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Foto: Divulgação
01/11/2024

Vem aí o II Seminário de Boas Práticas de Educomunicação

Nos dias 4 e 5 de novembro, a Rede Salesiana Brasil (RSB) realizará o II Seminário de Boas Práticas de Educomunicação, reunindo comunicadores, gestores e educadores de suas diversas presenças. O evento, organizado pela Coordenação Nacional da Comunicação da RSB, busca não apenas disseminar as práticas educomunicativas já desenvolvidas, mas também fortalecer o Ecossistema Educomunicacional e incentivar a formação continuada das equipes.

Com a presença de especialistas e profissionais da área, o seminário é um espaço para a troca de experiências e conhecimento. Conheça as Boas Práticas a serem apresentadas em cada dia do evento:

04 DE NOVEMBRO

Podcast AUXICAST
Colégio Auxiliadora Recife (PE)

Movimento de Incentivo à Leitura da OSAF - MILO
Obra Salesiana de Apoio Fraterno (OSAF) – Araras (SP)

Vivências em Ensino Religioso
Instituto Maria Auxiliadora – Goiânia (GO)

KombiCast: O Podcast da Casa do Puríssimo
Casa do Puríssimo Coração de Maria – Guaratinguetá (SP)

Jovens Comunicadores
Colégio São Joaquim – Lorena (SP)


05 DE NOVEMBRO

"EU, você... NÓS: caminhos que se constroem”: poemas e bordados
Instituto São José - São José dos Campos (SP)

Coletivo ECOAR
Instituto Abequar – Linhares (ES)

Do Papel à Vida: uma prática que faz a diferença
Liceu Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora – Campinas (SP)

“O sonho que faz sonhar” - A lição de Dom Bosco para os nossos dias
Colégio Salesiano Dom Bosco – Salvador (BA)

Conexão de Saberes
Escola Salesiana Brasília – Brasília (DF)


O segundo dia do evento trará ainda uma palestra do criador do programa Imprensa Jovem da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Carlos Lima, abordando o tema “Educomunicação em pauta: Programa Imprensa Jovem”.

O II Seminário de Boas Práticas de Educomunicação da Rede Salesiana Brasil conta com um Comitê Organizador de peso:

Ir. Maike Loes
Coordenação Nacional da Comunicação da RSB

Ana Paula Costa e Silva
Gestora de Projetos de Formação da RSB

Valéria Rodrigues
Coordenadora das Escolas da Inspetoria Maria Auxiliadora - Recife/PE

Ir. Mercedes Méndez Siliuto
Responsável de Comunicação da Congregação das Irmãs da Assunção – Espanha

Profª Drª Rosane Rosa
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM

Prof. Mestre Clériston Ramos
Bibliotecário SiB/FURG

O II Seminário de Boas Práticas de Educomunicação reflete o compromisso da Rede Salesiana Brasil com a promoção de uma comunicação inclusiva e transformadora, criando um espaço de diálogo e aprendizado que valoriza a comunicação como ferramenta de transformação social.

Escrito por Janaína Lima, Analista de Comunicação da Rede Salesiana Brasil

31/10/2024

Chega ao fim a Jornada Formativa da Coleção ROTAS E PASSAPORTE

Nesta quinta-feira (31/10), encerrou-se a Jornada Formativa das Coleções ROTAS e PASSAPORTE. O evento, realizado de 28 a 31 de outubro em Aparecida (SP), foi uma iniciativa da Rede Salesiana Brasil (RSB), em parceria com sua editora, a Edebê Brasil. O principal objetivo foi contribuir para a qualificação das Coordenações Pedagógicas nos processos de formação continuada dos professores, com foco em uma educação centrada nos estudantes, e aprimorar o uso dos materiais didáticos das Coleções ROTAS e PASSAPORTE, aprimorando as práticas pedagógicas.

A manhã que finalizou as atividades da Jornada começou com a apresentação de Lauri Cericato, Diretor de Produtos e Serviços da Edebê, que trouxe projeções sobre os materiais didáticos para o Ensino Médio: “Temos um currículo que não apenas garante excelência acadêmica, mas também promove a formação integral do ser humano, preparando nossos alunos para a vida.”

Na segunda parte da manhã, as atividades foram coordenadas por Maria Leoneide, Assessora Pedagógica da RSB, e Anderson Leal, Gestor Educacional da RSB. A dinâmica utilizou uma metodologia ativa chamada “Aquário”, que promove uma conversa em grupo, plural e democrática, na qual as pessoas se dispõem de forma concêntrica que possibilita uma relação dialógica qualificada pelo equilíbrio entre o falar e o escutar. A temática “Delineando Rotas para a Formação Continuada dos Professores” teve como propósito ser o mote para uma reflexão acerca das possibilidades de ações para superar os desafios dos coordenadores em sua função de formador docente, apresentados, anteriormente, por meio de uma consulta às escolas. A síntese do debate foi registrada em uma atividade prática, com a aplicação da estratégia “3 em 1” (três palavras em 1 minuto), que será convertida em um documento com todas as ideias e sugestões sistematizadas, o qual servirá de referência para desdobramentos práticos em nossas unidades educativas.

“Esse momento de formação é uma pausa necessária para as Coordenações Pedagógicas refletirem sobre o trabalho realizado nas nossas escolas, compreendendo as diferentes realidades e, principalmente, identificando as necessidades dos professores que atuam diretamente com nossos jovens e crianças. É por isso que a escola está em constante movimento e formação, visando sempre uma educação humano-cristã, que educa evangelizando e evangeliza educando, para todos os nossos jovens, professores e a comunidades educativas das nossas escolas”, destacou Karina Souza Silva Santos, do Instituto São José, em São José dos Campos, São Paulo.

Os participantes tiveram oportunidade de compartilhar suas experiências e discutir os desafios enfrentados pelas Coordenações Pedagógicas no dia a dia escolar, bem como os temas abordados na Jornada. Ao final, foram estabelecidos compromissos para intensificar a formação continuada dos professores em relação ao currículo da RSB, à educação socioemocional, à neurociência da aprendizagem e outros temas relevantes.

O encerramento, realizado no Centro de Eventos Pe. Victor Coelho, contou com a presença dos Diretores Executivos da Rede Salesiana Brasil, Ir. Sílvia Aparecida e Pe. Sérgio Badini.

Depoimentos dos participantes da Jornada Formativa ROTAS e PASSAPORTE:

“Foi uma experiência maravilhosa, cheia de aprendizado, que com certeza fará toda a diferença em 2025”, comentou Ana Carolina, Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio, do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Ponte Nova - MG.

“O evento trouxe muitas trocas que contribuíram para nosso trabalho, especialmente o diálogo entre coordenadores, que evidenciou a importância da proximidade e da troca de experiências. Essa proposta de apresentar os materiais, tanto o Rotas quanto o do ensino médio, enriquecerá ainda mais nossa prática escolar”, ressaltou Viviane Chitarra Bispo Pereira, Coordenadora do Fundamental II e Médio, do Instituto Auxiliadora, em São João del Rei - MG.

“Estou feliz por participar deste evento. Acredito que voltaremos para casa com uma bagagem enriquecida, especialmente pela parte sobre neurociência, um tema que a escola precisa explorar mais profundamente. Foi um encontro muito válido, e as trocas realizadas foram muito significativas”, destacou Zuleide Minatti, do Colégio Salesiano Dom Bosco, em Rio do Sul, Santa Catarina.

“O evento trouxe enriquecimento para todos nós. Essa partilha sempre engrandece e nos ajuda no trabalho e planejamento para o ano letivo. A Rede Salesiana está de parabéns pelo evento”, declarou Juliano, Coordenador do Ensino Médio do Colégio Dom Bosco de Piracicaba, Unidade Cidade Alta.

“A principal expectativa para as próximas ações é dar continuidade ao que foi iniciado aqui. Estamos saindo com uma formação de coordenação mais robusta, focada na neurociência e no processo de ensino-aprendizagem individual dos estudantes. Recebemos muitas orientações sobre o currículo da Rede Salesiana e como aplicá-lo integralmente nas ações e projetos interdisciplinares. Saímos daqui com a certeza de que podemos fazer mais pela educação, investindo na formação dos educadores, o que, consequentemente, beneficiará o protagonismo dos estudantes e garantirá a formação de bons cristãos e cidadãos honestos”, afirmou Amauri Cunha, coordenador pedagógico do Colégio Dom Bosco Leste, em Manaus - AM.

“Este evento é uma oportunidade ímpar, onde pude aprender e levarei boas práticas para minha escola. Ao retornar a Fortaleza, mobilizarei meus professores para implementar novas práticas e metodologias ativas, colocando em prática tudo o que aprendi aqui. Saio com energia e com o desejo de engajar mais, compreendendo que somos uma Rede e que, como tal, podemos fazer a diferença”, compartilhou Leonizia, Coordenadora dos Anos Finais e Ensino Médio do Colégio Juvenal de Carvalho, em Fortaleza - CE.

30/10/2024

Terceiro dia da Jornada Formativa Coleção ROTAS E PASSAPORTE

A Jornada Formativa ROTAS e PASSAPORTE chegou ao seu terceiro dia, reunindo Coordenadores(as) Pedagógicos(as) do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio das escolas Salesianas de todo o Brasil. O evento, promovido pela Rede Salesiana Brasil (RSB) em parceria com sua editora, a Edebê Brasil, acontece de 28 a 31 de outubro, em Aparecida (SP). O principal objetivo é contribuir para a qualificação das Coordenações Pedagógicas nos processos de formação continuada dos professores, por uma educação centrada nos estudantes, e aprimorar o uso dos materiais didáticos das Coleções ROTAS e PASSAPORTE, fortalecendo as práticas pedagógicas.

A manhã deste terceiro dia começou de forma inspiradora, com um bom dia motivacional, conduzido pela Ir. Amélia Castro, Coordenadora das Escolas da Inspetoria Madre Mazzarello (IMM) e por Cristiano Prates, Assessor de Educação da IMM, em Belo Horizonte (MG).

No período da manhã, o destaque foi o Minicurso “Neurociência, Prática Pedagógica e Aprendizagem Efetiva”, com a Dra. Leonor Bezerra Guerra, médica e neuropsicóloga, doutora em Biologia Celular e mestre em Fisiologia pela UFMG. Leonor também coordena o programa de extensão NeuroEduca e é autora de livros que relacionam neurociência e educação. Em sua fala, ela abordou o impacto de questões, como o uso excessivo de telas, o ritmo circadiano dos adolescentes e impactos da interrupção do sono no processo de aprendizagem. "É essencial que coordenadores e professores entendam como esses fatores afetam a saúde e o desempenho dos estudantes", destacou Leonor.

Durante a tarde, as atividades continuaram com uma metodologia ativa, conhecida como World Café, conduzida por Gabriela Palomo Capila de Melo, Gestora de Produtos Editoriais; Rafael Borgate de Souza Mendes, Gestor de Produtos Digitais; Aline Sampaio de Melo, Analista Editorial da Edebê; Marcelo Vieira, Supervisor de Relacionamento da Edebê. Essa dinâmica oportunizou uma imersão tecnológica, orientada por desafios, no Ecossistema Edebê, cujas funcionalidades foram desenvolvidas com foco na experiência dos usuários, incluindo escolas, professores, estudantes e famílias.

Os participantes exploraram funcionalidades dessas plataformas, esclareceram dúvidas e compartilharam propostas de melhorias. “Nosso trabalho hoje foi apresentar as atualizações das coleções ROTAS e PASSAPORTE, além de destacar as possibilidades de serviços educacionais personalizados para as escolas”, explicou Gabriela.

Segundo Aline Sampaio, o objetivo é garantir que essas ferramentas sejam utilizadas de maneira contínua e integrada em 2025: “Queremos mostrar o quão acessível e atualizada está a plataforma para apoiar as escolas no próximo ano.”

Lauri Cericato, Diretor de Produtos e Serviços da Edebê, apresentou as atualizações da Coleção ROTAS, norteada pela ampla consulta às Coordenações Pedagógicas e Professores, em um processo participativo, com as contribuições de leitores críticos das Inspetorias, com ênfase no Currículo da RSB para escolas: “Temos um currículo que não apenas garante excelência acadêmica, mas também promove a formação integral do ser humano, preparando nossos alunos para a vida.”

Com dedicação e entusiasmo, o evento caminha para seu último dia, reforçando o compromisso das lideranças pedagógicas com a educação salesiana, que transforma vidas. A Jornada Formativa segue inspirando novas práticas e fortalecendo a missão educativa nas escolas de todo o país.

30/10/2024

Nota de Pesar pelo falecimento do Padre Wolfgang Gruen

Comunicamos com pesar o falecimento do Padre Wolfgang Gruen, SDB, no dia 30 de outubro de 2024, quarta-feira, em Belo Horizonte (MG), aos 97 anos de idade, dos quais 80 anos como Salesiano de Dom Bosco e quase 71 anos como Presbítero da Igreja.

Padre Wolfgang Gruen, SDB, nasceu em 29 de abril de 1927, em Niederfinow, Brandemburgo - Alemanha, filho de Erich Gruen e Herta Gruem, uma família de origem católica e de ascendência judaica. Durante sua infância, a ascensão de Hitler e as políticas antissemitas e totalitárias forçaram a família a buscar refúgio em outros países. 

Inicialmente, mudaram-se para a Itália, mas, ao observar a aliança entre Hitler e Mussolini, seu pai optou por transferir a família para a Inglaterra, priorizando a liberdade religiosa. Ainda durante sua permanência na Inglaterra, Wolfgang iniciou sua trajetória na Congregação Salesiana, entrando para o aspirantado em Londres, em 1938. 

Em 1940, depois de obter autorização, a família emigrou para o Brasil, onde se estabeleceu definitivamente. Já no Brasil, fez a primeira profissão religiosa em 31 de janeiro de 1944, em Pindamonhangaba (SP). 

Entre 1944 e 1949, estudou Filosofia no Instituto Salesiano de Pedagogia e Filosofia em Lorena (SP) e, entre 1950 e 1953, completou os seus estudos no Instituto Teológico Pio XI, em São Paulo (SP), onde aprofundou seu interesse pelo ensino religioso e pelas ciências humanas. 

Foi ordenado presbitero 08 de dezembro de 1953, em São Paulo (SP). Além de sua formação religiosa, Padre Gruen concluiu a Licenciatura Plena em Letras Anglo-Germânicas (1969-1972). 

Em 2006, recebeu o título de Doutor honoris causa em Teologia e Ciências Bíblicas pela Università Pontificia Salesiana de Roma (UPS), em reconhecimento às suas contribuições para o ensino religioso e os estudos bíblicos. 

Ao longo de sua vida, P. Gruen construiu uma carreira acadêmica notável. Foi professor da primeira graduação em Ciências da Religião no Brasil, introduzida na década de 1970, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

Sua abordagem inovadora do Ensino Religioso, desvinculada da catequese, tornou-se um marco. Influenciado por pensadores como Hugo Assmann, Paulo Freire, Hubertus Halbfas, Paul Tillich e outros teólogos, ele propôs um modelo de Ensino Religioso com enfoque antropológico, que dava centralidade à busca humana por sentido e se distanciava de uma perspectiva estritamente confessional. 

Essa proposta, voltada à educação básica pública, trazia uma visão aberta e crítica, que considerava as necessidades de uma sociedade plural e secular. 

Além de sua carreira no ensino superior, Padre Gruen exerceu papel relevante no Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais, onde contribuiu para a regulamentação do Ensino Religioso no estado. 

Sua atuação ampliou o entendimento da disciplina, promovendo um Ensino Religioso que, em suas palavras, "oferecesse abertura para a diversidade cultural e religiosa". Autor de diversas obras, uma de suas publicações mais conhecidas é "O Tempo Que Se Chama Hoje", em que condensa o Antigo Testamento em uma linguagem acessível e profunda. 

O livro, destinado ao estudo em grupo, catequese e uso pessoal, convida o leitor a "entrar no espírito do Antigo Testamento", fornecendo esquemas, mapas e pontos para revisão. Seguramente, Padre Gruen compunha a “segunda geração" de salesianos: aqueles que, embora não tenham conhecido Dom Bosco, conviveram com salesianos da primeira geração, que, por sua vez, tiveram contato direto com o santo fundador dos Salesianos.

Ele sempre se recordava com carinho de figuras como o padre Eneias Tozzi, ex-aluno de Dom Bosco e seu primeiro inspetor no Salesian Colege em Londres, e do padre Frederico Gioia, com quem se confessava semanalmente no colégio Santa Rosa de Niterói. 

Padre Gruen sempre será lembrado por sua coerência na opção preferencialmente pelos mais pobres, tendo se dedicado pastoralmente ao atendimento espiritual e no socorro aos clamores dos mais pequeninos do Reino. Com efeito, sua trajetória, marcada pelo desejo de educar e pela busca incessante pelo entendimento das religiões, deixou um legado duradouro na educação religiosa e na Ciência da Religião, promovendo uma visão que ainda inspira educadores e estudiosos no Brasil e no exterior. 

COMUNIDADES SALESIANAS EM QUE RESIDIU / TRABALHOU

1954 - 1959 Comunidade São João (São João Del Rei - Colégio)

1960 - 1961 Comunidade São José (São João Del Rei - EA P Sacramento)

1962 - 1972 Comunidade São João (São João Del Rei - Colégio)

1973 Comunidade São João Bosco (São João Del Rei - Estudantado Filosófico)

1974 Comunidade São João Bosco (Belo Horizonte)

1975 - 2010 Comunidade Santo Tomás de Aquino (Belo Horizonte)

2011 - 2012 Comunidade São Domingos Sávio (Belo Horizonte)

2013 - 2021 Comunidade São José (Belo Horizonte)

2022 Comunidade Beato Miguel Rua (Belo Horizonte)

30/10/2024

Segundo dia da Jornada Formativa Coleção ROTAS E PASSAPORTE

O segundo dia da Jornada Formativa Coleções ROTAS e PASSAPORTE foi repleto de conhecimentos para os processos educativos no Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio. O evento, promovido pela Rede Salesiana Brasil (RSB), em parceria com sua editora, a Edebê Brasil, acontece em Aparecida (SP), de 28 a 31 de outubro, com o objetivo de contribuir para a qualificação das Coordenações Pedagógicas, com ênfase na formação continuada dos professores, para tornar mais efetivo o trabalho com os materiais didáticos das Coleções ROTAS e PASSAPORTE.

Os participantes foram acolhidos com um momento inicial preparado pelos coordenadores das escolas da Inspetoria Maria Auxiliadora e da Inspetoria Madre Mazzarello, Valéria Rodrigues e Cristiano Prates, que abriram as atividades do dia.

A primeira palestra trouxe o tema “Escola em Pastoral: a Salesianidade como base do socioemocional para cuidar das emoções divertidamente”, conduzida por Anderson Leal, filósofo, especialista em Psicologia Positiva (PUCRS) e em Psicologia do Desenvolvimento (PUCRS), MBA em Gestão Educacional e Liderança (UniAmérica) e Gestor Educacional da Rede Salesiana Brasil. Em sua fala, Anderson focou nas especificidades da atuação dos coordenadores pedagógicos na escola. “A educação socioemocional é, hoje, uma necessidade nas escolas. Essa equipe que está aqui, enquanto liderança pedagógica, tem o dever e a missão de garantir que esse trabalho seja desenvolvido de maneira efetiva e processual dentro da escola”, comentou Anderson.

A segunda palestra abordou o tema “Como nos Posicionarmos em um Mercado (Muito) Competitivo e em Transformação? Movimentações do Mercado Educacional e Posicionamento da Rede Salesiana”. A apresentação foi conduzida por Renato da Rocha, sócio da Litz – Estratégia e Marketing, da Sprint Pro – Escola de Gestão, e da Zylt Comunidades Digitais. Especialista em Inteligência de Mercado e elaboração de Propostas de Valor. Renato possui mais de 15 anos de experiência em consultoria em diferentes setores. “Nosso objetivo com esta palestra é sensibilizar sobre o ambiente competitivo no qual nossas escolas estão inseridas, além de abordar temas relacionados ao comportamento de consumo e às mudanças, não apenas no contexto educacional, mas de forma mais ampla. Queremos discutir a transformação na forma de consumir, na relação com as empresas e, naturalmente, na interação com as escolas e com o público com o qual atuamos. Também é essencial que as escolas reflitam sobre sua proposta de valor e entendam como gerar valor para suas famílias e alunos, de forma que sejam percebidas de maneira distinta nos mercados em que operam”, explicou Renato.

A tarde do segundo dia começou com muita emoção. Os participantes tiveram a oportunidade de visitar o Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o maior santuário do mundo dedicado a Maria, localizado no Vale do Paraíba. A região é marcada pelo rio Paraíba, onde foi encontrada a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Em seguida, os participantes visitaram a recém-inaugurada réplica da Casa de Dom Bosco, localizada no Centro Social Salesiano de Pindamonhangaba. Sob a orientação do diretor da obra, Pe. Agnaldo Soares Lima, eles exploraram a construção e conheceram mais sobre o espaço e os serviços oferecidos à juventude local. O dia foi encerrado com uma bela celebração eucarística na comunidade dos Salesianos de Pindamonhangaba.

A programação segue com encontros formativos, imersão tecnológica e momentos de partilha e espiritualidade em Aparecida (SP). 💙

Foto: Salesianos Don Bosco
29/10/2024

Celebração Litúrgica de Miguel Rua

Nascimento: 09/06/1837
Venerável: 26/06/1953
Beato: 29/10/1972
Celebração Litúrgica: 29 de outubro
Falecimento (nascimento para o céu): 06/04/1910

Miguel Rua nasce em Turim, no dia 9 de junho de 1837. Último de 9 filhos, perde o pai aos oito anos. Estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs até à terceira série elementar. Deveria começar a trabalhar na Real Fábrica de Armas de Turim, onde o pai era operário, mas Dom Bosco – que aos domingos ia confessar na escola – propôs-lhe continuar os estudos com ele, garantindo-lhe que a Providência pensaria nas despesas.

Certo dia, Dom Bosco distribuía algumas medalhas aos seus meninos. Miguel era o último da fila e chegou atrasado, mas ouviu Dom Bosco dizer: "Toma, Miguelzinho!". O padre, porém, não lhe estava dando nada, mas acrescentou: "Nós dois faremos tudo meio a meio", e assim foi de fato.

Colaborador da Companhia da Imaculada com Domingos Sávio, foi aluno modelo, apóstolo entre os colegas. Dom Bosco lhe disse: "Preciso de ajuda. Farei com que recebas a veste dos clérigos; estás de acordo?". "De acordo!", respondeu.

Em 25 de março de 1855, nos aposentos de Dom Bosco, nas mãos do fundador, fez os votos de pobreza, castidade e obediência. Era o primeiro Salesiano. Começa a trabalhar intensamente: ensina matemática e religião; assiste no refeitório, no pátio, na capela; tarde da noite, copia numa bela caligrafia as cartas e as publicações de Dom Bosco, e, enfim, estuda para ser padre. Tinha apenas 17 anos!

É-lhe entregue também a direção do oratório festivo São Luís.

Em novembro de 1856, morre Mamãe Margarida. Miguel, então, vai encontrar-se com sua mãe: "Mamãe, a senhora quer vir com a gente?". A senhora Joana Maria vem, e também nisso a família Rua fez meio a meio com a família Bosco.

Em 1859, Rua acompanha Dom Bosco na audiência com o Papa Pio IX para a aprovação das Regras e, ao retorno, é-lhe confiada a direção do primeiro oratório em Valdocco. Foi ordenado sacerdote em 29 de julho de 1860.

Dom Bosco escreve-lhe um bilhete: "Verás melhor do que eu a obra salesiana atravessar os limites da Itália e estabelecer-se no mundo".

O Padre Rua abre a primeira casa salesiana fora de Turim, em Mirabello. Poucos anos depois, retorna a Valdocco, substituindo e assistindo Dom Bosco em tudo. Em novembro de 1884, o Papa Leão XIII nomeia o Padre Rua vigário e sucessor de Dom Bosco, que morrerá em seus braços quatro anos depois.

O Padre Rua, considerado então a regra viva, torna-se paterno e amável como Dom Bosco. Enfrenta e supera inúmeras dificuldades no governo da Congregação. Consolida as missões e o espírito salesiano.

Morreu no dia 6 de abril de 1910, com 73 anos. Com ele, a Sociedade passou de 773 a 4000 Salesianos, de 57 a 345 Casas, de 6 a 34 Inspetorias em 33 países. Paulo VI beatificou-o em 1972, dizendo: "Ele fez da fonte um rio".

Confira algumas imagens clicando aqui.

Fonte: Salesianos Don Bosco

28/10/2024

Começou a Jornada Formativa das Coleções Rotas e Passaporte

De 28 a 31 de outubro, a Rede Salesiana Brasil (RSB), em parceria com sua editora, a Edebê Brasil, promove a Jornada Formativa das Coordenações Pedagógicas do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio, em Aparecida (SP), com o objetivo de contribuir para a qualificação das Coordenações Pedagógicas, com ênfase na formação continuada dos professores, para tornar mais efetivo o trabalho com os materiais didáticos das Coleções Rotas e Passaporte.

A Jornada Formativa é uma iniciativa que evidencia o compromisso inabalável da RSB e da Edebê com a educação de qualidade e a formação continuada das equipes gestoras e docentes das escolas salesianas do Brasil.

Para o Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior, Diretor Executivo da RSB e Diretor Geral da Edebê, “A Jornada Formativa Rotas e Passaporte para o Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio é um momento importante, não só para coroar o ano com todas as formações das jornadas realizadas junto às Coordenações Pedagógicas das nossas escolas da Rede Salesiana do Brasil, mas também um momento de encontro, para que possamos traçar diretrizes e atualizar a formação dos Coordenadores. É essencial que o processo de formação dos Coordenadores ajude a aprimorar cada vez mais a perspectiva salesiana nas obras onde estamos presentes no Brasil.”

Durante toda a formação, serão abordados temas identificados como prioritários nas escutas das Coordenações Pedagógicas. Os participantes terão a oportunidade de conhecer em detalhes as soluções e recursos do Ecossistema Edebê, além das iniciativas da Editora Edebê em relação às atualizações e futuras ações para as Coleções Rotas e Passaporte. Além disso, o evento promoverá debates, reflexões, partilhas e construções colaborativas.

Os participantes foram recepcionados no Hotel Rainha do Brasil para o almoço. A abertura foi conduzida pela Diretora Executiva da Rede Salesiana Brasil, Ir. Silvia Aparecida da Silva. “Estamos, neste ano, realizando as jornadas formativas presenciais com as Coordenações dos diferentes segmentos das nossas escolas. Minha expectativa para a Jornada Rotas e Passaporte é que possamos aproveitar esses momentos ricos de aprendizado e trocas de saberes para reforçar ainda mais a certeza de que juntos(as) podemos fazer a diferença no mercado educacional, a partir da proposta pedagógica salesiana.”

Também tivemos importantes contribuições do Coordenador das Escolas da Inspetoria São Pio X, Pe. Leandro Brum, juntamente com a Gestora Pedagógica da mesma inspetoria, Ana Cristina Sofiati, e a Assessora Pedagógica da RSB, Maria Leoneide. O dia foi dedicado ao tema “Currículo da RSB: Referencial Institucional para as Práticas Pedagógicas”.

“Essa primeira parte da fala de hoje, sobre os documentos institucionais, busca resgatar basicamente aquilo que nos embasa filosoficamente, ou seja, a concepção da educação da Igreja Católica com nossos documentos institucionais, pastorais, salesianos e o nosso currículo nacional, fruto das reflexões feitas e construídas com todos os nossos diretores e coordenadores”, ressalta o Pe. Leandro Brum.

Foto: Escola Salesiana São José, Campinas (SP)
27/10/2024

Estudantes Salesianos são destaque na 18ª edição da MOBFOB

Os estudantes do Ensino Médio da Escola Salesiana São José, em Campinas (SP), que participaram da 18ª Mostra Brasileira De Foguetes (MOBFOG), demonstraram um excelente desempenho em seus lançamentos. Esse sucesso os levou a participar da 57ª Jornada de Foguetes, realizada em Barra do Piraí (RJ).

O evento contou com uma programação rica, incluindo palestras e oficinas tanto para os estudantes quanto para o professor responsável. Além disso, os alunos realizaram novas apresentações e lançamentos de foguetes. Nossas equipes brilharam e, além de adquirirem novos conhecimentos e vivenciarem experiências marcantes, trouxeram para casa o troféu de bicampeões de ouro pelo segundo ano consecutivo e o troféu de vice-campeões de prata. 
 
A OLIMPÍADA 
A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) são eventos abertos à participação de escolas públicas ou privadas, urbanas ou rurais. Podem participar das olimpíadas estudantes do primeiro ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio. Estudantes de ensino superior também são aceitos na MOBFOG.

Fonte e fotos: Equipe de Comunicação e Marketing da Escola Salesiana São José, Campinas (SP)

Foto: Salesianos Bahia
26/10/2024

Estudante Salesiano Representa o Brasil no Mundial de Karatê

Aos 17 anos, Christian de Oliveira, estudante dos Salesianos Bahia, está prestes a viver uma das maiores experiências de sua vida: representar a Bahia e o Brasil na Gymnasiade, o maior evento esportivo escolar do mundo. Com mais de 5 mil atletas de 80 países competindo em 26 modalidades, o campeonato, que será realizado no Bahrein, pequeno estado insular do Golfo Pérsico, promete ser uma jornada inesquecível para o jovem carateca.

Animado para o desafio, Christian compartilha sua alegria de competir no Mundial: “É muito gratificante poder estar representando meu estado e meu país mais uma vez em um campeonato internacional. Estou muito feliz e ansioso para viver essa experiência incrível”.

A preparação para uma competição desse nível exige um equilíbrio entre os estudos e a intensa rotina de treinos, algo que tem sido uma verdadeira prova de resistência, mas que ele vem administrando com disciplina. Christian começa o dia bem cedo, antes do sol nascer. “Acordo às 04h30 para ir à academia fazer o preparo físico e logo depois sigo para a escola. Estudo até 12h, e duas vezes na semana até às 17h”, relata. À noite, ele conta que entre uma e duas horas são dedicadas exclusivamente ao treino de karatê, além de mais horas extras de estudo para o último ano no Liceu Salesiano do Salvador.

Conciliar essa rotina não é fácil, ainda mais em um ano letivo decisivo. “É bastante desafiador, ainda mais pelo fato de ser meu último ano de Colégio [Liceu], mas nada que seja impossível”, brinca ele, com o bom humor.

O KARATÊ E A PRESSÃO DE UMA COMPETIÇÃO MUNDIAL
Para Christian, o karatê é uma filosofia de vida que vai além de um esporte. “A combinação de disciplina física, mental e espiritual torna o karatê ‘único’ em comparação a outros esportes. É um esporte que promove respeito, autocontrole e perseverança”, explica.

Diante da expectativa de enfrentar atletas de outros países que enviam grandes delegações, Christian reconhece o desafio, mas se mantém firme. “Aquele friozinho na barriga é certo, mas acredito que vou me sair bem, sem deixar a pressão tomar conta. Com certeza darei o meu melhor”, diz o jovem atleta bastante confiante.

CONFIANÇA E APOIO FAMILIAR
O suporte motivacional da família e dos amigos, segundo ele, tem sido crucial ao longo da preparação. “Sempre tive o apoio de todos, e isso é muito importante para mim. Uso isso como motivação”, afirma.

Ele também faz questão de reconhecer a contribuição de seus professores nesse processo, especialmente os professores de matemática, Fábio Leal, e de história, Igor Mascarenhas, que acompanham de perto sua trajetória. “Eles sempre me apoiam e perguntam como estou indo nos treinos. Isso faz toda a diferença”.

O PESO DE REPRESENTAR O BRASIL NO MUNDO
Participar de uma competição internacional de prestígio como a Gymnasiade é uma responsabilidade que Christian encara com orgulho. Ele vê na oportunidade uma chance de mostrar suas habilidades e o espírito de superação dos atletas brasileiros no tatame. “Participar de um campeonato com essa grandeza é uma experiência gigantesca. Vou aproveitar bastante cada momento”, afirma.

Christian embarcou para o Bahrein, no Oriente Médio, no domingo (20), com a determinação de fazer história. Os Salesianos Bahia e toda a comunidade escolar estão na torcida, e desejam sucesso ao atleta, e quem sabe, o retorno com a tão almejada medalha de ouro.

Confira a mensagem especial que Christian deixou antes de embarcar para o Mundial. Clique aqui e assista

Fonte: Inspetoria Salesiana São Luiz Gonzaga

Foto: Vatican Media
25/10/2024

Reflexões e Desafios da Semana Final do Sínodo sobre a Sinodalidade

Na última semana da Assembleia Sinodal sobre a Sinodalidade, marcada por momentos de profunda reflexão, os participantes se dedicaram à revisão e aprovação do Documento Final. Este processo contou com uma série de encontros, meditações e conversas que apontaram tanto para os caminhos já percorridos quanto para os desafios futuros da Igreja em sua missão de inclusão e comunhão. Na abertura das atividades, o teólogo Timothy Radcliffe enfatizou a importância da “liberdade interior”, destacando que, ao contrário de um espaço de uniformidade, o Sínodo encoraja um ambiente onde o diálogo, a confiança e o acolhimento das diferenças fortalecem a sinodalidade.

A missa votiva ao Espírito Santo, celebrada na segunda-feira, foi outro momento marcante, conduzido pelo cardeal Mario Grech, que ressaltou a importância de enxergar o encerramento da assembleia como um “novo começo”. Em suas palavras, Grech alertou contra a “ganância de acumular”, incentivando os presentes a verem os frutos deste Sínodo como dons a serem compartilhados e reinvestidos nas comunidades, não como conquistas estagnadas.

Na construção do Documento Final, foram levantadas questões centrais que ilustram os desejos e as tensões internas do processo sinodal. A subsecretária do Sínodo, Irmã Nathalie Becquart, ressaltou o papel essencial das mulheres na Assembleia, cujo engajamento demonstra uma nova fase de integração e fraternidade. Ao mesmo tempo, a inclusão de leigos e jovens e a abordagem crítica contra a guerra foram reafirmadas, evidenciando o compromisso da Igreja com temas contemporâneos que afetam profundamente a comunidade global.

Outro ponto de destaque foi a questão da formação nos seminários, abordada pelo bispo Daniel Ernesto Flores. Ele sublinhou a necessidade de conectar o aprendizado teológico às realidades concretas, como a migração, que, para muitos, se tornou um “problema teológico” urgente. Nesse sentido, a experiência de escuta e presença, central ao espírito sinodal, é vista como um passo fundamental para a formação de líderes que compreendam e respondam às necessidades da sociedade.

Os últimos dias da Assembleia também incluíram debates sobre o papel das conferências episcopais e a autoridade do episcopado, promovendo a reflexão sobre como otimizar as estruturas da Igreja para um modelo sinodal mais horizontal e inclusivo. Segundo o cardeal Robert Francis Prevost, uma das metas é garantir que a liderança episcopal reflita um compromisso com o serviço e o pastoreio, alinhado à missão da Igreja de “ampliar a tenda” para acolher todos os fiéis.

Com o encerramento previsto para este domingo, a conclusão do Sínodo é uma oportunidade de reafirmar um modelo de Igreja aberto ao diálogo e à renovação contínua. O desejo é que os frutos deste encontro se traduzam em ações concretas nas dioceses e comunidades locais, promovendo uma espiritualidade sinodal viva e uma Igreja em constante transformação.

Escrito por Janaína Lima, Analista de Comunicação da Rede Salesiana Brasil, com informações do Vatican News

Foto: Divulgação
25/10/2024

Vem aí a da Jornada Formativa sobre as Coleções Rotas e Passaporte

De 28 a 31 de outubro, Aparecida do Norte (SP) será palco da Jornada Formativa Rotas e Passaporte, uma iniciativa da Rede Salesiana Brasil (RSB) em parceria com a Edebê Brasil, destinada às Coordenações Pedagógicas do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio das escolas salesianas. Com foco na formação continuada de educadores, o evento abordará práticas pedagógicas e soluções tecnológicas, tendo em vista o fortalecimento do uso das coleções didáticas Rotas e Passaporte nas instituições de ensino.

O primeiro dia de atividades será marcado por uma acolhida feita pelos Diretores Executivos da RSB, Ir. Silvia Aparecida da Silva e Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior, este último também como Diretor Geral da Edebê. Em seguida, a Coordenadora Nacional da Escolas da RSB, Ir. Lucia Jacinta Finassi, e a Gestora Pedagógica da Associação Educacional Irmãs Salesianas de São Paulo, Meily Cassemiro, conduzem o check-in na Jornada, que será seguido pela apresentação do Currículo da RSB: Referencial Institucional para as Práticas Pedagógicas, sob a orientação de Pe. Leandro e Ana Cristina Sofiati, respectivamente Coordenador das Escolas e Gestora Pedagógica da Inspetoria São Pio X, além das reflexões e contribuições da Assessora Pedagógica da RSB, Maria Leoneide Rodrigues, a qual também participou da criação do Currículo da RSB.

No segundo dia do evento, o Gestor Educacional da RSB, Anderson Leal, abordará a integração do socioemocional nas escolas salesianas a partir do tema “Escola em Pastoral: a Salesianidade como base do socioemocional para cuidar das emoções divertidamente”. Renato Rocha, da Litz Consultoria, complementará com uma análise sobre as tendências e desafios do mercado educacional. A programação do dia se encerra com uma tarde cultural em que os participantes contarão com duas visitas: a primeira ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida e a segunda ao Centro Social Salesiano de Pindamonhangaba, onde recentemente foi inaugurada uma réplica da casa de Dom Bosco.

O terceiro dia trará a médica e neuropsicóloga, Leonor Guerra para uma discussão sobre o tema “Neurociência, Prática Pedagógica e Aprendizagem Efetiva”, seguida por uma imersão no ecossistema tecnológico da Edebê, liderada pelo Diretor de Produtos e Serviços da Editora Edebê Brasil, Lauri Cericato, e sua equipe. Os participantes terão a oportunidade de explorar as atualizações da Coleção Rotas e discutir inovações para as práticas em sala de aula.

No último dia, as perspectivas para o Ensino Médio serão apresentadas por Lauri Cericato e a Gestora de Produtos Editoriais da Edebê, Gabriela Palomo Capila de Melo, abordando novos recursos pedagógicos para as coleções didáticas. Anderson Leal e Leoneide Rodrigues encerram as atividades com uma conversa sobre a importância da formação continuada dos educadores.

A Jornada Formativa Rotas e Passaporte promete ser um espaço inspirador para fortalecer o trabalho das Coordenações Pedagógicas, aproximando educadores das melhores práticas e tecnologias para uma educação salesiana ainda mais eficaz.

Escrito por Janaína Lima, Analista de Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Foto: ShutterStock ID 2152059665
25/10/2024

“Amou-nos”, a Encíclica do Papa sobre o Sagrado Coração de Jesus

“'Amou-nos', diz São Paulo referindo-se a Cristo (Rm 8,37), para nos ajudar descobrir que nada ‘será capaz de separar-nos' desse amor (Rm 8,39)”. Assim começa a quarta Encíclica do Papa Francisco, intitulada a partir do incipit “Dilexit nos” e dedicada ao amor humano e divino do Coração de Jesus: “O seu coração aberto precede-nos e espera-nos incondicionalmente, sem exigir qualquer pré-requisito para nos amar e oferecer a sua amizade: Ele amou-nos primeiro (cf. 1 Jo 4, 10). Graças a Jesus, ‘conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele’ (1 Jo 4, 16)” (1).

Conheça o texto da Encíclica na íntegra e em língua portuguesa clicando aqui.

O AMOR DE CRISTO REPRESENTADO EM SEU SANTO CORAÇÃO
Em uma sociedade - escreve o Papa - que vê a multiplicação de “várias formas de religiosidade sem referência a uma relação pessoal com um Deus de amor” (87), enquanto o cristianismo muitas vezes esquece “a ternura da fé, a alegria do serviço, o fervor da missão pessoa-a-pessoa” (88), o Papa Francisco propõe um novo aprofundamento sobre o amor de Cristo representado em seu santo Coração e nos convida a renovar nossa autêntica devoção, lembrando que no Coração de Cristo “encontramos todo o Evangelho” (89): É em seu Coração que “finalmente nos reconhecemos e aprendemos a amar” (30).

O MUNDO PARECE TER PERDIDO SEU CORAÇÃO
Francisco explica que, ao encontrar o amor de Cristo, “tornamo-nos capazes de tecer laços fraternos, de reconhecer a dignidade de cada ser humano e de cuidar juntos da nossa casa comum”, como ele nos convida a fazer em suas encíclicas sociais Laudato Si' e Fratelli tutti (217). E diante do Coração de Cristo, pede mais uma vez ao Senhor “que tenha compaixão desta terra ferida” e derrame sobre ela “os tesouros da sua luz e do seu amor”, para que o mundo, “que sobrevive entre guerras, desequilíbrios socioeconômicos, consumismo e o uso anti-humano da tecnologia, recupere o que é mais importante e necessário: o coração” (31). Ao anunciar a preparação do documento, no final da audiência geral de 5 de junho, o Pontífice deixou claro que este ajudaria a meditar sobre os aspectos “do amor do Senhor que podem iluminar o caminho da renovação eclesial; mas também que podem dizer algo significativo a um mundo que parece ter perdido seu coração”. E isso enquanto as celebrações estão em andamento pelos 350 anos da primeira manifestação do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, em 1673, que se encerrarão em 27 de junho de 2025.

A IMPORTÂNCIA DE VOLTAR AO CORAÇÃO
Aberta por uma breve introdução e dividida em cinco capítulos, a Encíclica sobre o culto ao Sagrado Coração de Jesus reúne, como anunciado em junho, “as preciosas reflexões de textos magisteriais precedentes e de uma longa história que remonta às Sagradas Escrituras, para repropor hoje, a toda a Igreja, esse culto carregado de beleza espiritual”.

O primeiro capítulo, “A importância do coração”, explica por que é necessário “voltar ao coração” em um mundo no qual somos tentados a “nos tornarmos consumistas insaciáveis e escravos na engrenagem de um mercado” (2). E faz isso analisando o que queremos dizer com “coração”: a Bíblia fala dele como um núcleo “que se esconde por detrás de todas as aparências” (4), um lugar onde “não conta o que mostramos exteriormente ou o que ocultamos, ali conta o que somos” (6). Ao coração conduzem as perguntas decisivas: que sentido quero dar à vida, às minhas escolhas e ações, quem sou diante de Deus (8). O Papa ressalta que a atual desvalorização do coração nasce do “racionalismo grego e pré-cristão, do idealismo pós-cristão e do materialismo”, de modo que, no grande pensamento filosófico, foram preferidos conceitos como “razão, vontade ou liberdade”. E não encontrando lugar para o coração, também “não se desenvolveu suficientemente a ideia de um centro pessoal” que pode unificar tudo, ou seja, o amor, (10). Ao invés, para o Pontífice, é preciso reconhecer que “eu sou o meu coração, porque é ele que me distingue, que me molda na minha identidade espiritual e que me põe em comunhão com as outras pessoas” (14).

O MUNDO PODE MUDAR A PARTIR DO CORAÇÃO
É o coração “que une os fragmentos” e torna possível “qualquer vínculo autêntico, porque uma relação que não é construída com o coração não pode ultrapassar a fragmentação do individualismo” (17). A espiritualidade de santos como Inácio de Loyola (aceitar a amizade do Senhor é uma questão de coração) e São John Henry Newman (o Senhor nos salva falando ao nosso coração a partir do seu sagrado Coração) nos ensina, escreve o Papa Francisco, que “perante o Coração de Jesus vivo e atual, o nosso intelecto, iluminado pelo Espírito, compreende as palavras de Jesus” (27). E isso tem consequências sociais, porque o mundo pode mudar “a partir do coração” (28).

“GESTOS E PALAVRAS DE AMOR”
O segundo capítulo é dedicado aos gestos e palavras de amor de Cristo. Os gestos com os quais nos trata como amigos e mostra que Deus “é proximidade, compaixão e ternura” são vistos em seus encontros com a Samaritana, com Nicodemos, com a prostituta, com a mulher adúltera e com o cego no caminho (35). Seu olhar, que “perscruta as profundezas do seu ser” (39), mostra que Jesus “está atento às pessoas, às suas preocupações, ao seu sofrimento” (40). De tal forma “que admira as coisas boas que encontra em nós”, como no centurião, mesmo que os outros as ignorem (41). Sua palavra de amor mais eloquente é ser “pregado numa cruz” (46), depois de chorar por seu amigo Lázaro e sofrer no Jardim das Oliveiras, ciente de sua própria morte violenta “nas mãos daqueles que tanto amava” (45).

O MISTÉRIO DE UM CORAÇÃO QUE AMOU TANTO
No terceiro capítulo, “Este é o coração que tanto amou”, o Pontífice recorda como a Igreja reflete e refletiu no passado “sobre o santo mistério do Coração do Senhor”. Ele faz isso fazendo referência à Encíclica Haurietis aquas, de Pio XII, sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus (1956). Ele deixa claro que “a devoção ao Coração de Cristo não é o culto a um órgão separado da Pessoa de Jesus”, porque adoramos a “Jesus Cristo por inteiro, o Filho de Deus feito homem, representado numa imagem sua em que se destaca o seu coração” (48). A imagem do coração de carne, ressalta o Papa, nos ajuda a contemplar, na devoção, que “o amor do coração de Jesus não compreende somente a caridade divina, mas se estende aos sentimentos do afeto humano” (61). Seu Coração, prossegue Francisco citando Bento XVI, contém um “tríplice amor”: o amor sensível do seu coração físico “e o seu duplo amor espiritual, o humano e o divino” (66), no qual encontramos “o infinito no finito” (64).

O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS É UM COMPÊNDIO DO EVANGELHO
As visões de alguns santos, particularmente devotos do Coração de Cristo, ressalta Francisco, “são belos estímulos que podem motivar e fazer muito bem”, mas “não são algo em que os crentes sejam obrigados a acreditar como se fossem a Palavra de Deus”. Em seguida, o Papa lembra com Pio XII que não se pode dizer que este culto “deve a sua origem a revelações privadas”. Aliás, “a devoção ao Coração de Cristo é essencial para a nossa vida cristã, na medida em que significa a nossa abertura, cheia de fé e de adoração, ao mistério do amor divino e humano do Senhor, até ao ponto de podermos voltar a afirmar que o Sagrado Coração é um compêndio do Evangelho” (83). O Pontífice nos convida, então, a renovar a devoção ao Coração de Cristo também para combater as “novas manifestações de uma ‘espiritualidade sem carne’” que estão se multiplicando na sociedade (87). É necessário retornar à “síntese encarnada do Evangelho” (90) diante de “comunidades e pastores concentrados apenas em atividades exteriores, em reformas estruturais desprovidas de Evangelho, em organizações obsessivas, em projetos mundanos, em reflexões secularizadas, em várias propostas apresentadas como requisitos que, por vezes, se pretendem impor a todos” (88).

A EXPERIÊNCIA DE UM AMOR “QUE DÁ DE BEBER”
Nos dois últimos capítulos, o Papa Francisco destaca os dois aspectos que “a devoção ao Sagrado Coração deve reunir hoje para continuar a alimentar-nos e a aproximar-nos do Evangelho: a experiência espiritual pessoal e o compromisso comunitário e missionário” (91). No quarto, “O amor que dá de beber”, relê as Sagradas Escrituras e, com os primeiros cristãos, reconhece Cristo e seu lado aberto em “aquele a quem trespassaram”, a quem Deus se refere na profecia do livro de Zacarias. Uma fonte aberta para o povo, para saciar a sede do amor de Deus, “para a purificação do pecado e da impureza” (95). Vários Padres da Igreja mencionaram “a chaga no lado de Jesus como a origem da água do Espírito”, sobretudo Santo Agostinho, que “abriu o caminho para a devoção ao Sagrado Coração como lugar de encontro pessoal com o Senhor” (103).  Esse lado trespassado, recorda o Papa, “assumiu gradualmente a forma do coração” (109), e enumera várias santas mulheres que “relataram experiências de encontro com Cristo, caracterizado pelo repouso no Coração do Senhor” (110). Entre os devotos dos tempos modernos, a Encíclica fala, em primeiro lugar, de São Francisco de Sales, que representa a sua proposta de vida espiritual com um “coração trespassado por duas flechas, encerrado numa coroa de espinhos” (118)

AS APARIÇÕES A SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE
Sob a influência dessa espiritualidade, Santa Margarida Maria Alacoque relata as aparições de Jesus em Paray-le-Monial, entre o fim de dezembro de 1673 e junho de 1675. O núcleo da mensagem que nos é transmitida pode ser resumido nas palavras que Santa Margarida ouviu: “Eis aqui este Coração que tanto tem amado os homens, que a nada se tem poupado até se esgotar e consumir para lhes testemunhar o seu amor” (121).

TERESA DE LISIEUX, INÁCIO DE LOYOLA E FAUSTINA KOWALSKA
De Santa Teresa de Lisieux, o documento recorda o fato de chamar Jesus de “Aquele cujo coração batia em uníssono com o meu” (134) e suas cartas à Irmã Maria, que ajudam a não concentrar a devoção ao Sagrado Coração “no âmbito da dor”, como o daqueles que entendiam a reparação como uma espécie de “primado dos sacrifícios”, mas na confiança “como a melhor oferta, agradável ao Coração de Cristo” (138). O Pontífice jesuíta também dedica algumas passagens da Encíclica ao lugar do Sagrado Coração na história da Companhia de Jesus, enfatizando que, em seus Exercícios Espirituais, Santo Inácio de Loyola propõe ao exercitante “entrar no Coração de Cristo” em um diálogo de coração para coração. Em dezembro de 1871, o Padre Beckx consagrou a Companhia ao Sagrado Coração de Jesus e o Padre Arrupe voltou a fazê-lo em 1972 (146). As experiências de Santa Faustina Kowalska, recorda-se, repropõem a devoção “colocando uma forte ênfase na vida gloriosa do Ressuscitado e na misericórdia divina” e, motivado por elas, São João Paulo II também “relacionou intimamente a sua reflexão sobre a misericórdia com a devoção ao Coração de Cristo” (149). Falando da “devoção da consolação”, a Encíclica explica que, diante dos sinais da Paixão conservados pelo coração do Ressuscitado, é inevitável “que o fiel queira responder” também “à dor que Cristo aceitou suportar por causa de tanto amor” (151). E pede “que ninguém ridicularize as expressões de fervor devoto do santo povo fiel de Deus, que na sua piedade popular procura consolar Cristo” (160). Pois que, então, “desejando consolá-lo, saímos consolados” e assim “também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação” (162).

A DEVOÇÃO AO CORAÇÃO DE CRISTO NOS ENVIA AOS IRMÃOS
O quinto e último capítulo, “Amor por amor”, aprofunda a dimensão comunitária, social e missionária de toda autêntica devoção ao Coração de Cristo, que, ao mesmo tempo que “nos conduz ao Pai, envia-nos aos irmãos” (163). De fato, o amor aos irmãos é o “maior gesto que possamos oferecer-lhe para retribuir amor por amor” (167). Olhando para a história da espiritualidade, o Pontífice recorda que o empenho missionário de São Charles de Foucauld fez dele um “irmão universal”: “deixando-se plasmar pelo Coração de Cristo, quis abraçar no seu coração fraterno toda a humanidade sofredora” (179). Francisco fala então de “reparação”, como explicava São João Paulo II: “entregando-nos em conjunto ao Coração de Cristo, ‘sobre as ruínas acumuladas pelo ódio e pela violência, poderá ser construída a civilização do amor tão desejada, o Reino do Coração de Cristo’” (182).

A MISSÃO DE FAZER O MUNDO SE APAIXONAR
A Encíclica recorda novamente com São João Paulo II que “a consagração ao Coração de Cristo ‘deve ser aproximada à ação missionária da própria Igreja, porque responde ao desejo do Coração de Jesus de propagar no mundo, através dos membros do seu Corpo, a sua total dedicação ao Reino’. Por conseguinte, através dos cristãos, ‘o amor difundir-se-á no coração dos homens, para que se construa o Corpo de Cristo que é a Igreja e se edifique uma sociedade de justiça, de paz e de fraternidade’” (206). Para evitar o grande risco, sublinhado por São Paulo VI, de que na missão “se digam e façam muitas coisas, mas não se consiga promover o encontro feliz com o amor de Cristo” (208), precisamos de “missionários apaixonados, que se deixem cativar por Cristo” (209).

A ORAÇÃO DE FRANCISCO
O texto se conclui com a seguinte oração de Francisco: “Peço ao Senhor Jesus Cristo que, para todos nós, do seu Coração santo brotem rios de água viva para curar as feridas que nos infligimos, para reforçar a nossa capacidade de amar e servir, para nos impulsionar a fim de aprendermos a caminhar juntos em direção a um mundo justo, solidário e fraterno. Isto até que, com alegria, celebremos unidos o banquete do Reino celeste. Aí estará Cristo ressuscitado, harmonizando todas as nossas diferenças com a luz que brota incessantemente do seu Coração aberto. Bendito seja!” (220).

Fonte: Vatican News / Escrito por Alessandro Di Bussolo

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