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08/12/2024

Do Oratório de Valdocco ao presente: Um legado que transforma vidas

O sonho de Dom Bosco vive nas obras salesianas, inspirando esperança e acolhimento para jovens em todo o mundo

No dia 8 de dezembro de 1841, Dom Bosco deu início ao seu primeiro oratório em Turim, Itália, marcando o início de uma obra que mudaria a vida de milhares de jovens ao longo dos séculos. Naquele dia, na sacristia da Igreja de São Francisco de Assis, ele acolheu Bartolomeu Garelli, um jovem órfão que buscava apoio e orientação. Este gesto simples, mas repleto de significado, tornou-se o embrião de uma grande missão: acolher, educar e evangelizar jovens vulneráveis.

O Oratório de Valdocco, criado por Dom Bosco, não foi apenas um espaço físico, mas um lar que oferecia acolhida, uma escola que preparava para a vida e uma igreja que apresentava a fé como fonte de alegria e sentido. Era um ambiente onde razão, religião e amorevolezza (caridade afetuosa) formavam o tripé do Sistema Preventivo, ainda hoje um pilar da pedagogia salesiana.

Passados mais de 180 anos, o espírito do primeiro oratório continua vivo nas obras salesianas espalhadas pelo mundo. Centros juvenis, escolas, projetos sociais e paroquiais se adaptaram às necessidades contemporâneas, mas permanecem fiéis ao legado de acolhimento e evangelização de Dom Bosco.

“O oratório salesiano, mesmo nos dias atuais, é um espaço de construção de sonhos e valores,” afirma Ana Maria, Coordenadora Nacional de Pastoral da Rede Salesiana Brasil. “Aqui, jovens encontram oportunidades de desenvolver suas potencialidades, descobrem um sentido para a vida e são acolhidos como parte de uma grande família”, conclui.

Em um mundo marcado por desigualdades e desafios sociais, o trabalho oratoriano segue relevante. Ele oferece não apenas um espaço seguro, mas também formação humana, espiritual e profissional para jovens que enfrentam vulnerabilidades.

Neste dia em que recordamos o início do oratório, somos convidados a nos unir ao carisma salesiano, apoiando as obras que mantêm vivo o sonho de Dom Bosco. Seja por meio do voluntariado, da doação ou da oração, cada gesto ajuda a construir um futuro mais esperançoso para nossos jovens.

Angélica Novais da comunicação da RSB

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Família salesiana celebra a memória da Beata Laura Vicuña

A Beata Laura Vicuña, nascida em Santiago, Chile, em 5 de abril de 1891, é celebrada pela Igreja Católica em 22 de janeiro, data de sua morte em 1904Laura foi aluna das Irmãs Salesianas e destacou-se por sua inteligência e disposição em ajudar os outros.  Demonstrou profunda devoção religiosa desde jovem, oferecendo sua vida pela conversão de sua mãe. Em 3 de setembro de 1988, o Papa João Paulo II beatificou Laura Vicuña, reconhecendo sua vida exemplar de santidade.  Atualmente, ela é considerada padroeira das vítimas de abuso.A memória de Laura Vicuña inspira os fiéis a buscar uma vida de fé, coragem e dedicação ao próximo, especialmente aos jovens em situações difíceis.

DEFS 2025: Ancorados na esperança que não decepciona

Com a sessão da manhã de sexta-feira, 17 de janeiro de 2025, os Dias de Espiritualidade de 2025 (DEFS 2025) entraram plenamente no coração do aprofundamento temático da mensagem da Estreia. De fato, se a primeira sessão, de quinta-feira, dia 16, serviu para montar o discurso, com a exibição do vídeo e o diálogo com o Vigário do Reitor-Mor, P. Stefano Martoglio, a palestra de Cristiana Freni, Docente da Universidade Pontifícia Salesiana (UPS), deu um passo à frente na reflexão, ilustrando o que realmente significa “Ancorados na Esperança que não decepciona”. A manhã contou com a oração comunitária no Teatro Grande Valdocco e a exibição de um vídeo com uma síntese do que foi partilhado na tarde anterior, útil para promover um clima de partilha e harmonia entre todos os presentes. Em seguida, o P. Joan Lluís Playà SDB, Delegado Central do Reitor-Mor para o Secretariado da Família Salesiana, juntamente com a Irmã Leslie Sandigo FMA, Conselheira Geral para a FS, apresentaram os trabalhos do dia. “O peregrino é quem vê muitas coisas pelo caminho, aprofunda o olhar, enxerga o essencial. Para o peregrino, o importante não é o conhecimento, mas a compreensão do ser e a imersão em seus mistérios”, disse o P. Playà. Vinda de Roma, onde leciona, a Profra. Freni criou um apurado excursus sobre a esperança, referindo-se também aos estudos e à produção científica de seu professor, P. Sabino Palumbieri SDB, fundador do Movimento "Testemunhas do Ressuscitado", XX Grupo da FS, também representado nestes DEFS - e de Gabriel Marcel, o filósofo por excelência, representante e porta-voz da Esperança. A palestrante observou como a Esperança não é apenas uma virtude teológica, mas uma dimensão fundamental e constitutiva do ser humano: ela impulsiona a superar os limites existenciais, dando direção e sentido à vida. A Esperança orienta o “peregrino” pela direção de um determinado destino e por uma perspectiva cristã; acompanha-o até o porto seguro, onde ancora em Cristo. Por suas características, parece não ser de natureza individualista, mas relacional, enraizada na comunidade e na partilha; e que se manifesta em gestos gratuitos de humanidade e acolhimento. “Ao contrário do otimismo, que se baseia em esperanças muitas vezes decepcionantes, a esperança se fundamenta numa tensão em direção à transcendência” - disse ainda a Profra. Freni. “É uma força interior capaz de superar até mesmo a morte, porque enfrenta o desafio da finitude humana, indicando que a vida não termina na terra, mas encontra sua realização na Eternidade. Se não tivéssemos a Esperança fundamental – de que nosso ser não está destinado ao fim de tudo, mas à plenitude, à realização – a nossa vida acabaria por assumir um valor contingente, precário, ilusório: desembocaria na derrota do vazio". Ao citar Marcel, a docente definiu a esperança uma como “memória do futuro”, elemento essencial do ser humano no caminho para a plenitude e, sobretudo, qualidade inseparável do amor, que se realiza plenamente no encontro com os outros. Concluindo sua reflexão, a acadêmica focou no exemplo de esperança oferecido pelo Santo da Juventude: "Dom Bosco foi um homem que esperou contra toda a lógica da consciência humana. Confiava e entregava todo o seu trabalho a Maria Auxiliadora, a Mãe que não abandona seus filhos, que se antecipa a eles em suas dificuldades e necessidades". A visão profética de Dom Bosco, acrescentou, testemunha como a Esperança era, para ele, uma realidade a ser construída com Fé e ação, e é por isso que, ainda hoje, sua figura permanece um como modelo para enfrentar os desafios contemporâneos com tenacidade e amor. Acesse a sessão completa da manhã desta sexta-feira, 17 de janeiro de 2025, disponível abaixo: Fonte: Agenzia Info Salesiana

Beato Tito Zeman: Um mártir pela liberdade e juventude salesiana

O Beato Tito Zeman é um exemplo de coragem e fidelidade ao carisma salesiano. Nascido em 4 de janeiro de 1915, na pequena vila de Vajnory, na atual Eslováquia, Tito demonstrou desde cedo sua vocação religiosa e seu desejo de servir a Deus. Sua vida é marcada pela dedicação à educação da juventude e pela defesa da liberdade religiosa durante um dos períodos mais difíceis da história europeia. Tito ingressou na Congregação Salesiana aos 16 anos, em 1931. Após realizar sua profissão perpétua em 1938, ele iniciou seus estudos teológicos. Foi ordenado sacerdote em 23 de junho de 1940, em plena Segunda Guerra Mundial. Mesmo diante das dificuldades trazidas pelo conflito, Tito manteve-se firme na missão salesiana de educar jovens e ajudá-los a crescer na fé e nos valores cristãos. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Tchecoslováquia foi ocupada pelo regime comunista em 1948. O novo governo deu início a uma campanha de repressão contra a Igreja Católica, fechando seminários, confiscando propriedades religiosas e perseguindo padres e religiosos. Foi nesse contexto que Tito Zeman se destacou por sua coragem e determinação em ajudar jovens salesianos a continuarem seus estudos para o sacerdócio, mesmo sob ameaça de prisão. Entre 1950 e 1951, Tito organizou expedições secretas para levar jovens salesianos à Itália, onde poderiam continuar seus estudos longe da repressão comunista. No total, ele liderou três missões de fuga, salvando dezenas de jovens de serem forçados a abandonar sua vocação. No entanto, durante a terceira expedição, em 1951, Tito foi capturado pelas autoridades comunistas. Após sua prisão, Tito foi submetido a torturas e interrogatórios, mas nunca revelou os nomes de seus companheiros. Em 22 de fevereiro de 1952, foi condenado a 25 anos de prisão sob a acusação de traição. Ele passou 13 anos em condições desumanas nas prisões comunistas, enfrentando trabalhos forçados, torturas físicas e psicológicas. Em 1964, já em estado crítico de saúde, Tito foi libertado. Faleceu em 8 de janeiro de 1969, com 54 anos, como consequência dos maus-tratos sofridos durante o cárcere. Beatificação e Reconhecimento - O testemunho de vida e martírio de Tito Zeman foi amplamente reconhecido pela Igreja Católica. Em 27 de fevereiro de 2017, o Papa Francisco reconheceu seu martírio em ódio à fé, abrindo caminho para sua beatificação. A cerimônia ocorreu em 30 de setembro de 2017, em Bratislava, Eslováquia, consolidando-o como exemplo de amor à liberdade e à educação cristã. Tito Zeman é lembrado como um mártir da liberdade religiosa e um defensor incansável da juventude. Seu exemplo inspira não apenas salesianos, mas todos aqueles que acreditam no poder transformador da educação e na importância de lutar por um mundo onde a fé e a dignidade humana sejam respeitadas. "Mesmo que eu perca a vida, nunca considerarei um erro ajudar os jovens a alcançar sua vocação sacerdotal." — Beato Tito Zeman. Que seu testemunho continue a iluminar caminhos de coragem, fidelidade e esperança para as futuras gerações. Comunicação da Rede Salesiana Brasil
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