Na COP130 - Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas - a Família Salesiana foi representada pelo P. Mathew Thomas, de New Rochelle-NY; pelo P. Silvio Torres, da Argentina; e por Camila de Paula, do Brasil. No final do encontro, o P. Mathew compartilhou cinco reflexões essenciais para os educadores salesianos - cuja missão é acompanhar e formar as novas gerações.
1. A mudança climática é uma preocupação dos jovens
A crise climática não é apenas uma questão científica ou política: ela afeta diretamente a vida e o futuro dos Jovens. Professores, catequistas e animadores juvenis têm um papel decisivo na forma como os jovens compreendem as causas e consequências das mudanças climáticas e percebem o impacto de seus hábitos e escolhas. Os educadores ajudam a despertar esperança, responsabilidade e atitudes concretas.
2. Conectar a Fé ao cuidado pela Criação
O cuidado com a terra tem raízes profundas na Fé Cristã. A Criação é um dom de Deus, entregue à Humanidade como guardiã. Preces simples, reflexões bíblicas e gestos de gratidão pela natureza podem ajudar os jovens a integrar Fé e ciência. A ecoespiritualidade oferece, ao empenho pelo ecológico, um fundamento sólido.
3. Manter a justiça no centro
Os efeitos das mudanças climáticas atingem com mais força os grupos mais vulneráveis: comunidades indígenas, famílias de baixa renda, populações que vivem próximas a florestas, rios e zonas costeiras. Suas vozes e vivências devem estar presentes nas salas de aula e nos grupos juvenis. Estimular os jovens a perguntar “Quem ganha com isso?” e “Quem fica de fora?” contribui para formar um senso de justiça, enraizado no amor salesiano preferencial pelos pobres.
4. Transformar nossos ambientes educativos em modelos de vida ecológica
Escolas e Centros salesianos podem tornar-se exemplos concretos de cuidado pela Casa Comum. Práticas simples e consistentes - economia de água e energia, redução de resíduos, eliminação do plástico descartável, uso de meios de transporte sustentáveis, plantio de árvores nativas... - educam pelo exemplo. Mais que isso: os jovens devem ser protagonistas dessas iniciativas.
5. Envolver a comunidade mais ampla
O tema da educação climática precisa ganhar outros espaços, além das escolas e oratórios. É preciso envolver famílias e comunidades locais por meio de oficinas práticas – sobre resfriamento de casas, redução de contas de energia ou cuidados com árvores – torna a ação climática mais acessível. A colaboração com cientistas, profissionais da saúde, lideranças indígenas e especialistas regionais... reforça o senso de corresponsabilidade.
Uma das mensagens centrais da COP30 foi que a educação segue sendo essencial para uma ação climática eficaz. Ela fornece às sociedades os meios para compreender o fenômeno, fazer escolhas informadas e participar ativamente das soluções. Para os educadores salesianos, isso significa ajudar os jovens a acreditar que cada gesto conta! Cada decisão — aquilo que compram, dizem, estudam ou defendem — é uma semente plantada para o futuro do Planeta. A COP30 reafirmou, assim, que a educação é um dos caminhos mais poderosos para uma transformação ecológica conduzida pela Juventude.
Agência Info Salesiana