O Dia Internacional de Oração e Sensibilização contra o Tráfico de Seres Humanos (IDPAAHT) é celebrado anualmente em 08 de fevereiro, na Festa de Santa Josefina Bakhita, desde que foi formalmente criado em 2015. O principal objetivo deste dia é criar uma maior consciência do fenómeno do tráfico de seres humanos e refletir sobre a situação de violência e injustiça que afeta a vida de tantas pessoas. Outro objetivo é tentar encontrar soluções para combater o tráfico humano, através de ações concretas.
“Faço votos para que todos os que têm responsabilidades de governo se comprometam com determinação a remover as causas desta chaga vergonhosa, uma chaga indigna da sociedade civil. Cada um de nós se sinta comprometido a ser voz destes nossos irmãos e irmãs, humilhados na sua dignidade” - Papa Francisco, Angelus 8 de fevereiro 2015.
O tema da 10ª edição da Jornada continua o tema de 2023 (Caminhar com dignidade), escolhido por um grupo internacional de jovens empenhados na luta contra o tráfico. Este ano, é acrescentado o subtítulo ESCUTAR, SONHAR, AGIR para materializar o compromisso de "Apelo à Ação" assumido pelos representantes internacionais dos jovens reunidos em Roma em fevereiro de 2023.
A 10ª edição tem como objetivos promover a oração conjunta, como irmãos e irmãs de todas as idades, culturas e credos, para acabar com o tráfico humano e outras formas de exploração; aumentar a consciencialização sobre o tráfico humano a todos os níveis - igrejas locais, tradições e comunidades; celebrar o 10º aniversário do Dia com parceiros e pessoas de boa vontade; e encerrar o ano dedicado aos jovens (2023-2024).
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SOBRE SANTA JOSEFINA BAKHITA
Ainda muito nova, com apenas 9 anos de idade, dois homens sequestram Bakhita. Tamanha foi a angústia que vivera que a menina esqueceu de tudo, até mesmo do próprio nome. Assim, os mercantes árabes de escravos a rebatizam de "Bakhita", que significa "afortunada", uma ironia atroz para aquela menina nascida em 1869 numa aldeia de Darfur, no Sudão do Sul, e que agora se torna mercadoria humana nos mercados de El Obeid e Cartum.
Bakhita sobrevive a tudo, toda a dor, sofrimento e humilhações a que fora exposta, até que o agente consular, Callisto Legnami, a compra dos traficantes de Cartum e passa a lhe proporcionar uma vida com dignidade, após 10 anos de brutalidade nas mãos dos traficantes.
Em 1893, entra no noviciado das Canossianas, três anos depois emite os votos e, durante 45 anos, será cozinheira, sacristã e, acima de tudo, uma porteira do convento de Schio.
Com a chegada da velhice, Irmã Bakhita ficou muito doente e na agonia reviveu os terríveis anos de sua escravidão, suplicando vária vezes à enfermeira que a assistia: “Solta-me as correntes ... pesam muito!”.
Irmã Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na Casa de Schio, rodeada pela comunidade em pranto e em oração. O processo para a causa de Canonização iniciou-se doze anos após a sua morte e no dia 1 de dezembro de 1978, a Igreja emanava o Decreto sobre a heroicidade das suas virtudes.
Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil, com informações do Vatican News