16/05/2024

Celebração Litúrgica de São Luís Orione

Celebração Litúrgica de São Luís Orione
Foto: sdb.org

Nascimento: 23/06/1872

Beatificado: 26/10/1980

Canonizado: 16/05/2004

Celebração litúrgica: 16/05

 

Luís Orione nasceu em Pontecurone (diocese de Tortona), em 23 de junho de 1872. O pai era pavimentador de rua; a mãe era mulher de profunda fé e de elevado tino educativo. Embora advertindo a vocação ao sacerdócio, Luís ajudou o pai durante três anos (1882-1885) como ajudante de pavimentador. Em 14 de setembro de 1885, aos 13 anos, foi recebido no convento franciscano de Voghera (Pavia), mas uma pneumonia pôs em risco a sua vida e precisou retornar à família em junho de 1886. De outubro de 1886 a agosto de 1889 foi aluno do Oratório de Valdocco, em Turim. São João Bosco percebeu as suas qualidades e elencou-o entre os seus prediletos, garantindo-lhe: “Nós seremos sempre amigos”. Em Turim, conheceu também as obras de caridade de São José Bento Cottolengo, próximas ao Oratório salesiano. Em 16 de outubro de 1889 iniciou o curso de filosofia no seminário de Tortona.

Ainda jovem clérigo, foi sensível aos problemas sociais e eclesiais que agitavam aquela época difícil. Dedicou-se à solidariedade para com o próximo através da Sociedade de Mútuo Socorro São Marciano e da Conferência de São Vicente. Aos vinte anos, escrevia: “Há uma suprema necessidade e um supremo remédio para curar as feridas desta pobre pátria, tão bela e tão infeliz! Apossar-se do coração e do afeto do povo e iluminar a juventude; infundir em todos a grande ideia da redenção católica com o Papa e pelo Papa. Almas! Almas!”. Movido por essa visão apostólica, abriu em Tortona, em 3 de julho de 1892, o primeiro oratório para cuidar da educação cristã dos meninos. No ano seguinte, em 15 de outubro de 1893, Luís Orione, ainda clérigo de 21 anos, abriu um colégio no bairro São Bernardino, destinado a crianças pobres. Em 13 de abril de 1895, foi ordenado sacerdote e na mesma celebração o bispo impôs o hábito clerical a seis alunos do seu colégio. Desenvolveu sempre mais o apostolado entre os jovens com a abertura de novas casas em Mornico Losana (Pavia), Noto (Sicília), San Remo, Roma...

Ao redor do jovem fundador cresceram clérigos e sacerdotes que formaram o primeiro núcleo da Pequena Obra da Divina Providência. Em 1899, iniciou o ramo dos Eremitas da Divina Providência, inspirados no lema beneditino “ora et labora”, sobretudo nas colônias agrícolas que, naquela época, respondiam à exigência de elevação social e cristã do mundo rural. O bispo de Tortona, Dom Higino Bandi, com Decreto de 21 de março de 1903, reconheceu canonicamente a Congregação religiosa masculina da Pequena Obra da Divina Providência, os Filhos da Divina Providência (sacerdotes, irmãos coadjutores e eremitas), e sancionou o seu carisma expresso apostolicamente no “colaborar para levar os humildes, os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante as obras de caridade”, professado com um 4º voto de especial “fidelidade ao Papa”. Confortado pelo conselho pessoal de Leão XIII, Pe. Orione introduziu nas primeiras Constituições de 1904, entre as finalidades da nova Congregação, a de trabalhar para “obter a união das Igrejas separadas”. Animado por um grande amor à Igreja e aos seus Pastores e por uma paixão pela conquista das almas, interessou-se ativamente pelos problemas emergentes do tempo, como a liberdade e a unidade da Igreja, a questão romana, o modernismo, o socialismo e a descristianização das massas operárias.

Depois do terremoto de dezembro de 1908, que deixou entre as ruínas 50 mil mortos, Pe. Orione foi a Reggio Calabria e Messina para prestar socorro especialmente aos órfãos e fez-se promotor das obras de reconstrução civil e religiosa. Por desejo direto de Pio X, foi nomeado vigário-geral da diocese de Messina.

Deixando a Sicília, depois de três anos, pôde dedicar-se novamente à formação e ao desenvolvimento da Congregação. Em dezembro de 1913, enviou a primeira expedição de missionários ao Brasil. Renovou os heroísmos de socorro às vítimas do terremoto de 13 de janeiro de 1915, que devastou a Mársica (região do Abruzzo) com quase 30 mil vítimas. Eram os anos da Primeira Guerra Mundial. Pe. Orione percorreu muitas vezes a Itália para apoiar as várias atividades caritativas, ajudar espiritual e materialmente as pessoas de todas as camadas, suscitar e cultivar vocações sacerdotais e religiosas.

Há vinte anos da fundação dos Filhos da Divina Providência, como uma “única planta com muitos ramos”, em 29 de junho de 1915, deu início à Congregação das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade, animadas pelo mesmo espírito e interessadas em fazer experimentar aos mais necessitados a Providência de Deus e a maternidade da Igreja, mediante a caridade para com os pobres e enfermos e os serviços de todos os gêneros nos institutos de educação, jardins de infância e variadas obras pastorais. Em 1927 deu início também a um ramo contemplativo, as Irmãs Sacramentinas, ao qual acrescentaram-se depois também as Contemplativas de Jesus Crucificado. Envolveu também os leigos nos caminhos da caridade e do compromisso civil dando impulso às associações das Damas da Divina Providência, dos Ex-Alunos e dos Amigos. Em seguida, realizando intuições previdentes, serão criados na Pequena Obra da Divina Providência também o Instituto Secular Orionita e o Movimento Laical Orionita.

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1919), multiplicaram-se escolas, colégios, colônias agrícolas, obras caritativas e assistenciais. Em especial, Pe. Orione fez surgir na periferia de grandes cidades os “Pequenos Cottolengos”: em Gênova e Milão, em Buenos Aires, em São Paulo e em Santiago do Chile. Estas instituições, destinadas a acolher os irmãos mais sofredores e necessitados eram entendidas por ele como “novos púlpitos” de onde falar de Cristo e da Igreja, “faróis de fé e de civilização”. O zelo missionário do Pe. Orione, que já se expressara com o envio ao Brasil, em 1913, dos seus primeiros religiosos, estendeu- se depois à Argentina e ao Uruguai (1921), à Palestina (1921), à Polônia (1923), a Rodes (1925), aos Estados Unidos (1934), à Inglaterra (1935). Ele mesmo, em 1921-1922 e 1934-1937, fez duas viagens missionárias à América Latina: Argentina, Brasil, Uruguai e Chile.

Gozou da estima pessoal dos papas Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII, e das Autoridades da Santa Sé, que lhe confiaram muitos delicados encargos para resolver problemas e curar feridas tanto no interior da Igreja como nas relações com o mundo civil. Prodigalizou-se com prudência e caridade nas questões do modernismo, na promoção da Conciliação entre Estado e Igreja na Itália e na acolhida e reabilitação dos sacerdotes “lapsi”. Foi pregador, confessor e organizador incansável de peregrinações, missões, procissões, presépios vivos e outras manifestações populares da fé. Grande devoto de Nossa Senhora, promoveu a sua devoção com todos os meios. Com o trabalho manual dos seus clérigos, construiu os santuários de Nossa Senhora da Guarda, em Tortona (1931), e de Nossa Senhora de Caravaggio, em Fumo (1938).

No inverno de 1940, já sofrendo de angina pectoris e depois de dois ataques cardíacos agravados por crises respiratórias, Pe. Orione deixou-se convencer pelos coirmãos e pelos médicos a buscar repouso numa casa da Pequena Obra em Sanremo, embora, como dizia, “não é entre as palmeiras que eu quero viver e morrer, mas entre os pobres que são Jesus Cristo”. Depois de apenas três dias, rodeado pelo afeto e pelos cuidados dos coirmãos, Pe. Orione morreu em 12 de março de 1940, suspirando: “Jesus! Jesus! Eu vou”. Seus despojos, disputados pela devoção de muitos, receberam solenes homenagens em Sanremo, Gênova, Milão, concluindo o itinerário em Tortona, onde foi tumulado na cripta do Santuário de Nossa Senhora da Guarda. Seu corpo, encontrado intacto na primeira exumação de 1965, foi posto em lugar de honra no mesmo santuário.

Pe. Orione encarnou o carisma da caridade para com os pobres, vendo neles o rosto de Jesus e servindo-o na mais santa alegria. Sempre em movimento, vivia uma vida penitente e paupérrima. Estava convencido de que o maior bem fosse viver na presença de Deus e crer na sua Divina Providência. Era este o refrão do Pe. Orione: “Mais fé, mais fé, irmãos, é preciso mais fé! A nossa fé, que é poderosa contra todas as batalhas, torna-se o maior e mais divino conforto da vida humana; ela é a mais elevada inspiração de qualquer valor, de todo santo heroísmo, de toda bela arte, que não morre, de toda verdadeira grandeza moral, religiosa e civil”.

Conheça mais sobre a Santidade Salesiana no nosso acervo. Acesse: rsb.org.br/acervo-salesiano/santidade-salesiana

Fonte: Salesianos Don Bosco

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ENAC 2025 se despede em Aparecida com compromisso renovado dos comunicadores salesianos

Quarto e último dia do Encontro Nacional de Comunicação da RSB foi marcado por escuta ativa, construção de compromissos conjuntos e Celebração Eucarística Chegou ao fim, neste sábado (09), o III Encontro Nacional de Comunicação da Rede Salesiana Brasil (ENAC 2025), reunindo comunicadores, gestores e representantes das Inspetorias Salesianas de todo o país no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP). A primeira atividade do dia foi a orientação aos grupos por Inspetoria, conduzida pelos moderadores do dia, Pe. Francisco Alves de Lima (Chicão) e Ir. Luzinete Rego Freitas. Em seguida, os participantes foram encaminhados às salas temáticas, por inspetoria, para um momento de partilha, escuta e definição de compromissos, baseados nas reflexões, oficinas e vivências dos dias anteriores. As devolutivas coletadas foram apresentadas em uma plenária final, marcada por entusiasmo, senso de missão e o desejo comum de fortalecer a presença salesiana nos ambientes comunicacionais, com foco em planejamento estratégico, inovação tecnológica com ética, capacitação contínua e sinergia entre pastoral, escola e ação social.  Encerrando oficialmente o ENAC 2025, todos se reuniram na arena do Centro de Eventos para a Celebração Eucarística, que selou o encontro com um clima de espiritualidade, agradecimento e envio missionário. Foi um momento de profunda comunhão, no qual os participantes puderam entregar a Deus os frutos do encontro e renovar seu compromisso como comunicadores a serviço da esperança, da paz e da juventude. “Foram dias intensos e profundamente inspiradores. O ENAC 2025 confirmou que a comunicação salesiana é, de fato, uma dimensão carismática, essencial e imprescindível para o fortalecimento e o posicionamento de nossas presenças. É uma missão que exige profissionalismo, dedicação, espiritualidade e escuta atenta, e que merece ser reconhecida e valorizada. Partimos daqui enviados, com o compromisso de levar essa experiência transformadora a cada canto do Brasil”, destacou Maria Dantas, Coordenadora Nacional de Comunicação. Um encontro, muitos frutos O ENAC 2025 reuniu mais de 220 participantes de diversas regiões do Brasil, entre salesianos, salesianas, leigos e jovens, durante quatro dias de atividades formativas, espirituais e colaborativas. A programação contou com palestras, workshops, painéis temáticos e oficinas sobre temas como inteligência artificial, captação de recursos e alunos, planejamento de comunicação, LGPD, gestão de crises e inovação no setor educacional. Além da formação, o evento promoveu espaços de convivência, espiritualidade e articulação em rede, reforçando a identidade comum e a corresponsabilidade de todos que atuam na missão salesiana de educar e evangelizar por meio da comunicação. Com o tema “Comunicação Salesiana e Tecnologias Emergentes”, o encontro reafirmou a importância de uma comunicação enraizada nos valores de Dom Bosco e Madre Mazzarello, uma comunicação que educa para o bem, transforma vidas e constrói pontes entre os jovens e a Igreja, integrando com responsabilidade e criatividade as tecnologias e os desafios próprios do nosso tempo.     Acesse as fotos da tarde deste quarto dia abaixo:   Angélica Novais da Comunicação da Rede Salesiana Brasil

ENAC 2025: Tarde do terceiro dia destaca tecnologias emergentes e promove formação prática em oficinas temáticas

O terceiro dia do III Encontro Nacional de Comunicação da Rede Salesiana Brasil (ENAC 2025), realizado nesta sexta-feira (08/08), foi marcado por uma intensa programação formativa voltada para a reflexão e a prática da comunicação em sintonia com as tecnologias emergentes e os desafios contemporâneos da missão salesiana. No período da tarde, os participantes se dividiram em salas para vivenciar duas rodadas de oficinas temáticas, que abordaram conteúdos fundamentais para o aprimoramento da atuação nas presenças locais: A oficina de “Captação de recursos e inovações no mercado da ação social”, com Sandra Sahd, convidou os participantes a refletir sobre a premissa de que “captar recursos é, antes de tudo, construir vínculos” e que, sem comunicação, não há vínculo possível. Sandra destacou a importância do storytelling e da prestação de contas como diferencial para resultados sustentáveis. Confira o relato de alguns participantes da oficina:- Giuliano: “Montar um plano, além do planejamento, e saber comunicar seus objetivos é fundamental para a captação, reforçando nosso trabalho na captação para nossas frentes de trabalho”.- Karina Bilhalva da Cunha: “Se entenda como potência! Se é para captar recursos ou mobilizar pessoas, que o sonho seja grande como tudo o que envolve Dom Bosco!”. “Captação de alunos e inovações no mercado da educação”, com Renato da Rocha, convidou a olhar o ambiente externo (político, econômico, social, ecológico) como variável estratégica na construção da imagem e na captação. Renato ressaltou a necessidade de monitoramento de cenários e de clareza sobre o contexto que envolve cada instituição. Confira o relato de uma participante da oficina:- Tábata Corso: “O quanto temos clareza do que acontece, um pouco mais distante da nossa escola, mas que impacta diretamente… temos que monitorar esses cenários para fortalecer comportamentos de consumo. 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Destacou que o planejamento é ferramenta estratégica que dá sentido às ações comunicativas e que não se pode inventar novidades fora da identidade institucional. “Se não conheço a realidade na qual estou inserido, não poderei propor ideias e conteúdos adequados a essa realidade”.- Camila Rosero: “Super importante para auxiliar na elaboração de um projeto de comunicação. Maravilhosa!” "Inteligência artificial aplicada ao marketing", com Fabrício Felix Vieira, trouxe perspectivas práticas sobre como a IA pode apoiar planejamento, personalização de conteúdo e tomada de decisão, sem substituir a inteligência humana. Fabrício destacou que não é possível planejar marketing sem considerar a jornada do consumidor. Confira o relato de alguns participantes da oficina:Eduarda Victória Bezerra de Souza: “Foi uma oficina muito boa; aprendemos uma ferramenta de IA para planejamento e estratégia, aplicável a paróquias, obras sociais, escolas ou universidades. Muito interessante: a IA vai otimizar tempo para planejamento, ideias de posts e vídeos, porém sempre usando nossa inteligência humana e criatividade para ‘educá-la’ e alimentá-la com dados do nicho.”Nathalya Castro: (sobre a fala do palestrante) “Comunicação não se resume a ‘posts’ nas redes sociais.” Opinião: “Impactante, enriquecedora! Voltarei para casa com várias ideias novas e projetos para executar.”Ademilson Gonçalves: “O marketing é adaptável a todas as realidades. A palestra mostrou como a IA pode ser grande aliada na criação de estratégias, ajudando a entender o comportamento do público, personalizar conteúdos e tomar decisões com mais agilidade e precisão.”Reberson Ricci Ius: “Nós somos responsáveis por como queremos ser medidos.” "Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD": diretrizes práticas para a realidade salesiana, com Frank Ned, ofereceu orientações aplicáveis ao cotidiano das obras salesianas, com foco em procedimentos práticos, responsabilização e proteção de dados de alunos, famílias e colaboradores. A oficina buscou traduzir a legislação para rotinas institucionais e enfatizar a necessidade de políticas claras e prevenção. Confira o relato de um participante da oficina:Euclides Fernandes: A partir da descrição do tema da lei geral de proteção de dados, foi apresentada a definição de que o objetivo da lei é a proteção do indivíduo. 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Permitiu que pensemos sobre direcionamento em rede que incentiva ações estratégicas e preventivas para fortalecer, conjuntamente, as marcas das escolas e instituições.”Saulo Queiroz: “Eu destacaria do palestrante, a frase: ‘O silêncio também comunica: geralmente, culpa ou descaso.’ Em tempos de comunicação midiática e viral, momentos como este fortalecem nossa rede para agir com mais eficiência em caso de crise.”Andréa Azevedo Lopes: “Destaco a frase do palestrante: Silêncio e improviso agravam qualquer crise; é preciso firmeza ao comunicar o problema. 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O ENAC 2025 seguiu até sábado (09/08), aprofundando temas estratégicos da comunicação e consolidando redes de cooperação e protagonismo entre os comunicadores das diversas presenças salesianas do Brasil.     Acesse as fotos da tarde deste terceiro dia abaixo:   Angélica Novais da Comunicação da Rede Salesiana Brasil

ENAC 2025: Manhã do terceiro dia discute como a inteligência artificial pode fortalecer a comunicação nas presenças salesianas

O terceiro dia do III Encontro Nacional de Comunicação da Rede Salesiana Brasil (ENAC 2025), realizado nesta sexta-feira (08/08), foi marcado por uma intensa programação formativa voltada para a reflexão e a prática da comunicação em sintonia com as tecnologias emergentes e os desafios contemporâneos da missão salesiana. As atividades foram iniciadas com um momento de oração conduzido pela Ir. Kelly Gaioso de Andrade, Coordenadora de Comunicação da Inspetoria Maria Auxiliadora, que acolheu os participantes no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida/SP. “Somos comunicadores no tempo do cansaço, mas escolhemos semear esperança. Esperança que nasce do Evangelho, que se traduz em gestos simples, em palavras que consolam, em redes que se aproximam”, disse Ir. Kelly durante a oração. A espiritualidade salesiana norteou a abertura do dia, lembrando que comunicar é também um ato de esperança, de fé e de compromisso com os jovens. Na sequência, o workshop conduzido por Felipe Rodrigues, com o tema “Tecnologias emergentes e IAs que potencializam o trabalho salesiano”, proporcionou uma imersão nas possibilidades de uso da inteligência artificial na comunicação institucional, educativa e pastoral.  Felipe mostrou que a IA já é uma realidade presente em diversos setores e destacou a importância de utilizá-la com intencionalidade, ética e discernimento. “A IA não é um gênio da lâmpada, mas um adolescente genial que precisa de orientação”, afirmou, alertando para o risco da dependência tecnológica sem criticidade. Segundo ele, o diferencial humano, como a criatividade, o senso de propósito e a escuta sensível, permanece insubstituível, especialmente em ambientes educativos carismáticos como os da missão salesiana.  Felipe convidou os participantes a refletirem sobre como a IA pode ser usada para ampliar a personalização do ensino, otimizar tarefas administrativas e potencializar a comunicação sem perder de vista aquilo que é essencial: o relacionamento próximo, a presença ativa e a formação integral dos jovens. “A inteligência artificial já não é mais futuro, ela está entre nós, moldando como buscamos informações, consumimos conteúdo e nos relacionamos com o mundo digital. O desafio não é mais adotar ou não, mas como fazer isso com responsabilidade e propósito” Destacou-se, ainda, um estudo recente do MIT, que comparou o desempenho de pessoas que escreveram textos com ou sem o apoio de ferramentas de IA. A pesquisa revelou que aqueles que recorreram diretamente à inteligência artificial apresentaram menor conectividade cerebral, menos senso de autoria sobre o que escreveram e dificuldade em lembrar ou citar suas próprias produções.  Para Felipe, o dado é um alerta: “A IA não é para preguiçosos. Ela pode ser uma aliada poderosa, desde que venha depois do pensamento crítico e da ativação da nossa própria inteligência”. Inspirado por essa lógica, o palestrante propôs uma reflexão: como Dom Bosco utilizaria a IA hoje? A resposta, segundo ele, passa pelo uso virtuoso e educativo da tecnologia, automatizando tarefas repetitivas, personalizando o aprendizado e ampliando a comunicação, sem jamais substituir o relacionamento humano. Entre os principais insights deixados por Felipe Rodrigues, destacam-se: “Se algo é repetitivo, pode ser automatizado. Isso não é um problema, é uma oportunidade para que comunicadores dediquem mais tempo ao essencial: o relacionamento humano.” “A inteligência artificial já não é mais futuro, ela está entre nós, moldando como buscamos informações, consumimos conteúdo e nos relacionamos com o mundo digital. O desafio não é mais adotar ou não, mas como fazer isso com responsabilidade e propósito.” A manhã do ENAC 2025, assim, reforçou o papel estratégico da comunicação como ponte entre o carisma salesiano e as transformações do nosso tempo, com os olhos no futuro, mas os pés firmes na missão de educar e evangelizar jovens.     Acesse as fotos da manhã deste terceiro dia abaixo:   Angélica Novais da Comunicação da Rede Salesiana Brasil

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