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02/06/2025

Reflexão sobre a mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais

Comunicar a esperança em tempos de crise

Reflexão sobre a mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais.
 

Miral Atik - Patriarcado Latino de Jerusalém

Em um momento em que a guerra, a divisão e o sofrimento atravessam a Terra Santa, a mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais – celebrado no dia 1º de junho, domingo antes de Pentecostes – chega como um apelo urgente: “Compartilhem com mansidão a esperança que há em seus corações” (1 Pedro 3, 15-16). As palavras do Papa ressoam com um profundo significado pastoral e profético, convidando todos os cristãos – não apenas aqueles que trabalham na mídia – a refletir sobre como usamos a comunicação social. É um instrumento de paz ou mais um combustível para os conflitos?

Uma palavra de esperança entre os ruídos da guerra

Em sua mensagem, publicada em 24 de janeiro de 2025, o Papa Francisco nos convida a nos tornarmos “comunicadores de esperança”, enraizados em Cristo, “o comunicador perfeito” [1], e nos adverte contra uma comunicação que alimenta o medo, o ódio ou o desespero, uma retórica que desumaniza e divide.

“A esperança é um risco que vale a pena correr”, escreve. “É uma virtude escondida, tenaz e paciente”. Mas a esperança – insiste -, deve ser comunicada com verdade, reverência e compaixão.

De Emaús a Gaza: Que tipo de comunicadores somos?

A pergunta do Papa ressoa com força em uma terra onde uma única imagem pode acender chamas de raiva e uma única palavra pode consolar um coração partido: “Que tipo de comunicação praticamos?”.

Ele compara o comunicador cristão àquele que peneira o ouro entre os grãos de areia.

Em uma terra marcada por histórias dolorosas, os comunicadores são chamados a contar histórias de esperança, não para embelezar a realidade, mas para revelar a beleza que habita também nas trevas. O Papa Francisco destaca três traços essenciais da comunicação cristã, inspirados na Primeira Carta de Pedro:

Escolher ver o bem mesmo quando tudo parece perdido, graças ao dom do Espírito Santo.

Devemos estar prontos para explicar o motivo da nossa esperança: Cristo mesmo.

Devemos falar com doçura e respeito, não com agressividade ou medo.

O Cristo ressuscitado na estrada de Emaús nos ofereceu um modelo de verdadeira comunicação, que começa com a escuta. Jesus primeiro caminhou ao lado dos discípulos em sua confusão e dor, ouvindo pacientemente suas dores antes de reacender suavemente sua esperança. Da mesma forma, somos chamados a caminhar com os outros, começando não com palavras, mas com a presença. Ao partilhar histórias de coragem, misericórdia e fé resistente, não gritamos a esperança ao mundo, mas despertamo-la silenciosamente, através de um testemunho compassivo. O Papa Francisco exorta-nos a contar histórias que descubram a beleza e a luz num mundo oprimido pelo sofrimento, narrativas que aprofundem a nossa humanidade partilhada.

Do coração: Uma comunicação que cura

O Papa imagina um estilo de comunicação que nos torne “companheiros de viagem”, caminhando juntos nos momentos difíceis, semeando esperança enraizada na misericórdia, em vez de no medo ou na raiva. Este tipo de comunicação, especialmente em um período de guerra e divisão, é um ato profético: aproxima os corações, revela o bem silencioso que se manifesta mesmo no sofrimento e favorece a unidade em vez da divisão. Esta comunicação resiste à redução das pessoas a slogans ou ideologias. Abraça a sua humanidade e promove a beleza e a solidariedade. Não é guiada por reações instintivas, mas pelo amor, que transforma as palavras em instrumentos de cura.

Fala de uma comunicação que brota de corações fundados em Cristo, criando laços de comunhão em vez de muros de isolamento. Esta visão é particularmente urgente na Terra Santa, onde as histórias de esperança são uma âncora de salvação e cada palavra pode reabrir feridas ou começar a curá-las.

Os cristãos como testemunhas nos meios de comunicação

A todos os cristãos da Terra Santa – clero, jovens, jornalistas, pais e estudantes – a sua voz é importante. Numa terra onde cada palavra ressoa em corações frágeis, escolham o amor. Numa região frequentemente dominada pelo desespero, escolham falar de esperança. E num mundo habituado à indignação, ousem ser gentis.

Podemos ser narradores de esperança, lembrando ao mundo que mesmo nas trevas Cristo caminha conosco e nossas palavras podem se tornar instrumentos de sua paz. Compartilhemos essa esperança - com fidelidade, coragem e ternura - do coração da Terra Santa até os confins do mundo.

Como cristão da Terra Santa, escrevi este artigo como reflexão sobre o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais, em resposta ao convite do Dicasterio para a Comunicação Social para contribuir a compartilhar e promover a mensagem do Papa Francisco: “Compartilhem com mansidão a esperança que há em seus corações” (cf. 1 Pedro 3, 15-16).

[1] “communio et progressio” sobre os meios de comunicação social, redigida por ordem do Concílio Vaticano II, parágrafo 11.

Fonte: Vatican News

01/06/2025

59º dia mundial das comunicações sociais

Mensagem de sua santidade Papa Francisco para o LIX dia mundial das comunicações sociais

Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações (cf. 1 Pd 3,15-16)

Queridos irmãos e irmãs! Neste nosso tempo marcado pela desinformação e pela polarização, no qual alguns centros de poder controlam uma grande massa de dados e de informações sem precedentes, dirijo-me a vós consciente do quanto, hoje mais do que nunca, é necessário o vosso trabalho de jornalistas e comunicadores. Precisamos do vosso compromisso corajoso em colocar no centro da comunicação a responsabilidade pessoal e coletiva para com o próximo.

Ao pensar no Jubileu que estamos a celebrar como um período de graça em tempos tão conturbados, com esta Mensagem gostaria de vos convidar a ser comunicadores de esperança, começando pela renovação do vosso trabalho e missão segundo o espírito do Evangelho.

Desarmar a comunicação

Hoje em dia, com demasiada frequência, a comunicação não gera esperança, mas sim medo e desespero, preconceitos e rancores, fanatismo e até ódio. Muitas vezes, simplifica a realidade para suscitar reações instintivas; usa a palavra como uma espada; recorre mesmo a informações falsas ou habilmente distorcidas para enviar mensagens destinadas a exaltar os ânimos, a provocar e a ferir. Já várias vezes insisti na necessidade de “desarmar” a comunicação, de a purificar da agressividade. Nunca dá bom resultado reduzir a realidade a slogans. Desde os talk shows televisivos até às guerras verbais nas redes sociais, todos constatamos o risco de prevalecer o paradigma da competição, da contraposição, da vontade de dominar e possuir, da manipulação da opinião pública.

Há ainda um outro fenómeno preocupante: poderíamos designá-lo como a “dispersão programada da atenção” através de sistemas digitais que, ao traçarem o nosso perfil de acordo com as lógicas do mercado, alteram a nossa percepção da realidade. Acontece, portanto, que assistimos, muitas vezes impotentes, a uma espécie de atomização dos interesses, o que acaba por minar os fundamentos do nosso ser comunidade, a capacidade de trabalhar em conjunto por um bem comum, de nos ouvirmos uns aos outros, de compreendermos as razões do outro. Parece que, para a afirmação de si próprio, seja indispensável identificar um “inimigo” a quem atacar verbalmente. E quando o outro se torna um “inimigo”, quando o seu rosto e a sua dignidade são obscurecidos de modo a escarnecê-lo e ridicularizá-lo, perde-se igualmente a possibilidade de gerar esperança. Como nos ensinou D. Tonino Bello, todos os conflitos «encontram a sua raiz no desvanecer dos rostos» [1]. Não podemos render-nos a esta lógica.

Na verdade, ter esperança não é de todo fácil. Georges Bernanos dizia que «só têm esperança aqueles que ousaram desesperar das ilusões e mentiras nas quais encontravam segurança e que falsamente confundiam com esperança. [...] A esperança é um risco que é preciso correr. É o risco dos riscos» [2]. A esperança é uma virtude escondida, pertinaz e paciente. No entanto, para os cristãos, a esperança não é uma escolha, mas uma condição imprescindível. Como recordava Bento XVI na Encíclica Spe salvi, a esperança não é um otimismo passivo, antes pelo contrário, é uma virtude “performativa”, capaz de mudar a vida: «Quem tem esperança, vive diversamente; foi-lhe dada uma vida nova» (n. 2).

Dar com mansidão a razão da nossa esperança

Na Primeira Carta de São Pedro (cf. 3, 15-16), encontramos uma síntese admirável na qual se relacionam a esperança com o testemunho e a comunicação cristã: «no íntimo do vosso coração, confessai Cristo como Senhor, sempre dispostos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la peça; com mansidão e respeito». Gostaria de me deter em três mensagens que podemos extrair destas palavras.

«No íntimo do vosso coração, confessai Cristo como Senhor». A esperança dos cristãos tem um rosto: o rosto do Senhor ressuscitado. A sua promessa de estar sempre connosco através do dom do Espírito Santo permite-nos esperar contra toda a esperança e ver, mesmo quando tudo parece perdido, as escondidas migalhas de bem.

A segunda mensagem pede-nos para estarmos dispostos a dar razão da nossa esperança. É interessante notar que o Apóstolo convida a dar conta da esperança «a todo aquele que vo-la peça». Os cristãos não são, antes de mais, aqueles que “falam” de Deus, mas aqueles que fazem ressoar a beleza do seu amor, uma maneira nova de viver cada pequena coisa. É o amor vivido que suscita a pergunta e exige uma resposta: porque é que viveis assim? Porque é que sois assim?

Por fim, na expressão de São Pedro encontramos uma terceira mensagem: a resposta a este pedido deve ser dada “com mansidão e respeito”. A comunicação dos cristãos – e eu diria até a comunicação em geral – deve ser feita com mansidão, com proximidade: eis o estilo dos 2 companheiros de viagem, na peugada do maior Comunicador de todos os tempos, Jesus de Nazaré, que ao longo do caminho dialogava com os dois discípulos de Emaús, fazendo-lhes arder os corações através do modo como interpretava os acontecimentos à luz das Escrituras.

Por isso, sonho com uma comunicação que saiba fazer de nós companheiros de viagem de tantos irmãos e irmãs nossos para, em tempos tão conturbados, reacender neles a esperança. Uma comunicação que seja capaz de falar ao coração, de suscitar não reações impetuosas de fechamento e raiva, mas atitudes de abertura e amizade; capaz de apostar na beleza e na esperança mesmo nas situações aparentemente mais desesperadas; de gerar empenho, empatia, interesse pelos outros. Uma comunicação que nos ajude a «reconhecer a dignidade de cada ser humano e a cuidar juntos da nossa casa comum» (Carta enc. Dilexit nos, 217).

Sonho com uma comunicação que não venda ilusões ou medos, mas seja capaz de dar razões para ter esperança. Martin Luther King disse: «Se eu puder ajudar alguém enquanto caminho, se eu puder alegrar alguém com uma palavra ou uma canção... então a minha vida não terá sido vivida em vão» [3]. Para isso, precisamos de nos curar da “doença” do protagonismo e da autorreferencialidade, evitar o risco de falarmos de nós mesmos: o bom comunicador faz com que quem ouve, lê ou vê se torne participante, esteja próximo, possa encontrar o melhor de si e entrar com estas atitudes nas histórias contadas. Comunicar deste modo ajuda a tornarmo-nos “peregrinos de esperança”, como diz o lema do Jubileu.

Esperar juntos

A esperança é sempre um projeto comunitário. Pensemos, por um momento, na grandeza da mensagem deste ano de graça: estamos todos – realmente todos! – convidados a recomeçar, a deixar que Deus nos reerga, nos abrace e inunde de misericórdia. E entrelaçadas com tudo isto estão a dimensão pessoal e a dimensão comunitária. É em conjunto que nos pomos a caminho, peregrinamos com tantos irmãos e irmãs, e, juntos, atravessamos a Porta Santa.

O Jubileu tem muitas implicações sociais. Pensemos, por exemplo, na mensagem de misericórdia e esperança para quem vive nas prisões, ou no apelo à proximidade e à ternura para com os que sofrem e estão à margem. O Jubileu recorda-nos que todos os que se tornam construtores da paz «serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9). E, deste modo, abre-nos à esperança, aponta-nos a necessidade de uma comunicação atenta, amável, refletida, capaz de indicar caminhos de diálogo. Encorajo-vos, portanto, a descobrir e a contar tantas histórias de bem escondidas por detrás das notícias; a imitar aqueles exploradores de ouro que, incansavelmente, peneiram a areia em busca duma pequeníssima pepita. É importante encontrar estas sementes de esperança e dá-las a conhecer. Ajuda o mundo a ser um pouco menos surdo ao grito dos últimos, um pouco menos indiferente, um pouco menos fechado. Que saibais sempre encontrar as centelhas de bem que nos permitem ter esperança. Este tipo de comunicação pode ajudar a tecer a comunhão, a fazer-nos sentir menos sós, a redescobrir a importância de caminhar juntos.

Não esqueçais o coração

Queridos irmãos e irmãs, perante as vertiginosas conquistas da técnica, convido-vos a cuidar do coração, ou seja, da vossa vida interior. O que é que isto significa? Deixo-vos algumas pistas.

Sede mansos e nunca esqueçais o rosto do outro; falai ao coração das mulheres e dos homens ao serviço de quem desempenhais o vosso trabalho.

Não permitais que as reações instintivas guiem a vossa comunicação. Semeai sempre esperança, mesmo quando é difícil, quando custa, quando parece não dar frutos.

Procurai praticar uma comunicação que saiba curar as feridas da nossa humanidade.

Daí espaço à confiança do coração que, como uma flor frágil mas resistente, não sucumbe no meio das intempéries da vida, mas brota e cresce nos lugares mais inesperados: na esperança das mães que rezam todos os dias para rever os seus filhos regressar das trincheiras de um conflito; na esperança dos pais que emigram, entre inúmeros riscos e peripécias, à procura de um futuro melhor; na esperança das crianças que, mesmo no meio dos escombros das guerras e nas ruas pobres das favelas, conseguem brincar, sorrir e acreditar na vida.

Sede testemunhas e promotores de uma comunicação não hostil, que difunda uma cultura do cuidado, construa pontes e atravesse os muros visíveis e invisíveis do nosso tempo.

Contai histórias imbuídas de esperança, tomando a peito o nosso destino comum e escrevendo juntos a história do nosso futuro.

Tudo isto podeis e podemos fazê-lo com a graça de Deus, que o Jubileu nos ajuda a receber em abundância. Por isto, rezo por cada um de vós e pelo vosso trabalho, e vos abençoo.

Roma, São João de Latrão, na Memória de São Francisco de Sales, 24 de janeiro de 2025

Francisco

[1] “La pace come ricerca del volto”, in Omelie e scritti quaresimali, Molfetta 1994, 317.

[2] Georges Bernanos, La liberté, pour quoi faire?, Paris 1995.

[3] Sermão“ The Drum Major Instinct”, 4 de fevereiro de 1968.

Copyright © Dicastero per la Comunicazione - Libreria Editrice Vaticana

Foto: Divulgação
01/06/2025

Semana do Meio Ambiente 2025: Sustentabilidade e fé na proteção da Casa Comum

Sustentabilidade e fé na proteção da Casa Comum se aliam em iniciativas que estão sendo colocadas em prática no Brasil e no mundo salesiano

30/05/2025

Rede Salesiana Brasil promove capacitação sobre captação de recursos em Corumbá

Nos dias 27 e 28 de maio, Sandra Sahd visitou a Cidade Dom Bosco, em Corumbá, para conduzir uma capacitação voltada à captação de recursos. A ação integra o projeto Capta Ação, da Rede Salesiana Brasil. Todos os colaboradores participaram da formação, que promoveu trocas de experiências e apresentou ferramentas para fortalecer ações sociais. A capacitação seguiu os princípios da missão salesiana e buscou ampliar o impacto dos projetos desenvolvidos com base nos valores de Dom Bosco e Madre Mazzarello.

Visitas aproximam teoria e prática - Durante a visita, Sandra conheceu o Programa Adolescente Aprendiz e acompanhou o trabalho das empresas parceiras que recebem os jovens atendidos. Ela também visitou o antigo Teatro Dom Bosco, onde discutiu propostas para revitalizar o espaço e ampliar o acesso à arte e à cultura na comunidade. As visitas permitiram que Sandra observasse o impacto direto das ações sociais desenvolvidas pela instituição em diferentes contextos.

Acompanhamento reforça compromisso com os adolescentes - A técnica enviada pela RSB encerrou a visita acompanhando os programas e atividades dos adolescentes atendidos pela Cidade Dom Bosco. Ela presenciou os resultados das ações socioeducativas e dialogou com os envolvidos nas frentes de atendimento e formação. A presença dela reafirmou o compromisso da Rede Salesiana com a juventude e com a transformação social por meio da educação e da inclusão.


Por Euclides Fernandes

30/05/2025

Egressa Salesiana: Direito UniSales homenageia primeira mulher a presidir OAB/ES

No último dia 14 de maio de 2025 (quarta-feira), o UniSales – Centro Universitário Salesiano, por meio da Coordenação do Curso de Direito, representada pelo professor e coordenador Thyago Brito de Mello, prestou uma homenagem à Drª. Érica Ferreira Neves, recentemente eleita presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Espírito Santo (OAB/ES) e primeira mulher a ocupar o cargo. Uma placa de homenagem foi entregue à presidente. A ação reafirma o compromisso da instituição com a formação de profissionais de excelência e com a valorização da liderança feminina.

A cerimônia destacou não apenas a trajetória profissional exemplar da nova presidente, mas também celebrou um marco histórico para a advocacia capixaba: Drª. Érica Ferreira Neves torna-se a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da OAB no estado do Espírito Santo, quebrando barreiras e abrindo caminhos para novas gerações de profissionais do Direito.

“Em nome da Coordenação do Curso de Direito do UniSales, nós gostariamos de parabenizar a Dra. Érica Ferreira Neves, pela atuação e por todo o trabalho que tem realizado ao longo desses primeiros meses de mandato, à frente da presidência da OAB Seccional Espírito Santo. Fica aqui então o nosso registro saudação e votos de que continue empenhando um ótimo trabalho”, destacou Thyago.

Laços salesianos: da educação básica à liderança jurídica

A conexão entre a presidente eleita e a comunidade salesiana transcende o momento atual. Egressa do Colégio Salesiano, Drª. Érica Ferreira Neves carrega em sua formação os valores e princípios da educação salesiana, fundamentais em sua trajetória pessoal e profissional. Esta ligação histórica reforça o papel transformador da educação salesiana na formação de líderes comprometidos com a ética e a justiça social.

“Eu sou eternamente uma aluna do Salesiano com muito orgulho. Agora, com a placa de homenagem, todos que me visitarem também vão saber disso”, celebrou Dra. Érica Ferreira Neves.

Apenas seis seccionais da OAB elegeram mulheres nas eleições de 2024

Eleita a primeira mulher a presidir a OAB Espírito Santo, Érica Ferreira é uma entre as seis mulheres eleitas dentre as 27 seccionais da OAB, nas eleições de novembro de 2024. Atualmente, elas representam 22% das lideranças seccionais da ordem. Além do Espírito Santo, Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro foram os estados que elegeram mulheres pela primeira vez.

Apesar de ainda baixo, o número representa um leve crescimento quando comparado às eleições de 2021, quando 5 mulheres foram eleitas para o cargo em todo o Brasil. Duas das presidentes seccionais eleitas pelo pleito anterior foram reconduzidas ao cargo nos estados do Mato Grosso e da Bahia. Estados como São Paulo, Paraná e Santa Catarina, que haviam escolhido mulheres para a presidência no último pleito, voltaram a eleger homens para o triênio 2025/27.

Dra. Érica Ferreira Neves

Egressa do Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória, Dra. Érica Ferreira Neves graduou-se em Direito pela UFES – Universidade Federal do Espírito Santo. É advogada especialista em Direito do Estado e Direito do Consumidor.

Foi Secretaria-geral adjunta da OAB/ES no triênio 2016-2018, presidente da Comissão de Fiscalização e Propaganda (2016-2017), presidente e membro da Comissão Nacional do Direito do Agronegócio (2016-2018) e diretora da ABA – Associação Brasileira de Advogados.

UniSales: formando líderes para transformar a sociedade

A homenagem realizada pelo Centro Universitário Salesiano reafirma o compromisso da instituição com a formação integral de seus estudantes, preparando-os não apenas para o exercício técnico de suas profissões, mas para assumirem posições de liderança e protagonismo social.
 
Curso de Direito do UniSales tem se destacado pela excelência acadêmica e pela formação humanística, preparando profissionais capazes de compreender o Direito como instrumento de transformação social e de promoção da justiça.
 
O Centro Universitário Salesiano – UniSales reafirma seu apoio à nova gestão da OAB/ES e se coloca como parceiro na realização de iniciativas que promovam o desenvolvimento da advocacia capixaba e a formação continuada dos profissionais do Direito.
 
A homenagem à Drª. Érica Ferreira Neves representa não apenas o reconhecimento de sua trajetória e conquista, mas também a celebração dos valores compartilhados entre a comunidade salesiana e a nova presidente da OAB/ES: compromisso com a excelência, ética profissional e responsabilidade social.

Fonte: Site UniSales

28/05/2025

Evento reunirá a Família Salesiana de todo o Brasil para vivenciar momentos de fé, formação e devoção mariana entre os dias 24 e 27 de julho de 2025.

Entre os dias 24 e 27 de julho de 2025, a cidade de Recife (PE) sediará o 6º Congresso Nacional de Maria Auxiliadora, promovido pela Associação de Maria Auxiliadora (ADMA). Com o tema “Maria Auxiliadora, Virgem Orante e Discípula da Esperança”, o evento busca aprofundar a espiritualidade mariana e fortalecer os vínculos entre os diversos grupos da Família Salesiana.

O congresso acontecerá no Colégio Salesiano Sagrado Coração de Jesus e contará com uma rica programação de formação, oração, celebrações e partilhas. Durante os quatro dias, os participantes poderão vivenciar palestras temáticas, celebrações eucarísticas, momentos de adoração, visitas a locais de referência para o carisma salesiano, além de uma confraternização final.

As inscrições estão abertas até o dia 20 de junho, com taxa no valor de R$ 300,00. Os interessados devem preencher o formulário online disponível no link:
Formulário de Inscrição

Mais informações podem ser obtidas pelo site oficial salesianos.org.br/cnmariaauxiliadora2025 ou pelo telefone (81) 9 9994-1491.

Vamos juntos celebrar esta grande festa de fé, esperança e comunhão!

28/05/2025

Inauguração do Memorial Educativo-Cultural dos Salesianos de Dom Bosco, em Minas Gerais

No dia 25 de maio, foram inaugurados em Cachoeira do Campo-MG os Memoriais Educativo-Culturais da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e dos Salesianos de Dom Bosco, celebrando a colaboração entre a Inspetoria São João Bosco, o grupo Vila Galé e a PMMG. O evento contou com a presença de mais de 50 pessoas, entre elas o P. Moacir José Scari, Diretor Administrativo e Financeiro, da Inspetoria São João Bosco; Jorge Rebelo de Almeida, Fundador do grupo Vila Galé, e o Coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, Comandante Geral da PMMG. O P. Moacir relembrou a chegada dos primeiros salesianos a Cachoeira do Campo, em 1896, e a inauguração das Escolas Dom Bosco, em 24 de maio do mesmo ano, durante a Festa de Maria Auxiliadora.

Fonte: Agência Info Salesiana

27/05/2025

ANEC celebra 80 anos de história com fé, inovação e compromisso com a educação

O evento em Brasília contou com a participação da Irmã Adair Aparecida Sberga, FMA e outras autoridades, educadores e instituições para homenagear o papel da Educação Católica no Brasil

A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) completou 80 anos de atuação dedicada à promoção de uma educação que une excelência acadêmica, valores cristãos e compromisso social. Para marcar esse importante marco, foi realizada nesta quinta-feira, 22 de maio, uma Celebração Eucarística no Santuário São João Bosco, em Brasília (DF), seguida de um jantar comemorativo que reuniu lideranças religiosas, representantes de órgãos públicos e instituições de ensino de todo o país.

Entre os participantes da cerimônia esteve a Irmã Adair Aparecida Sberga, FMA, Diretora do ISECENSA (Instituto Superior de Educação do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora) e atual Vice-Presidente do Conselho Superior da ANEC. Sua presença representou o compromisso contínuo da entidade com a formação integral dos estudantes, uma formação que vai além do conteúdo acadêmico e valoriza o desenvolvimento ético, espiritual e social dos alunos.

A celebração dos 80 anos da ANEC contou com a presença de representantes de instituições como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), o Ministério da Educação (MEC), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Conselho Nacional de Educação (CNE), o Senado Federal, Conselhos Estaduais de Educação, congregações religiosas, editoras católicas, empresas educacionais parceiras e inúmeros colaboradores que caminham com a ANEC ao longo de sua história.

O evento foi mais do que uma comemoração: foi também um momento de renovação do compromisso com os princípios que norteiam a Educação Católica. Uma tradição que, ao longo de décadas, alia fé e conhecimento, tradição e inovação. A ANEC tem como missão promover uma educação de qualidade social, voltada para a construção de uma sociedade mais justa, ética, inclusiva e solidária. Em tempos desafiadores, essa missão se torna ainda mais essencial.

As comemorações não param por aí. Em continuidade à celebração, uma audiência especial foi realizada no Senado Federal nesta sexta-feira, 23/5, reafirmando a importância da Educação Católica no cenário educacional brasileiro e o compromisso da ANEC com o futuro da educação no país. A entidade reforça que seguirá empenhada em oferecer espaços formativos que unam excelência acadêmica e valores humanos, contribuindo para a construção de um mundo melhor para todos.

Com 80 anos de história, a ANEC celebra o passado, vive o presente com responsabilidade e projeta o futuro com esperança e determinação.


Fonte: Equipe de Comunicação da Inspetoria Madre Mazzarello-BMM, com informações da ANEC, Ir. Adair Aparecida Sberga e Boletim Salesiano.

27/05/2025

Quinquenistas aprofundam espiritualidade salesiana em encontro nacional no Rio Grande do Sul

O Encontro Anual dos Quinquenistas das seis inspetorias salesianas do Brasil foi realizado de 12 a 16 de maio, no território da Inspetoria São Pio X (BPA). O local escolhido foi o Centro de Espiritualidade Cristo Rei (CECREI), em São Leopoldo, RS. Participaram 30 salesianos – 28 padres e dois irmãos coadjutores – que vivem os primeiros cinco anos de ministério presbiteral ou de profissão perpétua.

Formação e convivência - A programação foi coordenada pelo padre Ademir Ricardo Cwendrich, inspetor referencial para a formação. O encontro combinou momentos de espiritualidade, formação e convivência fraterna.

O primeiro dia foi dedicado à espiritualidade, conduzido pelo padre Asídio Deretti, da Inspetoria São Pio X. Nos dois dias seguintes, o padre Assis Moser, também da inspetoria BPA, assessorou a reflexão sobre o tema “Espiritualidade Salesiana e Acompanhamento Espiritual”.

Integração e avaliação - Na quinta-feira (15), os participantes fizeram um passeio às cidades de Gramado e Canela, na Serra Gaúcha. O último dia foi reservado à partilha de experiências, conclusões e avaliação do encontro. O evento foi promovido pela Comissão Nacional de Formação.

Fonte: Boletim Salesiano

26/05/2025

A Auxiliadora na vida de Irmã Maria Troncatti

O “auxílio poderoso” de Maria Auxiliadora na vida de Irmã Maria Troncatti

A Solenidade litúrgica de Maria Auxiliadora, celebrada em 24 de maio de 2025, é como a “festa da mãe” de toda a Família Salesiana.

Para as Filhas de Maria Auxiliadora, desejadas por Dom Bosco como “monumento vivo” de sua gratidão a Ela, que “fez tudo” na sua vida, esta data está ligada à própria identidade delas. Imitam Maria, inspiradora do Instituto, Mestra e Mãe, para ser como foi ela “auxiliadoras”, especialmente entre as jovens, como sugere o artigo 4 das Constituições. Ao se percorrer os relatos biográficos e as Crônicas das Casas das Filhas de Maria Auxiliadora, são inúmeros os episódios em que o recurso ao auxílio poderoso de Maria resolveu situações difíceis, protegeu contra perigos e calamidades, curou corpos e almas.

Irmã Maria Troncatti (1883–1969) também viveu uma experiência singular da proteção de Maria Auxiliadora. Em Varazze, na Ligúria, onde esteve entre 1909 e 1918, viveu um período determinante para a recuperação da saúde — que tantos problemas lhe causara nos anos anteriores — e também por dois eventos de significado relevante para ela: a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), na qual a Itália entrou em 24 de maio de 1915, e um violento temporal que provocou inundações, atingindo especialmente Varazze.

A Crônica da Casa conta que em 25 de junho de 1915 a chuva torrencial não cessava. Espalhou-se a notícia de que o riacho Teiro havia transbordado. Irmã Chiara Novo e Irmã Maria, recém-chegadas de um curso para enfermeiras, estavam almoçando no térreo, enquanto as crianças e as educandas foram levadas ao primeiro andar pelas Irmãs. A sacristã correu até a sacristia para salvar os vasos sagrados. Duas irmãs a acompanharam, exortando-a a se apressar. Mas ela dizia: “Oh, antes que a água chegue aqui… eu vou me salvar pelo pátio”. A rua, do outro lado do muro, havia se tornado um rio em fúria: levava móveis, animais, troncos. A diretora havia subido ao primeiro andar e perguntava: “Estamos todos aqui?”. As crianças, assustadas, repetiam as invocações de sua professora: “Jesus, misericórdia! Maria Auxílio dos cristãos, rogai por nós.”

De repente, ao longo do trecho de rua ao lado do Instituto, o muro caiu, vencido pela força das águas. O pátio virou um mar revolto. Irmã Maria e irmã Chiara não conseguiram sair da sala antes que a água já lhes chegasse à cintura. Subiram em uma mesa que flutuava enquanto o nível da água continuava a subir. Irmã Troncatti acreditou que sua última hora havia chegado. “Mas tu deves ser missionária”, sussurrava-lhe uma voz interior. O monólogo tornou-se oração: “Maria Auxiliadora, prometo que se me salvares desta inundação, serei missionária. Prometo, mas salva também Giacomino”, isto é, seu irmão que partira para a guerra.

A mesa foi levada para fora pela corrente e chegou ao cruzamento das águas. As duas Irmãs continuavam invocando Maria. Mas, de repente, sua “jangada” virou e a água lhes chegou ao pescoço. Irmã Maria foi jogada contra a parede e tocou uma veneziana. Sem saber como, conseguiu subir e alcançou a última grade da varanda do primeiro andar. Estava salva. Mas irmã Chiara lutava desesperadamente para não ser arrastada pela correnteza. “Não, Senhora, sozinha não…”, murmurou Irmã Maria. “Irmã Chiara, agarre-se à veneziana; faça como eu fiz.” Foram momentos terríveis. Uma onda empurrou a Irmã para a janela, mas já não tinha forças. Irmã Maria, segurando-se com uma mão na grade, estendeu a outra o máximo que pôde: estavam a um palmo de distância e não conseguiam se tocar. Finalmente, por uma onda de retorno, Irmã Chiara conseguiu agarrar a ponta dos dedos de Irmã Maria… e também ela subiu na persiana.

Pularam a grade, foram até a tribuna da igreja, onde um grupo de irmãs tentava, com lençóis amarrados, salvar a sacristã, presa pelas águas. Mas não foi possível! Quando a enchente baixou, Irmã Maddalena Forzani foi encontrada morta, para grande dor de todas.

Muitos anos depois, o Sr. Cosimo Cossu, Salesiano Coadjutor, contava: “O nome de Maria Auxiliadora estava sempre nos seus lábios, mas quando contava os fatos de Varazze, o nome de Maria Auxiliadora tinha um sabor diverso! Era preciso ouvi-la: dava-lhe uma expressão que comovia. (…) Vivia a sua devoção à Virgem Auxiliadora, transmitia-a a nós, aos jovens de quem se aproximava; mas a melhor parte era, sem dúvida, para as Shuar internas e para suas coirmãs.”

De fato, a “Informatio super virtutibus” atesta: “São João Bosco foi, em seu tempo, o arauto da devoção a Maria ‘Auxílio dos cristãos’. A Serva de Deus assimilou este espírito de filial devoção, que conheceu através do Boletim Salesiano ainda jovem, depois com mais convicção e plena consciência como religiosa, orgulhando-se do título de filha de Maria Auxiliadora. E quando entrou nas missões do Oriente equatoriano, pode-se dizer que todo o Morona-Santiago foi felizmente contagiado por isso.”

Conta uma senhora: “Irmã Maria amava muito Maria Auxiliadora: ‘Invoca Maria Auxiliadora e verás a paz em casa’, dizia. Rezava muito em seu quartinho e dizia: ‘Rezai muito em vosso quarto e Deus e Maria Auxiliadora vos salvarão’.” Dizia frequentemente: “Maria, Auxílio dos cristãos, roga por nós.” Tinha sempre nos lábios: “Deus e Maria Auxiliadora”; e dirigindo-se às mães, dizia: “Deveis sempre confiar em Maria Auxiliadora.”

E outra testemunha: “Lembro-me das palavras que nos dirigia ao falar de Maria Auxiliadora, das graças e favores que concede, dos milagres (…). E quando lhes dava [aos nativos ou aos shuar]  uma imagem de Maria Auxiliadora, dizia: ‘Eu os curarei com os remédios, mas as curas verdadeiras serão feitas por Maria Auxiliadora: aqui tendes a oração’.”

Diante de tamanha confiança, a Auxiliadora nunca deixou de manifestar, de uma forma ou de outra, o seu poderoso auxílio.

Fonte: Site do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora - FMA

24/05/2025

'Para os jovens, vale a pena dar a vida', diz o P. Attard na Festa de Maria Auxiliadora

Uma festa do Povo de Deus, dos jovens, da Família Salesiana e de toda a Comunidade, uma festa simples e genuína, mas rica de momentos significativos para serem levados para a vida cotidiana: mais uma vez, a Festa de Maria Auxiliadora foi fonte de alegria para todos os que tiveram a sorte de estar em Valdocco por volta do dia 24 de maio e, assim, celebrar Nossa Senhora com o título tão amado por Dom Bosco.

Celebrações durante todo o dia - O programa seguiu a tradição, apresentando uma programação de Santas Missas e liturgias que acompanharam os Fiéis desde as Primeiras Vésperas de 23 de maio, presididas pelo Reitor-Mor, P. Fábio Attard, até o final da noite do dia 24 de maio.

Também houve inovações, que a cada ano enriquecem o variado programa do dia de maneiras distintas: neste ano, tivemos o momento de meditação musical "Acompanhados pela harpa, oramos a Maria" na noite de sexta-feira; ou a conferência "Por Maria ao encontro do Cristo", apresentada pelo P. Marco Frisina, renomado biblista e compositor, na tarde de sábado.

No entanto, além das novidades, como a participação total do Conselho Geral da Congregação Salesiana, eleito pelo Capítulo Geral 29, realizado em Valdocco há pouco mais de um mês, também se renovaram a Fé e as manifestações de Fé da multidão que se reúne sob a proteção de Maria Auxiliadora.

A Missa de Dom Repole - O Arcebispo de Turim e Susa, Cardeal Roberto Repole, ao mencionar a página do Evangelho das Bodas de Caná e o convite moderado de Maria a Jesus a agir, comentou: "É infinitamente belo saber que o olhar e as palavras de Maria provêm de uma fé simples, autêntica, mas radical: 'Fazei tudo o que Ele vos disser'.

É por isso que o Cardeal concluiu: É quanto estamos a viver hoje; é a beleza de sermos protegidos por Maria Auxiliadora, com o desejo, talvez, de sermos um pouco como Ela: capazes de ter um olhar de misericórdia e compaixão para com os outros e para conosco mesmos.

Missa do Reitor-Mor para o MJS - O P. Attard, por sua vez, apontou três outros aspectos da vida de Maria – a escuta, a disponibilidade e a generosidade - como "três formas" da mesma Fé viva, Fé que, ainda hoje, pode encontrar em Maria seu modelo e em Dom Bosco seu representante.

O Reitor-Mor, na celebração das 18h30, dirigida especialmente aos josvens e moças do Movimento Juvenil Salesiano (MJS) e concelebrada por todos os membros do Conselho Geral dos Salesianos de Dom Bosco, propôs um caminho espiritual claro e concreto, dividido em três passos.

"Tudo inicia com a escuta", afirmou o P. Attard. Contudo, não se trata de uma escuta receptiva, mas de uma postura intensa do coração que conduz à comunicação com Deus. "Um Deus que não invade nossas vidas para controlar, mas sim para amá-las e redimi-las", acrescentou, destacando que acolhê-lo não implica em abandonar a própria identidade, mas sim em redescobrir-se de maneira mais profunda e genuína. Uma escuta não nega os desafios: incertezas, questionamentos, resistência interna. Contudo, é precisamente por meio dessas tensões que se estabelece um autêntico vínculo com Deus. "Nunca abandone sua habilidade de questionar!", exortou o Reitor-Mor aos jovens, convidando a não permitir que seu eu interior se debilite.

O segundo passo é a disponibilidade. Assim como Maria, que aceitou com fé o inesperado chamado de Deus, os Cristãos de hoje são chamados a dizer seu "sim" com confiança, o que não significa aceitar uma renúncia ou uma perda, mas fazer uma escolha livre, em confiança total, cientes de que: "Tu, Deus, nunca me trairás". O ser humano é sempre fortalecido por Deus; portanto, não há necessidade de ter medo.

O último ponto da homilia foi um forte convite à generosidade radical, nascida da escuta e da disponibilidade. Uma generosidade livre, contagiosa, missionária, que não se deixa deter por obstáculos ou medos, que não busca o sucesso imediato, mas semeia o bem com confiança, mesmo quando os frutos não são imediatamente visíveis. Maria, mais uma vez, é o modelo perfeito: uma mulher que amou sem cálculos, que confiou plenamente no plano de Deus. "Não tenham medo de Deus: o Divino não tira nada, mas leva tudo à realização", concluiu o Reitor-Mor com veemência.

Agradecimento dos jovens: construtores da unidade e da paz - Após a cerimônia, três jovens do Movimento Juvenil Salesiano agradeceram ao Reitor-Mor. Eles disseram estar vivendo um período de graça tanto na Igreja, com a chegada do novo Papa Leão XIV, quanto na Família Salesiana, com a bênção do novo Reitor-Mor. Eles se comprometeram a promover a unidade e a paz onde quer que estejam, onde o carisma de Dom Bosco estiver presente, no decorrer deste Ano Jubilar.

Um agradecimento à Família Salesiana (FS) - Em sua saudação final, o P. Attard agradeceu pela presença da Madre Chiara Cazzuola, Geral das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), e o apoio de todos os Grupos da FS. Concluindo com palavras cheias de significado, disse: "Por esses jovens, vale a pena dar a vida".

A procissão de Maria Auxiliadora - Um dia tão rico de festividades só poderia terminar de forma festiva e solene, com a tradicional Procissão com a estátua de Maria Auxiliadora pelas ruas de Valdocco. Uma celebração que não era tão lotada e alegre há pelo menos cinco anos - devido às condições climáticas adversas e às restrições impostas pelo Covid-19 nos anos anteriores - e que terminou após cantos e orações com o retorno à Paça – agora reformada – na frente da Basílica de Maria Auxiliadora.

Foi lá que Dom Repole e o P. Attard finalizaram as considerações do dia, fazendo, por um lado, referência à Cidade de Turim, agraciada com a proteção constante de Maria e, por outro, convidando a recitar a prece criada por Bento XVI para o Dia Mundial de Oração pela China, comemorado precisamente em 24 de maio, devido à intensa devoção dos católicos chineses à Virgem Auxiliadora.

Fonte: Agência Info Salesiana

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