15/05/2023

Dia do(a) Assistente Social: uma profissão essencial para a juventude

Dia do(a) Assistente Social: uma profissão essencial para a juventude

No dia 15 de maio, comemora-se o Dia do(a) Assistente Social. Essa data celebra uma profissão essencial para a sociedade, de forma especial, para a vida da juventude. O(A) assistente social é um(a) profissional capacitado para atuar em diversos campos, sempre buscando promover a igualdade social e o bem-estar dos indivíduos, sendo suas atribuições muito diversas, podendo variar de acordo com o campo de atuação e a área de especialização. Algumas das principais funções desempenhadas por um(a) assistente social são:

  • Planejamento, gestão e execução de programas e projetos sociais;
  • Atendimento e acompanhamento social;
  • Mediação de conflitos e promoção de diálogo social;
  • Defesa e garantia dos Direitos Humanos. 

Assim, conheça alguns(as) dos(as) Assistentes Sociais da Rede Salesiana Brasil que atuam diariamente na transformação de vida da juventude em situação de vulnerabilidade social do país:

 

Celso Kubichem Rodrigues

Centro Educativo Dom Bosco de Ji-Paraná (RO)

Inspetoria Salesiana São Domingo Sávio

 

COMO TUDO COMEÇOU PARA O CELSO

“As visitas domiciliares que realizei quando entrei na obra salesiana, para trabalho em uma oficina de serigrafia em maio de 2023, foram impactantes para mim, pois o acesso a outras realidades das famílias muitas vezes chocava de muitas formas. Isso me fez querer entender porque as pessoas estavam em condições tão precárias. Depois de certo tempo, organizei uma visita dos alunos a uma universidade aqui do município para que pudessem tirar dúvidas sobre a profissão que queriam escolher. Neste dia, vi uma apresentação do curso de serviço social e decidi fazê-lo. Foi a melhor escolha profissional que fiz!”

DESAFIOS E ALEGRIAS

“Estar permanentemente estudando e pesquisando sobre a realidade social é um desafio para os assistentes sociais, pois a efetividade e os resultados de sua ação dependem desta capacidade. A alegria é poder alcançar a transformação da realidade das famílias, seja por fazer valer um direito, ou ampliar novos direitos, ou ainda poder realizar projetos, bem como contribuir para a construção de leis. Quando você vê uma pessoa se beneficiando de um trabalho que tem a sua contribuição e ele transforma a vida de centenas, milhares de pessoas, não há melhor satisfação.”

A RIFA DO CAMINHÃO

“Certa vez, um benfeitor do município convidou quatro instituições para uma reunião e dentre elas estava o Centro Educativo Dom Bosco. Ele queria realizar uma doação de um veículo (um caminhão) para estas instituições e propôs a venda e divisão do valor para as quatro instituições. Porém, o valor do veículo variava entre 60 e 80 mil, então cada instituição poderia ficar com um valor entre 15 e 20 mil a depender do valor da venda. As instituições reuniram-se e resolveram fazer uma contraproposta: fazer uma rifa com 144 unidades no valor de mil reais cada, ao qual cada instituição ficaria responsável em vender 36 unidades. A ideia foi um sucesso e o valor arrecadado para cada instituição foi de 36 mil reais. O mais bacana foi que uma instituição ajudou a outra na venda das rifas e todas foram vendidas. E qual instituição vendeu o bilhete premiado? O Centro Educativo Dom Bosco!”

  

 

Charlene Lassalete Abreu Santana.

Centro Juvenil Dom Bosco, Fortaleza (CE)

Inspetoria Salesiana Maria Auxiliadora

 

A ASSITÊNCIA SOCIAL NA PANDEMIA

“Nossa atuação profissional foi e é fundamental! Atuamos nas mais diversas áreas, com contribuição significativa no atendimento à população, sempre na perspectiva de acesso e garantia de direitos, tanto na saúde, assistência e previdência social, o que se intensificou na pandemia. Com a necessidade de isolamento social, instalou-se a grande preocupação com o bem-estar e a saúde mental dos beneficiários. Buscamos alternativas e modos de reinventar o cotidiano dentro da realidade da distância, envolvendo familiares e/ou responsáveis. Todo esse trabalho fortaleceu o sentimento de pertencimento à instituição, o que é muito importante, especialmente naquela conjuntura. O maior desafio foi repensar e reinventar a intervenção profissional durante o período pandêmico, foi ultrapassar o que era do nosso cotidiano, afinal a maior parte dos profissionais trabalham em contato direto com a população. A maior alegria é saber que garantimos ao outro o pensar de sua condição humana, a busca e a concretização da superação.” 

RECEPÇÃO COM BALDE D’ÁGUA

“Foram tantas situações, por vezes inusitadas, provavelmente em todos os sentidos que se possa imaginar, mas lhe digo que a primeira não se esquece. Já fui recepcionada em uma visita domiciliar com balde de água e sabão, e garanto que a agilidade no desvio foi excepcional, na ocasião.”

  

 

Cristiane Machado de Souza

Instituto Medianeira - Casa Da Criança, Rio Pardo (RS)

Inspetoria Nossa Senhora Aparecida

 

COMO TUDO COMEÇOU PARA A CRISTIANE

“A desigualdade social existe e, infelizmente, sempre existirá. O racismo, a discriminação de gênero, o preconceito, a disparidade de trabalho e renda só agravam a desigualdade brasileira, segui a carreira de Assistente Social por ser muito gratificante, apesar dos desafios. Vejo como uma profissão que tem como objetivo melhorar a vida da população, prestar apoio e amparar pessoas que por algum motivo não estão tendo total acesso aos seus direitos.”

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NA PANDEMIA

“O distanciamento é físico, não é social! Seguimos na linha de frente, sem fazer o isolamento social, e isso se dá pela natureza da nossa profissão, que age no caos da desproteção à vida. O Assistente Social seguiu seu papel, acolhendo as famílias, garantindo os vínculos entre os atendidos e a Obra Social, trabalhando no atendimento a demanda na perspectiva do acesso e garantia de direitos e acesso às políticas públicas. Pós-pandemia, as sequelas sociais que ficaram são enormes, inúmeras situações de vulnerabilidade social, desemprego, saúde mental abalada, luto pela perda de entes queridos, dificuldade de acesso aos serviços e políticas públicas. O Assistente Social tem seu papel na busca de uma sociedade mais justa e igualitária.” 

DESAFIOS E ALEGRIAS

“O maior desafio é enfrentar, de forma coerente e criativa, as situações de vulnerabilidade social, defendendo os direitos sociais, e lutar pela eliminação de todas as formas de preconceito, buscando a superação dessas situações e a melhor qualidade de vida dos usuários. A maior alegria é ver a emancipação dos atendidos, a superação das dificuldades enfrentadas e as famílias conseguindo ir em busca de melhor qualidade de vida para seus membros.”

BICHO-DE-PÉ DURANTE RESGATE

Quando iniciei minha carreira profissional a 18 anos atrás, trabalhei na Prefeitura Municipal de Rio Pardo - RS, o que me trouxe muitos aprendizados, pois foi o ano em que a Política Nacional estava sendo estruturada. Como uma iniciante, eu queria poder ajudar todos de todas as formas possíveis, e em meu município teve um episódio de enchente em um balneário e fui juntamente com a Defesa Civil ajudar nos resgates, atravessei de barquinho a remo a enchente para atender as famílias. Depois do acolhimento, como eu estava de sapato aberto, tipo sandália, no entra e sai da água eu peguei Tunga Penetrans, conhecido como bicho-de-pé, custei para perceber, mas fui ao posto de saúde e retiraram.”

 

Eliane Maria de Castro Silva

Inspetoria Salesiana São Luiz Gonzaga, Recife (PE)

 

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NA PANDEMIA

“O Assistente Social, assim como outros profissionais, ficou na comissão de frente e/ou na retaguarda do processo pandêmico com o qual todos nos deparamos e que norteou para os limites entre o profissional e o pessoal. Foi desafiador esse período, mas, apesar das restrições e medidas de segurança mundial, conseguimos contribuir no atendimento ao público beneficiário das Obras Sociais e dos Colégios Salesianos, com os cuidados devidos e respeitando as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A pandemia ressaltou a fragilidade da sociedade, principalmente no que diz respeito ao sistema de garantia de direitos -  o acesso ao atendimento nas áreas da saúde, educação, alimentação, bens e serviços que permitiriam o bem-estar dessa população mais vulnerável, por vezes foi negado. Hoje continuamos com as mesmas problemáticas de acesso aos bens e serviços prestados pelas políticas públicas e o sistema econômico vigente continua a privilegiar uma pequena parcela da sociedade, acentuando ainda mais a desigualdade social. As restrições e perdas de toda ordem (humanas, materiais e financeiras), que abalaram a população de forma global, trazendo consequências físicas, psicológicas e comportamentais, que emergem da Questão Social em suas faces e configurações na atualidade, gerando novos desafios.” 

DESAFIOS E ALEGRIAS

“O maior desafio é assegurar que os beneficiários atendidos pelo serviço social tenham seus direitos constitucionalmente reconhecidos e efetivados, de forma igualitária e com equidade na sociedade. A maior alegria é quando encontro presencialmente e pelas redes sociais, os ex-alunos e ex-participantes dos projetos sociais sendo protagonistas e com seus Projetos de Vida concretizados (formados, trabalhando, sendo pais e mães...) mostrando que aquela semente que plantamos, cultivamos, renderam frutos e, de algum modo, fizemos a diferença na vida deles.

A “NOITE DO TERROR” DA ASSISTENTE SOCIAL

“Num passeio realizado pela Obra Social com os adolescentes entre 12 e 16 anos, fomos a um parque de diversão. Era o mês de outubro e o mesmo estava trabalhando a temática de “Noite do Terror”, onde uma das atrações era uma casa com personagens caracterizados de monstros. Um grupo de adolescentes pediu para eu acompanha-los, estava receosa de entrar (era medo mesmo), mas o grupo disse que ficariam junto de mim. Aí pensei: ‘eles estão com cuidado para comigo e, como educadora, a ‘assistência/presença’ faz parte. Assim fui. Minha gente, quando entramos, tudo estava escuro e não tinha como voltar, aí os ‘monstros’ começaram a correr atrás da gente e os meus ditos ‘protetores’ foram embora nas carreiras e eu fique para trás. Até hoje não sei quem gritava mais, se era eu ou os adolescentes”. 

  

 

Gilcelia Maria Dos Santos
Obra Social Dom Bosco, Itaquera (SP) 

Inspetoria Salesiana de Nossa Senhora Auxiliadora

 

COMO TUDO COMEÇOU PARA A GILCELIA

“Foi a vontade de poder ajudar as pessoas que se encontravam em situação desfavorável, que não conheciam os seus direitos e nem os órgãos competentes para fazer prevalecer os seus direitos. Foi o que me instigou a me tornar uma Assistente Social. Atuo há 8 anos na Obra Social Dom Bosco, mas possivelmente, foi durante a pandemia que a Assistência Social passou por momentos desafiadores. Durante a pandemia, em várias situações, nos tornamos um dos elos mais fortes para a população que estava carente e assustada com os problemas causados pela COVID-19. Porque o distanciamento foi físico, mas não foi social, tivemos que acolher, escutar, mediar, visitar, acompanhar, encaminhar, intervir e garantir um pouco de dignidade devido ao grande número de desempregados.”

DESAFIOS E ALEGRIAS

“O maior desafio, na minha opinião, é o reconhecimento e a valorização da profissão. E a maior alegria é quando conseguimos fazer com que os direitos dos nossos atendidos sejam garantidos. Através da nossa formação técnica e metodológica, podemos orientar a população em situação de vulnerabilidade a se reintegrar à sociedade de maneira justa e igualitária.”

   

 

Maria José de Andrade Freire Rodrigues

Centro Social Madre Mazzarello, Porto Velho (RO)

Inspetoria Salesiana Nossa Senhora da Amazônia

 

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NA PANDEMIA

“Ficou mais visível aos olhos públicos e privados a sua importância [do Assistente Social] em praticamente todos os serviços oferecidos à sociedade de um modo geral. Ficou bem claro que foi e é um profissional essencial no enfrentamento a pandemia. Fazer doação é fácil, difícil é doar-se! Aprendi na pandemia quando participei do projeto ‘É tempo de amar e servir’, promovido pela igreja, onde atendia os moradores de rua. Fui ser voluntária na desinfecção dos banheiros a cada utilização pelos atendidos e refleti como é difícil se doar, mas foi uma experiência que me ajudou muito a exercitar a empatia. Foi  uma experiência  inesquecível!”

AGORA SIM, ASSISTENTE SOCIAL!

“Uma senhora de 60 anos queria ter direito a uma aposentadoria, sem ter contribuído com a previdência. Revoltada, dizia que só iria me reconhecer como Assistente Social no dia em que estivesse aposentada, então ela falava bem alto e para várias pessoas na obra durante cinco anos, até chegar o tempo de ter direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Hoje ela se diz feliz e que antes eu não era Assistente Social, pois não conseguia sua a aposentadoria.”

   

 

Nivea Jaqueline Manoel

Centro Salesiano do Adolescente Trabalhador (CESAM-MG), Belo Horizonte (MG)

Inspetoria Salesiana São João Bosco

 

COMO TUDO COMEÇOU PARA A NIVEA

“Minha decisão de ser Assistente Social nasceu quando eu comecei a enxergar a realidade social ao meu derredor, minha família sempre contribuiu em caráter caritativo e nos ensinou isso, mas era pontual e hoje eu entendo ainda mais que era de forma assistencialista. Eu tenho uma sobrinha que, naquele tempo, trabalhava no Conselho do Idoso de Belo Horizonte e ela me falava do quanto os idosos, bem como os demais públicos prioritários que ela tinha acesso pelos outros conselhos, sofriam devido a muitas violações de direitos. Por isso, meu intuito sempre foi trabalhar nestes locais em prol da garantia da dignidade daqueles que mais precisam. Em 2013, eu iniciei o estágio no CESAM-MG e, após a formação na faculdade, vim trabalhar com crianças, adolescentes e jovens, trabalho esse que me conquistou e hoje não é só atuação profissional, mas sim Missão.”

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NA PANDEMIA

“Durante a pandemia, a atuação dentro do âmbito social foi crucial e de uma relevância que trouxe ainda mais confirmação de que nós precisamos ampliar e fortalecer nossa luta em prol da garantia e da defesa de direitos dos nossos atendidos que, na maioria das vezes, não são só carentes de bens materiais, mas também de informação e de orientação. No CESAM-MG, em especial, foi um período sem descanso e nossa ação estratégica foi pautada no acompanhamento das famílias de forma ainda mais incisiva, além do apoio e suporte às mesmas na alimentação, concedida através da entrega de cestas básicas, no encaminhamento, na intervenção e escuta que, por testemunho dos próprios atendidos, fez muita diferença.”

LEGALMENTE ADOTADA E JOVEM APRENDIZ DO CESAM

“Uma vez atendi no CESAM-MG uma adolescente que, com um ano de idade, havia sido entregue pela mãe à vizinha. Segundo ela, era somente alguns minutos para comprar uns pães, e ela foi embora. Desde então, a menina foi cuidada por essa vizinha que nunca buscou resolver a situação com receio de perder o vínculo ou que a mãe retornasse e pegasse a guarda de volta. Já havia se passado 15 anos do abandono da mãe, então nós orientamos e encaminhamos essa vizinha, visto que é necessário um responsável legal para o adolescente ingressar no trabalho protegido, fizemos o encaminhamento a Vara da Infância e Juventude e, em pouco tempo, a vizinha obteve a guarda legal desta adolescente e foi muito emocionante para nós e para a família. Logo depois, ela ainda foi contratada como Jovem Aprendiz do CESAM.”

  

 

Priscila Pêgo Belisário

Centro Juvenil Salesiano Santa Maria Mazzarello, Linhares (ES)

Inspetoria Salesiana Madre Mazzarello

 

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NA PANDEMIA

“Promover o acesso às políticas públicas e oferecer assistência a quem dela é de direito é o que me move. Na pandemia, o trabalho do(a) Assistente Social se tornou ainda mais importante, muitas famílias se depararam com uma nova realidade, o que já era difícil se tornou ainda mais. A nossa Obra foi agraciada com parceiros que realizam até hoje doações de alimentos que beneficiam nossas famílias.”

A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

“A importância se dá a partir do momento em que começamos a ocupar espaços não só de assistência social, mas também nos espaços de gestão, contribuindo nas análises da nova realidade, propondo ações concretas, sejam elas, de prevenção, reparação, na perspectiva do acesso e garantia de direitos. O maior desafio hoje é a busca sistemática por parcerias financeiras. A maior alegria é ver uma criança ou adolescente sendo protagonista da sua própria história, tendo autonomia na sua fala e buscando sempre a garantia de seus direitos.” 

CORRENDO DA MANADA

“Eu não trabalhava na Obra Social, e sim em outra instituição. Era visita domiciliar no interior (roça) e o acesso à casa da família era bem difícil, estrada de chão, muitos morros, até que chegamos na casa. Realizei a visita, mas na volta tivemos que correr de uma manada (risos) e o carro estava um pouco distante da casa. Eu e a psicóloga tivemos até que passar por cerca de arame farpado. Mas chegamos sãs e salvas no carro.”

   

 

Tania Pacheco Paz

Instituto Assistencial Dom Bosco, Guarapuava (PR)

Inspetoria Salesiana São Pio X

 

COMO TUDO COMEÇOU PARA A TANIA

“Sou ex-aluna da instituição na qual trabalho atualmente. Antigamente, era chamado de Instituto Educacional Dom Bosco. Passei boa parte da minha adolescência frequentando os pátios desse lugar. [...] Na época, eu e minha família enfrentávamos muitas dificuldades financeiras. Passar pelo Instituto Dom Bosco e ser Jovem Aprendiz em uma empresa parceira proporcionou a mim e a minha família sonhar mais além. Pela primeira vez eu senti que era possível eu ser alguém na vida, estudar, fazer a diferença. Na época, duas educadoras e uma assistente social me incentivavam a estudar, fazer vestibular e que se eu gostava da área social era para buscar isso. Nos atendimentos com a técnica, percebi que era aquilo que eu queria. Estudar mais sobre questão social e política pública para adolescentes”

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NA PANDEMIA

“Durante a pandemia de COVID-19, muitos profissionais estavam na linha de frente e um desses profissionais foi o Assistente Social [...] As crianças e adolescentes ficaram ainda mais suscetíveis aos riscos de desistência escolar, trabalho infantil, abuso e violência física e sexual. A fome aumentou e o desemprego também. Todas essas questões são matéria de Serviço Social, objetos de intervenção. O papel do Assistente Social durante e pós pandemia se tornou cada vez mais necessário e urgente, não somente pela sua prática técnica, mas também pela sua visão dialética, teórico-metodológica e ético-política da realidade social.”

DESAFIOS E ALEGRIAS

“A maior alegria é perceber resultados, em algumas vezes muito singelos, na construção dos direitos e na integridade de toda pessoa atendida: quando um adolescente ou família se reconhece como sujeito de direito, quando é possível contribuir e aliviar o fardo de enfrentarem sozinhos muitas expressões da questão social, quando percebo um trabalho em rede funcionando, quando percebo um adolescente lutando pelos seus sonhos, quando colho pequenas flores pelo caminho, quando consigo, sob a luz do pensamento de Gramsci, ‘causar pequenas rupturas nos sistemas de opressão’ e quando consigo sob a luz de Dom Bosco, fazer compreender que a ‘educação é coisa do coração’. O maior desafio é ter que repetir e repetir e enfrentar dia após dia o desrespeito com a profissão, o assistencialismo tomando lugar da política pública e da garantia de direitos. O desafio é permanecer firme diante de tantas desigualdades e violências, muitas vezes cometias pelo próprio estado e pelos próprios representantes das leis e dos serviços.”

A SALESIANIDADE NA ASSISTÊNCIA SOCIAL

“Quando eu vislumbrava um dia poder trabalhar como Assistente Social, eu sonhava muito em poder contribuir de forma educativa nos serviços. Atuar na política de assistência social sempre foi um desejo, mas a educação social na área da criança e do adolescente sempre me chamou muito. Isso se deve ao fato de eu ter vivido uma experiência de pátio com os educadores salesianos entre os 13 e 18 anos. Trabalhar em uma obra social, especificamente em uma obra social salesiana, significa atuar nessas três esferas de atuação do serviço social: assistência social, educação social e criança, adolescente e juventudes. Um dia entrei nesse espaço como adolescente, retornei como educadora social, voltei novamente como Assistente Social e hoje tenho a oportunidade de dizer que sou a Coordenadora de Projetos do lugar que me impulsionou a sonhar. Esse é meu grande desejo, fazê-los lembrar do seu grande potencial de sonhar e de transformar. Devolver para esta terra aquilo que ela me deu.”  

   

A Rede Salesiana Brasil agradece aos Assistentes Sociais de todo o país, em especial aos/às Assistentes Sociais das presenças Salesianas, por seus inestimáveis esforços em prol da juventude. O comprometimento diário, a dedicação e o apoio de cada um e cada uma são essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e inclusiva. A formação integral de “bons cristão e honestos cidadãos”, protagonistas de suas próprias histórias passa pelo cuidado de vocês. Obrigada!

Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil, com o apoio do Comitê de Ação Social Salesiana

 

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Parceria internacional potencializa ações sociais no Jacarezinho 

No dia 2 de setembro, a unidade salesiana localizada no Jacarezinho teve a honra de receber Markus Burri, Diretor da Jugendhilfe Weltweit (Vereinigung Don Bosco Werk). A visita marcou um momento crucial para o fortalecimento das ações sociais desenvolvidas na comunidade, especialmente por meio do projeto "Ressignificando Sonhos". Acompanhado pelo Inspetor da Inspetoria São João Bosco, Pe. Natale Vitali Forti, e o Ecônomo, Pe. Moacir José Scari, Markus participou de uma reunião com a equipe de gestores do Centro Inspetorial e representantes locais. Estiveram presentes também membros das empresas Arphos e Gerpro, além do Pe. Anselmo Nascimento e do Irmão Geraldo Aleixo. O encontro teve como pauta principal a revitalização das estruturas físicas da unidade, uma intervenção essencial que promete impactar diretamente a qualidade pedagógica e ampliar o alcance dos serviços prestados à comunidade. IMPACTO SOCIAL NA COMUNIDADE DO JACAREZINHO Atualmente, a instituição salesiana do Jacarezinho oferece educação básica regular para 412 crianças e adolescentes, além de atender 170 educandos por meio do projeto Oratório Festivo Dom Bosco, também conhecido como Escola Socioesportiva, que conta com o apoio da Fundação Real Madrid. As atividades desportivas, culturais e de lazer acontecem nos fins de semana, reforçando o compromisso da obra salesiana com o desenvolvimento integral dos jovens. Outro pilar dessa presença é a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, única igreja católica da comunidade, que realiza um trabalho significativo de evangelização e apoio espiritual. Com mais de 54 anos de história no Jacarezinho, a obra salesiana desempenha um papel fundamental no fortalecimento social e educacional da região. O projeto "Ressignificando Sonhos" visa não apenas modernizar as instalações da unidade, mas também implementar acessibilidade, promovendo a inclusão de pessoas com mobilidade reduzida e integrando práticas sustentáveis. Essas ações reforçam o compromisso da obra com a eficiência nas atividades e o impacto positivo na comunidade local. Essa parceria estratégica com a Jugendhilfe Weltweit é um passo importante para a continuidade e expansão das ações sociais salesiana local. Fonte: Inspetoria São João Bosco  

Lançamento do Dia de Doar UPV 2024

Na manhã desta terça-feira (24), presenças salesianas de todo Brasil se reuniram, pela plataforma Zoom, para dar a largada no Dia de Doar UPV 2024. Esta iniciativa da Rede Salesiana Brasil (RSB) é encabeçada pela União pela Vida (UPV), o movimento da RSB que busca incentivar, além das doações para as obras sociais salesianas do país, o espírito solidário como um todo através de voluntariado, parcerias e divulgação de ações.  Assim como no ano passado, a proposta para 2024 é continuar chamando a atenção de todos para a importância da preservação do meio ambiente e cuidado com a Casa Comum. Todo o evento foi comandado pelo Captador de Recursos da UPV, Phelipe Sales, que, mesmo antes do lançamento, já estava em um processo de animação das presenças salesianas em preparação para as ações que estariam por vir. O momento foi iniciado com uma fala da Direção Executiva da RSB, na ocasião representada apenas na pessoa do Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior, uma vez que Ir. Silvia Aparecida da Silva se encontrava em visita às presenças salesianas da Inspetoria do Norte do Brasil. “Sabemos o quão importante essa campanha e essa mobilização é para todas as nossa obras socias do país, mas também o quão fundamental é sensibilizarmos todos os atores e atrizes do cenário educacional diante dos desafios de uma vida comum, de uma vida com uma ecologia integral e com dignidade para todos e todas, principalmente jovens, crianças e adolescentes mais vulneráveis da nossa população”, diz Pe. Sérgio. Em seguida, fortalecendo o sentido de trabalho em rede que a RSB promove, as Coordenadoras Nacionais das áreas programáticas marcaram presença no evento, em apoio às ações propostas para o Dia de Doar UPV 2024. Em suas falas, Ir. Maike Loes, da Comunicação; Carolina Neves, da Ação Social; e Ir. Lucia Jacinta Finassi, das Escolas (esta última representada pela Gestora Pedagógica da Inspetoria São Pio X, Ana Cristina Sofiati), destacaram a importância da ação em rede e de gestos solidários em todos os sentidos.  Phelipe Sales iniciou sua apresentação trazendo um pouco das Boas Práticas realizadas nas presenças salesianas do Brasil durante as mobilizações do Dia de Doar UPV 2023 que incluíram iniciativas como a “Lixeira Falante” que conscientizava as pessoas sobre o cuidado com a Casa Comum; o “Semáforo Solidário”, entrevistas, podcasts, almoços solidários e a iluminação de monumentos salesianos com a luz verde, por exemplo. Como destaque, foi compartilhado o relato da Ana Cristina, Coordenadora do Oratório Salesiano de Barbacena (MG). A obra social promoveu diversas ações que culminaram em uma Mostra Cultural na nova quadra esportiva da obra que foi recuperada a partir da solidariedade da comunidade e instituições locais em prol da juventude mineira. Em seguida, Phelipe trouxe um pouco da contextualização sobre a Campanha Internacional do Dia de Doar, sua origem, seu crescimento e adesão em outros países, incluindo o Brasil, onde foi promovido pela Associação Brasileira de Captação de Recursos (ABCR) e, em 2020, adotado pela RSB e suas presenças com o nome de Dia de Doar UPV. No evento, também foi apresentado o Monitor de Doações que permite um diagnóstico do cenário de doações no Brasil Salesiano. Phelipe colocou como meta para 2024 a superação das arrecadações do ano anterior que somaram mais de 3 milhões de reais em apoio aos serviços oferecidos pelas obras socias salesianas do país. Para as formações de 2024, Phelipe revela que os participantes do Dia de Doar UPV também poderão contar com conversas sobre a captação de recursos e a COP30 (30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), por exemplo. “A gente precisa entender do que se trata. São decisões mundiais, são decisões de governos para o impacto ambiental, para melhorias, e a gente precisa acompanhar de perto, porque nós somos uma força que pode cobrar os nossos governos para se fazer cumprir o cuidado com a Casa Comum”, comenta Phelipe. No evento, também foi apresentado o vídeo oficial do Dia de Doar UPV 2024 que será publicado nas diversas mídias sociais das presenças salesianas do Brasil na próxima quarta-feira (25). Os participantes também tiveram acesso às peças gráficas e audiovisuais criadas pela equipe de Comunicação da RSB, que apoiarão as divulgações das iniciativas solidárias do Brasil Salesiano. Como Rede Salesiana Brasil, por meio da União pela Vida (UPV), convidamos a todos e todas para se engajarem nas ações do Dia de Doar UPV, despertando o espírito solidário todos os dias do ano. Encontre a obra social salesiana mais próxima a você e torne-se um(a) Benfeitor(a): rsb.org.br/social/onde-estamos Escrito por Janaína Lima, Analista de Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Presença Salesiana de Goiânia inaugura Oratório Festivo Bartolomeu Garelli

Na manhã do último sábado (14), a Presença Salesiana de Goiânia inaugurou seu oratório festivo em homenagem a Bartolomeu Garelli – jovem carente acolhido por Dom Bosco e que inspira a obra salesiana em todo o mundo. O encontro recebeu mais de 40 jovens e adolescentes da comunidade, contado com a acolhida salesiana, oficinas, jogos, lanche e música. O oratório festivo acontecerá nos ambientes de missão do CESAM Goiânia e do Ateneu Salesiano Dom Bosco. O diretor da Presença Salesiana de Goiânia, Pe. Wagner Gama afirma que esta é uma iniciativa conjunta das obras locais, envolvendo também as paróquias São João Bosco e Sagrado Coração de Jesus. “Nós já temos o Oratório Festivo São João Bosco, administrado pelo Pe. Gregório Batista, e o Centro Juvenil São Domingos Sávio, administrado pela associação de ex-alunos do colégio. Esta terceira iniciativa é um passo para prestar mais um serviço à juventude de Goiânia.” Hoje, Bartolomeu Garelli representa cada jovem carente que precisa de amparo e acompanhamento ao redor do mundo. De acordo com o diretor, o oratório festivo é um ambiente de missão que está vinculado à essência da obra de Dom Bosco, fundador da Sociedade São Francisco de Sales (Salesianos) e considerado pai e mestre da juventude. “Esta iniciativa vai às raízes da nossa congregação porque ela não iniciou com colégios ou com paróquias. Dom Bosco começou com oratório justamente para cuidar dos jovens marginalizados nas periferias de Turim. Nós damos continuidade a este trabalho. Salesianos e leigos unidos para proporcionar aos jovens um espaço onde eles têm acesso à religião, educação e ao lazer”, reforça Pe. Wagner. O Oratório Festivo Bartolomeu Garelli acontece todo sábado, das 8hàs 12h, com diversas Oficinas Juvenis Salesianas. Algumas das modalidades são: Futsal, Vôlei, Flag (futebol americano), Dança de salão, Teatro, Oratória, Libras, Capoeira, Violão, Design de moda e Juventude Missionária Salesiana (JMS). A jovem Rillary Christhyne está participando da oficina de futsal e acredita que o oratório é um ambiente para aprender, se divertir e fazer boas amizades. “Está sendo ótimo e eu estou aprendendo várias coisas novas. É uma experiência muito legal.” Para Henrique Manoel, as oficinais dão uma oportunidade para os jovens se distraírem e desenvolverem suas habilidades. “Também dá para interagir bastante com todo mundo e é algo muito bom para a comunidade.” O educador Roberto Rodrigues conduz a oficina de futsal do oratório e ressalta a importância da iniciativa para a sociedade. “É um lugar que possibilita aos jovens da comunidade o acesso ao esporte, cultura e entretenimento através da fraternidade salesiana. O Oratório Festivo Bartolomeu Garelli é mais um ambiente de desenvolvimento juvenil que atua com o Sistema Preventivo de Dom Bosco. Aqui, os jovens têm o acolhimento para criarem laços de amizade, fortalecer suas habilidades e romper barreiras pessoais e socioemocionais.” Fonte: Inspetoria São João Bosco

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