17/02/2023

Educomunicação em Ação Social

Educomunicação em Ação Social

No primeiro semestre de 2021, a Rede Salesiana Brasil (RSB) iniciou o processo de implementação do Projeto Educomunicação em Ação Social, um trabalho conjunto entre as áreas programáticas da Comunicação e da Ação Social Salesiana em resposta aos anseios das crianças e adolescentes diante dos desafios da atualidade.

Segundo o relatório de resultados preliminares do Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional (INAF) de 2018, cerca de 30% dos brasileiros em idade produtiva (entre 15 e 64 anos) são analfabetos funcionais. 3 entre 10 brasileiros apresentam dificuldades em resolver questões básicas do cotidiano, dificultando o pleno exercício da cidadania e a construção de uma vida autônoma. Além deste cenário, os educadores sociais também têm a percepção de que, quanto maior a vulnerabilidade social, menor é o repertório informacional e cultural dos indivíduos. Em resposta a este cenário, intensificado pelos efeitos da pandemia da COVID-19, começou a ser implementado o Projeto Educomunicação em Ação Social nas Obras Salesianas. Assim, na dimensão da preventividade proposta pela RSB, esta iniciativa busca a criação de condições positivas para o enfrentamento e a superação de situações de risco e violações dos direitos das crianças e adolescentes.

Em sua primeira etapa, o projeto contemplou 17 obras sociais, tendo 32 educadores e oficineiros participando do processo formativo iniciado em fevereiro de 2021. Já nos dois primeiros anos de desenvolvimento do Projeto, cerca de 1000 crianças e adolescentes foram atendidos por meio de oficinas criativas relacionadas às temáticas centrais: Aprendizagem Criativa, Gameficação e Cultura Maker. Na Assembleia Geral Ordinária da RSB, em novembro de 2022, foi aprovado o início da segunda edição do projeto, bem como a sua expansão para mais 12 obras sociais. A expectativa desta nova etapa é de dobrar o número de crianças e adolescentes atendidos. 

A proposta desta inciativa é fazer com que a Educomunicação se efetive nas obras sociais salesianas pelo viés do protagonismo e da emancipação para a cidadania, investindo especialmente no desenvolvimento da leitura e escrita para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Esse letramento é realizado por meio de atividades práticas que motivam para uma maior compreensão do que acontece no mundo e incentivam a criatividade. Para tanto, a iniciativa propõe a capacitação de um grupo de oficineiros, pela abordagem educomunicativa, para que possam colaborar com técnicas e conhecimentos atualizados, oferecendo suporte teórico e prático aos oficineiros em temas de gamificação e aprendizagem criativa; além de propiciar a criação de estratégias metodológicas para contribuir com o desenvolvimento dos pequenos leitores e escritores, conectando teorias e práticas de educação e desenvolvimento social com os padrões da Sociedade Internacional de Tecnologia em Educação (ISTE) como estrutura para a inovação na educação.

“A possibilidade de ampliar o impacto do Projeto Educomunicacao em Ação Social para mais obras sociais salesianas é uma notícia que muito nos alegra e motiva, pois sabemos como ele é atual em seu objetivo de reduzir o impacto negativo que a pandemia trouxe para a educação brasileira. Quando um projeto tem relevância e apresenta bons resultados, o desejo é de que ele possa impactar ainda mais vidas. A Educomunicação vem trazer uma nova cultura de execução de projetos para as equipes da Rede Salesiana Brasil e vem contribuindo diretamente para transformar a forma como nossas crianças e adolescentes aprendem e nossos educadores ensinam e aprendem também. Desejamos muito compromisso e empenho nessa nova etapa que se inicia”, comenta a Coordenadora Nacional da Ação Social Salesiana, Carolina Neves de Oliveira.

“Trabalhar com diferentes formas de pensar dos educadores e oficineiros envolvidos no projeto é uma riqueza. Aprendo a cada contato realizado nos encontros on-line ou pelo WhatsApp. Do ponto de partida do trabalho como coordenador, sei que as crianças e adolescentes atendidos levam para as Obras as dificuldades pessoais e aquelas impostas pela sociedade, porém, recebo e percebo toda dedicação dos educadores e oficineiros para fazer cada oficina e cada ideia discutida se tornar realidade. Essa transformação dá mais coragem e ânimo para investir neste projeto”, diz o Coordenador do Projeto Educomunicação em Ação Social, Professor Joadir Foresti.

Confira alguns depoimentos de quem já aplica o Projeto:

 OS PADRÕES IEST E OS ODS NO PROJETO DE EDUCOMUNICAÇÃO 

Os Padrões ISTE, da Sociedade Internacional de Tecnologia em Educação, são os padrões para aprendizado, ensino e liderança na era digital, amplamente reconhecidos e adotados em todo o mundo e servem como um roteiro para integrar a tecnologia na educação de maneira significativa e impactante.

Estes padrões fornecem uma estrutura para integrar a tecnologia na educação, descrevendo as habilidades e competências que educandos, educadores, líderes, formadores e educadores precisam desenvolver para serem eficazes na era digital, aprimorando as habilidades de aprendizado e de resolução de problemas. Assim, em uma proposta de aprendizagem centrada nos educandos, os Padrões ISTE os consideram como agentes reflexivos e ativos de aprendizagem à medida que se tornam solucionadores de problemas, de forma criativa.

Esta estrutura para a inovação na educação está conectada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), dentro do que é proposto pelos objetivos 4 (educação de qualidade), 10 (redução das desigualdades) e 17 (parcerias em prol das metas).

 OS RECURSOS DO PROJETO EDUCOMUNICAÇÃO EM AÇÃO SOCIAL 

A Rede Salesiana Brasil proporciona às presenças salesianas participantes do Projeto todo o apoio e subsídios necessários para sua implantação. No ambiente virtual de aprendizagem do Centro Salesiano de Formação (CSF), são disponibilizados os materiais didáticos, vídeos dos encontros on-line, fórum de discursão, orientações para a realização de atividades e outras ferramentas de comunicação e interação.

Para a segunda etapa de cada Módulo, foram produzidos Kits Didáticos de Oficinas, com planos detalhados para as propostas de oficinas e os respectivos subsídios para o seu desenvolvimento, disponibilizados em arquivos na nuvem, para que os educadores e oficineiros das Obras participantes possam aplicar nas atividades educativas com os educandos, fazendo as adequações e complementações necessárias. No projeto, o conjunto de Kits Didáticos visa contribuir para maior unidade no trabalho em Rede, sendo a autoria dos educadores muito valorizada e incentivada, no sentido de que também eles são convidados a criarem novas propostas de oficinas e aprimorarem continuamente os Kits Didáticos disponibilizados.

 O CAMINHAR DO PROJETO EDUCOMUNICAÇÃO EM AÇÃO SOCIAL DENTRO DAS OBRAS  

Aqui, destaca-se a atuação dos educadores/oficineiros do Projeto em suas obras sociais junto aos seus pares, seja na socialização de experiência, multiplicação de saberes, ou na criação colaborativa de novas iniciativas para a transformação dos territórios em que atuam. Esta atuação protagonista dos educadores, sempre comprometidos com a formação de “bons cristãos e honestos cidadãos”, impacta positivamente na formação de educandos também protagonistas de suas próprias histórias.

Confira algumas fotos das oficinas oferecidas pelo Projeto Educomunicação em Ação Social nas Obras Salesianas participantes:

            

Fonte: Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil

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Obra Social de São Paulo promove curso de introdução ao hidrogênio verde

Iniciativa proporciona formação profissional, emprego e renda para jovens e adultos residentes em Conjuntos Habitacionais na Zona Leste da capital A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) participou, nesta quarta-feira (11), da aula magna do Curso de Introdução ao Hidrogênio Verde, uma iniciativa do Projeto Zona Leste Somos Nós, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) e pela CDHU. A palestra foi realizada em parceria com a Obra Social Dom Bosco. O presidente da CDHU, Reinaldo Iapequino, e o professor José Luiz Portella, que desenvolve o projeto Zona Leste Somos Nós, ministraram os conteúdos aos alunos.  Reinaldo Iapequino parabenizou as ações em andamento promovidas pelo Projeto Zona Leste Somos Nós e pela Obra Social Dom Bosco e reiterou o apoio da CDHU, sempre que possível e dentro dos modelos de negócio da Companhia, para auxiliar em causas importantes para a região. "A CDHU adere à causa de trazer empregos ou criar condições para que empregos qualificados sejam gerados na Zona Leste. A Companhia não tem só a missão de produzir habitação, então, com o apoio dos trabalhos das equipes sociais, vemos como podemos auxiliar, pois fazer habitação é também promover o desenvolvimento social", disse.   Nascido e criado na Zona Leste, o presidente da Companhia também desejou que os alunos aproveitem muito a oportunidade de realizar esse curso e desenvolver a região. "Esse aprendizado levará vocês para um mundo diferente e vai elevar a Zona Leste para um patamar diferente. Para isso, colocamos nosso esforço para que consigamos proporcionar e acelerar mais oportunidades como as que eu tive", finalizou.  O professor José Luiz Portella, por sua vez, explicou que o Projeto Zona Leste Somos Nós têm trabalhado em diversas ações, visando ao desenvolvimento econômico e social da região: "A Zona Leste sempre foi tratada com uma zona de passagem que não retém a sua riqueza, e é exatamente isso que o Projeto Zona Leste Somos Nós quer mudar: gerar empregos qualificados e que essa renda gerada permaneça por aqui. Já temos projetos em andamento, entre eles, essa formação em curso", explicou.  A primeira turma do curso de hidrogênio verde terá início no final do mês de setembro com 20 alunos que são moradores de um Conjunto Habitacional da CDHU em Itaquera. Será a primeira vez em que o ensino da produção de hidrogênio por meio de fontes renováveis de energia acontecerá fora das universidades.   Fonte: Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) 

Dia Nacional da Pastoral da Criança: Um compromisso com a vida e a esperança

Hoje, recordamos e celebramos o Dia Nacional da Pastoral da Criança, uma data que nos convida a refletir sobre o compromisso de cuidar e promover a dignidade da infância. Inspirada no Evangelho e no amor de Jesus pelos pequenos, a Pastoral da Criança é uma expressão concreta da missão da Igreja em acompanhar as crianças e suas famílias, especialmente as mais vulneráveis, em busca de uma vida plena. Fundada em 1983 pela Dra. Zilda Arns Neumann, a Pastoral da Criança tornou-se um símbolo de cuidado, fé e transformação social, utilizando métodos simples, como a educação alimentar, o acompanhamento da saúde e a formação espiritual. Este trabalho, que já impactou milhões de crianças em todo o Brasil, é um verdadeiro testemunho de amor ao próximo. “A Pastoral da Criança, desde o início, teve a preocupação não só de reduzir a mortalidade infantil e a desnutrição, mas também de promover a paz nas famílias e comunidades, pelas atitudes de solidariedade e a partilha do saber a todas as famílias”, disse Dra. Zilda Arns, ao falar da pastoral. Na espiritualidade salesiana, que também tem como prioridade a educação e a evangelização da juventude, encontramos um profundo eco na missão da Pastoral. Assim como Dom Bosco acreditava que "não basta amar os jovens, é necessário que eles saibam que são amados", a Pastoral da Criança nos ensina que cada gesto de cuidado e atenção pode ser a semente de um futuro de esperança. Que este dia nos inspire a renovar nosso compromisso com a infância e a fortalecer redes de solidariedade que transformem realidades. Que Nossa Senhora Auxiliadora interceda por todas as crianças e pelas famílias atendidas por esta obra tão significativa. Para conhecer mais sobre a pastoral,  "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos" significa trabalhar pela inclusão social, fruto da Justiça; significa não ter preconceitos, aplicar nossos melhores talentos em favor da vida plena.” Dra Zilda Arns. Angélica Novais da comunicação da RSB

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