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24/06/2024

Irmã Salesiana traz nova tradução das Cartas de Madre Mazzarello

Irmã Salesiana traz nova tradução das Cartas de Madre Mazzarello
Fotos: Acervo pessoal da Ir. Ana María Fernández

Celebrando os 73 anos de canonização de Madre Mazzarello, ocorrida em 24 de junho de 1951, em uma iniciativa que promete aprofundar a compreensão das origens espirituais das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), a Irmã Ana María Fernández concluiu a nova tradução das cartas de Santa Maria Domingas Mazzarello. A tradução, realizada para o espanhol da América Latina, busca ser mais fiel às nuances originais das mensagens da santa, preservando o estilo e a intenção de suas palavras.

Irmã Ana María Fernández, professora e pesquisadora na Cidade Autônoma de Buenos Aires (Argentina), dedicou anos ao estudo das cartas de Madre Mazzarello. Sua jornada começou durante os estudos no Curso de Espiritualidade Salesiana em Roma, onde seu interesse pela fundadora das FMA foi consolidado. "Quando as Superioras me pediram para concluir a licenciatura em Teologia Espiritual na Faculdade Teresianum de Roma, escolhi como tese de bacharelado o carisma pessoal de Maria Mazzarello e, para o doutorado, as Cartas como testemunhos e mediação de seu carisma", relata a Irmã Ana María.

A decisão de retraduzir as cartas nasceu quando Irmã Ana María percebeu a necessidade de uma versão que refletisse melhor a linguagem e as inflexões originais de Santa Maria Mazzarello, sem as "melhorias" estilísticas feitas em traduções anteriores. "Senti a necessidade de ter uma tradução para o espanhol que falamos na América e que ao mesmo tempo fosse mais fiel às inflexões da voz de nossa Madre", explica. Ela contou com a colaboração de outras irmãs Salesianas de Costa Rica e Colômbia para assegurar que a tradução fosse representativa de toda a América Latina, e não apenas da Argentina.

 

CONTRIBUIÇÃO PARA A MISSÃO DAS FMA

A nova tradução das cartas de Madre Mazzarello visa ser uma ferramenta crucial para a missão das Filhas de Maria Auxiliadora. Segundo a Irmã Ana María, "as cartas nos permitem mergulhar no coração de Madre Mazzarello através da sua palavra tal como ela a escreveu, abrindo-nos os olhos para alguns detalhes que são importantes e talvez tenham passado despercebidos". A revisão incluiu correções e esclarecimentos sobre destinatários, datas e circunstâncias, proporcionando um contexto mais claro e compreensível.

Durante o processo de tradução, surgiram histórias fascinantes sobre as destinatárias das cartas e a relação pessoal que Madre Mazzarello mantinha com cada uma delas. "Por exemplo, o simples fato de realocar Irmã Maria Sampietro, que deveria ir para Saint Cyr, na França, mas ainda não estava lá, mostra a ternura e a compreensão de Maria Mazzarello por esta irmã sofredora", conta a Salesiana.

 

UM CONVITE À REFLEXÃO

Irmã Ana María Fernández faz um apelo a todos os que tiverem acesso às cartas de Madre Mazzarello: "Gostaria de convidar quem puder ter nas mãos as Cartas de Maria Mazzarello a não permanecer apenas nas santas exortações da Madre, tão valiosas, mas também a escutar o batimento cardíaco profundo que está por trás de cada uma". Para ela, as cartas são uma janela para a vida e o espírito de uma figura que, apesar de distante no tempo, continua a inspirar e vivificar a missão das FMA.

Esta nova tradução representa um marco significativo para as Filhas de Maria Auxiliadora, oferecendo uma conexão mais íntima e autêntica com as palavras e o espírito de sua cofundadora, Santa Maria Domingas Mazzarello.

Confira a live de lançamento do livro “Em Nuestra Lengua”, da Ir. Ana María Fernández, clicando aqui.

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Escrito por Janaína Lima / Fotos: Acervo pessoal da Ir. Ana María Fernández

 

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Avaliação Trienal das Conferências CIB e CICSAL reúne Filhas de Maria Auxiliadora no Paraguai

Entre os dias 25 e 30 de agosto, acontece no Paraguai a Avaliação Trienal das Conferências Interinspetoriais do Cone Sul (CICSAL) e da Conferência Interinspetorial do Brasil (CIB), um encontro que reúne as irmãs Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), leigos(as) e jovens para refletir, avaliar e discernir caminhos de fidelidade ao carisma salesiano e à missão educativa. A ocasião é marcada pela visita da Madre Geral das FMA, Madre Chiara Cazzuola, que pela primeira vez pisa em solo paraguaio. A presença da 10ª sucessora de Madre Mazzarello é um sinal de comunhão e esperança para as comunidades do Cone Sul, especialmente neste ano em que se celebram os 125 anos da chegada das FMA ao Paraguai. 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Dia de Santo Agostinho: "Eis que habitávas dentro de mim e eu, lá fora, a procurar-Te!"

Instigado a voltar a mim mesmo, entrei em meu íntimo, sob tua guia e o consegui, porque tu te fizeste meu auxílio (cf. Sl 29,11). Entrei e com certo olhar da alma, acima do olhar comum da alma, acima de minha mente, vi a luz imutável. Não era como a luz terena e evidente para todo ser humano. Diria muito pouco se afirmasse que era apenas uma luz muito, muito mais brilhante do que a comum, ou tão intensa que penetrava todas as coisas. Não era assim, mas outra coisa, inteiramente diferente de tudo isto. Também não estava acima de minha mente como óleo sobre a água nem como o céu sobre a terra, mas mais alta, porque ela me fez, e eu, mais baixo, porque feito por ela. Quem conhece a verdade, conhece esta luz.  Ó eterna verdade e verdadeira caridade e cara eternidade! Tu és o meu Deus, por ti suspiro dia e noite. Desde que te conheci, tu me elevaste para ver que quem eu via, era, e eu, que via, ainda não era. E reverberaste sobre a mesquinhez de minha pessoa, irradiando sobre mim com toda a força. E eu tremia de amor e de horror. Vi-me longe de ti, no país da dessemelhança, como que ouvindo tua voz lá do alto: “Eu sou o alimento dos grandes. Cresce e me comerás. Não me mudarás em ti como o alimento de teu corpo, mas tu te mudarás em mim”.  E eu procurava o meio de obter forças, para tornar-me idôneo a te degustar e não o encontrava até que abracei o mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus (1Tm 2,5), que é Deus acima de tudo, bendito pelos séculos (Rm 9,5). Ele me chamava e dizia: Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). E o alimento que eu não era capaz de tomar se uniu à minha carne, pois o Verbo se fez carne (Jo 1,14), para dar à nossa infância o leite de tua sabedoria, pela qual tudo criaste.  Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu, fora. E aí te procurava e lançava-me nada belo ante a beleza que tu criaste. Estavas comigo e eu não contigo. Seguravam-me longe de ti as coisas que não existiriam, se não existissem em ti. Chamaste, clamaste e rompeste minha surdez, brilhaste, resplandeceste e afugentaste minha cegueira. Exalaste perfume e respirei. Agora anelo por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz. Fique com a música "Confissões", do projeto Sola, que apresenta um trecho da oração de Santo Agostinho: Dos Livros das  Confissões, de Santo Agostinho, bispo(Lib. 7,10.18;10,27: CSEL 33,157-163.255) (Séc.V)  

Celebração Litúrgica de Zeffirino Namuncurà

Venerável: 22/06/1972Beato: 11/11/2007Celebração Litúrgica: 26 de agosto Zeffirino Namuncurà nasceu em 26 de agosto de 1886, em Chimpay, às margens do Rio Negro. Seu pai Manuel, o último grande cacique das tribos indígenas Araucanas, havia se rendido três anos antes às tropas da República Argentina. Depois de onze anos de vida rural livre, Manuel Namuncurà envia Zeffirino para estudar em Buenos Aires, para que, no futuro, possa defender sua raça. A atmosfera familiar no colégio salesiano fez com que ele se apaixonasse por Dom Bosco. A dimensão espiritual cresceu nele e ele começou a desejar ser sacerdote salesiano para evangelizar seu povo. Escolheu Domingos Sávio como modelo e, durante cinco anos, através do esforço extraordinário de entrar numa cultura totalmente nova, ele próprio tornou-se outro Domingos Sávio. O compromisso com a piedade, a caridade, os deveres diários e o exercício ascético é exemplar. Esse menino, que achou difícil "entrar na fila" ou "obedecer a campainha", gradualmente se tornou um verdadeiro modelo. Como queria Dom Bosco, estava certo em cumprir seus deveres de estudo e oração, foi o árbitro nas recriações: sua palavra foi bem recebida pelos camaradas em disputa e ficou impressionado com a lentidão com que fez o sinal da cruz, como se estivesse meditando em cada palavra; com seu exemplo, ele corrigiu seus companheiros, ensinando-os a fazê-lo devagar e com devoção. Em 1903 (dezesseis anos e meio de idade, e seu pai foi batizado aos oitenta anos), Dom Cagliero o aceita no grupo de aspirantes em Viedma, capital do Vicariato Apostólico, para começar o latim. Por causa de sua saúde precária, o bispo salesiano decide levá-lo à Itália para que continue seus estudos de maneira mais séria e em um clima que parece mais adequado. Na Itália, ele conhece o Padre Rua e o Papa Pio X, que o abençoam com emoção. Ele frequentou a escola em Turim e depois no colégio salesiano de Villa Sora, em Frascati, e estuda muito para ser o segundo da classe. Mas um mal não diagnosticado a tempo, talvez porque nunca reclamou, minou-o: tuberculose. Em 28 de março de 1905, ele foi levado ao hospital Fatebenefratelli, na Ilha Tiberina, em Roma. Ele morreu pacificamente em 11 de maio. A partir de 1924, seus restos mortais descansam em sua terra natal, em Fortín Mercedes, onde multidões de peregrinos vêm para adorá-lo. Zeffirino Namuncurà se torna venerável em 22 de junho de 1972 e é beatificada em 11 de novembro de 2007 sob o pontificado de Bento XVI. Você pode conhecer mais sobre a vida e legado dos Santos, Beatos e Veneráveis da Congregação pelo menu “Acervo Salesiano” no site oficial da Rede Salesiana Brasil. Confira algumas imagens clicando aqui.Fonte: sdb.org
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