13/03/2025

Ex-aprendizes do CESAM Goiânia abrem cápsula do tempo 10 anos depois

Ex-aprendizes do CESAM Goiânia abrem cápsula do tempo 10 anos depois

Uma década após sua passagem pelo Centro Salesiano do Aprendiz (CESAM) de Goiânia, quatro ex-aprendizes se reuniram para abrirem cartas que escreveram para eles mesmos quando ainda estavam na instituição. Em formato de cápsula do tempo, os textos foram escritos pelos jovens em 2015 como parte das atividades do Programa de Socioaprendizagem que estimulam os aprendizes a construírem seus projetos de vida. 

Francismar Martins Júnior foi o educador do CESAM Goiânia que desenvolveu a atividade e teve o compromisso de guardar as cartas dos aprendizes durante os dez anos. “Propus para que eles fizessem uma carta contando como gostariam de estar no futuro, incluindo sonhos e conquistas para sua vida pessoal, social e profissional. Para mim, é muito gratificante fazer parte da trajetória de um jovem no qual você consegue ver tudo o que ele conseguiu alcançar após esse período de tempo. Com certeza, a formação do CESAM Goiânia contribuiu para as escolhas deles.” 

Uma das ex-aprendizes que participaram do encontro foi Liandra Silva, que hoje atua como gestora de seis departamentos administrativos na área hospitalar. Emocionada por relembrar sua trajetória durante a qualificação socioprofissional, ela afirma que a experiência de voltar à instituição para abrir a carta que escreveu é indescritível. “Tive momentos muito surpreendentes aqui. Passa um filme na minha cabeça. A minha família era mais humilde e muita coisa mudou para melhor de lá pra cá. Aqui no CESAM Goiânia aprendiz muitas questões que carrego até hoje na minha vida profissional. Só tenho a agradecer. Quem participa do programa tem muitas oportunidades. Foi um período de desenvolvimento muito bom para a minha vida. Algo realmente muito importante pra mim.”   

Auditor de tecnologia da informação em uma empresa do Reino Unido, Alex Maia também é um dos ex-aprendizes que escreveram a cápsula do tempo e afirma que o encontro foi uma oportunidade de rever colegas e educadores. “Percebi que 90% do que escrevi lá atrás, eu consegui realizar. A minha passagem pelo CESAM Goiânia contribuiu muito para que eu conseguisse alcançar esses sonhos. Quando cheguei aqui, eu era uma pessoa muito jovem e não tinha experiência. A instituição me ajudou a construir essa maturidade e abriu os meus olhos para o mercado de trabalho. O acompanhamento aqui também foi muito importante pra mim, tanto pedagógico quanto familiar.” 

A supervisora de aprendizagem do CESAM Goiânia, Vanessa Rodrigues, já estava na instituição quando as cartas foram escritas. Ela afirma que receber os jovens que fizeram parte da turma de aprendizagem de 2015 foi uma experiência emocionante. “Não sei se os registros deste momento, conseguirão expressar tamanha alegria que sentimos. Foi extraordinário revê-los depois de uma década e perceber que mesmo que tenham mudado em tantas coisas, também preservam muito da essência de cada jovem sonhador que conhecemos lá atrás.” 

Vanessa ressalta que o encontro demonstra a importância dos aprendizes construírem seus projetos de vida ao longo do Programa de Socioaprendizagem. “Foi muito bom ouvir o que escreveram na carta, os relatos do que viveram ao longo desses dez anos e do que estão vivendo atualmente. Eles estão conquistando seus sonhos e deram continuidade em seu projeto de vida. É nítido nas palavras de cada um o sentimento de gratidão ao CESAM Goiânia e a todos nós educadores que contribuíram, de forma direta e indireta, com a formação deles.” 

Emocionada, a supervisora ressalta o papel social, humano e cristão da instituição em promover oportunidades para os jovens e suas famílias. “A qualificação socioprofissional é mais do que uma formação teórica ou voltada somente para atividades profissionais. Aqui, os jovens são protagonistas de suas próprias histórias têm o apoio e acompanhamento necessário para definir, se preparar e realizar seus sonhos. É uma formação para o hoje e para o futuro. Agradeço a Deus todos os dias pela oportunidade de contribuir com a transformação de vidas através do meu trabalho.” 

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Durante o mês de junho, as instituições pretendem difundir informações sobre o trabalho infantil e a necessidade de intensificação das ações de erradicação dessa grave violação de direitos de crianças e adolescentes. Segundo dados da PNAD-Contínua 2023 do IBGE, o Brasil registrou 1,607 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil em 2023. O levantamento também apontou que o Brasil tinha 586 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade exercendo as piores formas de trabalho infantil em 2023. A coordenadora nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes (Coordinfância) do MPT, Luísa Carvalho Rodrigues, destaca que os dados evidenciam uma retomada dos esforços do Brasil para erradicar o trabalho infantil, mas que ainda temos muito a avançar. “Os dados da PNAD-Contínua 2023 são uma sinalização positiva de que o Brasil está retomando um caminho de redução de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. No entanto, esse ritmo ainda é insuficiente para a erradicação dessa violência e indica o descumprimento ao compromisso internacional assumido na Meta 8.7 da Agenda 2030 - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Além disso, espera-se que em breve ocorra a divulgação dos dados do Censo 2022, para melhor orientar as necessárias políticas públicas de enfrentamento ao trabalho infantil.”   "A campanha deste ano ilustra, de forma contundente, as consequências devastadoras do trabalho precoce na vida de uma pessoa. Crianças submetidas a essa realidade têm seus direitos a uma infância livre e protegida violados, substituindo brincadeiras e educação por responsabilidades laborais precoces", disse o coordenador nacional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, o ministro Evandro Valadão. "Embora o Brasil não deva conseguir cumprir a meta de erradicar todas as formas de trabalho infantil até 2025, a Justiça do Trabalho mantém o compromisso institucional de intensificar esforços para alcançar esse objetivo o quanto antes nos próximos anos", completou. 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O coordenador nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Roberto Padilha Guimarães, esclarece que toda criança que trabalha perde a infância e o futuro, porque o trabalho infantil priva crianças e adolescentes de um desenvolvimento pleno e do acesso à educação, perpetuando ciclos de pobreza e desigualdade. “O dia 12 de junho, Dia Nacional e Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, é uma data relevante para sensibilizar e chamar a atenção da população brasileira e mundial para esta grave violação aos direitos de crianças e adolescentes, bem como para reforçar a necessidade de cooperação entre poder público, empregados, empregadores, entidades sindicais e sociedade civil para erradicar esta prática e criar um ambiente onde todas as crianças possam crescer livres da exploração e ter acesso a oportunidades que lhes permitam um futuro digno.” 12 de junho – O dia 12 de junho é o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído por meio da Lei n. 11.542/2007, oportunidade para informar, debater e dar destaque ao enfrentamento à grave violação de direitos que é o trabalho infantil. 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