. Tinitana ressalta a importância crucial da oração e da devoção contínua à Beata, por parte da família e de todos os envolvidos no processo, para obter a recuperação completa do paciente, que sofria de afasia e de uma paralisia que afetava o lado esquerdo do corpo, além de garantir o sucesso na obtenção das informações necessárias para o processo canônico. A mensagem que a entrevistada transmite aos jovens de hoje, fundamentada nos depoimentos recebidos do povo, é significativa: “A Ir. Maria Troncatti descobriu seu ideal missionário ao ler o Boletim Salesiano quando era menina. Hoje vocês, jovens, vivem imersos nas redes sociais, onde podem encontrar maravilhosos testemunhos missionários. Encorajo, portanto, a ler essas histórias (reais) e a interessar-se por ideais semelhantes, porque realmente vale a pena. Diria também que Deus tem um projeto de vida único e inigualável para cada um de nós, e é nossa tarefa descobri-lo e realizá-lo, assim como a Ir. Troncatti fez em sua vida”. O Vídeo da entrevista com a Irmã Tinitana está disponível aqui. Para mais informações, visite o site criado para a canonização da Ir. Maria Troncatti: www.suormariatroncatti.org.  Fonte: Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora - FMA

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