Nesta terça-feira (19) é celebrado o Dia Nacional do(a) Educador(a) Social. Este dia é dedicado a homenagear aqueles que desempenham um papel crucial junto a pessoas em situação de vulnerabilidade. Seguindo os passos de Dom Bosco e Madre Mazzarello, a Rede Salesiana Brasil (RSB) tem desempenhado um notável trabalho de acolhimento e atendimento a crianças, adolescentes e jovens que enfrentam desafios sociais, graças ao comprometimento de seus Educadores Sociais.
Abaixo, confira algumas histórias emocionantes de Educadores(as) Sociais Salesianos(as):
OBRA SOCIAL CASA BETÂNIA, EM GUARATINGUETÁ (SP)
“Eu costumo dizer que me tornar Educador Social mudou muito minha perspectiva de ver o mundo, ainda mais sendo um Educador Social Salesiano”
Sendo Educador Social na Obra Salesiana Casa Betânia, em Guaratinguetá (SP), Luis Gustavo Arruda está exercendo sua função desde 2019. Ao todo, a Obra em que ele atua atende aproximadamente 100 assistidos. O educador acredita que os desafios da sua profissão são: lutar para que os jovens tenham seus direitos garantidos, que tenham protagonismo e, principalmente, que a juventude seja ouvida. “Penso que nós educadores damos aos jovens a escuta, o acolhimento e o afeto em um mundo que cada vez mais vai ficando carente das coisas simples da vida. Um olhar com atenção que diz ‘eu estou aqui com você’, um abraço, com certeza vai fazer uma enorme diferença na vida de um jovem”, diz Luis Gustavo.
A Casa Betânia proporciona diversas ações, não só com os atendidos e atendidas, mas também com toda a comunidade local. Uma das ações que o educador Luis Gustavo fica à frente com os jovens é o Futebol Callejero - mais conhecido como Futebol de Rua – pois nessa ação é possível perceber que o esporte gera mudanças significativas para todos, principalmente o futebol Callejero que, diferentemente do futebol tradicional, traz em sua metodologia o fortalecimento do protagonismos juvenil, em consonância com o propósito da Obra.
OBRA SOCIAL PARQUE DOM BOSCO, EM ITAJAÍ (SC)
“O educador tem a sensibilidade para descobrir ‘a corda que vibra’ em cada educando, seus talentos”
Desde os seus 17 anos de idade, a Educadora Social, Sueli Pelusi, trabalha na Obra Social Parque Dom Bosco, onde são atendidos em torno de 850 crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, oferecendo atividades de contraturno escolar, cursos de iniciação profissional e encaminhamento para o mercado do trabalho. A instituição oferece café da manhã, almoço e café da tarde para todos os atendidos. “Comecei muito nova como Educadora e atendi muitas crianças da Comunidade. Dias atrás fui à uma consulta médica e, para minha surpresa, após o atendimento, a médica me reconheceu e disse: ‘Você é a Su! Do Canadá! E foi minha professora no Parque Dom Bosco'. Na conversa, ela destacou que não esqueceu da Instituição, do carinho e da alegria”, comenta Sueli Pelusi.
A caminhada da Sueli na Obra Social Parque Dom Bosco não é de hoje. Sua trajetória profissional teve início graças a Obra. “Cheguei ao Parque Dom Bosco com 03 anos, fui educanda de todos os cursos ofertados pela instituição na época, fui voluntária e, aos 17 anos, fui convidada para ser educadora. Minha vida profissional é toda na Instituição, só me ausentei por dois anos, quando ganhei meu filho”, diz a Educadora Social.
OBRAS SOCIAIS NOSSA SENHORA DA PENHA, NO RIO DE JANEIRO (RJ)
“O educador social tem uma relevante importância na formação humana e profissional dos jovens atendidos, a proximidade, o carisma, os incentivos das potencialidades pessoais tão desvalorizados pela sociedade, a escuta e o afeto”
Para a Educadora Social das Obras Sociais Nossa Senhora da Penha, no Rio de Janeiro (RJ), Edna Mara da Silva, os principais desafios que sua profissão proporciona são a desigualdade social crescente nas estruturas educacionais, a desestruturação das famílias e a falta de perspectivas de projeto de vida.
A Obra oferece atividades relacionadas à promoção da integração ao mundo do trabalho, medidas socioeducativas, direitos humanos, trabalhistas, sociais e socioassistenciais, diversidade cultural, ética, cultura, cidadania, noções administrativas e fortalecimento do protagonismo social. “Ser Educadora Social, não é apenas uma Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), um emprego para sua subsistência, mas, sim, uma questão de vocação! Ser presença atuante no crescimento do adolescente e jovem, fazer parte da sua formação humana, construindo conhecimentos, valores e conquistas. Visualizo isso em cada gesto de carinho, em cada conquista de aprendizado e em valores perdidos que são avivados. Sou muito realizada com os resultados de todos os dias de trabalho”, comenta Edna.
CENTRO MARIA AUXILIADORA PRÓ-MENOR CARENTE, EM PETROLINA (PE)
“Os educadores sociais são agentes de transformação na vida dos jovens, capacitando-os a desenvolver habilidades, valores e conhecimentos necessários para se tornarem indivíduos bem-sucedidos e engajados em suas Comunidades”
Há três anos como Educadora Social no Centro Maria Auxiliadora Pró Menor (CEMAM), Solange Dias da Silva, que é apaixonada pelo que faz e acredita no poder transformador da educação para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, diz que “a importância dos Educadores Sociais na vida dos jovens reflete a visão de Dom Bosco, onde a educação e o amor podem transformar vidas. Seu compromisso com a prevenção, orientação e desenvolvimento integral dos jovens continua sendo uma fonte de inspiração e um modelo para Educadores Sociais que buscam fazer a diferença na vida das gerações mais jovens”, destaca Solange.
A Obra Social CEMAM atende mais de 480 crianças, adolescentes, jovens e famílias em situação de vulnerabilidade social, oferecendo oficinas educativas, culturais e muitas atividades esportivas. Além disso, a Obra disponibiliza um ambiente seguro e acolhedor, ajudando a reduzir o estigma em torno das questões sociais, promovendo o bem-estar emocional e auxiliando os jovens a enfrentar os desafios relacionados à saúde mental. Assim como Dom Bosco e Madre Mazzarello, eles buscam compreender cada jovem em sua singularidade, respeitando suas histórias, desafios e potenciais, porque é por meio do amor e do acolhimento que é possível despertar o melhor dentro de cada um deles.
CENTRO JUVENIL ORATÓRIO MAMÃE MARGARIDA, EM NITERÓI (RJ)
“O papel de Educador Social na vida dos jovens é de fundamental importância, não só para sua vida, mas também para a sociedade”
Em Niterói (RJ), o Centro Juvenil Oratório Mamãe Margarida conta com a presença da Educadora Social Lindalva Teixeira que, desde março de 1996, vem cooperando na vida dos assistidos da Obra Salesiana. Com aproximadamente 124 atendidos e atendidas, Lindalva atua nas oficinas de Ginástica e Leituras. Para ela, o(a) Educador(a) desempenha um papel de formador, contribuindo para a garantia de direitos de crianças e jovens em situação e vulnerabilidade social, além de contribuir para que possam ter participação em ambientes como a escola e o trabalho para que, assim, todos consigam ter um futuro melhor, tornando-se “bons cristãos e honestos cidadãos”, como diz Dom Bosco.
Devido a evolução do mundo digital, a Educadora Social lembra que a falta de empregos para Jovens Aprendizes e a falta de escolas preparadas hoje em dia tem sido um dos maiores desafios para manter as crianças e jovens motivados a aprender, com vontade de crescer e com responsabilidade. “Ser educadora não é uma tarefa fácil. Muitas vezes, chorei, sorri e segui. E cada criança tem uma história que te faz repensar o motivo de ser educadora. Amo o que eu faço! Aprendo e ensino com eles e crescemos juntos. Posso dizer que sou a pessoa que sou hoje porque eles me ajudaram”, relembra Lindalva Teixeira.
CENTRO SOCIAL SÃO BENEDITO, EM MANAUS (AM)
“O Educador Social é a referência [...] pois está diariamente convivendo com os educandos nas oficinas, sabendo de seus anseios e até mesmo das suas frustações, uma vez que as crianças e os jovens estão em processo de desenvolvimento e estão numa fase de descoberta”
Atuando no Centro Social São Benedito (CSSB), em Manaus (AM), a Assistente Social Nilce Elena Conceição, que está na Obra desde 2018, conta que o CSSB realiza rodas de conversa, gincanas e palestras com temas transversais para dar suporte aos assistidos. Também são realizadas as campanhas nos meses de prevenção como o 18 de maio para combate ao abuso e exploração sexual; Setembro Amarelo pela prevenção ao suicídio, entre outras ações.
Com o coração cheio de gratidão, Nilce Elena compartilha a felicidade em poder estar trabalhando no CSSB que, atualmente, atende 80 crianças e adolescentes. “Recentemente, no dia 15 de setembro, o Centro Social São Benedito completou 28 anos de atividades voltadas para crianças, adolescentes e jovens de baixa renda. Só temos a agradecer a Deus por estarmos ajudando muitas famílias que estão em situação de vulnerabilidade social, pois sem esse serviço, acreditamos que já teríamos perdido muito jovens para o tráfico e para a droga, uma vez que o CSSB está inserido em um bairro de alto índice de violência”, comenta.
PROGRAMA CRIANÇAS E ADOLESCENTES FELIZES, NA CIDADE DOM BOSCO, CORUMBÁ (MS)
“Somos espelhos para os jovens, pois muitas vezes não possuem outras referências de vida, de experiências e de espaço para conversarem, se abrirem e refletirem sobre a vida e principalmente sobre futuro”
O Programa Crianças e Adolescentes Felizes, da Cidade Dom Bosco, em Corumbá (MS), que atende cerca de 300 assistidos, conta com a presença do Educador Social Flávio Renato Gonçalves, que atua no projeto social de música, ensinando crianças e adolescentes a tocar instrumentos musicais - violão, cajon e teclado – e também a compor músicas e a cantar. A trajetória do Flávio na música tem mais de 15 anos. Ele começou a se interessar pela área ainda na adolescência, época em que aprendeu sozinho a tocar violão com ajuda de revistas e computador. “O que mais tem são crianças e adolescentes que chegam na Obra desacreditados, sem esperanças e ‘perdidos’, com famílias desestruturadas. A obra acolhe essas crianças e adolescentes e mostra para eles, por meio das aulas, diversas temáticas, dando a cada um a oportunidade de vislumbrar um futuro no qual ele faça parte como atuante crítico”, comenta Flávio Renato.
As atividades desenvolvidas no Programa Crianças e Adolescentes Felizes são planejadas e realizadas de acordo com as realidades vivenciadas pelo público alvo - crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social - além de trabalhar campanhas importantes e leis como o Estatuto da Criança e do Adolescente, Maio Amarelo, Agosto Lilás, Setembro Amarelo, Outubro Rosa, Novembro Azul, dentre outros temas como álcool, drogas e a caridade com as pessoas vulneráveis.
INSTITUIÇÃO PRÓ MENOR DOM BOSCO, EM MANAUS (AM)
“Nossa participação na vida dos jovens de hoje é de suma importância, pois há muitos que se sentem bem aqui conosco, onde se sentem acolhidos, principalmente dos maus-tratos que muitos recebem em casa, e aqui procuramos ser um ambiente de escuta e acolhedor”
A história de Mara Jane Soares Monteiro, da Instituição Pró Menor Dom Bosco, em Manaus (AM), tem início no ano de 2020, como voluntária, mas, logo em 2021, Mara foi efetivada. Ao todo, a Educadora Social está há quase quatro anos trabalhando na Instituição Salesiana. “No momento, o sentimento que tenho é de gratidão por ter sido aceita para estar junto dessa família e onde me sinto bem, tanto com os colegas de trabalho como também com os jovens e adolescentes atendidos por mim”, comenta a Educadora Social.
Formada com Licenciatura Plena em Letras, no momento, Mara está lecionando junto aos projetos da Obra. Ao todo, a Instituição Pró Menor Dom Bosco atende cerca de 1000 educandos.
OBRA SOCIAL SALESIANOS SÃO CARLOS (SP)
“O Educador Social é um profissional essencial que busca mediar e aproximar os sujeitos em vulnerabilidade com a sociedade, contribuir para a construção de novas oportunidades com escuta e diálogo, garantir e validar os direitos humanos, colaborar para reflexões de ações, responsabilidades, valores, entre outros”
Formada em Psicologia na Unicastelo, em Descalvado (SP), a Educadora Social, Fernanda Carolina Marinelli, que trabalha na Obra Social Salesianos São Carlos (SP), compartilha sua felicidade: “Sempre gosto de lembrar dos adolescentes e jovens que passaram por mim e em algum momento relataram algum envolvimento com a música, mais especificamente pelo sonho de cantar, e a gente conseguir se organizar para que eles se apresentassem na Mostra Cultural que é feita todo final de ano nos Salesianos. Eu não sei colocar em palavras o prazer que me dá estar na plateia com mais mil pessoas e poder aplaudir de pé esses jovens no centro de um palco iluminado sendo reconhecidos pelos seus talentos. É sempre emocionante”, disse a Educadora Social.
Atendendo aproximadamente 800 crianças e adolescentes, a Obra comporta vários projetos sociais, atende crianças, adolescentes, jovens e suas famílias, fortalecendo os vínculos, validando direitos, promovendo condições favoráveis para o protagonismo dos atendidos, acolhendo a comunidade, facilitando o acesso à cultura e educação e articulando políticas públicas. Sendo assim, Fernanda ajuda a superar os desafios e comenta: “divido os mesmos valores e objetivos, me sentindo acolhida em minhas demandas profissionais e pessoais”.
COLABORE VOCÊ TAMBÉM!
Sabia que você também pode contribuir com as ações das obras sociais salesianas pelo Brasil sem sair de casa? Acesse o site oficial da União Pela Vida (UPV) e doe. Sua contribuição pode mudar a vida de muitas crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social.
Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil / Fotos: Arquivos pessoais dos entrevistados(as)