Santidade Salesiana

Margarida Occhiena

Nascimento: 01/04/1788

Declarada venerável em 23/10/2006

 

Margarida Occhiena nasceu em 1 de abril de 1788 em Capriglio, na província de Asti, sexta de dez crianças. No mesmo dia, ela é batizada na igreja paroquial. Seus pais são agricultores com sinceros sentimentos cristãos. Desde tenra idade, Margarida é uma grande trabalhadora. Tempos e compromissos não lhe dão a oportunidade de estudar, mas seu amor pela oração enriquece-a com a sabedoria que não se encontra nos livros.

Em 1812, se casou com Francesco Bosco, com 27 anos na época, viúvo, e com um filho de três anos, Antonio, e uma mãe doente dependente. No ano seguinte, nasceu Giuseppe e em 1815 Giovanni (o futuro Dom Bosco). Juntos, eles se mudam para o Becchi, uma aldeia de Castelnuovo d'Asti. Em 1817, Francesco morreu de pneumonia.

Margarida, com apenas 29 anos, se vê diante da administração da família numa época de grande fome, ajudando a mãe de Francesco, Antonio, e o pequeno Giuseppe e Giovanni. Margarida era uma mulher de grande fé. Deus estava sempre em cima de todos os seus pensamentos e sempre em seus lábios. O amor do Senhor foi tão intenso que formou o coração de uma mãe nela. Educadora sábia, foi capaz de combinar paternidade e maternidade, doçura e firmeza, vigilância e confiança, familiaridade e diálogo, educando seus filhos com amor altruísta, paciente e exigente. Atenta à sua experiência, ela confiava nos meios humanos e na ajuda divina. Três meninos com temperamentos muito diferentes crescem com os mesmos critérios, mas com métodos diferentes. Ela lhes ensina o catecismo e os prepara para a primeira comunhão.

Ouvindo o sonho dos 9 anos de Giovanni, ela é a única que pode lê-lo à luz do Senhor: "Quem sabe se você não deve se tornar um padre". A hostilidade de Antonio aos estudos de Giovanni forçou-a a remover seu filho mais novo para estudar. Ela o acompanhará à ordenação sacerdotal. Nesse dia, ela proferiu-lhe algumas palavras que permaneceram no coração de Dom Bosco por toda a vida.

Quando, em 1846, Dom Bosco ficou seriamente doente, Margarida foi ajudá-lo, descobrindo o bem que ele fez pela juventude abandonada. Pedida para segui-lo, ela responde: "Se você acredita que esta é a vontade do Senhor, eu estou pronta para vir". A presença de Margarida transforma o oratório em uma família. Durante dez anos, sua vida se confundiu com a de seu filho e com os primórdios da obra salesiana: ela foi a primeira e mais importante cooperadora de Dom Bosco; tornando-se o elemento materno do Sistema Preventivo; ela é, sem saber, uma "cofundadora" da Família Salesiana.

Mamãe Margarida morreu em Turim, atingida por pneumonia, em 25 de novembro de 1856, aos 68 anos. Muitos meninos a acompanham ao cemitério. Por toda sua dedicação aos meninos de Dom Bosco, gerações de Salesianos e Salesianas a chamam até hoje de "Mamãe Margarida".

Conheça algumas imagens de Mamãe Margarida clicando aqui.

Confira a História em Quadrinhos (HQ) da Mamãe Margarida clicando aqui.

Fonte: sdb.org

Rodolfo Komorek

Nascimento: 11/08/1890

Venerabilidade: 06/04/1995

Rodolfo Komorek nasceu em 11 de agosto de 1890 em Bielsko, na Polônia Silésia, na época austríaca. Ele foi o terceiro dos sete filhos de John e Agnes Goch, dois pais verdadeiramente cristãos.

Aos 19 anos, ele entrou no seminário, onde foi comparado a St. Louis. Aos 24 anos foi ordenado sacerdote na diocese de Wroclaw. Durante a Primeira Guerra Mundial, ele foi capelão militar no hospital e, a seu pedido, também na frente. Por três anos ele é pároco em Frystak, onde testemunha a pobreza, a oração e o zelo apostólico. Seu confessionário está sempre lotado. Don Rodolfo é amado e respeitado por todos, especialmente pelas crianças.

Aos 32 anos, pediu para ingressar na Congregação Salesiana e, em 1922, iniciou o noviciado. Ele queria ser missionário. Por esta razão, em outubro de 1924, ele foi designado para San Feliciano no Brasil para o cuidado pastoral de imigrantes poloneses sem assistência religiosa. Ele se destacou como um excepcional evangelizador e confessor.

Eles o chamavam de "o santo pai". Ele foi exemplar em viver o voto de pobreza tão amado por Dom Bosco. Ele viveu em união com Deus na presença do Senhor. Eles disseram sobre ele: "Nunca houve um homem que orasse tanto". E novamente: "Sua genuflexão valeu um sermão e sua compostura em ajoelhar no chão nos persuadiu de seu extraordinário espírito de piedade e mortificação". Ele passou por várias paróquias e comunidades salesianas.

Foi enviado como confessor à residência estudantil salesiana de Lavrinhas, onde se distinguiu pela sua santidade. Ele ensinou 28 horas por semana. O centro de saúde de San José dos Campos foi a última parada em sua missão de 25 anos. Ficou satisfeito, nos últimos oito anos de sua vida, de se desgastar lentamente e entregar a Deus, até o fim, o hálito de sua doença tuberculosa. Ele ajudou os outros pacientes a exercer o ministério sacerdotal ao longo do dia. Ele dormiu em três tábuas de madeira. Ele passou os últimos dias em oração contínua. Ele queria que seus medicamentos agora inúteis fossem dados aos pobres que não conseguiam obtê-los. Ele não queria aceitar oxigênio nem água.

Morreu aos 59 de dezembro de 1949. Está sepultado em São José dos Campos, onde se formou sua profunda piedade - em especial o amor à Eucaristia -, o serviço incansável dos outros e seu espírito de penitência continua a formar gerações de fiéis.

Fonte: sdb.org

Teresa Valsé Pantellini

Nascimento: 10/10/1878

Venerabilidade: 12/07/1982

Teresa nasceu em Milão no dia 10 de outubro de 1878 e foi batizada na paróquia dedicada a São Francisco de Paula. Pertence a uma família muito rica. O pai José, ainda jovem, mudou-se para o Egito, onde tinha aberto uma rede de hotéis que o tornou rico, estimado, apreçado também por altas personalidades e homens de poder. Lá casou-se com Josefina Viglini, uma burguesa de origem italiana.
Em 1882 José, prevendo as ações de xenofobia que serpeavam na região, transfere a família, definitivamente, para a Itália. Primeiramente para Milão e, em seguida para Florença. Em 1890, em sua própria casa, Repouso dos Bispos de Fiesole, morre José, deixando a mulher e três filhos: Ítalo, o primogênito, Teresa e Josefina.
É um golpe muito duro para todos, em particular para Teresa que é muito ligada ao pai. A mãe assegura aos filhos a melhor educação nos colégios florentinos e, quando Ítalo se matricula na Universidade de Roma, toda a família se transfere para a capital.
Há muito tempo Teresa cultiva uma profunda vida espiritual que lhe oferece um estilo de comportamento adequado à sua posição social, mas modelado sobre critérios decididamente evangélicos: um amor preferencialpor Deus que a leva a viver momentos prolongados de oração; uma forte sensibilidade pelospobres, com os quais é generosa na ajuda e na proximidade; uma acentuada sensibilidade educativa.
Sente o chamado à vida de consagração e, superando duros obstáculos, depois da morte da mãe entra no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. É o dia 2 de fevereiro de 1901. Teresa tem 22 anos. No momento da decisão de se tornar religiosa, tinha escrito ao irmão Ítalo: “Decidi irrevogavelmente”. Atitude mantida para sempre, juntamente com a escolha de “passarinobservada” que marcou toda a sua existência.
Transcorre grande parte da vida religiosa em Roma Trastevere, a partir do período de noviciado. As casas de Bosco Parrasio e de Via da Lungara hospedam no oratório as meninas mais pobres do bairro, pequenas empregadas das casas dos ricos. Entre as religiosas da comunidade, Ir. Teresa é a mais querida pelas jovens, que sentem o fascínio pela sua presença sorridente e gentil. Possui uma saúde precária quando começa a trabalhar nesteambiente, mas não se importa com os sacrifícios e, absolutamente, não faz pesar o seu passado.
Na casa das irmãs a pobreza se faz sentir a ponto de tornar-se necessário pedir ajuda, deveras, de dever pedir esmola. Assim, Ir. Teresa, embora com uma forte repugnância, não se esquiva deste empenho que lhe faz bater às portas daqueles ricos que tinha freqüentado no passado. Teresa é uma mulher forte, inteiramente dedicada aos mais pobres. Decidida a defender os seus direitos, especialmente quando alguns habitantes do bairro hostilizam a obra ou lamentam pela presença de meninas rudes e não lhes pagam devidamente os serviços.
A exemplo de Dom Bosco, se identifica concretamente com a situação de dificuldade das jovens que lhe são confiadas e procura, de todos os modos, elevar a cultura delas e torná-las mais finas. Dá lições de música, realiza apresentações teatrais, inventa jogos que possam interessar meninas já cansadas de um trabalho pesado. Na comunidade é uma presença atenta e discreta.
Mas um mal inexorável está em emboscada e em 1907 explode improvisamente. Ir. Teresa, em abril daquele ano, é enviada ao Piemonte para tratar-se. Não se ilude, sabe que o mal não perdoa. Ela mesma, com inacreditável senso de humor, diz: - O Senhor me ajudou e agora estou pronta para três coisas: para morrer, para ficar doente por muito tempo, para ser curada. Depois, com um rápido sorriso, acrescenta: - Bem, uma das três a adivinharei, não é?

Quase que realizando o seu sonho apostólico, as Filhas de Maria Auxiliadora, hoje, se confiam particularmente a ela frente às atividades missionárias. Foi declarada Venerável, com o Decreto de reconhecimento da heroicidade das virtudes, no dia 12 de julho de 1982.

Fonte: cgfma.net

Augusto Arribat

Nascimento: 17/12/1879

Venerabilidade: 08/07/2014

José Augusto Arribat nasceu no dia 17 de dezembro de 1879 em Trédou (Rouergue), França. A pobreza da família obrigará o jovem Augusto a iniciar a escola média no oratório salesiano de Marselha somente aos 18 anos. Devido à situação política do início do século, ele iniciou a vida religiosa na Itália, e recebeu a veste talar das mãos do beato Miguel Rua.

Retornando à França começou a vida salesiana ativa, como todos os seus irmãos, numa condição de semiclandestinidade, primeiramente em Marselha e depois em La Navarre. Foi ordenado sacerdote em 1912. Chamado às armas na primeira guerra mundial serviu como enfermeiro.

Terminada a guerra, P. Arribat continuou a trabalhar intensamente em La Navarre até 1926, transferindo-se depois para Nice, onde ficou até 1931. Nesse ano iniciou o serviço de diretor em La Navarre e ao mesmo tempo foi encarregado da paróquia Santo Isidoro no vale de Sauvebonne. Seus paroquianos chamaram-no de "O Santo do Vale". Ao final do terceiro ano foi enviado a Morges, no cantão de Vaud, Suíça. Exerceu depois, durante três sucessivos mandatos de seis anos, o encargo de diretor em Millau, em Villemur e em Thonon, na diocese de Annecy.

O período mais cheio de perigos e de graças foi provavelmente o de Villemur, durante a segunda guerra mundial. Os soldados das SS ocuparam a escola onde ele escondia jovens hebreus. Certo dia foi solicitado a levar tranqüilidade a um campo de refugiados políticos. Semblante aberto e sorridente, esse filho de Dom Bosco não afastava ninguém. Enquanto a sua magreza e o seu ascetismo referiam-no ao Cura d'Ars, o seu sorriso e a sua doçura eram realmente de um salesiano. "Foi o homem mais espontâneo do mundo", disse uma testemunha.

Retornando a La Navarre em 1943, P. Arribat ali ficará até à morte, que se deu em 19 de março de 1963. Está sepultado em La Navarre.

Fonte: sdb.org

André Beltrami

Nascimento: 24/06/1870

Venerabilidade: 15/12/1966

André Beltrami nasceu em Omegna, província de Novara (Itália), no dia 24 de junho de 1870. Em família, recebeu uma educação rica de valores cristãos. André, de caráter vivo, durante a adolescência, foi tentado na pureza pelos discursos de um mau colega, mas a frequência aos sacramentos, unida à vontade firme, fizeram dele um jovem estimado por todos.

Os pais quiseram que se inscrevesse no colégio salesiano de Lanzo, onde entrou em outubro de 1883. Distinguiu-se no estudo e no exercício das virtudes cristãs. Ali amadureceu a sua vocação. Mais tarde, ele contará: "O Senhor tinha-me colocado no coração uma convicção íntima, de que o único caminho certo para mim seria fazer-me salesiano". A mãe, confiando-o ao mestre de Noviciado, disse: "Faça dele um santo".

Em 1866, recebeu o hábito clerical em Foglizzo das mãos de Dom Bosco, que dirá dele: "De Beltrami, há somente um". Nos dois anos, 1888-1889, que passou em Turim-Valsalice, levou a termo dois cursos trienais, concluindo-os com os respectivos exames de escola particular.

Nesse período conheceu o príncipe polonês Augusto Czartoryski, que entrara a pouco na Congregação. Este ficará logo doente de tuberculose, e será o P. Beltrami – que com ele entrara logo em sintonia espiritual – a ser seu anjo da guarda em Valsalice e em outros lugares por onde o doente passou. Escreve: "Sei que cuido de um santo, de um anjo". Mais tarde, também o P. André ficou doente e, à escola do santo irmão, viveu o sofrimento com alegria interior. Ofereceu-se como vítima de amor pela conversão dos pecadores e pela consolação dos que sofrem, vivendo o lema: "Nem sarar, nem morrer, mas viver para sofrer".

O P. Beltrami acolheu plenamente a dimensão sacrifical do carisma salesiano, desejada pelo Fundador Dom Bosco. O clérigo salesiano Luís Variara, então estudante de filosofia em Valsalice, foi intimamente marcado pelo P. André, e aqui encontra suas raízes a espiritualidade das futuras Filhas dos Sagrados Corações: Viver com alegria a vocação de vítima junto com Jesus.

Ordenado sacerdote por D. Cagliero, entregou-se totalmente à contemplação e ao apostolado da pena. Com um desejo veemente de santidade, consumou sua existência na dor e no trabalho incessante. Muitíssimo exato na observância da Regra, teve um amor intenso a Dom Bosco e à Congregação. Nos quatro anos que lhe sobraram de vida depois do sacerdócio, continuou a rezar e a escrever. Deve-se assinalar a tradução italiana dos primeiros volumes da edição crítica das obras de S. Francisco de Sales.

Quando morreu, no dia 30 de dezembro de 1897, tinha 27 anos. Seus restos mortais repousam na igreja de Omegna, sua cidade natal.

Fonte: sdb.org

Atílio Giordani

Nascimento: 03/02/1913

Venerabilidade: 09/10/2013

Attilio Giordani nasceu em Milão em 3 de fevereiro de 1913. Seu pai Arturo trabalha na ferrovia e sua mãe Amalia está de cama após o nascimento de um de seus filhos. Attilio é um menino ensolarado e dinâmico. Depois do ensino fundamental frequentou os três anos de escola técnica. Ainda menino, descobriu Dom Bosco e o oratório salesiano de Milão, dos quais sempre será um grande amante.

Recebeu sua primeira formação e, jovem para os jovens, dedicou-se constantemente à alegre animação dos grupos: durante décadas foi catequista diligente e animador salesiano brilhante, simples e sereno. Como bom cooperador salesiano, conhece e utiliza todas as ferramentas educativas do Sistema Preventivo para animar seus meninos: cuidado da liturgia, formação, presença e brincadeira no pátio, promoção do tempo livre, teatro. Attilio organiza passeios com a juventude do oratório, compõe canções, esboços, convida loterias de caridade, caça de tesouros paroquiais e olimpíadas infantis, sem nunca esquecer o centro da alegria cristã: o amor de Deus e do próximo.

Ame o Senhor com todo o seu coração e encontre na vida sacramental, na oração e na direção espiritual, o recurso para a vida da graça. Ele começou seu serviço militar em 1934, terminando com fases alternadas, em 1945. Ele mostrou um senso apostólico entre seus colegas soldados. Ela encontra emprego na indústria da Pirelli em Milão, onde também espalha alegria e bom humor, com um grande senso de dever. Depois da guerra, ele se casa com Naomi Davanzo, que irá acompanhá-lo e apoiá-lo por toda a vida.

Para restaurar a esperança para as crianças perturbadas pela guerra, dá vida à "Cruzada do Bem", que se espalhará por toda a Itália. Em sua própria família, ele é um marido presente, rico em grande fé e serenidade, em uma austeridade deliberada e pobreza evangélica em benefício dos mais necessitados.

Todos os dias é fiel à meditação, à Eucaristia, ao Rosário. Seus três filhos foram para o Brasil por um período de voluntariado missionário. Decidiu-se - de acordo com o seu Noemi - partir juntos, marido e mulher, para partilhar plenamente a sua paternidade e a vocação dos seus filhos para o voluntariado. Também no Brasil continua sendo catequista e animador. No dia 18 de dezembro de 1972, em Campo Grande, durante uma reunião, ele fala com entusiasmo e ardor do dever de dar a vida pelos outros, quando de repente se sente desmaiando.

Ele mal tem tempo para dizer ao seu filho: "Pier Giorgio, agora você continua ...", e morreu de um ataque cardíaco. Seu corpo, transportado para a Itália, agora repousa na Basílica de Santo Agostinho, em Milão. Na homilia o pároco disse: "A cada um de nós, Attilio repete a frase que, morrendo, ele disse ao filho:" Você continua! "".

Fonte: sdb.org

Augusto Hlond

Nascimento: 05/07/1881

Venerabilidade: 19/06/2018 

Augusto Hlond nasceu em Brzeczkowice, Polônia, no dia 5 de julho de 1881 de Jan, ferroviário, e Maria Imiela. Foi o segundo de onze filhos, dos quais quatro se fizeram salesianos. Os pais transmitiram-lhes uma fé sólida e um amor filial a Nossa Senhora. Aos 12 anos, respondendo ao chamado do Senhor, seguiu o primogênito Inácio e foi para a Itália a fim de consagrar-se ao Senhor na Sociedade Salesiana. Recebeu o hábito talar do beato Miguel Rua em 1896.

Continuou os estudos em Roma, na Universidade Gregoriana, obtendo o doutorado em filosofia. Retornou à Polônia para o tirocínio prático indo a Oswiecim. Foi redator do Boletim Salesiano polonês. Ordenou-se sacerdote em 1905. Em 1907 foi nomeado diretor da nova casa de Przemysl onde abrirá e ampliará o oratório salesiano. Diretor em Viena, de acordo com o bispo e com as autoridades, abrirá três institutos de educação para meninos, adolescentes e jovens. Funda uma editora católica de língua alemã e socorre os jovens atingidos pela primeira guerra mundial. Em 1919 tornou-se Inspetor da nova Inspetoria Germano-Húngara com sede em Viena. Em 1926 foi nomeado Administrador Apostólico e, depois, Bispo de Katowice. No dia 24 de junho do mesmo ano foi nomeado pelo Papa Pio XI arcebispo de Gniezno e Poznan, e Primaz da Polônia. No ano seguinte, em 10 de junho, o Santo Padre criava-o Cardeal. Recebeu da Santa Sé também os cuidados dos poloneses da diáspora, dispersos nas várias partes do mundo. Em vista disso, fundou uma Congregação, chamada "Sociedade de Cristo".

Com a segunda guerra mundial começou o seu calvário, que o levou ao exílio até o fim da guerra. Augusto fará de tudo a fim de pôr em prática o "Da mihi animas" salesiano, e como Dom Bosco não terá medo de contrastar os poderosos a fim de salvar os frágeis, abrindo caminho para o seu sucessor Stefan Wyszynski e para o grande Karol Wojtyla. Esteve, primeiramente, em Roma, onde iniciou uma corajosa defesa da sua Pátria, o que intensificou na França quando se estabeleceu em Lourdes. Alcançado pela polícia nazista, foi deportado para Paris a fim de que apoiasse um governo polonês fiel aos nazistas. O Cardeal recusou-se decididamente. Os nazistas, então, internaram-no na Westfalia.

Libertado pelas tropas aliadas, retornou à Polônia, sendo nomeado Arcebispo de Varsóvia. Como antes defendera seu povo dos horrores do nazismo, agora continuou a defendê-lo do ateísmo bolchevista com vigorosas pastorais.

A Divina Providência salvou-o de mais de um atentado. Morreu aos 22 de outubro de 1948. Os funerais foram uma apoteose. Pela primeira vez na história da Polônia, o sepultamento foi feito na própria catedral.

Fonte: sdb.org

Dom Estevão Ferrando

Nascimento: 28/09/1895

Venerabilidade: 03/03/2016 

Estevão Ferrando nasce em Rossiglione, província de Gênova, no dia 28 de setembro de 1895, de Agostinho e Josefina Salvi. Desde pequeno freqüenta as escolas dos salesianos, antes em Fossano e, depois, em Turim.

Fica fascinado pela vida de Dom Bosco. Pede para ser salesiano e, em 1912, emite a profissão religiosa em Foglizzo Canavese (Turim). Durante a primeira guerra mundial presta o serviço militar no setor saúde, obtendo a Medalha de Prata pela coragem.

Em 1923, feitos os estudos teológicos, recebe a ordenação sacerdotal. Pede para partir como missionário e é enviado à região indiana do Assam, que confina com o Tibet, China e Birmânia. Foi por dez anos mestre dos noviços e diretor do estudantado filosófico e teológico. Como bom filho de Dom Bosco, a fim de aprender a língua, ia com seus jovens salesianos às aldeias espalhadas pelas colinas e organizava os oratórios festivos para os jovens.

Para sua surpresa, em 1934, o Papa Pio XI o nomeia bispo da diocese de Krishnagar. No dia 10 de novembro seguinte recebe a solene consagração episcopal em Shillong. Um ano depois retorna à sua Shillong como bispo. Ao tomar posse da nova diocese, beija o chão e confia suas sortes a Jesus Crucificado. O novo bispo pede aos seus sacerdotes que vão pelas aldeias anunciando o evangelho ao povo. Ele mesmo viaja continuamente.

O seu apostolado é caracterizado pelo estilo salesiano: alegria, simplicidade e contato direto com o povo. Aproxima-se dos jovens, dos pobres e dos necessitados; vai ao encontro de todos com amabilidade. Reconstrói a grande catedral e o complexo missionário. Difunde a devoção a Maria Auxiliadora e a Dom Bosco. Quer que os indianos sejam os primeiros evangelizadores da própria terra.

De um grupo de catequistas indianas funda as Irmãs Missionárias de Maria Auxílio dos Cristãos, às quais ensina o amor a Jesus, a Maria Auxiliadora, a Dom Bosco, às missões e à gente pobre. Em 26 de junho de 1969, depois de participar dos trabalhos do Concílio, entrega a demissão da própria diocese. Em 1972 retorna ao Assam para consagrar a catedral da arquidiocese de Shillong, finalmente concluída.

Na Itália, o velho bispo missionário retirou-se à casa salesiana de Quarto (Gênova). Em 1970, ele escrevia: «Aqui na Itália perguntam-me freqüentemente: "Como é possível que tenhas deixado o Assam depois de 47 anos de vida missionária?". E respondo: "porque finalmente brotou o dia que eu suspirava por 47 anos, o dia em que a Igreja na Índia pode caminhar por si!"».

Morreu no dia 20 de junho de 1978. Nove anos depois as Irmãs Missionárias de Maria Auxílio dos Cristãos quiseram ter ao seu lado os restos mortais do fundador. A urna de Dom Ferrando foi deposta na capela do Convento de Santa Margarida em Shillong, na terra que fora a sua segunda pátria.

Fonte: sdb.org

Dorotéia Chopitea

Nascimento: 05/06/1816

Venerabilidade: 09/06/1983

Dorotea nasceu em Santiago do Chile, no dia 5 de junho de 1816, de uma família rica de fé, de filhos – 18 – e de bens materiais. Três anos depois, logo que o Chile chegou à independência da Espanha, Pedro Nolasco Chopitea levou sua família de volta para Barcelona. Dorotea tinha um caráter enérgico, vivo, empreendedor, mas tinha mais ainda um coração de ouro. Aos 13 anos escolheu como diretor espiritual o P. Pedro Nardò, que a orientará por cerca de 50 anos. Recebeu uma boa instrução.

Aconselhada pelo P. Pedro, casou-se aos 16 anos com um excelente jovem, José Serra, comerciante e banqueiro. Serão esposos fiéis e felizes por 50 anos. Ao final desses anos, José dirá: "o nosso amor cresceu a cada dia".

Em seu lar nasceram seis filhos: Dorotea, Ana Maria, Isabela, Maria Luisa, Carmem e Jesuína. A principal preocupação de Dorotea era viver verdadeiramente para Deus. Cultivou a piedade: todos os dias com missa, comunhão, rosário. A coisa mais extraordinária, porém, foi a sua caridade para todos especialmente os mais pobres. Na escala dos valores, colocou em primeiro lugar o amor aos pobres: "Os pobres serão o meu pensamento". Foi chamada de "a esmoler de Deus".

Acompanhava o marido em suas viagens; foi recebida por Leão XIII que a tratou com grande deferência. Cerca de trinta fundações surgiram da sua munificência e da do marido: asilos, escolas, hospitais, oficinas…. Há quem tenha calculado que os bens dispensados por ela superem o balanço de muitas entidades estatais.

Em 20 de setembro de 1882, viúva há um mês, escreveu a Dom Bosco: "Gostaria de fundar uma obra para jovens operários e para órfãos nos subúrbios de Barcelona". Dom Bosco aceitou, e Dorotea tornou-se assim cooperadora salesiana. A obra foi iniciada em Sarrià em 1884.

Colaborou com o P. Rinaldi, Inspetor da Espanha, na realização de outras obras salesianas; e o futuro Reitor-Mor deu o seu testemunho sobre ela: "Ouvi repetir muitas vezes que ela prestava os serviços mais humildes aos doentes.

Em abril-maio de 1886, Dom Bosco encontrou-se com a santa benfeitora, mais do que nunca disposta a ajudá-lo. Depois da morte de Dom Bosco, Dona Dorotea iniciou três novas obras, entre as quais o colégio Santa Dorotea em Sarrià, entregue às FMA, para o qual empregou o dinheiro que reservara para a velhice.

Dom Bosco a chamava de "a nossa mãe de Barcelona". Também Dorotea, como Mamãe Margarida, morreu pobre no dia 3 de abril de 1891. Está sepultada em Barcelona – Sarrià.

Fonte: sdb.org

Francisco Convertini

Nascimento: 29/08/1898

Venerabilidade: 20/01/2017

Francesco Convertini nasceu no distrito de Marinelli, perto de Cisternino, na província de Brindisi, em 29 de agosto de 1898. Sua família era muito pobre e ele foi forçado a trabalhar desde cedo. Com apenas dezoito anos, ele foi chamado para lutar na Primeira Guerra Mundial. Ele foi capturado pelos austríacos e internado em um campo de concentração. No final da guerra, ele foi libertado. Depois de se recuperar da meningite, ele decidiu se juntar à Guardia di Finanza. Ele seguiu o capitão, de quem era "atendente", para Turim e, muito dedicado à Madona, foi confessar-se na Basílica de Maria Auxiliadora.

A Providência queria que o confessor fosse dom Angelo Amadei, o segundo grande biógrafo de Dom Bosco. Dom Angelo foi seu guia espiritual. Depois de convidá-lo a participar da entrega do crucifixo a onze missionários que partiram para a Índia, ele disse: "Por que você não se torna um missionário também?" Francisco empreendeu seus estudos com dificuldade no Instituto Missionário Salesiano de Ivrea e, depois de receber o crucifixo de Dom Rinaldi, em 7 de dezembro de 1927, embarcou para a Índia.

Foi formado por santos salesianos. Fez seu noviciado em Shillong com Don Ferrando e foi discípulo de Don Costantino Vendrame. Francisco aprendeu a vida de Dom Bosco com Dom Amadei e aprendeu na Índia a encarnar seu espírito apostólico missionário. Com don Vendrame ele se aproximou do povo: viajaram por quilômetros para visitar as aldeias, entraram nas casas para contar a grande e pequena vida de Jesus, e com dificuldade ele conseguiu completar seus estudos filosóficos e teológicos.

Foi ordenado sacerdote em junho de 1935. O novo bispo Mons. Ferrando o enviou para a missão salesiana em Krishnagar. Embora nunca tenha conseguido alcançar um conhecimento ótimo da língua bengali, ninguém em Krishnagar tinha tantos amigos, tantos filhos espirituais entre ignorantes e sábios, entre ricos e pobres. Ele era um dos poucos missionários que podiam entrar em um lar hindu e ir além da primeira câmara de entrada.

Ele estava constantemente a caminho de aldeia em aldeia. Don Francesco era bom, sua bondade salesiana abriu o coração das pessoas para ele, ele sabia ser pai, irmão e amigo. Ele se entregou indistintamente a todos: muçulmanos, hindus, cristãos ..., e foi amado e reverenciado por todos como um mestre da vida interior, que possuía abundantemente a "sapientia cordis". Ele gozava de uma reputação de santidade já na vida, não só por sua dedicação heroica às almas, mas também por episódios misteriosos que foram contados sobre ele.

Ele foi um apóstolo de Maria Auxiliadora. Ele morreu em 11 de fevereiro de 1976, murmurando: "Minha mãe, eu nunca lhe desagradei na vida. Agora me ajude!" Seu corpo foi exibido na Catedral, e foi um fluxo contínuo de pessoas de todas as raças e religiões. Agora ele descansa no jardim ao lado da Catedral de Krishnagar.

Fonte: sdb.org

Inácio Stuchly

Nascimento: 14/12/1869

Venerabilidade: 22/12/2020

Concluídos o ginásio na Silésia austríaca, foi para a Morávia, na cidade de Velehrad a fim de entrar entre os Jesuítas. No trem encontrou um sacerdote conhecido que lhe falou de Dom Bosco e dos Salesianos. Decidiu então ir para Turim: aqui, em Valsalice, foi aceito entre as vocações adultas. Após o noviciado, em Ivrea fez os estudos filosóficos, frequentou um curso de agronomia e obteve o diploma. Pediu para ser missionário, mas o padre Rua lhe respondeu: “A tua missão é no Norte!”

Em 1921, padre Stuchly foi enviado para Liubliana (atual Eslovênia) para dirigir os trabalhos de construção do santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, que foi terminado e consagrado em 1924. Depois os superiores o destinaram para a casa de Perosa Argentina (Itália), onde chegavam e estavam sendo preparados os jovens eslovacos para plantar a obra salesiana em sua pátria. Em 1927 foi enviado para a Tchecoslováquia para abrir a primeira casa em Frystak, da qual foi diretor de 1928 a 1934.

Em seguida passou a ser diretor da nova casa de Moravska Ostrava (1934-1935), quando foi nomeado inspetor da Tchecoslováquia (1935 - 1948). Durante seu governo foram abertas 12 casas na Tchecoslováquia com 270 religiosos, todos boemos e moravos, mais outros 20 que foram enviados para as Missões. Este extraordinário sucesso da obra salesiana nasceu de seu espírito de trabalho, alimentado por uma piedade simples e pela bondade com todos. Em 1948 voltou para a casa de Frystak como confessor. A tormenta da perseguição começava a cair sobre a Tchecoslováquia e o padre Stuchly assistiu ao fim da obra salesiana por ele levantada.

Fonte: sdb.org

José Quadrio

Nascimento: 28/11/1921

Venerabilidade: 19/12/2009

Giuseppe Quadrio nasceu em Vervio, na província de Sondrio, em 28 de novembro de 1921, por Agostino e Giacomina Robustelli: uma família camponesa rica em vida cristã. A graça de Deus apoderou-se de seu coração desde criança, de modo que, aos oito anos, dera a si mesmo uma séria regra de vida, que terminava com as palavras: "Tentarei me santificar". Ler a Vida de Dom Bosco emprestou-lhe do pároco, ele sentia que o salesiano seria sua família.

Em 1933 ele entrou no Instituto missionário de Ivrea, destacando-se em inteligência, mas acima de tudo em bondade. Em 1937 tornou-se salesiano e foi escolhido para cursar a faculdade de filosofia na prestigiada Universidade Gregoriana de Roma. Depois de obter a Licença com nota máxima, aos 20 anos começou a ensinar filosofia em Foglizzo entre os estudantes de clérigos com clareza e profundidade.

Em 1943 iniciou os cursos de teologia no gregoriano, permanecendo na comunidade salesiana do Sagrado Coração. Giuseppe é salesiano e imita o estudante Giovanni Bosco: ele dedica todo o seu tempo livre aos cuidados dos "sciuscià", órfãos da Segunda Guerra Mundial. Sua interioridade e bondade salesiana cresceram e cresceram cada vez mais.

Em 1946, na presença de nove cardeais, incluindo o futuro Paulo VI, ele defendeu a definibilidade dogmática da Assunção de Maria ao céu em uma solene disputa teológica. Ele obtém um sucesso que o torna famoso na Igreja e na Congregação. Pio XII também contará com seus estudos para definir solenemente o dogma da fé em 1950.

Seus sucessos em estudo e superioridade intelectual não diminuíram sua jovialidade humilde e útil, desprovida de qualquer manifestação de orgulho. Ordenado sacerdote em 1947, formou-se em teologia em 1949. No mesmo ano começou a lecionar no Theological Studentate of Turin.

Claro e incisivo, deixou uma marca profunda em seus numerosos discípulos do Pontifício Ateneu Salesiano. Sua união com Deus levou-o a alcançar as alturas do misticismo. Será dito dele que quando subiu na cadeira, seu ensinamento foi tão sincero e profundo, que parecia que a teologia pegou fogo.

Em 1954 ele foi nomeado "decano" da faculdade de teologia. Em 1960, uma doença incurável apareceu: linfogranuloma maligno. Totalmente consciente, ele continuou até poder ensinar e participar da vida comunitária. Mesmo no hospital, ele mostrou o calor de sua bondade para com todos.

"O grande milagre que o padre Rua me deu - escreve ele alguns meses antes do final - é uma paz imerecida e muito doce, que torna esses dias de prolongada espera os mais belos e felizes da minha vida". Ele morreu em 23 de outubro de 1963.

Fonte: sdb.org

José Vandor

Nascimento: 29/10/1909

Venerabilidade: 20/01/2017

José Wech nasceu em Dorog, Hungria, no dia 29 de outubro de 1909, de Sebastián Wech e Maria Puchner. Em 1936, chegando a Cuba como missionário, mudou o sobrenome de Wech em Vandor. Desde então será para todos o ‘Padre Vandor’.
Já em pequeno se distinguiu pela bondade e caráter conciliador. Sua formação iniciou com os PP. Franciscanos, dos quais aprendeu um verdadeiro amor pela pobreza, amor que ele conservou por toda a vida. Quando conheceu os Salesianos ficou tão impressionado pela espiritualidade e caridade pastoral de Dom Bosco que em 1927 começou o noviciado.

Professou em 13 de agosto de 1932. Estudou a Teologia em Turim, Itália, sendo ordenado sacerdote em 5 de julho de 1936, na Basílica de Maria Auxiliadora. Naquele mesmo ano foi mandado a Cuba, a Guanabacoa, onde ficou até 1940 como Conselheiro Escolar e Responsável pela Animação espiritual: era muito querido dos jovens, sobretudo dos mais pobres, aos quais dedicava uma atenção salesiana especial. Com apenas 31 anos foi nomeado Diretor da Escola Agrícola, de Moca, na República Dominicana: distinguiu-se ali por sabedoria e prudência.

Foi por isso feito mestre de Noviços. Entretanto, em 1946 o P. Vandor chegou ao Colégio de Artes e Ofícios, de Camagüey, como administrador. Quase dez anos mais tarde, em 9 de dezembro de 1954 está em Santa Clara como responsável pela Igreja do Carmo e encarregado da construção da Escola de Artes e Ofícios. Demonstrou nessa nova situação todo o seu espírito de pobreza e o seu dinamismo salesiano, graças aos quais, sem dispor de um alojamento estável, coordenou os trabalhos de restauração da Casa Paroquial e da Igreja do Carmo, e mais os trabalhos de construção da Escola Profissional.

O P. Vandor era um procuradíssimo diretor espiritual. Sua doçura e amabilidade abria o coração de jovens e adultos. Iniciada a Escola, o P. Vandor foi nomeado seu Diretor até 1961. Em 1965 será feito antes Reitor, depois Pároco, da Igreja do Carmo. Nesse período havia em Cuba uma guerra civil. O P. Vandor fez de tudo para consolar os doentes, os feridos e os pobres, arriscando a própria vida. Ofereceu-se também como mediador de paz entre as tropas de “Che” Guevara e do Coronel Cornelio Rojas, do exército do General Batista.
Dele se disse: “Foi um dos corações mais amáveis, delicado e nobre, do Clero de Vila Clara.

O P. Vandor se pode aproximar de São Francisco de Sales, por sua paciente doçura, prudente dedicação, sabedoria iluminada na direção espiritual das almas; e de São João Bosco, por seu dinamismo apostólico, amor aos jovens pobres, espírito de fé, serena alegria, maneiras cordiais”.
Morreu em 8 de outubro de 1979.

Fonte: sdb.org

Laura Meozzi

Nascimento: 05/01/1873

Venerabilidade: 27/06/2011

Laura nasceu em Florença no dia 5 de janeiro de 1873. A família, rica e nobre, se transfere logo cedo para Roma, onde Laura completa os estudos de medicina. Laura reza muito. Quando seu diretor espiritual, um salesiano, lhe diz que Deus a chama entre as irmãs de Dom Bosco, passa noites inteiras em oração.
Feita a profissão no Istituto das Filhas de Maria Auxiliadora, em 1898, trabalhou sobretudo na Sicília até 1921, quando foi escolhida para coordenar o grupo das primeiras irmãs salesianas enviadas à Polônia.
Naquele país, a "mãezinha", como era chamada, viveu toda uma história de coragem e de amor, especialmente durante as vicissitudes e misérias da última grande guerra. A sua atividade foi incessante.
Mesmo na extrema pobreza soube abrir casas para cada exigência: começou com abrigo para meninos órfãos e abandonados; depois as meninas, as escolas, os laboratórios, as postulantes, as noviças, as irmãs; depois os refugiados, os perseguidos, os doentes, os fujitivos... Madre Laura conseguia dar conforto a todos.
Ao mesmo tempo rezava e sofria. Viveu a longa agonia e martírio da Polônia nos anos 1938-1945. A quem lhe perguntava: "Não tem saudade da Itália?", respondia: "Eu tenho duas pátrias: A Itália e a Polônia; e não sei dizer qual amo mais". De Wilno deveriam partir as irmãs e 104 meninos em um trem especial: mas junto, escondidos, havia muitos não autorizados. Madre Laura tinha dito sim a todos! A inspetora estava preocupada, podia acontecer o fuzilamento. "Não tema, eu rezarei".

A viagem – que durou 16 dias - teve bom êxito, o que foi um verdadeiro milagre.
Terminada a guerra, tiveram que abandonar os territórios que se tornaram repúblicas soviéticas e recomeçar tudo do princípio. Madre Laura iniciou de novo: reabriu ao menos 12 casas. Em Pogrzebien, num velho castelo que era usado pelos alemães para aniquilar mulheres e crianças, renasce o noviciado; em toda parte retornou o vigor, a alegria, o sorriso. Mas Madre Laura já se sentia sempre mais afadigada.
Assistida pelas irmãs e sustentada pela oração de todos, morreu ali, no dia 30 de Agosto de 1951. Seus restos mortais se encontram em Pogrzebien. O processo sobre a vida e as virtudes da Serva de Deus, Irmã Laura Meozzi, foi celebrado na Polônia, na Diocese de Katowice, nos anos 1986-1994. Foi declarada Venerável pelo Papa Bento XVI no dia 27 de junho de 2011.

Fonte: cgfma.net

Luís Olivares

Nascimento: 18/10/1873

Venerabilidade: 26/12/2004

Nasceu em Corbetta, na província italiana de Milão, a 18 de outubro de 1873; era o quarto de quinze filhos (um seu irmão será missionário e uma irmã, religiosa canossiana). Estudou e foi ordenado sacerdote em Milão.

Queria ser salesiano, mas o seu bispo, o card. Ferrari, o mandou ainda jovem padre com 22 anos, como vice-diretor do colégio arquiepiscopal de Saronno.

Depois de 8 anos, conseguiu entrar para os Salesianos. Diplomado em teologia, ensina teologia moral e sociologia no estudantado de Foglizzo (1906-1910).

Em seguida é feito pároco da recém-criada paróquia de S. Maria Libertadora no bairro do Testaccio em Roma. O bairro, com péssima fama, vai se transformando visivelmente, graças à bondade do pároco. Certo dia. Um homem violento lhe deu uma bofetada; padre Luís lhe diz: “Obrigado!” e lhe apresenta a outra face. “O seu confessionário – diz uma testemunha – é procurado da manhã até à noite; nas festas, o trabalho de confessor marca seus dias, começando com a celebração da santa missa e depois a pregação, que repetia de 6 a 7 vezes ao dia”.

Em 1916, o papa Bento XV o escolhe como bispo de Sutri e Nepi. Marca par si mesmo um regulamento com cinco pontos:
“Amarei a minha diocese como uma esposa. Na oração conversarei com Jesus sobre os interesses das almas, não tomarei nenhuma decisão sem O ter antes consultado. Evitarei o luxo e o supérfluo. Terei um horário e o observarei fielmente. Lema da minha vida episcopal: a caridade até o sacrifício”. Assim viveu por 26 anos, em espírito salesiano: “Sou, por dom de Deus, cristão, sacerdote, salesiano e bispo: preciso ser santo”.

Proclamado Venerável no consistório público de 20 de dezembro de 2004.

Fonte: sdb.org

Otávio Ortiz

Nascimento: 19/04/1879

Venerabilidade: 27/02/2017

Ottavio Ortiz nasceu em Lima em 19 de abril de 1879, oitavo filho de Manuel e Benigna Coya. Em 1892, os salesianos abriram a primeira escola profissional no Peru. Ottavio, que frequentava o oratório há um ano, entrou como carpinteiro. Ele era um menino cuidadoso e profundo. Um dia Ottavio estava ajudando na cozinha, misturando sopa com uma mão e lendo o catecismo com a outra.

Providence queria Mgr. Costamagna, que observou: "Por que você não estuda esse menino? Em vez disso, um carpinteiro poderia se tornar um padre! "; e assim foi. Foi ao noviciado de Callao e fez os votos perpétuos nas mãos do padre Albera, um visitante extraordinário. Ele fez seu aprendizado na mesma casa, tendo entre seus alunos o futuro Mons. Vittorio Alvarez.

Em 1907 ele se tornou o primeiro sacerdote salesiano no Peru. Ele foi enviado como diretor para fundar a escola profissional de Piura, onde fundou o semanário La Campanilla. Ele foi diretor estimado em Cuzco e Callao. Em 1921, para sua grande surpresa, foi nomeado bispo de Chachapoyas ao norte dos Andes. O território é tão vasto quanto um terço da Itália, robusto e sem conexões com outras cidades. Ottavio quer ser bispo no estilo de Dom Bosco. De fato, ele escolheu como seu lema episcopal "Da mihi animas", que expressa seu zelo pelas almas à custa de todo esforço.

No estilo de Dom Bosco, ele está interessado nas autoridades para dar estradas de Chachapoyas, hospitais, água e eletricidade; ele cuida das escolas: para meninos, adultos e mulheres. Promove boa imprensa e iniciativas culturais. Ele imediatamente queria o ensino do catecismo nas igrejas da cidade todos os domingos, estabeleceu a União dos catequistas, organizou o ensino da religião nas escolas, cuidou da formação de seus sacerdotes.

Ele viaja continuamente a cavalo e a pé, através de florestas, montanhas e rios para encontrar todos os seus fiéis nas aldeias. A cada cinco anos, ele poderá visitar todos: há 120 mil pessoas na diocese! Durante o seu governo, uma parte do seu território foi elevada à categoria de Prefeitura Apostólica e outra para a da Prelatura "nullius". Com muitas dificuldades, ele montou um seminário em sua diocese. Por duas vezes ele recusou uma diocese de maior prestígio e menos cansativo.

Em 1953, Pio XII nomeou-o assistente do trono papal. Após uma operação, em 1º de março de 1958, o bom bispo morreu. Ele está enterrado em sua catedral. A fama da santidade para com ele é enorme.

Fonte: sdb.org

Sr. Simão Srúgi

Nascimento: 27/06/1877

Venerabilidade: 02/04/1993 

Simão Srugi nasceu em Nazaré no dia 27 de junho de 1877, último de dez filhos. Com apenas três anos, em poucos meses, perdeu o pai e a mãe, e foi confiado à avó. Em 1888 entrou no orfanato católico de Belém, dirigido pelo P. Belloni. Este padre muito afinado com Dom Bosco, sob conselho do Papa, tornou-se salesiano em 1891, entregando suas obras à Congregação.

Simão viu-se tão bem ali que, aos 16 anos, pediu para ser salesiano. Foi enviado ao Oratório e Escola Agrícola de Beit Gemàl, aonde completou os estudos e fez o noviciado consagrando-se salesiano coadjutor. Ali passará toda a sua vida, trabalhando incansavelmente por cinqüenta anos.

Desenvolveu muitas atividades e com muito amor! É o mestre de escola de muitos pequenos muçulmanos que o chamam de “Mu'allem Srugi”, e que dizem dele: "É bom como uma taça de mel". Trabalha como moleiro, e os agricultores de toda a região levam-lhe o trigo para moer; dirige todo o movimento com justiça e serenidade.

É enfermeiro. E como não há medico na região, os doentes de umas cinquenta aldeias acorrerem a ele, quase sempre gente pobre. É como o bom samaritano narrado por Jesus: tem piedade por todos os desventurados, limpa-os, cura-os, trata-os com delicadeza falando-lhes de Jesus e de Maria.

Os doentes dizem: "Os outros médicos não têm as mãos abençoadas do senhor Srugi, suas mãos têm o poder e a doçura de Alá". É tão gentil e delicado que os muçulmanos afirmam: "Depois de Alá, existe Srugi". Dom Bosco queria que seus coadjutores estivessem com o povo e que a ele levassem o evangelho através da ação e da oração. Às vezes, muitos vêm para que ele lhes imponha as mãos, as mães apresentam-lhe suas crianças para que as abençoe. Vai-se a ele porque em alguma aldeia estourou uma briga: ele se faz de árbitro e de agente de paz. Todos sentem que Srugi comunica-se com Deus seriamente.

Nutre-se de Eucaristia e de Evangelho. O tempo livre é passado diante do Santíssimo. Quanto, em 1908, o P. Rua visitou a casa de Beit Gemàl, disse: "Acompanhem-no bem, registrem suas palavras e suas ações, porque se trata de um santo".

Morreu consumado pelo trabalho e pela malária no dia 27 de novembro de 1943, aos 66 anos. Os funerais foram uma apoteose. O seu humilde caixão repousa em Beitgemal junto à tumba gloriosa de Santo Estevão. Foi declarado venerável no dia 2 de abril de 1993.

Fonte: sdb.org

Vicente Cimatti

Nascimento: 15/07/1879

Venerabilidade: 21/12/1991

Vicente Cimatti nasceu em Faenza no dia 15 de julho de 1879 de Tiago e Rosa Pasi, último de seis filhos. Dos três irmãos supérstites, Ir. M. Rafaela da Congregação das Irmãs Hospitaleiras da Misericórdia, é beata; Luís, Salesiano coadjutor e missionário na América Latina, morreu em conceito de santidade; e ele, Vicente, é venerável.

Aos três anos fica órfão do pai. É levado pela mãe, à igreja paroquial onde Dom Bosco estava pregando: "Vicentinho, olha, olha Dom Bosco!", dizia-lhe a mãe. E por toda a vida ele recordará o bom rosto do velho padre.

Aos 17 anos torna-se salesiano e é enviado a Turim-Valsalice, onde ensina e acumula títulos de estudo: diploma de composição junto ao Conservatório de Parma, láurea em agricultura, em filosofia e pedagogia em Turim. Aos 24 anos é ordenado sacerdote.

Por vinte anos é professor e compositor brilhantíssimo no colégio de Valsalice. É chamado de Mestre por gerações de clérigos. Entretanto, pedia ao Reitor-Mor com muita insistência: "Encontre-me um lugar na missão mais pobre, mais difícil, mais abandonada. Não consigo viver em meio às comodidades". Aos 46 anos foi satisfeito!

O P. Rinaldi enviou-o como chefe do grupo fundador da obra salesiana no Japão. Trabalhará ali por 40 anos.

Conquistou o coração dos japoneses com a sua bondade, empenhando-se como Dom Bosco no apostolado da imprensa e da música. Traduziu a vida de Domingos Sávio para o japonês. Por ocasião dos 2600 anos da fundação do império japonês, foi convidado a compor uma sonata a ser transmitida pelo rádio. O jornal mais autorizado do Japão julgou-a "mais japonesa do que as japonesas".

Fundou uma banda musical de meninos que girou pela nação inteira. Diretor da primeira casa salesiana em Miyzaki, será, três anos mais tarde, o Superior da nascente Visitadoria. Viajou muito para encorajar continuamente os primeiros salesianos no Japão, abrindo obras sobretudo para os jovens órfãos e marginalizados.

Em 1935 foi nomeado Prefeito Apostólico. Depois dos anos difíceis da guerra, cheios de inumeráveis sacrifícios, fundou em Tóquio a "Cidade dos Meninos" que, com escolas elementares, médias e profissionais, acolheu em breve 260 órfãos. Em 1949, aos 70 anos, continuou o seu trabalho como diretor do estudantado filosófico e teológico de Chofu por outros nove anos.

Ali morreu como um patriarca, no dia 6 de outubro de 1965. Recebeu diversos reconhecimentos das autoridades italianas e japonesas. Seus restos mortais – exumados em 1977 e encontrados perfeitamente intactos – repousam agora na cripta de Chofu.

Fonte: sdb.org