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Canonização de Irmã Maria Troncatti: a programação

Na iminência da Canonização de Irmã Maria Troncatti, FMA, a Comissão central divulga o programa dos eventos

Na iminência da Canonização da Beata Maria Troncatti, a Comissão central preparou um cartaz com o programa dos eventos, que contarão com a presença da Superiora, Madre Chiara Cazzuola, e de todas as Conselheiras gerais do Instituto. Em diversos momentos também estará presente o Reitor-Mor dos Salesianos de Dom Bosco, Dom Fábio Attard.

A Canonização da primeira Filha de Maria Auxiliadora, depois da Cofundadora, Santa Maria Domingas Mazzarello, representa de fato um evento de graça para o Instituto, para toda a Família Salesiana e um dom à Igreja, no contexto já rico das celebrações e dos eventos previstos no Calendário do Jubileu da Esperança.

Além disso, o testemunho de Irmã Maria Troncatti — “Mãe, Missionária, Artesã de Paz e de Reconciliação” — é proposto ao mundo inteiro junto aos Beatos Inácio Choukrallah Maloyan (Bispo de Mardin dos Armênios, Mártir), Peter To Rot (pai de família, Mártir em Papua-Nova Guiné), Vincenza Maria Poloni (Fundadora do Instituto Irmãs da Misericórdia), Maria do Monte Carmelo Rendiles Martínez (fundadora das Irmãs Escravas de Jesus, Servas de Jesus da Venezuela), José Gregório Hernández Cisneros (leigo da Venezuela, chamado “o médico dos pobres”) e Bartolo Longo (leigo apóstolo do Rosário), que com ela serão canonizados no dia 19 de outubro de 2025.

A abertura das celebrações está prevista para sexta-feira, 17 de outubro, às 17h00, na Casa Geral de Roma, com o discurso de Madre Chiara Cazzuola, a saudação do Reitor-Mor e uma intervenção do Pe. Pier Luigi Cameroni, Postulador geral das Causas dos Santos da Família Salesiana.

Está também previsto o testemunho de Juwa Bosco, que contará o “encontro” muito especial que teve com Irmã Maria em sonho, após o qual obteve a cura do corpo e do espírito.

A intervenção do Pe. Erino Leoni, Vigário da Inspetoria Salesiana Lombardo-Emiliana e curador, com o Sr. Paolo Zini, SDB, de uma exposição sobre Irmã Maria Troncatti, montada na Casa Geral e aberta à visitação, constituirá um ponto alto da noite.

O vídeo “…se transformará em alegria” recordará as etapas fundamentais da vida de Irmã Maria, enquanto os cantos executados pelas noviças do Noviciado internacional Maria Auxiliadora de Castel Gandolfo darão o tom de festa e de agradecimento coral. O evento será em transmissão direta no canal YouTube do Instituto das FMA.

Sábado, 18 de outubro, a partir das 15h30, os jovens do Movimento Juvenil Salesiano MJS Itália animarão “Vamos! Em festa com Irmã Maria Troncatti”, um evento voltado para jovens do 3º ano Superior em diante, das Inspetorias FMA e SDB da Itália, que acontecerá em Roma-Cinecittà, no Instituto São João Bosco da Inspetoria IRO.

Às 20h45 o Reitor-Mor presidirá a Vigília de oração para a Família Salesiana “Uma santidade… que é também para ti!”, que se concluirá com a “Boa-noite” da Superiora geral, Madre Chiara Cazzuola.

Domingo, 19 de outubro, às 10h30, o Santo Padre Leão XIV presidirá a Santa Missa e a Canonização, com a participação, entre outros, de Cardeais e Bispos Salesianos das Dioceses da Lombardia e do Equador, das Presidentes das Conferências interinspetoriais, de uma jovem e uma missionária representando as jovens e as FMA do mundo, dos Prefeitos de Corteno Golgi (Bréscia), terra natal da futura Santa, e de Sucúa (Equador), a pequena cidade em que viveu e morreu Irmã Maria, de sobrinhos-bisnetos e outros parentes, de numerosos peregrinos, especialmente jovens, vindos da Lombardia e de toda a Itália, do Equador e de outras partes do mundo. Maciça, em todos os eventos do calendário, será a presença das FMA e de vários representantes dos diversos grupos da Família Salesiana.

Na tarde de 19 de outubro, na Casa Geral das FMA, o Reitor-Mor presidirá a celebração das Vésperas. A noite prosseguirá com uma festa, da qual participarão todos os que estiverem em Roma para a circunstância.

Segunda-feira, 20 de outubro, às 11h00, na Sala Paulo VI, os peregrinos presentes para a Canonização dos novos sete santos serão recebidos em audiência pelo Papa Leão XIV.

Às 17h00, na Basílica de São Paulo Extramuros, o Cardeal Ángel Fernández Artime presidirá a solene Celebração Eucarística de Ação de Graças para a Família Salesiana. Concelebrarão Dom Andres Carrascosa Coso, Núncio Apostólico no Equador, Dom Néstor Montesdeoca, Vigário Apostólico de Méndez (Equador), Dom Pierantonio Tremolada, Bispo de Bréscia, Dom Fabio Attard, Reitor-Mor da Congregação Salesiana, Bispos e presbíteros das Dioceses do Equador e da Itália.

Ao apresentar estas iniciativas, Madre Chiara Cazzuola escreveu:
“Auguramos viver juntos o grande dom da santidade que o Senhor continua a derramar abundantemente sobre toda a Igreja, sobre a Família Salesiana, sobre o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora sobre as Comunidades Educativas.

Diante do grito de ajuda dos jovens do nosso tempo, procuramos responder com a força e a coragem dos nossos Santos Fundadores e, pela intercessão de Irmã Maria Troncatti, pedimos ao Senhor que conceda a nós e a toda a humanidade o necessário dom da paz”.

Os cartazes com o programa podem ser baixados no site oficial mariatroncatti.org

 

Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora

 

Acompanhe a cerimônia de posse do novo Inspetor da ISJB, Pe. Ricardo Carlos, SDB

Com sentimento de profunda gratidão a Deus e a Dom Bosco, a Inspetoria São João Bosco (ISJB – BBH) convida toda a Família Salesiana para acompanhar a Cerimônia de Posse Canônica do novo Inspetor Salesiano, Pe. Ricardo Carlos, SDB, no próximo sábado, 18 de outubro de 2025, às 19h, em Belo Horizonte (MG).

‍A celebração eucarística será realizada na Paróquia São Francisco de Sales, Comunidade Santíssima Trindade e São Judas Tadeu, localizada na Rua Carlos Schettino, nº 539 – Bairro Nova Gameleira, e contará com transmissão ao vivo pelo canal oficial da Inspetoria no YouTube, permitindo que todos possam participar deste importante momento de fé e comunhão, mesmo à distância.‍

Acompanhe a transmissão ao vivo

📅 Data: 18 de outubro de 2025
🕖 Horário: 19h


Um novo tempo de animação e serviço‍

O Reitor-Mor da Congregação Salesiana, Pe. Fabio Attard, SDB, com o acordo de seu Conselho, nomeou o Pe. Ricardo Carlos, SDB, como novo Superior da Inspetoria São João Bosco, com sede em Belo Horizonte, para o sexênio 2025–2031.‍

O Pe. Ricardo sucede o Pe. Natale Vitali Forti, SDB, que, desde 2020, exerceu o serviço de Inspetor com zelo, dedicação e profundo amor à missão salesiana, fortalecendo a unidade inspetorial e promovendo avanços significativos nas áreas da educação, comunicação e ação social.

Nosso agradecimento ao Pe. Natale por conduzir com sabedoria e zelo pastoral a nossa Inspetoria durante estes anos fecundos de trabalho e testemunho. Desejamos-lhe pleno êxito nas novas atividades junto à Congregação Salesiana, certos de que continuará irradiando com alegria o carisma de Dom Bosco onde estiver.‍

Conheça o novo Inspetor Salesiano

‍O Pe. Ricardo Carlos, SDB, nasceu em São Bernardo do Campo (SP), em 6 de fevereiro de 1974. Entrou no noviciado salesiano de Indápolis (MS) em 1993, professou os primeiros votos religiosos em 31 de janeiro de 1994, a profissão perpétua em 30 de janeiro de 2000, e foi ordenado sacerdote em 8 de dezembro de 2001, em Piacatu (SP).

‍Na Comunidade Dom Bosco de Campo Grande, atuou como Vigário (2003–2007), Ecônomo (2004–2009) e Diretor (2007–2013). É mestre em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e, após estudos no Studium Biblicum Franciscanum em Jerusalém (2014–2015), foi Reitor da UCDB e Diretor da Casa Salesiana São Francisco de Sales.

‍Entre 2009 e 2013 e novamente entre 2016 e 2019, exerceu o cargo de Conselheiro Inspetorial. Em 2019, foi nomeado Inspetor da Inspetoria Santo Afonso Maria Ligório, nas Missões Salesianas de Mato Grosso, função que desempenhou até 2025.

‍Agora, à frente da Inspetoria São João Bosco, o Pe. Ricardo assume a missão de animar e governar a comunidade inspetorial, continuando o legado de Dom Bosco de educar e evangelizar os jovens, especialmente os mais pobres, com entusiasmo, esperança e espírito de comunhão.‍

Sobre a Inspetoria São João Bosco

‍Fundada em 11 de dezembro de 1947, a Inspetoria São João Bosco está presente nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Tocantins e no Distrito Federal, e atua em mais de 50 obras salesianas, entre escolas, paróquias, obras sociais e centros juvenis.

‍Com sede em Belo Horizonte, a ISJB busca “ser sinal e portadora do amor de Deus aos jovens”, fiel ao carisma de Dom Bosco, promovendo uma educação integral e evangelizadora, sustentada nos valores do Sistema Preventivo e na espiritualidade salesiana.‍

Acompanhe este momento histórico

‍Convidamos toda a Família Salesiana, colaboradores, educadores, jovens e amigos de Dom Bosco a se unirem em oração e alegria para celebrar a posse do novo Inspetor Salesiano. Este é um tempo de renovação, gratidão e esperança, em comunhão com toda a Congregação Salesiana no Brasil e no mundo.

Fonte: Inspetoria São João Bosco

Início das festividades pela Canonização da Irmã Maria Troncatti (FMA)

As celebrações pela Canonização da Irmã Maria Troncatti terão início sexta-feira, 17 de outubro, na Casa Geral das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA). O primeiro evento, marcado para as 17h local, (12h no horário de Brasília) será um simpósio dedicado à figura da próxima futura santa, com a Fala da Madre Chiara Cazzuola, Geral das FMA, a saudação do Reitor-Mor, P. Fábio Attard, participação do P. Pierluigi Cameroni, Postulador Geral das Causas dos Santos da FS e o testemunho de Juwa Bosco, chuar miraculado pela Ir. Troncatti, além da participação do P. Erino Leoni, Vigário da Inspetoria Itália Lombardo-Emiliana (ILE) e curador, juntamente com Paolo Zini SDB, de uma exposição sobre a Ir. Troncatti. A tarde será encerrada com a exibição do vídeo "...se há de transformar em alegria" - que destaca os marcos da vida da Bem-Aventurada - e a animação pelo Coral das noviças do Noviciado Internacional das FMA, de Castel Gandolfo. O evento será transmitido ao vivo pelo canal YouTube do Instituto das FMA (e em seus canais linguísticos em espanholfrancêsinglêsportuguês).

Fonte: Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA)

Cartazes sobre a futura santa Irmã Maria Troncatti, FMA, estão disponíveis on-line

A Fé inabalável, a paixão por Jesus Cristo, a devoção a Maria Auxiliadora, o zelo pela terra de missão e por todos os seus habitantes, sejam eles colonos ou indígenas chuares... - todos esses elementos estão claramente representados nos 12 pôsteres dedicados à Ir. Maria Troncatti que o Setor para a Comunicação Social dos Salesianos de Dom Bosco, em parceria com a Postulação Geral para as Causas dos Santos da Família Salesiana, oferece para download e compartilhamento digital, alguns dias antes da canonização da religiosa FMA.

Os pôsteres combinam, de forma harmoniosa, imagens da Ir. Troncatti com textos extraídos de suas memórias ou palavras que ela costumava usar em seus inúmeros serviços. Não se trata de expressões pontuais ou episódicas, mas de traços de seu caráter, de seu ser, de suas ações, abrangendo variadas etapas de sua vida, desde a juventude na Itália até os anos finais de sua missão em Sucúa, no Equador.

Disponíveis em cinco idiomas - italiano, inglês, espanhol, francês e português – os cartazes são uma modo simples, mas eficaz, de divulgar a figura e a espiritualidade da primeira santa Filha de Maria Auxiliadora, que viveu no clima das origens do Instituto, cofundado por Santa Maria Domingas Mazzarello.

Uma maneira simples, mas eficaz, de divulgar a figura e a espiritualidade da primeira santa Filha de Maria Auxiliadora, que viveu na época da co-fundadora do Instituto, Madre Maria Domingas Mazzarello.

Para visualizar e baixar os pôsteres em homenagem à Irmã Maria Troncatti, clique aqui.

Espiritualidade teresiana em Irmã Maria Troncatti

Em 15 de outubro de 2025 celebra-se a memória litúrgica de Santa Teresa de Ávila, padroeira do Instituto das FMA. Alguns traços da espiritualidade teresiana também podem ser percebidos na Bem-aventurada Irmã Maria Troncatti, agora Santa

Nas Constituições de 1885, Dom Bosco escrevia no artigo sobre a Mestra das noviças: “Santa Teresa queria as Religiosas alegres, sinceras e abertas… As Irmãs de tal caráter são as mais aptas a inspirar nas jovens e nas pessoas do mundo estima e amor pela piedade e pela Religião” (Regras ou Constituições para as Filhas de Maria SS. Auxiliadora agregadas à Sociedade Salesiana, Turim 1885, Título IX, 5).

Certamente, Dom Bosco quis dar às FMA uma mestra de vida espiritual que soubesse unir contemplação e ação numa síntese harmoniosa, verdadeira raiz da criativa iniciativa da grande reformadora e fundadora espanhola.

Contudo, as primeiras FMA tiveram dificuldade em viver assim. Numa carta de Borgo San Martino, Irmã Luigina Boccalatte escrevia que entre 25 e 29 de junho de 1882 Dom Bosco celebrou a Santa Missa durante os dias da festa de São Luís Gonzaga:

“Nem lhe conto o trabalho extraordinário e quanta gente se reuniu, até de povoados vizinhos.”
A Irmã narra: “Dissemos a Dom Bosco que não nos restava tempo para as nossas práticas de piedade e que à noite nos dava sono. E ele respondeu: «Rezai três Ave-Marias o melhor que puderdes e ide dormir tranquilas, porque já estais cansadas do dia; mas, na Missa e na Comunhão, repeti a Jesus que vos dê saúde, santidade, alegria e perseverança, e que vos faça tantas Santas Teresas»” (Crônicas IV, 155–156).

Também a Bem-aventurada Irmã Maria Troncatti, FMA (1883 – 1969), FMA (1883–1969), que será canonizada em 19 de outubro por Leão XIV em Roma, na Praça São Pedro, soube unir contemplação e ação, testemunhando com igual força confiança em Deus e em Maria Auxiliadoracriatividade e ousadia apostólica.

As testemunhas afirmam: A oração era seu alimento diário: amava estar na capela, apesar do pouco tempo disponível; aproveitava as primeiras horas do dia, o momento de descanso dos enfermos e as horas da tarde… e rezava! Contudo, quando era chamada para assistir os doentes, deixava imediatamente a capela para cuidar dos necessitados.”

Quando noviça, escreveu palavras que ecoam a espiritualidade teresiana: “Senhor, quero ser tua para sempre. Ó Jesus, deixei tudo o que tinha de mais caro para vir servir-te, para santificar minha alma. Sim, tudo abandonei: só Tu me restas, mas Tu me bastas.
Jesus, faze-me muito boa e perseverante no estado ao qual me chamaste: faze que te sirva sempre fielmente! Que eu seja esquecida por todos para ser somente tua; afasta-me de todos para ser teu brinquedinho… Dá-me muito amor, muito espírito de sacrifício, de humildade, de abnegação, para ser instrumento de bem para tantas pobres almas.”
 Essas palavras foram encontradas entre seus pertences após sua morte.

Na documentação do Processo de Beatificação lê-se: Como vivia a oração Irmã Maria? (…) Podemos afirmar que a Serva de Deus vivia sempre nos cumes da oração e que, portanto — como se disse do fundador Dom Bosco — ‘era a união com Deus’. Imitava a atitude de Jesus que ‘passava a noite em oração’ e que, depois do batismo no Jordão, ‘permaneceu ali rezando’. Irmã Troncatti, todas as manhãs, das 4 às 5, colocava-se em adoração diante do sacrário. Assim abria o dia; depois, aos sábados, participava do ‘rosário da aurora’ com os fiéis piedosos, para estar na hora marcada na igreja com a comunidade, para a meditação e a Santa Missa.

Durante todo o dia, não só fazia do trabalho uma oração incessante, mas rezava quase continuamente: muitas testemunhas, de diversas categorias, afirmam tê-la visto com a transparência de uma fé serena, convicta e operosa.”

Uma postulante que conheceu Irmã Maria em 1920 conta: “Nunca se a via ansiosa ou atarefada, e, no entanto, estava sempre ativa, com uma atitude de paz que revelava um autêntico recolhimento interior, de pessoa imersa em Deus.”

Como ensina Santa Teresa: “Irmã Maria vive cada instante de sua vida numa corajosa projeção de fé que lhe ilumina o caminho nas circunstâncias mais difíceis.
Seu confiante abandono nas mãos de Deus, Pai providente e Amor infinito, não a torna nem passiva nem desarmada. Ela sabe que na vinha do Senhor é o sol da graça que amadurece os frutos, mas é também necessária a operosidade diligente dos trabalhadores. Por isso, sua dedicação é incessante: desde o grandioso projeto do hospital até o cuidado para que o pequeno shuar tenha uma bela roupinha para a festa do batismo ou da primeira comunhão; das celebrações marianas ao cuidado pela esposa de seu afilhado que deve viajar à cidade.
Sua intensa atividade é toda ritmada pela oração: «Um olhar ao meu crucifixo que trago ao pescoço me dá vida e asas para trabalhar» (L. 16 – Proc. p. 67).
Repete a si mesma o que escreve aos parentes: «Jesus deu o próprio sangue também por esses infelizes»”
 (Summarium, 517).

Assim, duas Santas tão diferentes, distantes no tempo e no espaço, se recordam mutuamente e encorajam o homem e a mulher de hoje a viver a fé como uma força transformadora e humanizadora do mundo atual.

Fonte: Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora

 

ANS News Vídeo Setembro: Uma janela global sobre o carisma de Dom Bosco e a missão salesiana

Contar a vida salesiana em suas atividades diárias, mostrar de forma clara o trabalho apostólico da Família Salesiana (FS) e engajar o maior número possível de pessoas na missão de Dom Bosco: esses são, em síntese, os propósitos do «ANS News Video» – informativo mensal em vídeo multilíngue, no formato televisivo – disponibilizado, há mais de três anos, pela Agência iNfo Salesiana, a todos os Benfeitores, Apoiadores e Amigos do Mundo Salesiano.

Num ambiente midiático cada vez mais dominado por imagens e vídeos digitais, o ANS News Video oferece uma contribuição modesta, mas relevante, para retratar a realidade vibrante do mais que extenso Movimento de Pessoas, que, em todas as latitudes e contextos globais, se empenham pelo desenvolvimento integral e a salvação dos jovens, buscando proporcionar um toque salesiano ao vasto mar de informações que circula diariamente na web.

Lançado em janeiro de 2022, o ANS News Video vem buscando, em cada um de seus episódios, apresentar uma vitrine multimídia da variada realidade salesiana num espaço de aproximadamente 30 minutos, destacando os eventos mais significativos do mês anterior nas diversas obras e realidades de toda a Congregação — e, mais amplamente – de toda a Família Salesiana.

Dos compromissos oficiais do Reitor-Mor e dos demais membros do Conselho Geral, até aos confins da missão — passando por iniciativas sociais, eventos, conferências, simpósios pedagógicos, notícias missionárias, encontros programáticos... — o ANS News Video é, há mais de 40 meses, um fiel indicador que visa promover o conhecimento e a divulgação das atividades salesianas a partir de uma perspectiva de 360°.

Com uma estrutura modular facilmente identificável e apreciada pelo público, o ANS News Video é produzido mensalmente empregando as mais avançadas tecnologias digitais — incluindo as possibilidades proporcionadas pela IA. Entretanto, o principal elemento para sua realização é o empenho de diversas pessoas que colaboram entre si, muitas vezes à distância, unidas pelo propósito de promover a missão dos Filhos Espirituais de Dom Bosco.

Por esse motivo, o atual Conselheiro Geral de Comunicação Social, P. Fidel Maria Orendain também valoriza tal produto e, em seu recente encontro virtual com os Delegados para a Comunicação Social da Região Ásia Leste-Oceânia, incentivou sua exibição em todas as Comunidades e Obras salesianas, sobretudo em oratórios e atividades educativas para jovens. O objetivo é promover um panorama abrangente da realidade salesiana global e servir como recurso em debates em grupo, criando espaços abertos para que os participantes possam identificar ressonâncias, boas práticas e oportunidades para réplica futura.

Todos os meses, o ANS News Video traz a realidade tangível da missão salesiana para as Casas da Família Salesiana em todo o Mundo. Assim, cada Inspetoria é convidada a promovê-lo, divulgá-lo e colaborar com ele, compartilhando seus eventos mais relevantes.

 

Fonte: ANS e Inspetoria São João Bosco

Rumo à canonização da Irmã Maria Troncatti FMA: Documentário produzido pela Inspetoria do Equador

Se as Inspetorias das Filhas de Maria Auxiliadora da Itália-Lombardia (ILO) e do Peru (PER) produziram inestimáveis ​​subsídios informativos em vista da canonização da Irmã Maria Troncatti, a Inspetoria das FMA do Equador – que teve a graça de acolher e vivenciar a presença materna, missionária e reconciliadora da religiosa – não podia deixar de produzir um documentário breve e fiel, que lhe narrasse a vida e seu apostolado.

O filme mostra a vida e a dedicação missionária da Ir. Maria Troncatti, religiosa do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (IFMA), a qual desde 1922 dedicou sua vida ao serviço na Amazônia Equatoriana, acompanhando, com profunda Fé e amor, os colonos da região e o povo indígena ‘Shuar’ (Chuar) levando, não apenas assistência médica e educacional mas também um testemunho vivo do Evangelho.

O vídeo de 20 minutos retrata o poder transformador de suas ações, a manifestação de sua Fé e sua escolha radical em prol dos mais necessitados. Elementos gráficos, fotografias históricas animadas, e diversas cenas, ajudam a reconstituir os momentos mais importantes de sua missão, destacando a sua habilidade em responder à realidade conforme os valores do Evangelho.

O documentário foi lançado na véspera da sua festa litúrgica, 24 de agosto de 2025, na cidade onde ela atuou como missionária, Sucúa, na Prefeitura Municipal, local que guarda a memória da dedicação missionária da Beata salesiana.

A cerimônia contou com a presença das Filhas de Maria Auxiliadora de várias comunidades do país, de Dom Néstor Montesdeoca, Bispo do Vicariato Apostólico de Méndez, e do Dr. Sebastián Rodríguez, Prefeito do Departamento de Sucúa, além de Coirmãos Salesianos, integrantes da Família Salesiana, Autoridades locais, Jovens, Religiosas do Vicariato e Apoiadores da Obra salesiana.

Na ocasião, a Inspetora da UCE, Ir. Lupe Erazo ressaltou que a Ir. Maria Troncatti, nutrida pela graça, tornou-se “uma incansável mensageira do Evangelho, uma especialista em humanidade e uma profunda conhecedora do coração humano”, capaz de converter a oração em ação apostólica e serviço efetivo ao próximo. “Podemos afirmar -disse - que ela vivenciou o «Eu vou!» salesiano, com generosidade, entregando-se de forma incondicional à missão que lhe foi atribuída”.

O breve documentário, diz ainda a Irmã Lupe, “vai além de uma simples coleção de imagens e recordações: é um convite para observar de perto o coração de uma mulher que soube responder à dor com ternura, ao conflito com paz, à adversidade com Fé”.

O filme visa divulgar a vida e o testemunho de uma mulher, da Irmã Maria Troncatti, que, seguindo Cristo pelos moldes de Dom Bosco e de Madre Mazzarello, permanece como um símbolo de Esperança para a Igreja e para a Sociedade contemporânea.

O documentário “Irmã Maria Troncatti, uma vida em missão” pode ser assistido no canal do YouTube das FMA do Equador, disponível em espanhol e italiano.

Para obter mais informações, visite o site criado especialmente para a canonização da Ir. Maria Troncatti: https://www.mariatroncatti.org/ 

 

“Dilexi te”: Papa Leão XIV recorda Dom Bosco em exortação sobre o amor aos pobres

Em sua primeira exortação apostólica, intitulada Dilexi te (“Eu te amei”), o Papa Leão XIV convida toda a Igreja a redescobrir o amor pelos pobres como um caminho de fidelidade ao Evangelho e de renovação da missão cristã. Publicado em 4 de outubro de 2025, o documento retoma o coração da mensagem de Jesus: “tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos, é a mim que o fazeis”  e propõe que o amor preferencial pelos pobres seja vivido como dimensão constitutiva da fé.

Ao longo do texto, o Papa afirma que amar os pobres não é uma opção opcional, mas parte essencial da identidade cristã: “A fé que não se traduz em amor concreto corre o risco de se tornar palavra vazia”. O Santo Padre reforça que o cuidado com os pobres deve ir além da assistência, buscando transformar estruturas de injustiça, promover dignidade e fazer com que os excluídos sejam protagonistas de sua própria história.

Dom Bosco: o amor educativo que gera dignidade

Entre as referências históricas que ilustram o amor ativo e transformador, o Papa Leão XIV cita São João Bosco, reconhecendo nele um exemplo luminoso de evangelização e serviço aos mais pobres:

“Com o mesmo espírito, na Itália, São João Bosco iniciou a grande obra salesiana, fundamentada sobre os três princípios do método preventivo: razão, religião e amabilidade.”

Ao recordar o fundador dos Salesianos, o Papa destaca o valor da educação como forma de caridade social, expressão concreta de amor que liberta e gera oportunidades. Dom Bosco compreendeu que os jovens pobres e abandonados não precisavam apenas de pão, mas de um projeto de vida, de acompanhamento e esperança. Seu método preventivo, baseado no diálogo, na confiança e na presença amorosa, continua sendo um caminho eficaz para prevenir o mal e promover a dignidade.

Assim como Dilexi te propõe uma “Igreja para os pobres”, Dom Bosco sonhou com uma Igreja dos jovens e dos simples, onde ninguém se sentisse excluído do amor de Deus. Para ele, educar era evangelizar; e evangelizar era amar — especialmente os mais frágeis.

O carisma salesiano em sintonia com o apelo do Papa

O documento do Papa Leão XIV encontra profunda sintonia com o carisma salesiano, cuja missão é “formar bons cristãos e honestos cidadãos”. Ao falar de conversão pastoral e estrutural, o Santo Padre reforça aquilo que move a Rede Salesiana Brasil: a educação integral que transforma vidas, promove justiça e constrói uma sociedade mais fraterna.

A Dilexi te também retoma a Espiritualidade Juvenil Salesiana, ao indicar que o amor deve ser vivido de modo alegre, criativo e encarnado na realidade concreta, uma espiritualidade “Sempre; Alegre; Com Cristo; Na Igreja; Para o mundo; Como Maria”, expressão tão próxima da experiência salesiana de fé e ação.

Um chamado à missão

Acreditamos que, para a Família Salesiana, esta exortação é mais que um documento: é um chamado à coerência entre fé e vida, entre oração e compromisso. O Papa Leão XIV recorda que amar os pobres é amar Cristo, e que toda obra educativa, pastoral ou social deve ser lugar de encontro, justiça e fraternidade.

Assim, o testemunho de Dom Bosco e o apelo do Papa se unem num mesmo horizonte: fazer do amor um projeto educativo e missionário, capaz de transformar realidades e renovar corações.

“Não se pode separar a fé do amor pelos pobres. É ali que a Igreja reencontra o rosto vivo de Cristo.” (Dilexi te, Papa Leão XIV).

Leia a exortação apostólica completa pelo link Dilexi te — Sobre o amor para com os pobres (vatican.va).

Lançamento da 3ª edição do Relatório de Impacto Social da Inspetoria São João Bosco

No dia 7 de outubro, aconteceu o lançamento da 3ª edição do Relatório de Impacto Social da Inspetoria São João Bosco (ISJB).

O evento reuniu cerca de 180 colaboradores das presenças salesianas em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Tocantins e Distrito Federal, promovendo um importante momento de diálogo e reflexão sobre a ação educativa pastoral desenvolvida com crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social.

A nova edição do Relatório traz como novidade as editorias:

  • ‍Espaços de incidência e representatividade
  • Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), conectando-se com os princípios do Cuidado com a Casa Comum e da ecologia integral.

    Segundo o Padre Inspetor Natale Vitali, SDB, "Este relatório social quer contribuir para a mudança urgente de proteção à nossa casa comum. Os jovens exigem de nós, adultos, uma mudança; interrogam-se como se pode pretender construir um futuro melhor, sem pensar na crise do meio ambiente e nos sofrimentos dos excluídos."

Neste ano, a Congregação Salesiana celebra o Jubileu Ordinário de 2025, proclamado pelo Papa Francisco sob o lema Spes non confundit (Rm 5,5) – A esperança não engana, além dos 150 anos da Primeira Expedição Missionária Salesiana enviada por Dom Bosco à Argentina.

O Padre Sedney Manja, novo Vigário do Inspetor e Diretor da Casa Inspetorial, reforçou a identidade salesiana destacando o Artigo 6 das Constituições Salesianas, que define a missão como evangelizadora, educativa e a serviço dos mais pobres e excluídos.

Carolina Neves, Gerente da Ação Social da ISJB, enfatizou:
“Tudo o que fazemos, na vida e no trabalho, precisa ser feito com amor e excelência, porque fazemos para Deus e para os jovens, especialmente os mais pobres. Cada relatório, cada número e cada história aqui representada são reflexo de mãos, corações e sonhos a serviço da vida.”

Além de apresentar os principais resultados das ações da ISJB, o Relatório de Impacto Social também busca estreitar o relacionamento com organizações dos setores público, privado e do terceiro setor, fomentando parcerias, projetos e captação de recursos que fortaleçam a missão salesiana.‍

Clique aqui e conheça a 3ª edição do Relatório de Impacto Social da Inspetorial São João Bosco.

A caminho da canonização de Ir. Maria Troncatti: subsídios ajudam a conhecer mais sobre a futura santa salesiana

Em preparação para a canonização da Irmã Maria Troncatti, Filha de Maria Auxiliadora (FMA), que será celebrada no próximo domingo, 19 de outubro de 2025, diversas Inspetorias salesianas pelo mundo têm desenvolvido subsídios formativos para apresentar sua vida e espiritualidade a diferentes públicos.

Reconhecida como missionária incansável e artesã da paz, Ir. Maria Troncatti deixou um testemunho de fé e doação que continua a inspirar a Família Salesiana. Seu lema de canonização, “Mãe de todos, missionária incansável e artesã da paz”, traduz a essência de sua santidade cotidiana, vivida entre os mais simples e marcada pela alegria evangélica.

Na Itália, as jovens Irmãs da Inspetoria Sagrada Família das FMA da Lombardia (ILO), junto com postulantes, noviças e seminaristas, prepararam materiais educativos voltados para crianças, adolescentes e jovens. Os conteúdos, que podem ser usados em encontros de catequese, momentos de oração ou no tradicional bom-dia salesiano, apresentam uma biografia breve da Irmã Troncatti, reflexões sobre sua fé, maternidade espiritual e compromisso com a paz, sempre adaptados à linguagem de cada faixa etária.

Além dos subsídios formativos, destaca-se a produção de uma história em quadrinhos publicada na revista La Fiaccolina, escrita pela jornalista Ylenia Spinelli e ilustrada por Bruno Dolif, com apoio do Pe. Michele Galli, Vice-Reitor do Seminário de Milão.

Na América Latina, a Inspetoria Santa Rosa de Lima (PER), do Peru — terra que acolheu a Irmã Troncatti como missionária — elaborou o programa “A Ir. Maria Troncatti e a Espiritualidade Juvenil Salesiana”. O material, disponível em espanhol, italiano e inglês, foi desenvolvido pelas equipes de Pastoral Juvenil e Missões e oferece sete fichas de reflexão voltadas para oratórios, centros juvenis, grupos vocacionais e comunidades educativas.

Com base na Espiritualidade Juvenil Salesiana (EJS), o itinerário convida os jovens a mergulhar na vida da Ir. Troncatti e a encontrar nela um espelho de fé, alegria e esperança, refletindo sobre como seguir o mesmo caminho: “Sempre; Alegre; Com Cristo; Na Igreja; Para o mundo; Como Maria.”

Esses materiais, frutos do amor e da criatividade da Família Salesiana, têm como objetivo fortalecer a formação integral de crianças e jovens, despertando neles o desejo de viver com generosidade, alegria e fé, assim como fez a Irmã Maria Troncatti — que, inspirada por Dom Bosco e Madre Mazzarello, respondeu com coragem ao chamado de Deus e fez da sua vida um dom.

Mais informações sobre a canonização e os materiais disponíveis podem ser encontradas no site oficial:
👉 www.mariatroncatti.org

Comunicação da Rede Salesiana Brasil com informações da ANS

Papa Leão XIV publica a primeira Exortação Apostólica: “Dilexi te”

Publicada a primeira exortação apostólica de Robert Prevost, um trabalho iniciado por Francisco sobre o tema do serviço aos pobres, em cujo rosto encontramos “o sofrimento dos inocentes”. O Papa denuncia a economia que mata, a falta de equidade, a violência contra as mulheres, a desnutrição, a emergência educacional. Ele faz seu o apelo de Bergoglio pelos migrantes e pede aos fiéis que façam ouvir “uma voz que denuncie”, porque “as estruturas da injustiça devem ser destruídas com a força do bem"

Dilexi te, “Eu te amei”. O amor de Cristo que se encarna no amor aos pobres, entendido como cuidado dos doentes; luta contra a escravidão; defesa das mulheres que sofrem exclusão e violência; direito à educação; acompanhamento aos migrantes; esmola que “é justiça restabelecida, não um gesto de paternalismo”; equidade, cuja falta é “a raiz de todos os males sociais”. Leão XIV assina sua primeira exortação apostólica, Dilexi te, texto em 121 pontos que brota do Evangelho do Filho de Deus que se tornou pobre desde sua entrada no mundo e que relança o Magistério da Igreja sobre os pobres nos últimos cento e cinquenta anos. “Uma verdadeira mina de ensinamentos”.

Seguindo os passos dos seus antecessores

Com este documento assinado a 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, o Pontífice agostiniano segue assim os passos dos seus antecessores: João XXIII com o apelo aos países ricos na Mater et Magistra para que não permaneçam indiferentes perante os países oprimidos pela fome e pela miséria (83); Paulo VI, com a Populorum progressio e o discurso na ONU “como advogado dos povos pobres”; João Paulo II, que consolidou doutrinariamente “a relação preferencial da Igreja com os pobres”; Bento XIV e a Caritas in Veritate, com sua leitura “mais marcadamente política” das crises do terceiro milênio. Por fim, Francisco, que fez do cuidado “pelos pobres” e “com os pobres” um dos pilares do seu pontificado.

Um trabalho iniciado por Francisco e relançado por Leão

Foi o próprio Francisco que, nos meses que antecederam sua morte, iniciou o trabalho sobre a exortação apostólica. Assim como aconteceu com a Lumen Fidei, de Bento XVI, recolhida em 2013 por Jorge Mario Bergoglio, também desta vez é o sucessor que completa a obra, que representa uma continuação da Dilexit Nos, a última encíclica do Papa argentino sobre o Coração de Jesus. Porque é forte a “ligação” entre o amor de Deus e o amor pelos pobres: através deles, Deus “ainda tem algo a nos dizer”, afirma o Papa Leão. E ele retoma o tema da “opção preferencial” pelos pobres, expressão nascida na América Latina (16) não para indicar “um exclusivismo ou uma discriminação em relação a outros grupos”, mas “a ação de Deus” que se move por compaixão pela fraqueza da humanidade.

Os “rostos” da pobreza

São numerosos os pontos para reflexão, numerosas as motivações para a ação na exortação de Robert Francis Prevost, na qual são analisados os “rostos” da pobreza. A pobreza daqueles que “não têm meios de subsistência material”, de “quem é marginalizado socialmente e não possui instrumentos para dar voz à sua dignidade e suas capacidades”; a pobreza “moral”, “espiritual”, “cultural”; a pobreza “de quem não tem direitos, nem lugar, nem liberdade” (9).

Novas formas de pobreza e falta de equidade

Diante desse cenário, o Papa considera “insuficiente” o compromisso de eliminar as causas estruturais da pobreza em sociedades marcadas por “numerosas desigualdades”, pelo surgimento de novas formas de pobreza “mais sutis e perigosas” (10) e por regras econômicas que aumentaram a riqueza, “mas sem equidade”.

A falta de equidade é a raiz dos males sociais (94)

A ditadura de uma economia que mata

“Quando dizem que o mundo moderno reduziu a pobreza, fazem-no medindo-a com critérios doutros tempos não comparáveis à realidade atual”, afirma Leão XIV (13). Deste ponto de vista, ele saúda “com satisfação” o fato de que “as Nações Unidas tenham colocado a erradicação da pobreza como um dos objetivos do Milênio”. No entanto, o caminho é longo, especialmente numa época em que continua a vigorar a “ditadura de uma economia que mata”, em que os ganhos de poucos “crescem exponencialmente”, enquanto os da maioria estão “cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz” e em que se difundem “ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira” (92).

Cultura do descarte, liberdade de mercado, pastoral das elites

Tudo isso é sinal de que ainda persiste – “por vezes bem disfarçada” – uma cultura do descarte que “tolera com indiferença que milhões de pessoas morram de fome ou sobrevivam em condições indignas do ser humano” (11). O Papa condena então os “critérios pseudocientíficos” segundo os quais será “a liberdade do mercado” a levar à “solução” do problema da pobreza, bem como a “pastoral das chamadas elites”, segundo a qual “em vez de perder tempo com os pobres, é melhor cuidar dos ricos, dos poderosos e dos profissionais” (114).

Realmente, os direitos humanos não são iguais para todos (94)

Mudar a mentalidade

O que o Papa invoca é, portanto, uma “mudança de mentalidade”, libertando-se antes de tudo da “ilusão de uma felicidade que deriva de uma vida confortável”. Isso leva muitas pessoas a uma visão da existência centrada na riqueza e no sucesso “a todo custo”, mesmo em detrimento dos outros e por meio de “sistemas político-econômicos injustos” (11).

A dignidade de cada pessoa humana deve ser respeitada já agora, não só amanhã (92)

Em cada migrante rejeitado está Cristo batendo à porta

Leão XIV dedica um amplo espaço ao tema das migrações. Para ilustrar suas palavras, ele usa a imagem do pequeno Alan Kurdi, o menino sírio de 3 anos que se tornou, em 2015, símbolo da crise europeia dos migrantes com a foto de seu corpinho sem vida em uma praia. “Infelizmente, à parte de alguma momentânea comoção, acontecimentos semelhantes estão a tornar-se cada vez mais irrelevantes, como notícias secundárias” (11), constata o Pontífice.

Ao mesmo tempo, ele lembra a obra secular da Igreja em favor daqueles que são forçados a abandonar suas terras, expressa em centros de acolhimento, missões de fronteira, esforços da Caritas Internacional e outras instituições (75).

A Igreja, como mãe, caminha com os que caminham. Onde o mundo vê ameaça, ela vê filhos; onde se erguem muros, ela constrói pontes. Pois sabe que o Evangelho só é crível quando se traduz em gestos de proximidade e de acolhimento; e que em cada migrante rejeitado, é o próprio Cristo que bate às portas da comunidade (75)

Ainda sobre o tema das migrações, Robert Prevost faz seus os famosos “quatro verbos” do Papa Francisco: “Acolher, proteger, promover e integrar”. E do Papa Francisco ele também toma emprestada a definição dos pobres não apenas como objeto de nossa compaixão, mas como “mestres do Evangelho”.

Servir aos pobres não é um gesto a ser feito “de cima para baixo”, mas um encontro entre iguais... A Igreja, portanto, quando se curva para cuidar dos pobres, assume sua postura mais elevada (79)

Mulheres vítimas de violência e exclusão

O Sucessor de Pedro olha então para a atualidade marcada por milhares de pessoas que morrem todos os dias “por causas relacionadas com a desnutrição” (12). “Duplamente pobres”, acrescenta, são “as mulheres que padecem situações de exclusão, maus-tratos e violência, porque frequentemente têm menos possibilidades de defender os seus direitos” (12).

“Os pobres não existem por acaso...”

O Papa Leão XIV traça uma reflexão profunda sobre as causas da pobreza: “Os pobres não existem por acaso ou por um cego e amargo destino. Muito menos a pobreza é uma escolha, para a maioria deles. No entanto, ainda há quem ouse afirmá-lo, demonstrando cegueira e crueldade”, sublinha (14). “Obviamente, entre os pobres há também aqueles que não querem trabalhar”, mas há também muitos homens e mulheres que, por exemplo, recolhem papelão de manhã à noite apenas para “sobreviver” e nunca para “melhorar” a vida. Em suma, lê-se em um dos pontos centrais da Dilexi te, não se pode dizer “que a maioria dos pobres estão nessa situação porque não obtiveram méritos, de acordo com a falsa visão da meritocracia, segundo a qual parece que só têm méritos aqueles que tiveram sucesso na vida” (14).

Ideologias e orientações políticas

Em muitas ocasiões, observa o Papa Leão, são os próprios cristãos que se deixam “contagiar por atitudes marcadas por ideologias mundanas ou por orientações políticas e econômicas que levam a injustas generalizações e conclusões enganosas” (15).

Há quem continue a dizer: “O nosso dever é rezar e ensinar a verdadeira doutrina”. Mas, desvinculando este aspecto religioso da promoção integral, acrescentam que só o Governo deveria cuidar deles, ou que seria melhor deixá-los na miséria, ensinando-lhes antes a trabalhar (114)

A esmola frequentemente desprezada

Sintoma dessa mentalidade é o fato de que o exercício da caridade às vezes é “desprezado ou ridicularizado, como se fosse uma fixação somente de alguns e não o núcleo incandescente da missão eclesial” (15). O Papa detém-se longamente na esmola, raramente praticada e frequentemente desprezada (115).

Como cristãos, não renunciemos à esmola. Um gesto que pode ser feito de várias maneiras, e podemos tentar fazer da forma mais eficaz, mas que deve ser feito. E será sempre melhor fazer alguma coisa do que não fazer nada. Em todo o caso, tocar-nos-á o coração. Não será a solução para a pobreza no mundo, que deve ser procurada com inteligência, tenacidade e compromisso social. Mas precisamos praticar a esmola para tocar a carne sofredora dos pobres (119)

Indiferença por parte dos cristãos

Na mesma linha, o Papa destaca “a falta ou mesmo a ausência de compromisso” com a defesa e a promoção dos mais desfavorecidos em alguns grupos cristãos (112). Se uma comunidade da Igreja não coopera para a inclusão de todos, adverte ele, “correrá também o risco da sua dissolução, mesmo que fale de temas sociais ou critique os Governos. Facilmente acabará submersa pelo mundanismo espiritual, dissimulado em práticas religiosas, reuniões infecundas ou discursos vazios” (113).

Há que afirmar sem rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres (36)

O testemunho dos santos, beatos e ordens religiosas

Para contrabalançar essa atitude de indiferença, há um mundo de santos, beatos e missionários que, ao longo dos séculos, encarnaram a imagem de “uma Igreja pobre e para os pobres” (35). De Francisco de Assis e seu gesto de abraçar um leproso (7) a Madre Teresa, ícone universal da caridade dedicada aos moribundos da Índia “com uma ternura que era oração” (77). E ainda São Lourenço, São Justino, Santo Ambrósio, São João Crisóstomo, seu Santo Agostinho, que afirmava:

“Aquele que diz amar a Deus e não se compadece dos necessitados, mente” (45).

Leão ainda lembra o trabalho dos Camilianos pelos doentes (49), das congregações femininas em hospitais e casas de repouso (51). Ele lembra o acolhimento nos mosteiros beneditinos a viúvas, crianças abandonadas, peregrinos e mendigos (55). E lembra também os franciscanos, dominicanos, carmelitas e agostinianos que iniciaram “uma revolução evangélica” através de um “estilo de vida simples e pobre” (63), juntamente com os trinitários e mercedários que, lutando pela libertação dos prisioneiros, expressaram o amor de “um Deus que liberta não só da escravidão espiritual, mas também da opressão concreta” (60).

A tradição destas Ordens não cessou. Pelo contrário, inspirou novas formas de ação diante das escravidões modernas: o tráfico de pessoas, o trabalho forçado, a exploração sexual, as diversas formas de dependência. A caridade cristã, quando encarnada, torna-se libertadora (61)

O direito à educação

O Pontífice recorda também o exemplo de São José de Calasanz, que fundou a primeira escola popular gratuita da Europa (69), para salientar a importância da educação dos pobres: “Não é um favor, mas um dever”.

Os pequenos têm direito à sabedoria, como exigência básica do reconhecimento da dignidade humana (72)

A luta dos movimentos populares

Na exortação, o Papa também menciona a luta contra os “efeitos destrutivos do império do dinheiro” por parte dos movimentos populares, conduzidos por líderes “colocados muitas vezes sob suspeita e até perseguidos” (80). Eles, escreve, “convidam a superar aquela ideia das políticas sociais concebidas como uma política para os pobres, mas nunca com os pobres, nunca dos pobres” (81).

Uma voz que desperte e denuncie

Nas últimas páginas do documento, Leão XIV apela a todo o Povo de Deus para “fazer ouvir, ainda que de maneiras diferentes, uma voz que desperte, denuncie e se exponha mesmo correndo o risco de parecer estúpidos”.

As estruturas de injustiça devem ser reconhecidas e destruídas com a força do bem, através da mudança de mentalidades e também, com a ajuda da ciência e da técnica, através do desenvolvimento de políticas eficazes na transformação da sociedade (97)

Os pobres, não um problema social, mas o centro da Igreja

É necessário que “todos nos deixemos evangelizar pelos pobres”, exorta o Papa (102). “O cristão não pode considerar os pobres apenas como um problema social: eles são uma questão familiar. Pertencem aos nossos”. Portanto, “a relação com eles não pode ser reduzida a uma atividade ou departamento da Igreja” (104).

Fonte: Vatican News

 

Jubileu da Vida Consagrada: Um carisma que se renova

No Jubileu da Vida Consagrada, num clima de sinodalidade e como Família Salesiana, desejamos compartilhar, de forma sintética, o nosso caminho formativo para nos dar a conhecer, enriquecer mutuamente e crescer juntos na sociedade e na Igreja.

    Créditos: Instituto Filhas de Maria Auxiliadora – FMA

    Com gratidão e espírito de família, apresentamos alguns aspectos que caracterizam a vida da Filha de Maria Auxiliadora, sempre em caminho. Na esperança de ver crescer a herança carismática que Dom Bosco e Madre Mazzarello nos deixaram, olhamos para o futuro, formando as novas gerações de FMA por meio de um programa de formação sólido e significativo.

     

    Quem são as filhas de Maria Auxiliadora?

    “A FMA, inserida na Igreja local, atenta às pessoas e aos desafios do território, combina o seu constante contato criativo com a juventude, testemunhando a sua identidade de mulher consagrada educadora, habitada pelo mistério de Deus, em contínua escuta da sua voz para aprender d’Ele a verdadeira sabedoria da vida.”

    Somos, portanto, mulheres que seguem os passos de Jesus, o Bom Pastor, comprometidas com a salvação dos jovens (Jo 10,11). O amor de Cristo nos impulsiona.

    A contemplação e a acolhida do seu amor em nossa vida nos impulsionam a manifestá-lo aos jovens, a parte mais frágil da humanidade.

    Procuramos ser «sinais e expressão do Amor preveniente do Pai» (C 1)1 . Seguimos Cristo à maneira de São João Bosco e de Santa Maria Domingas Mazzarello.

     

    Uma vida consagrada à missão educativa

    Somos um Instituto com uma espiritualidade harmoniosa, que integra a vida ativa e contemplativa. Não se trata de uma vida monástica complementada por uma atividade apostólica, mas de uma vida apostólica impregnada de contemplação. Este é o caminho de santidade das FMA: mulher consagrada, educadora, discípula missionária. Consagração e missão são duas dimensões inseparáveis ​​que se nutrem mutuamente na unidade vocacional.

    Somos chamadas a tornar perceptível a presença de Jesus Bom Pastor e a solicitude materna de Maria, que cuida de cada um dos seus filhos e filhas, no estilo do Sistema Preventivo.

    As crianças e os jovens são o coração da nossa missão. Com o amor preferencial de Dom Bosco e Maria Domingas Mazzarello, dedicamo-nos aos jovens mais pobres, ou seja, àqueles que, por diversas razões, têm menos possibilidades de sucesso na vida e são, portanto, mais frágeis.

    Realizamos nossa missão na unidade do nosso carisma e na pluralidade das situações socioculturais, com aquele espírito de adaptação, audácia e criatividade que impulsionava Dom Bosco a ir sempre ao encontro dos jovens.

    A originalidade da pastoral juvenil salesiana está bem expressa na fórmula: “Evangelizar educando, e educar evangelizando”.

    Essa pastoral realiza-se em todos os tipos de presença salesiana: internatos, lares familiares, escolas, oratórios, centros juvenis, centros de reinserção para jovens de rua, presenças nas periferias urbanas, universidades.

     

    Jovens candidatas à vida consagrada como FMA

    Nossas comunidades estão abertas às meninas e às jovens que desejam conhecer mais de perto a vida religiosa salesiana. Podem passar alguns dias nas comunidades das FMA, participando livremente da vida de oração e da missão da comunidade que as acolhe. Uma Irmã estará presente para reler, com elas, a experiência vivida e ajudá-las a esclarecer melhor o desejo do seguimento a Cristo.

    Também é possível optar por dedicar um ano inteiro ao discernimento vocacional em uma das comunidades religiosas das FMA. Basta entrar em contato com as Irmãs da comunidade mais próxima para acompanhar e ajudar a esclarecer o que a jovem candidata sente.

    Créditos: Instituto Filhas de Maria Auxiliadora – FMA

    Muitas vezes, ao conversar com uma jovem, pode perceber que carrega dentro de si uma vocação que retorna insistentemente, mesmo que ainda não tenha a certeza de que se trata de uma vocação para a vida salesiana. Ou, talvez, sinta atraída a seguir Cristo e se pergunte se o carisma educativo de Dom Bosco e Madre Mazzarello é o caminho certo para ela.

    Não hesite. Como dizia Dom Bosco: “Basta-me que sejas jovem para que eu te ame tanto”. Cada um tem uma missão nesta terra: basta reconhecê-la, comprometer-se a cultivá-la e fazê-la amadurecer por meio de um caminho de formação.

     

    A formação implementada pelas Filhas de Maria Auxiliadora

    “A formação é um dos melhores investimentos de uma família religiosa: dela dependem a vitalidade carismática dos seus membros, a fecundidade das vocações e a eficácia da missão.”

    O processo formativo oferecido pelas Filhas de Maria Auxiliadora visa uma transformação profunda, progressiva e integral da pessoa até que ela se conforme à imagem do Filho de Deus (C 77). Esse processo abrange todas as dimensões da pessoa ao longo da vida e a orienta em direção à integração e unificação pessoal.

    Nesse dinâmico caminho formativo, deixamo-nos conduzir pelo Espírito Santo (C 79), que continua a ser o principal protagonista da formação.

    “O que caracteriza a formação de uma FMA é a fidelidade à experiência carismática específica, dada pelo Espírito Santo a Dom Bosco e a Madre Mazzarello, para enriquecer a Igreja e a sociedade, alcançando muitas crianças, adolescentes e jovens por meio da educação evangelizadora”2.

    A formação é dividida em duas partes principais: formação permanente e formação inicial.

    A formação permanente

    A formação permanente desempenha um papel fundamental, pois representa um caminho contínuo que acompanha toda a vida da pessoa, promovendo o crescimento constante numa perspectiva humana e cristã. É um caminho que dura a vida toda e serve para formar o coração para que aprenda a nutrir-se dos mesmos sentimentos de Jesus, adotando em seu próprio agir os seus critérios, suas escolhas e intenções. 

    Em geral, o objetivo da formação é tornar a FMA docibilis, ou seja, aberta à escuta e disponível à orientação do Espírito Santo, capaz de acolher o ensinamento e crescer na vida cristã e comunitária; isto é, colocar-se à disposição para aprender com a vida, com cada situação e com cada relação humana, com as atividades ordinárias e extraordinárias, com o discernimento, com a ascese, com o estudo, com o apostolado, com a vida comunitária, etc. É por meio dessa formação permanente que ocorre a formação inicial.  

    Processo da formação inicial

    O percurso de cada etapa complementa-se mutuamente, razão pela qual as formadoras devem dialogar e colaborar estreitamente entre si. “O tempo que precede a profissão perpétua lança as bases para aquele crescimento dinâmico da identidade de Filha de Maria Auxiliadora, que deve continuar ao longo de toda a vida” (C 83).

    As Constituições do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora reconhecem quatro etapas de formação antes da emissão dos votos perpétuos: o período de discernimento e orientação – aspirantado, o postulado, o noviciado e o juniorato, que se realizam de forma sucessiva e complementar (cf. C 83).

     O período de discernimento e orientação 

    Durante o aspirantado, é proposto às jovens um caminho de discernimento e orientação da sua vocação; elas podem viver esse período em comunidade por vários meses. “É um tempo de discernimento para poderem responder livremente e com maior clareza à própria vocação” (C 86-87). Nesta fase, a jovem procura descobrir se é chamada à vida religiosa salesiana, vivendo junto com as irmãs uma vida fraterna, a oração pessoal e comunitária e a partilha da missão.

    Na comunidade, em particular a irmã responsável por esta etapa, acompanha, com paciência e oração, as jovens, respeitando o ritmo de cada uma para aprofundar, antes de tudo, a fé católica, o seu papel na Igreja e na sociedade, sobretudo na missão educativa. Este período também é uma oportunidade para conhecer bem a jovem e ajudá-la a descobrir a paixão educativa de Dom Bosco e de Maria Domenica Mazzarello.

    Ao final desse percurso, se o chamado para se doar a Deus entre as irmãs salesianas persistir, a jovem pode pedir para iniciar a etapa seguinte, a fim de continuar o caminho de formação e consolidar sua vida em torno de Cristo, seguindo os passos de Dom Bosco e Maria Mazzarello.

    O postulado

    Esta etapa visa aprofundar as experiências vividas no período de discernimento e orientação. As jovens são incentivadas a aprofundar, com maior intensidade, sua experiência de fé por meio de uma participação mais intensa na vida sacramental, na oração, na docilidade nos confrontos com a responsável pela formação e na participação corresponsável na vida comunitária e na missão.

    Para favorecer uma plena assimilação do carisma salesiano, desperta-se, nas jovens e em toda a comunidade, o entusiasmo por conhecer melhor a família salesiana, os fundadores e a história do Instituto, com o objetivo de cultivar uma fidelidade consciente à própria vocação e à paixão educativa que a inspira.

    A experiência vocacional assume um caráter mais profundo e um tom mais explicitamente carismático. O postulantado prepara diretamente para a etapa do noviciado (C88). As postulantes participam de oito dias de exercícios espirituais antes de iniciar o noviciado.

    O noviciado

    Para admitir a jovem ao noviciado, é necessário verificar se ela possui as disposições necessárias para viver a vocação de FMA. É dada especial atenção a alguns requisitos fundamentais para a vida consagrada no Instituto: uma mentalidade de fé, disponibilidade para a obediência, compromisso corresponsável na vida comunitária e abertura à doação de si mesma às jovens e aos jovens, especialmente os mais pobres.

    Créditos: Instituto Filhas de Maria Auxiliadora – FMA

    “O noviciado é o período da verdadeira iniciação à vida religiosa. Por meio do contato com a Palavra de Deus, do estudo e da assimilação vital das Constituições, do compromisso diário com a ascese e da integração entre trabalho e oração, a noviça aprofunda as exigências do seguimento de Cristo na vocação salesiana” (C 90).

    Esta etapa é de grande importância para o futuro do Instituto, pois, sob a orientação da Mestra e da comunidade formativa, a jovem é iniciada na vida religiosa salesiana, aprendendo o que significa viver como Filha de Maria Auxiliadora (FMA) no seguimento de Jesus, segundo a identidade carismática delineada nas Constituições.

    “Para ser admitida à profissão religiosa, a noviça deve ter compreendido a natureza e o valor da mesma e possuir a maturidade necessária para decidir, com vontade livre e sincera, doar-se ao Senhor, assumindo com responsabilidade os compromissos próprios da vocação de Filha de Maria Auxiliadora” (C 94).

    O juniorato

    O juniorato corresponde a todo o período dos votos temporâneos. É um tempo formativo de grande importância para o crescimento vocacional e para a preparação para a profissão perpétua” (C 96).

    Recomenda-se que “o juniorato se realize em uma comunidade que ofereça a possibilidade de experiências válidas de vida salesiana” (C 97).

    Nas comunidades, as junioristas são acompanhadas para integrar harmoniosamente os compromissos pastorais, comunitários e de estudo, a fim de adquirir a competência profissional necessária para a missão e aprofundar constantemente o carisma salesiano. A jovem FMA com outras irmãs, participa com humildade e serenidade das atividades comunitárias, colocando à disposição seus dons e oferecendo-se ao Senhor, na alegria de pertencer a Ele e compartilhando o ardor do Da mihi animas, cetera tolle.

    A profissão perpétua representa o ato mais decisivo e maduro do itinerário formativo da FMA, porque implica um compromisso de vida radical e irrevogável. Ela orienta todas as escolhas futuras, selando-as numa doação alegre e total de si a Cristo Esposo, na integração n’Ele de todas as dimensões da própria existência, unificadas na única paixão por Deus e pelos jovens.

    A comunidade, lugar por excelência da formação

    A formação inicial realiza-se de modo sinodal numa comunidade, lugar privilegiado de formação pelo seu clima familiar e testemunho evangélico: […] isto exige que cada irmã membro da comunidade sinta-se responsável pelo clima comunitário favorável ao crescimento vocacional e viva numa atitude de acolhida, de diálogo e de doação apostólica (C 82).

    O testemunho de cada uma enriquece o caminho formativo, tornando-o mais autêntico e encarnado. Juntas, de fato, vivemos a alegria de pertencer a Jesus como FMA e juntas tendemos, às vezes com esforço, mas sempre com convicção, à santidade no estilo salesiano. Para Madre Mazzarello, a formação não é, antes de tudo, uma transmissão de conteúdos, mas a partilha de uma experiência de vida.

    Ir. Nilza Fátima de Moraes
    Conselheira para a Formação Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.

    1-Costituzioni e Regolamenti dell’Istituto delle Figlie Di Maria Ausiliatrice – Constituições e Regulamentos do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.
    2- Ivi 211.

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