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19/03/2023

Dia de São José

Dia de São José

A menção mais antiga sobre o culto a São José, no Ocidente, deu-se por volta do ano 800, no norte da França. No dia 19 de março, lê-se: “Ioseph sponsus Mariae”. A referência a José, esposo de Maria, tornou-se cada vez mais frequente entre os séculos IX e XIV.  

Na bíblia, José ocupa o espaço de pai zeloso e protetor, sendo citado em vários momentos, exemplificando o papel de obediência a Deus e amor paternal e caridoso na Sagrada Família. Confira alguma das citações: São José era um humilde carpinteiro (Mt 13,55); esposo de Maria (Mt 1,18; Lc 1,27), justo (Mt 1,19), obediente à lei (Lc 2,22.27.39). Fez uma viagem cansativa com Maria até Belém onde viu Jesus nascer num estábulo (Lc 2,7) sendo testemunha da adoração dos pastores e dos Magos (Lc 2,1-20). José assumiu a paternidade legal de Jesus e deu-lhe o nome (Mt 1,21); ofereceu o Menino ao Senhor no templo e ouviu a profecia de Simeão a respeito dele e de Maria (Lc 2,22-35), dentro outras.

 

SÃO JOSÉ E A FAMÍLIA SALESIANA

José é patrono do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), querido por Dom Bosco (Constituição das FMA, 1885) para invocar a intercessão e empreender um caminho de santidade feito de silêncio, humilde disponibilidade e acolhida dos sinais de Deus. Nas Comunidades das FMA, São José é invocado como “tesoureiro” e protetor das obras: “Também em Nizza, São José foi eleito 'tesoureiro' da casa, sendo-lhe confiada a saúde das irmãs e das meninas, e a tarefa de afastar o pecado. (…) Este ano, portanto, com o novo braço da fábrica, iniciado na primavera, como não reacender a confiança no Santo da Providência? … por isso, é constante o convite: 'Rezemos a São José! Digamos a São José!'. É Geral o filial apelo ao chefe da Sagrada Família”.  (Cronistória III 170)

A então Madre Geral das FMA, Madre Yvonne Reungoat, no dia 19 de março de 2020, Solenidade de São José, em sua Mensagem, convidou todas as Comunidades Educativas do Instituto das FMA a se confiarem à sua intercessão no tempo de particular provação pela pandemia da COVID-19: “Peço-vos que continuem a manter viva em cada Comunidade Educativa, e em cada uma de nós, o compromisso de preparação ao Capítulo Geral XXIV; a escutar, com o coração disponível, a palavra de Maria, Sua Esposa, que nos diz: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Que nos ensine a viver o silêncio orante como fez diante de situações delicadas, precárias e humanamente difíceis, em particular pelo Coronavírus”.

 

CARTA APOSTÓLICA PATRIS CORDE

No dia 8 de dezembro de 2020, por ocasião do 150º aniversário da declaração de São José como Padroeiro Universal da Igreja, o Papa Francisco lançou a Carta Apostólica Patris Corde (Coração de Pai). Suas reflexões retomam a mensagem contida nos versículos transmitidos nos Evangelhos para destacar ainda mais o papel central de José na história da Salvação: o Beato Pio IX o declarou "Padroeiro da Igreja Católica", o Venerável Pio XII o apresentou como "Padroeiro dos Trabalhadores", e São João Paulo II como "Guardião do Redentor". 

 

AS DIVERSAS FACES PATERNAS DE SÃO JOSÉ SEGUNDO A PATRIS CORDE

Pai amado

José pôs-se a serviço do plano de salvação, cuidando da Sagrada Família, que Deus lhe confiou: foi um servo atencioso no momento da Anunciação; um servo prudente ao cuidar de Maria e do Menino, que carregava no seu seio; defensor da Família no momento de perigo. Estes são apenas alguns aspectos da figura de São José, que explicam por que o povo santo o venera com particular devoção.

Pai na ternura

José ensinou Jesus a andar, segurando-o pela mão. Jesus viu a ternura de Deus em José, homem justo. Em José, Jesus viu um homem de fé, que sabia encarar a vida com esperança, porque, em meio às tempestades, Deus permanece firme no leme do barco da vida.

Pai na obediência

O desígnio de Deus foi revelado a José em sonhos e a sua resposta sempre foi pronta: no momento da Anunciação do Senhor; quando Herodes queria matar o Menino; após a morte de Herodes. José era guiado por Deus e obedecia. Jesus respirou esta "submissão" filial a Deus e aprendeu a obedecer a seus pais.

Pai no acolhimento

A figura de José é apresentada como um homem respeitoso, delicado, capaz de colocar a dignidade e a vida de Maria acima de tudo, até mesmo da sua reputação. José aceita tudo, ciente de que é guiado pela providência de Deus; entende que a vida se revela na medida em que acolhe o plano de Deus e se reconcilia com seus desígnios. Eis o realismo cristão: acolher em Deus a própria história, para acolher o próximo.

Pai na coragem criativa

Diante das dificuldades, José sempre encontrou recursos mais inesperados. Ele é o homem através do qual Deus desenvolve os primórdios da história da salvação; os obstáculos não impedem a audácia e a obstinação deste homem, justo e sábio. Deus confia neste homem, como confiou em Maria. Por isso, ele foi o Custódio da Sagrada Família: a de Nazaré e a de hoje, que é a Igreja.

Pai trabalhador

O trabalho, entendido como participação na obra de Deus, foi desempenhado por José na sua vida e o ensinou ao seu filho Jesus: a importância do trabalho é a origem de uma nova "normalidade", da qual ninguém está excluído. A obra de São José recorda que o próprio Deus, feito o homem, não deixou de trabalhar, pois o trabalho é a garantia da dignidade humana.

Pai na sombra

Ser pai significa preparar o Filho às experiências da vida, à realidade, sem o prender, deter, tomar posse dele, mas fazer com que ele seja capaz de fazer suas escolhas, ser livre e poder partir. A lógica do amor é sempre a lógica da liberdade: a alegria de José é doar-se. Ele se tornou inútil e viveu na sombra, para que seu Filho pudesse emergir. 

(cf. citações extraídas da Carta Apostólica “Patris Corde” do Papa Francisco) 

Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil, com informações do Vatican News

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Irmã Maria Troncatti ganha site oficial em sua homenagem

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Aniversário de 142 anos da presença salesiana no Brasil

Em 14 de julho de 1883, chegavam a Niterói, RJ, os primeiros Salesianos, para iniciar a obra de Dom Bosco no Brasil 14 de julho de 1883. Rio de Janeiro. Tudo transcorria normalmente e tudo levava a crer que seria um dia igual aos outros. Porém, nos desígnios de Deus a semente de um grande projeto de educação, de pastoral, de assistência social e de comunicação estava sendo semeada. No final da tarde chegavam ao Brasil, mais precisamente em Niterói, RJ, os primeiros Salesianos de Dom Bosco. Desta semente surgiria a Família Salesiana no Brasil, constituída por um vasto movimento de pessoas que trabalham para construir o Reino de Deus nas mais diferentes formas de educação, pastoral e assistência social.  Em Niterói, os Salesianos iniciaram o trabalho educativo com uma pequena escola e um pequeno número de alunos. Dizem as crônicas que eram 10. Como acontece em muitos inícios, aqui também tudo era precário, menos a vontade de servir a Deus através da educação da juventude. Este início foi o impulsionador de inúmeros outros inícios que foram se espalhando, aos poucos, em quase todos os Estados onde os Salesianos estão presentes, ganhando muitas formas e outras estruturas. A pedagogia e o carisma de Dom Bosco, baseados no tripé “razão, religião e carinho” que são o fundamento do Sistema Preventivo, foram as colunas que deram sustentação ao entusiasmo dos salesianos no seu trabalho. Durante estes 142 anos de presença no Brasil, à frente de inúmeras instituições de ensino básico e superior, de obras assistenciais, de escolas profissionais, de paróquias, de meios de comunicação social, de ações missionárias, os salesianos têm demonstrado muita fidelidade a Dom Bosco e compromisso com sua missão. Nem tudo e nem sempre foi fácil. Basta ver o que aconteceu com os salesianos em Niterói logo nos primeiros anos. Perseguições, difamações, calúnias e oposição de muitos políticos e líderes de algumas seitas. A mesma oposição e descaso eram sentidas quando, num movimento de expansão, os Salesianos procuravam outras cidades ou regiões para iniciar uma nova obra. Porém, nada disto foi suficiente para fazer desanimá-los de seus objetivos e de sua missão.  A que se deve tanto entusiasmo e tanta energia? Por que tanta significatividade junto aos jovens? De onde vem tanta capacidade de enxergar oportunidade para expandir o Evangelho? Alguns elementos chamam a atenção. Dentre eles podemos elencar: a) a fidelidade a um projeto de salvação inspirado por Dom Bosco cujo foco principal é a educação da juventude, principalmente a mais pobre e mais necessitada. Como filhos de Dom Bosco, nunca houve desvio deste foco. b) a fidelidade ao Carisma de Dom Bosco e ao seu projeto educativo que tem como inspirador o desafio de levar o educando a encontrar um sentido para a vida, uma espiritualidade que mostra o transcendente, um modo de construir relações humanas baseado na bondade e no respeito. c) o trabalho com um projeto educativo que se preocupa com uma formação integral e integradora do educando. Os Salesianos são especialistas em gente por isso seu trabalho foca a inteligência (razão), o coração e as relações. Não basta formar apenas tecnicamente um estudante. É necessário que tenha uma visão humanizadora da sociedade, seja solidário, construa relações éticas e tenha uma visão transcendente daquilo que faz. d) a capacidade dos Salesianos de sempre se adaptarem às novas exigências da educação, não se apegando demasiadamente ao passado, mas também não buscando desesperadamente novos caminhos sem saber para aonde poderão levar. O equilíbrio entre não se afastar das raízes, mas ao mesmo tempo, a necessidade de buscar as alturas, dão fundamento à caminhada educativa e pastoral com criatividade, inovação e sustentabilidade. e) a capacidade de envolver no mesmo projeto educativo, educadores comprometidos, principalmente os integrantes dos diversos Grupos da Família Salesiana. Esta data nos leva a agradecer a presença dos Salesianos no Brasil, mas ao mesmo tempo, reanimar o compromisso que temos de levar adiante o projeto educativo de Dom Bosco. Que esta caminhada se fortifique e que continue formando “bons cristãos e honestos cidadãos” para o bem de nossa sociedade. Por: Boletim Salesiano - Oswaldo Dalpiaz é presidente da Federação Nacional dos Ex-alunos
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