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13/11/2023

Celebração litúrgica de Santo Artêmides Zatti

Celebração litúrgica de Santo Artêmides Zatti

Nascimento: 12/10/1880

Beatificado: 14/04/2002

Canonizado: 09/10/2022

Celebração Litúrgica: 13/11

 

No dia 9 de abril de 2022, o Santo Padre Francisco recebeu em Audiência, Sua Emcia. Revma. Cardeal Marcello Semeraro, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos. Durante a audiência, o Sumo Pontífice autorizou a mesma Congregação a promulgar o Decreto relativo ao milagre atribuído à intercessão do Bem-Aventurado Artêmide Zatti, Leigo Professo da Sociedade Salesiana de São João Bosco, nascido em 12 de outubro de 1880 em Boretto (Itália) e falecido em 15 de março de 1951 em Viedma (República Argentina). Com este ato do Santo Padre, se abre, portanto, o caminho para a Canonização do Bem-Aventurado Artemide (Artêmides) Zatti SDB.

Artemide (Artêmides) Zatti nasceu em Boretto (Reggio Emilia), Itália, no dia 12 de outubro de 1880. Experimentou muito cedo a dureza do sacrifício, pois já aos nove anos devia ajudar nos trabalhos do campo. Nos inícios de 1897, obrigada pela pobreza, a Família Zatti teve de migrar para a Argentina, estabelecendo-se em Bahía Blanca, onde o jovem Artêmides começou a frequentar a paróquia dirigida pelos Salesianos, achando no Pároco – Pe. Carlos Cavalli, pessoa afável e pia, e de uma bondade extraordinária – o seu diretor espiritual. Foi ele quem o orientou para a vida salesiana. 

Artêmides já contava 20 anos quando entrou para o aspirantado de Bernal e, ao dar assistência a um jovem sacerdote afeto de tuberculose, contraiu a mesma doença. O interesse paterno do Pe. Cavalli – que o seguia de longe – fez com que lhe escolhessem a Casa salesiana de Viedma, onde o clima era mais adaptado e sobretudo porque havia um hospital missionário, com um muito capaz enfermeiro salesiano que praticamente se fazia de “médico”: o Pe. Evasio (Evásio) Garrone. Este convidou Artêmides a rezar a Nossa Senhora Auxiliadora para obter a cura, sugerindo-lhe fazer uma promessa nestes termos: “Se Ela o curar, você vai se dedicar por toda a vida a estes doentes”. Artêmides não pensou duas vezes: fez a promessa e misteriosamente sarou. Ele diria depois: “Acreditei. Prometi. Sarei!”. O seu caminho já estava traçado com clareza e ele o empreendeu com entusiasmo. Aceitou, com humildade e docilidade, o não pequeno sofrimento de renunciar ao sacerdócio, vivendo em plenitude e com alegria a vocação de Salesiano Coadjutor (ou Irmão). Fez a primeira Profissão religiosa como Salesiano Leigo no dia 11 de janeiro de 1908 e a Profissão perpétua no dia 8 de fevereiro de 1911. Coerentemente com sua promessa a Nossa Senhora, devotou-se imediata e totalmente ao Hospital, cuidando, num primeiro momento, da farmácia anexa. A seguir, quando em 1913 morreu o Pe. Garrone, teve de arcar com toda a responsabilidade pelo Hospital: tornou-se de fato vice-diretor, administrador e enfermeiro especialista, estimado por todos os doentes e pelo mesmo pessoal sanitário, o qual lhe deixava cada vez mais liberdade de ação.

Seu serviço não se limitava ao hospital: estendia-se a toda a cidade; ou melhor, às duas localidades situadas às margens do Rio Negro: Viedma e Patagones. Em caso de necessidade, desabalava a qualquer hora do dia ou da noite, com qualquer tempo, chegando aos tugúrios da periferia, e tudo fazendo gratuitamente. A sua fama de enfermeiro santo se difundiu por todo o Sul; e de toda a Patagônia lhe chegavam doentes. Não era raro o caso de doentes preferirem a consulta do enfermeiro santo àquela dos médicos de plantão.

Artêmides Zatti amava os seus doentes de modo realmente comovente. De tal forma via neles o mesmo Jesus Cristo que quando pedia às religiosas roupas para um menino recém-chegado, dizia: “Oi, Irmã, teria aí uma roupinha para um Jesus de 12 anos?”. A sua atenção aos doentes era tal que chegava a delicados matizamentos. Há quem lembre de o ter visto levar aos ombros, para a câmara mortuária, o corpo de um residente, falecido durante a noite, para o subtrair da vista dos demais enfermos: e o fazia rezando o Salmo 130. Fiel ao espírito salesiano e ao lema – “trabalho e temperança” – deixado por Dom Bosco a seus jovens, desempenhou uma atividade prodigiosa com habitual prontidão de ânimo, com heroico espírito de sacrifício, com absoluta indiferença perante qualquer satisfação pessoal, sem nunca tirar férias, ou descansar. Houve quem dissesse que os únicos cinco dias de descanso que ele tirou foram os passados na... prisão! Sim, conheceu também a prisão: por causa da fuga de um preso residente no Hospital, fuga que se lhe quis atribuir a ele. Deixou a prisão absolvido e sua volta para casa foi mais que triunfal.

Era pessoa de fácil relacionamento humano, com visível carga de simpatia, feliz de poder deter-se e papear com a gente humilde. Mas foi sobretudo um homem de Deus: irradiava-O! Um médico do hospital, praticamente incrédulo, diria depois: “Quando via o Sr. Zatti, a minha incredulidade vacilava!”. E outro: “Eu creio em Deus desde o dia em que conheci o Sr. Zatti”.

Em 1950 o incansável enfermeiro caiu de uma escada: foi nessa ocasião que se manifestaram os sintomas de um tumor maligno que ele mesmo lucidamente diagnosticou. Continuou, entretanto, a cumprir sua promessa por mais um ano, até que, depois de sofrimentos heroicamente aceitos, foi-se apagando, também lucidamente, em 15 de março de 1951, cercado pelo afeto e a gratidão de toda a população.

Foi declarado Venerável em 7 de julho de 1997 e Bem-Aventurado (ou Beato) por São João Paulo II na Praça de São Pedro, no dia 14 de abril de 2002. Em 09 de outubro de 2022, foi Canonizado pelo Papa Francisco, sendo sua Celebração litúrgica comemorada em 13 de novembro pela Igreja.

Confira o Acervo Salesiano no portal da RSB e conheça mais sobre as personalidades da Santidade Salesiana. Acesse rsb.org.br/acervo-salesiano/santidade-salesiana

Fonte: sdb.org

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ENAC 2025 se despede em Aparecida com compromisso renovado dos comunicadores salesianos

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ENAC 2025: Tarde do terceiro dia destaca tecnologias emergentes e promove formação prática em oficinas temáticas

O terceiro dia do III Encontro Nacional de Comunicação da Rede Salesiana Brasil (ENAC 2025), realizado nesta sexta-feira (08/08), foi marcado por uma intensa programação formativa voltada para a reflexão e a prática da comunicação em sintonia com as tecnologias emergentes e os desafios contemporâneos da missão salesiana. No período da tarde, os participantes se dividiram em salas para vivenciar duas rodadas de oficinas temáticas, que abordaram conteúdos fundamentais para o aprimoramento da atuação nas presenças locais: A oficina de “Captação de recursos e inovações no mercado da ação social”, com Sandra Sahd, convidou os participantes a refletir sobre a premissa de que “captar recursos é, antes de tudo, construir vínculos” e que, sem comunicação, não há vínculo possível. Sandra destacou a importância do storytelling e da prestação de contas como diferencial para resultados sustentáveis. 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A palestra mostrou como a IA pode ser grande aliada na criação de estratégias, ajudando a entender o comportamento do público, personalizar conteúdos e tomar decisões com mais agilidade e precisão.”Reberson Ricci Ius: “Nós somos responsáveis por como queremos ser medidos.” "Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD": diretrizes práticas para a realidade salesiana, com Frank Ned, ofereceu orientações aplicáveis ao cotidiano das obras salesianas, com foco em procedimentos práticos, responsabilização e proteção de dados de alunos, famílias e colaboradores. A oficina buscou traduzir a legislação para rotinas institucionais e enfatizar a necessidade de políticas claras e prevenção. Confira o relato de um participante da oficina:Euclides Fernandes: A partir da descrição do tema da lei geral de proteção de dados, foi apresentada a definição de que o objetivo da lei é a proteção do indivíduo. "Os gestores de empresas se preocupam com a multa pela não aplicação da lei, mas ela fala da proteção do indivíduo", declarou. "Gestão de crise e comunicação institucional: estratégias para proteger a reputação em tempos de turbulência", com Jakson Pereira, tratou da inevitabilidade das crises e da necessidade de preparação, planejamento e fala firme. A oficina ressaltou que silêncio e improviso pioram crises e que a atuação em rede fortalece marcas e credibilidade. Confira o relato de alguns participantes da oficina:Gislan Vitalino: “Gostei da frase do Jakson, que disse: ‘Crises são inevitáveis. Desespero é opcional’. O momento foi muito enriquecedor. 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O palestrante conduziu uma excelente palestra, com muitos tópicos práticos da nossa realidade e dicas importantes para conduzir crises da melhor forma possível.” As oficinas ofereceram um espaço de escuta, partilha e aprofundamento técnico, promovendo o fortalecimento das competências comunicacionais em todas as frentes da missão: educação, pastoral, ação social e gestão institucional, reafirmando o compromisso da Rede Salesiana Brasil com a qualidade, a identificação carismática e a presença efetiva junto aos jovens e às comunidades. O dia foi encerrado com a tradicional “Boa Noite Salesiana”, conduzida pelos coordenadores Eduardo Rogério Schmitz (Inspetoria São Pio X) e Euclides Fernandes Brites (Inspetoria Santo Afonso Maria de Ligório), reforçando o sentido de comunhão e corresponsabilidade no compromisso de comunicar com autenticidade, zelo pastoral e fidelidade ao carisma de Dom Bosco e Madre Mazzarello. O ENAC 2025 seguiu até sábado (09/08), aprofundando temas estratégicos da comunicação e consolidando redes de cooperação e protagonismo entre os comunicadores das diversas presenças salesianas do Brasil.   Acesse as fotos da tarde deste terceiro dia abaixo:   Angélica Novais da Comunicação da Rede Salesiana Brasil

ENAC 2025: Manhã do terceiro dia discute como a inteligência artificial pode fortalecer a comunicação nas presenças salesianas

O terceiro dia do III Encontro Nacional de Comunicação da Rede Salesiana Brasil (ENAC 2025), realizado nesta sexta-feira (08/08), foi marcado por uma intensa programação formativa voltada para a reflexão e a prática da comunicação em sintonia com as tecnologias emergentes e os desafios contemporâneos da missão salesiana. As atividades foram iniciadas com um momento de oração conduzido pela Ir. Kelly Gaioso de Andrade, Coordenadora de Comunicação da Inspetoria Maria Auxiliadora, que acolheu os participantes no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida/SP. “Somos comunicadores no tempo do cansaço, mas escolhemos semear esperança. Esperança que nasce do Evangelho, que se traduz em gestos simples, em palavras que consolam, em redes que se aproximam”, disse Ir. Kelly durante a oração. A espiritualidade salesiana norteou a abertura do dia, lembrando que comunicar é também um ato de esperança, de fé e de compromisso com os jovens. Na sequência, o workshop conduzido por Felipe Rodrigues, com o tema “Tecnologias emergentes e IAs que potencializam o trabalho salesiano”, proporcionou uma imersão nas possibilidades de uso da inteligência artificial na comunicação institucional, educativa e pastoral.  Felipe mostrou que a IA já é uma realidade presente em diversos setores e destacou a importância de utilizá-la com intencionalidade, ética e discernimento. “A IA não é um gênio da lâmpada, mas um adolescente genial que precisa de orientação”, afirmou, alertando para o risco da dependência tecnológica sem criticidade. Segundo ele, o diferencial humano, como a criatividade, o senso de propósito e a escuta sensível, permanece insubstituível, especialmente em ambientes educativos carismáticos como os da missão salesiana.  Felipe convidou os participantes a refletirem sobre como a IA pode ser usada para ampliar a personalização do ensino, otimizar tarefas administrativas e potencializar a comunicação sem perder de vista aquilo que é essencial: o relacionamento próximo, a presença ativa e a formação integral dos jovens. “A inteligência artificial já não é mais futuro, ela está entre nós, moldando como buscamos informações, consumimos conteúdo e nos relacionamos com o mundo digital. O desafio não é mais adotar ou não, mas como fazer isso com responsabilidade e propósito” Destacou-se, ainda, um estudo recente do MIT, que comparou o desempenho de pessoas que escreveram textos com ou sem o apoio de ferramentas de IA. A pesquisa revelou que aqueles que recorreram diretamente à inteligência artificial apresentaram menor conectividade cerebral, menos senso de autoria sobre o que escreveram e dificuldade em lembrar ou citar suas próprias produções.  Para Felipe, o dado é um alerta: “A IA não é para preguiçosos. Ela pode ser uma aliada poderosa, desde que venha depois do pensamento crítico e da ativação da nossa própria inteligência”. Inspirado por essa lógica, o palestrante propôs uma reflexão: como Dom Bosco utilizaria a IA hoje? A resposta, segundo ele, passa pelo uso virtuoso e educativo da tecnologia, automatizando tarefas repetitivas, personalizando o aprendizado e ampliando a comunicação, sem jamais substituir o relacionamento humano. Entre os principais insights deixados por Felipe Rodrigues, destacam-se: “Se algo é repetitivo, pode ser automatizado. Isso não é um problema, é uma oportunidade para que comunicadores dediquem mais tempo ao essencial: o relacionamento humano.” “A inteligência artificial já não é mais futuro, ela está entre nós, moldando como buscamos informações, consumimos conteúdo e nos relacionamos com o mundo digital. O desafio não é mais adotar ou não, mas como fazer isso com responsabilidade e propósito.” A manhã do ENAC 2025, assim, reforçou o papel estratégico da comunicação como ponte entre o carisma salesiano e as transformações do nosso tempo, com os olhos no futuro, mas os pés firmes na missão de educar e evangelizar jovens.   Acesse as fotos da manhã deste terceiro dia abaixo:   Angélica Novais da Comunicação da Rede Salesiana Brasil
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