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Foto: Vatican News

Santo André de Soveral e Companheiros Protomártires do Rio Grande do Norte

Festa litúrgica: 3 de outubro. André de Soveral foi o primeiro Santo de São Vicente e discípulo do Padre José de Anchieta. Foi martirizado, em 1645, durante a invasão holandesa, enquanto celebra a Santa Missa, junto com outros 29 companheiros. Ao expirar, balbuciou: “Viva o Santíssimo Sacramento”!

ANDRÉ DE SOVERAL
André de Soveral nasceu em São Vicente, no dia 16 de julho de 1572, de pais portugueses, que lhe transmitiram sólidos ensinamentos cristãos. Deve ter sido batizado na Matriz de São Vicente Mártir, onde recebeu os primeiros Sacramentos e sua Primeira Comunhão.

São Vicente foi a primeira cidade fundada no Brasil, em 1532, por Martim Afonso de Souza. Presume-se que André tenha sido aluno do Padre José de Anchieta, um dos primeiros Jesuítas a chegar à Terra de Santa Cruz, e que tenha estudado no “Colégio Menino Jesus”, fundado por Leonardo Nunes.

No período da ação missionária de São José de Anchieta e Padre José da Nóbrega, André partiu para o Nordeste, onde, em 1597, deu início à evangelização no Rio Grande do Norte, junto outros missionários Jesuítas, provenientes do reino católico de Portugal. Por motivos desconhecidos, deixou a Companhia de Jesus, e se tornou Padre diocesano, em Natal.

MISSÃO EM CUNHAÚ
No Nordeste, Padre André trabalhou em Cunhaú, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, nome do navio de Martim Afonso de Sousa, quando chegou às terras brasileiras. Na época, Cunhaú era um centro econômico de grande importância, por isso chamou a atenção dos holandeses.

De fato, Cunhaú era um povoado de Canguaretama, no Rio Grande do Norte, que se formou em torno de um engenho de cana-de-açúcar, uma das riquezas da região, além de suas minas. Era uma espécie de expansão da produção paraibana e pernambucana na região do Norte, berço econômico da comunidade dos índios Potiguares.

TÁTICA DOS CALVINISTAS
No dia 15 de julho de 1645, chegou a Cunhaú Jacó Rabe, um alemão a serviço do Supremo Conselho Holandês, com sede em Recife, que dizia ser portador de uma mensagem aos habitantes de Cunhaú.

No dia seguinte, domingo, aproveitando a participação de um grande número de colonos da Missa, celebrada pelo pároco, Padre André de Soveral, Jacó Rabe mandou afixar na porta da igreja um edital, convocando todos a ouvir, após a celebração, as ordens do Supremo Conselho. Muitos compareceram, mas uma forte chuva, providencial, impediu que o número fosse maior.

Sabe-se que os holandeses calvinistas, ao chegarem à região, restringiram a liberdade de culto dos católicos e os perseguiram, porque eram contra o Império Português no Brasil.
Naquele domingo, 16 de julho de 1645, muitos fiéis, famílias e outros residentes, dirigiram-se à igrejinha de Nossa Senhora das Candeias. Naturalmente, para cumprir o preceito religioso, não portavam armas, proibidas pelas autoridades holandesas.

MASSACRE EM CUNHAÚ
O Padre André de Soveral começou a celebração Eucarística e, na hora da consagração, ao elevar a hóstia e o cálice, Jacó Rabe mandou fechar todas as portas da igreja. Naquele momento, deu-se início à terrível carnificina, com cenas de grande atrocidade: os fiéis em oração, inermes e indefesos, foram covardemente atacados e assassinados pelos flamengos, com a cumplicidade dos índios Tapuias e Potiguares.

Sabendo o que ia acontecer, os fiéis não se rebelaram, pelo contrário, “entre ânsias fatais, confessaram sua fé em Jesus Cristo, pedindo perdão de suas culpas”.

Enquanto o Padre André “rezava, às pressas, o ofício da agonia”, foi cruelmente atacado pelos Tapuias. No entanto, falando na língua dos indígenas, os exortava a não tocar a sua pessoa e tampouco a profanar as imagens e objetos do altar, para não cometer sacrilégio. Os Tapuias recuaram, mas os Potiguares não quiseram saber de sermões. Então, atacaram o ministro de Deus “despedaçando seu corpo”. O principal autor do cruento assassinato foi o chefe dos Potiguares, Jererera, que, empunhando uma adaga, deu o golpe fatal ao sacerdote.

Este foi o primeiro episódio do massacre dos Protomártires do Rio Grande do Norte.

MASSACRE EM URUAÇÚ
O segundo ataque, por parte dos holandeses Calvinistas e dos índios hostis aos Católicos, deu-se três meses depois, no dia 3 de outubro de 1645.

Aterrorizados pelo que tinha acontecido em Cunhaú, os católicos de Natal procuravam fugir ou se esconder, inutilmente, em abrigos improvisados. Porém, foram pegos, junto com seu pároco, Padre Ambrósio Francisco Ferro, e levados para perto da cidade de Uruaçu, onde os soldados holandeses os aguardavam com cerca de duzentos índios, que tinham grande aversão pelos católicos. O pároco e seus fiéis foram brutalmente torturados e massacrados após bárbaras mutilações.

Conforme os relatos da época, “os índios arrancavam as entranhas e cortavam as cabeças, pernas e braços das suas vítimas”.

GRUPO DOS MÁRTIRES INDIVIDUADOS:
Padre André de Soveral e Domingos Carvalho, mortos em Cunhaú; Padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira, Antônio Vilela, com sua filha; José do Porto, Francisco de Bastos, Diogo Pereira, João Lostão Navarro, Antônio Vilela Cid, Estêvão Machado de Miranda e duas filhas; Vicente de Souza Pereira, Francisco Mendes Pereira, João da Silveira, Simão Correia, Antônio Baracho, João Martins e sete companheiros; Manuel Rodrigues Moura e sua esposa; uma filha de Francisco Dias, mortos em Uruaçu.

PROTOMÁRTIRES DO BRASIL
Padre André de Soveral e seus 29 Companheiros mártires do Rio Grande do Norte, foram sacrificados pela intolerância religiosa, pela perseguição contra a fé católica e a fé na Eucaristia.

Padre André de Soveral, herói e mártir de Cunhaú, foi beatificado em 5 de março de 2000 e canonizado, no dia 15 de outubro de 2017, na Praça de São Pedro, pelo Papa Francisco.
A Igreja celebra, no dia 3 de outubro, a festa litúrgica dos Protomártires do Brasil: Padre André de Soveral, Padre Ambrósio Francisco Ferro, o leigo Mateus Moreira e outros 27 Companheiros mártires.

Fonte: Vatican News

Foto: Divulgação

Já está disponível o Documento final do Sínodo Salesiano dos Jovens

Em Valdocco e no Colle Don Bosco, locais que testemunharam tanta história e fidelidade salesiana, o Sínodo Salesiano dos Jovens estudou uma proposta para todo o mundo salesiano. O estudo foi realizado por 375 pessoas, na sua maioria jovens de 94 nacionalidades, jovens e moças com idade média de 23 anos, vindos de muitas nações, com culturas e línguas diferentes, mas todos com a mesma Fé e o mesmo intenso empenho no trabalho iniciado por Dom Bosco.

Graças ao trabalho dos “círculos menores”, ou grupos linguísticos, e da Assembleia, foi elaborado o Documento Final, que já se encontra à disposição de todos. O documento aborda a realidade dos jovens, do mundo e da Igreja, identificando as percepções, emoções e expectativas dos jovens e estimula à reflexão serena e aberta dos agentes pastorais: “O que precisamos mudar para que os jovens passem de espectadores a protagonistas na Igreja e na sociedade? O que os jovens pensam, sentem e querem?”.

“Talvez devêssemos aproveitar deste momento sinodal para pensar em uma pastoral mais mistagógica, que eduque para a interioridade e desperte a experiência de Deus em cada momento, que ajude a descobrir a própria vocação e priorize o acompanhamento pastoral”, diz o Conselheiro Geral para a Pastoral Juvenil Salesiana, Pe. Miguel Ángel García Morcuende.

As propostas do Documento Final aprofundam a experiência da Espiritualidade Juvenil Salesiana em uma dimensão internacional, transformando estas páginas numa grande celebração do caminho de evangelização empreendido em todo o mundo salesiano, além de ajudar a descobrir o coração dos jovens para encontrar aquelas vibrações do Espírito que ajudam a criar novos caminhos e fontes de Fé. “Não há nada nas culturas juvenis que não ressoe em nossos corações”, reitera o Pe. García Morcuende.

No final desses dias de graça, os membros do Setor para a Pastoral Juvenil podem dizer que estiveram presentes num encontro com a história. “Estivemos presentes num momento inesquecível – explicam. No Sínodo, fomos acompanhados pelo sol de verão e pela luz daquele outro Sol que nasce do alto e que recebemos todos os dias na Eucaristia”.

Foi bom constatar que os jovens querem empreender a bela aventura de levar seus companheiros e amigos a Jesus, com quem compartilham grandes ideais, lutas e derrotas na busca pelo advento da civilização do amor, da solidariedade e da paz.

Nos diálogos para chegar a estas conclusões, foi possível constatar a diversidade das culturas, das realidades juvenis e da Igreja, mas também a unidade que o carisma de Dom Bosco oferece, proporcionando uma identificação com os mesmos modos de assumir a vida e a Fé. Ver a participação, a compreensão, o trabalho, o discernimento e a partilha de muitos momentos de reflexão, cultura, oração e proposta, foi motivo de grande alegria.

Confira do Documento Final em língua portuguesa clicando aqui.

Fonte: Agenzia Info Salesiana (ANS)

Foto: ShutterStock ID 2511684151

Em Rede por meio da Música no Dia Internacional da Música

O Dia Internacional da Música, celebrado em 1º de outubro, é uma homenagem à arte que transcende barreiras culturais, sociais e linguísticas. Instituída em 1975 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a data visa promover a paz e a amizade por meio da música, destacando o poder desse patrimônio cultural para unir pessoas e fortalecer a identidade humana.

A música, com sua linguagem universal, é capaz de evocar emoções profundas, proporcionar alívio em momentos difíceis e enriquecer a vida cotidiana. Além disso, exerce um papel fundamental na formação intelectual e emocional das pessoas, especialmente no ambiente escolar.

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA ESCOLA
No contexto educacional, a música tem se mostrado uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento integral dos estudantes. Segundo especialistas, o ensino de música nas escolas contribui para o desenvolvimento cognitivo, motor e social das crianças e jovens, além de estimular a criatividade e a capacidade de concentração.

Em várias instituições de ensino, como os colégios salesianos, a música é inserida como parte de uma formação humanística e integral. A música não só enriquece o repertório cultural dos estudantes, mas também promove a socialização e a disciplina, sendo um meio de expressão e de fortalecimento da autoestima. Além disso, estudantes envolvidos com a prática musical tendem a desenvolver habilidades como o trabalho em equipe, essencial em atividades de orquestras e corais.

Conheça algumas ações das escolas salesianas do Brasil que utilizam a música como ferramenta de aprendizado:

Orquestra Salesiana prepara apresentação para o Theatro Municipal do RJ

Estudante Salesiana toca no Rock In Rio Lisboa 2024

Conheça a composição “Quero Sonhar”

Vem aí “O Sonho que faz Sonhar”

 

MÚSICA: TRANSFORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
Além do impacto no ambiente escolar, a música também tem um efeito profundo na vida pessoal de cada indivíduo. Estudos comprovam que ouvir música pode reduzir o estresse, melhorar o humor e até mesmo contribuir para a recuperação de pacientes em tratamentos médicos. A música também é um canal para a expressão de emoções e sentimentos, facilitando a comunicação de experiências que, muitas vezes, não são facilmente traduzidas em palavras.

No contexto social, a música tem o poder de unir pessoas, quebrando barreiras e promovendo a inclusão. Movimentos musicais ao longo da história foram fundamentais em diversas lutas sociais e culturais, reforçando a capacidade da música de ser um instrumento de transformação.

Conheça algumas ações das obras sociais salesianas do Brasil que utilizam a música como ferramenta de transformação:

‘Camerata Jovem ASCP’ realiza primeira apresentação do projeto cultural

Alunos do projeto cultural Salesiano realizam apresentação de danças urbanas

ODIP e o Espetáculo Dançante CulturArte 2023

Orquestra Salesiana celebra conquista cultural e recebe visita especial de FMA

 

EM REDE POR MEIO DA MÚSICA

A Rede Salesiana Brasil (RSB), promovendo o ensinamento de seu fundador que diz que “uma casa salesiana sem música é como um corpo sem alma”, entende o poder de união que a música proporciona. Neste sentido, e fortalecendo o trabalho em prol das juventudes do país, também a RSB se engaja em produções musicais que promovam a paz, a fraternidade, o cuidado com o outro e com a Casa Comum e o fortalecimento da missão salesiana.

Conheça algumas músicas:

“Somos Rede” - Um hino nascido no Encontro Nacional da RSB 

Campanha União Pela Vida

Álbum Madre Mazzarello

Conheça o Hino Oficial em celebração aos 25 anos da Rede América Social Salesiana

Conheça o perfil oficial da Rede Salesiana Brasil no Spotify e nas principais plataformas de streaming.

Neste Dia Internacional da Música, a reflexão que se propõe é sobre o quanto essa arte torna as pessoas mais humanas e como sua presença nas escolas e na vida diária pode moldar um futuro mais harmônico, solidário e criativo. Celebrar a música é, de certa forma, celebrar a vida em todas as suas nuances.

Escrito por Janaína Lima

Foto: ShutterStock ID 1724583847

O Dia da Bíblia e a Celebração de São Jerônimo

Setembro é um mês especial para a Igreja Católica, dedicado à Bíblia e à reflexão sobre a importância da Palavra de Deus na vida dos cristãos. O ápice desta celebração acontece no dia 30 de setembro, quando se comemora o Dia da Bíblia e o Dia de São Jerônimo, reconhecido como o primeiro grande tradutor das Escrituras.

A escolha de setembro como o Mês da Bíblia no Brasil está intimamente ligada à memória de São Jerônimo, cuja dedicação incansável à tradução dos textos sagrados do hebraico e grego para o latim resultou na célebre versão conhecida como Vulgata. Este trabalho, realizado ao longo de mais de 40 anos nas grutas próximas à Basílica da Natividade, em Belém, foi um marco fundamental para a disseminação da Bíblia no mundo ocidental. A Vulgata se tornou, por muitos séculos, a versão oficial utilizada pela Igreja Católica, e a primeira Bíblia impressa por Gutenberg, em 1456, foi justamente uma edição da tradução de São Jerônimo.

São Jerônimo não apenas traduziu a Bíblia, mas também abriu caminhos para que a Palavra de Deus chegasse a mais pessoas, em sua própria língua. Esta missão de tornar as Escrituras acessíveis a todos continua viva até os dias de hoje. Atualmente, a Bíblia está completamente traduzida para 733 idiomas e, parcialmente, para mais de 2.800. Ainda assim, há um longo caminho pela frente. Organizações como a Federação Mundial das Sociedades Bíblicas trabalham arduamente para que, até 2038, a Sagrada Escritura esteja disponível em outras 1.200 línguas, levando a Palavra de Deus a povos e comunidades que ainda não a possuem em sua língua materna.

No Brasil, o Mês da Bíblia de 2024 tem como foco o Livro de Ezequiel, e a reflexão proposta é inspirada pelo lema “Porei em vós meu espírito e vivereis” (Ez 37,14). Segundo Dom Leomar Antônio Brustolin, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, este mês é uma oportunidade para que as comunidades, em espírito de sinodalidade, se aprofundem na Palavra de Deus, iluminadas pelo exemplo do profeta Ezequiel. O objetivo é que as Escrituras não apenas sejam conhecidas, mas vividas no cotidiano dos fiéis, gerando testemunhos autênticos e comprometidos com o Evangelho. Além disso, o estudo e a leitura orante da Bíblia, especialmente durante este mês, são vistos como uma preparação para o Jubileu de 2025, que será marcado pelo convite do Papa Francisco para que os cristãos sejam "peregrinos da esperança". A caminhada bíblica deste ano visa fortalecer a fé e a esperança em tempos de desafios, resgatando a proximidade com Deus por meio da escuta atenta e orante de sua Palavra.

A celebração de setembro como o Mês da Bíblia, portanto, não é apenas uma homenagem ao feito monumental de São Jerônimo, mas também um convite à reflexão sobre o poder transformador da Palavra de Deus na vida pessoal e comunitária. Ela nos lembra que, assim como São Jerônimo dedicou sua vida à tradução das Escrituras para o latim, ainda há muito a ser feito para que todos os povos do mundo possam ter acesso à Bíblia em sua própria língua, entendendo e experimentando as maravilhas divinas de forma plena e pessoal.

Escrito por Janaína Lima, com informações de Aleteia, Vatican News, CNBB e IHU

Foto: Flickr Salesianas BAP

3ª Assembleia Inspetorial encerra Visita Canônica de quatro meses

De 26 a 28 de setembro, a Inspetoria Nossa Senhora Aparecida (BAP), com sede em São Paulo (SP), realizou a sua 3ª Assembleia presencial.

A Assembleia marcou um momento importante na história da BAP. Criada em fevereiro de 2021, a BAP acolheu neste ano, durante quatro meses, a sua primeira Visita Canônica. Esta visita que é uma prática no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), e que acontece a cada seis anos, foi conduzida por Irmã Paola Battagliola, Conselheira Geral das FMA, que esteve na Inspetoria enviada pela Madre Geral, Irmã Chiara Cazzuola.

Portanto, a Assembleia Inspetorial da BAP contou com a presença de Irmã Paola Battagliola e marcou de forma magistral a conclusão da Visita Canônica.

Participaram da 3ª Assembleia presencial da BAP, 103 Irmãs representando as 24 comunidades da Inspetoria, distribuídas nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Também participaram do evento, Irmã Silvia da Silva, diretora executiva da Rede Salesiana Brasil (RSB) e Irmã Adair Sberga, Reitora do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora, de Campos dos Goytacazes (RJ).

Nos três dias de Assembleia, as Irmãs se deixaram orientar pelo tema “Vislumbrar o futuro por entre as dobras escondidas do presente. Reconhecer e agradecer!”.

Momento central da Assembleia foi a apresentação do relatório final da Visita Canônica, conduzido pela Conselheira Geral. As Irmãs contribuíram com ressonâncias e perguntas, destacando em suas falas o quanto foi claro e detalhado o relatório, desenhando bem o “rosto” da Inspetoria, identificando desafios, oportunidades e avanços na vida e na missão das comunidades educativas da BAP.

Outro momento muito especial desta Assembleia foi a comemoração dos aniversários de Profissão Religiosa de 26 Irmãs da BAP. Nem todas puderam estar presentes na celebração devido às distâncias e também à idade. Duas FMA celebraram 80 anos de pertencimento ao Instituto das FMA, quatro festejaram seus 70 anos, outras 10 celebraram 65 anos de consagração religiosa e outras cinco, 60 anos. Junto com as quatro FMA que celebraram as Bodas de Ouro também foi contemplada Irmã Paola Battagliola que, no dia 5 de agosto, celebrou 50 anos de Profissão Religiosa. Uma FMA, Irmã Érika K. Okuma celebou Bodas de Prata, ou seja, 25 anos como Irmã Salesiana.

O curioso desta celebração é que, somando os anos de Vida Religiosa de todas as Jubilandas, chega-se ao resultado de 1.600 anos, ou seja, 16 séculos de fidelidade e de histórias de vida.
As comemorações aconteceram no palco do Teatro do Colégio de Santa Inês e as Jubilandas presentes foram convidadas a ocupar a “Cadeira do Sonho concretizado”, partilhando com as demais um pouco de sua história de vida. Algo inesperado aconteceu: um vídeo-mensagem de Madre Chiara Cazzuola, cumprimentando pelo nome as Jubilandas, abrilhantou o momento e deixou todas muito felizes! Entre fotografias antigas e atuais, slogan de profissão, música e depoimentos, houve também uma apresentação “surpresa” de dois estudantes do Instituto Madre Mazzarello, Leonardo e Matheus, que interpretaram a música “My Way”, de Frank Sinatra.

Em seguida, houve a Celebração Eucarística presidida pelo Salesiano Padre Alexandre Luís de Oliveira, Inspetor da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora, de São Paulo. Nela, as Jubilandas presentes renovaram o compromisso religioso, e as demais, acompanharam a Missa por meio das mídias sociais da BAP.

E como já é tradição, após os festejos, as participantes da Assembleia se reuniram para apreciaram um espetáculo teatral – «Um sonho que nos faz construir um “hoje” gerador de vida», escrito e interpretado por Irmã Luana Oliveira e um grupo de estudantes do Colégio do Carmo, de Guaratinguetá (SP).

No segundo dia da Assembleia (27), as FMA da BAP puderam ouvir a contribuição de Irmã Maria Inês Ribeiro, da Congregação das Irmãs Mensageiras do Amor Divino, que abordou o tema “Vida Religiosa Consagrada, hoje”. Após as reflexões apresentada pela religiosa, as Irmãs se encontraram em grupos para identificaram as convergências e ideias fortes tanto do Relatório da Visita Canônica quanto da palestra da assessora.

Os trabalhos do dia foram concluídos com a Celebração Eucarística em ação de graças pela vida da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida, presidida pelo Salesiano Padre Edson Donizetti. Nesta celebração, as Irmãs puderam manifestar sua gratidão pelo serviço e presença de Irmã Alaíde Deretti, Inspetora da BAP. Para concluir a jornada, as Irmãs do Conselho Inspetorial dinamizaram um momento de distensão, que culminou com a abertura da tradicional “Sala dos Presentes”, onde foram expostos trabalhos artísticos e manuais realizados pelas FMA nas diferentes comunidades.

O terceiro dia da Assembleia teve início com a Celebração Eucarística, presidida pelo Salesiano Padre Maurício Tadeu de Miranda. Em seguida, as Irmãs se encontraram para receber as orientações quanto aos trabalhos em grupos, tendo como ponto de partida tudo o que já havia sido compartilhado nos dias anteriores e mais dois eventos importantíssimos em nível eclesial e congregacional: o Jubileu da Esperança – “Peregrinos da Esperança” – e o triênio de preparação para os 150 anos da primeira Expedição Missionária (2024-2027), cujo tema é “Este é o momento de reavivar o fogo – 150º aniversário das missões FMA”.

Durante a Assembleia Inspetorial, além de momentos celebrativos, de reflexões e de oração, as Irmãs puderam avaliar o caminho da BAP percorrido até 2024 e compartilhar os encaminhamentos para 2025, que será um ano muito significativo. Nele acontecerá a Avaliação Trienal, que é uma avaliação proposta pelo Instituto das FMA, em nível mundial, a fim de verificar o caminho percorrido desde o último Capítulo Geral (2021), já pensando na realização do próximo, previsto para 2027, em Roma (Itália).

A 3ª Assembleia presencial da BAP foi concluída com a palavra da Inspetora, Ir. Alaíde Deretti, que em sua mensagem retomou o tema da Assembleia e afirmou: «Espero que os meses que nos separam do final de mais um ano sejam vividos – por todas – com audácia e gratidão, com vontade de reinventar o que somos, reinventar o nosso jeito de sermos comunidade, de sermos FMA, de sermos consagradas, felizes, amantes da nossa vocação, para que possamos ser significativas e geradoras de fraternidade e comunhão, respeitando e abraçando nossas diferenças. Porque as nossas diferenças formam um mosaico de beleza e de harmonia».

Antes de se dissolver a Assembleia, as Irmãs puderam expressar ressonâncias sobre o andamento dos três dias de trabalho e encontro, vivenciando também uma celebração de envio, marcada pelas palavras “gratidão”, “reconhecimento”, “acolhida”, “cuidado”, “escuta”, “presença”. Nesta celebração, Irmã Paola Battagliola e Irmã Alaíde Deretti ungiram as diretoras, e estas repetiram este significativo gesto para com as Irmãs de suas comunidades.

No domingo (29), Irmã Paola Battagliola despediu-se da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida e partiu para Roma, onde lhe aguardam outros trabalhos dentro de sua missão de Conselheira Geral Visitadora. Antes de viajar, ela deixou uma última mensagem: «Queridas Irmãs, trago em meu coração a beleza de uma visita canônica que tocou minha existência. Louvo e agradeço ao Senhor pelo que experimentei de bondade, de proximidade e de amor fiel ao nosso carisma salesiano! Desejo que realizem o sonho de construir comunidades vocacionais, onde emana um testemunho alegre e contagiante, para despertar nos jovens a beleza de uma vida doada a Deus e à missão. Permaneço no grupo (n.d.r. grupo de WhatsApp) com grande alegria para acompanhar sua caminhada nesta amada BAP. Com muitas saudades, um grande abraço a cada uma».

Fonte: Inspetoria Nossa Senhora Aparecida 

Foto: Rede Salesiana Brasil 

Representante FMA na ONU fala sobre Direitos Humanos e Missão Salesiana

A Filha de Maria Auxiliadora (FMA), Irmã Sarah Bawagan Garcia, é a atual Diretora e principal representante do Escritório de Direitos Humanos do Instituto Internacional Maria Auxiliadora (IIMA) e VIDES nas Nações Unidas (ONU), em Genebra, desde janeiro de 2019. Este ano, durante sua visita ao Brasil para participar do Encontro Continental de Obras e Serviços Sociais Salesianos da América, promovido pela Rede América Social Salesiana (RASS) e Rede Salesiana Brasil (RSB), Ir. Sarah concedeu uma entrevista à Coordenadora Nacional de Comunicação da RSB, Ir. Maike Loes, sobre sua atuação na ONU, os desafio, as alegrias e sua visão dos movimentos da missão salesiana em prol das juventudes no continente americano.

Confira a entrevista na íntegra:

Ir. Maike: Quais são os seus maiores desafios como representante do Instituto Internacional das Filhas de Maria Auxiliadora e do VIDES à frente do Escritório de Direitos Humanos na ONU? E as maiores alegrias?

Ir. Sarah: O Instituto Internacional Maria Auxiliadora (IIMA), como uma associação religiosa com status consultivo especial no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), continua comprometido em enfrentar os desafios de defender o direito à educação para todos, promover o empoderamento de crianças, jovens, mulheres e outros setores vulneráveis da sociedade, e preparar defensores locais dos direitos humanos e promotores do bem comum. Embora o processo nem sempre seja simples e fácil, as respostas das Províncias [Inspetorias] FMA são sempre enriquecedoras e inspiradoras, pois realizam essa missão com muita paixão e compaixão, grande solidariedade e trabalho em rede. Estar em contato com as realidades e obras de nossas Irmãs e Comunidades Educativas presentes em 97 países é uma oportunidade de aprender e divulgar as "Boas Novas" de como a vida está sendo gerada de forma carismática e evangélica, como resposta ao clamor das periferias existenciais e geográficas. Só posso ser grata e regozijar-me por tamanha graça e bênção.

Ir. Maike: Como o carisma salesiano orienta as ações do Escritório de Direitos Humanos? É possível conjugar o carisma salesiano e a defesa dos direitos humanos com o ambiente das Nações Unidas?

Ir. Sarah: Os princípios orientadores do Escritório de Direitos Humanos do IIMA baseiam-se no Método Educativo Salesiano, que coloca a dignidade de cada ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, no centro da ação educacional. Esse é o sonho de Dom Bosco e Madre Mazzarello. De fato, o bem dos jovens e dos grupos vulneráveis está no coração de nossa missão educativa e de nossos esforços. Um dos objetivos do IIMA é traduzir o Sistema Preventivo na linguagem dos direitos humanos. O Escritório implementa o Método Salesiano baseando suas ações na Educação em Direitos Humanos, incorporando-o aos Ensinamentos Sociais da Igreja e ao humanismo cristão. Formar "bons cristãos e honestos cidadãos" de hoje e de amanhã exige que eduquemos todos, especialmente os grupos mais vulneráveis – crianças, jovens, mulheres, incluindo educadores e famílias – para que se tornem conscientes de seus direitos e responsabilidades fundamentais e que sejam capacitados a usar os instrumentos e mecanismos das Nações Unidas para respeitar, defender, promover e realizar seus direitos humanos e os dos outros em níveis local, nacional, regional e internacional. O objetivo do Escritório de Direitos Humanos é educar, formar e capacitar cidadãos com forte compromisso social e político para construir um mundo de paz, justiça, inclusão, solidariedade e fraternidade. O sonho e o plano de Deus para a humanidade são nossa preocupação.

Ir. Maike: Como você avalia a iniciativa do encontro continental da RASS e RSB considerando os desafios atuais enfrentados no mundo para a garantia dos direitos das juventudes?

Ir. Sarah: O Congresso Continental de Obras e Serviços Sociais Salesianos na América é, para nós, Filhas de Maria Auxiliadora Salesianas e Membros da Família Salesiana, uma expressão concreta de sinodalidade e de uma busca aprofundada por uma resposta mais evangélica e carismática ao clamor dos pobres, dos jovens e das comunidades vulneráveis. Seu tema "Sonhando em Rede" destaca de maneira eloquente a capacidade da RASS e da RSB de enfrentar os desafios dos tempos que emergem no coração das obras e serviços sociais salesianos no Continente. A insistência em proteger a dignidade dos seres humanos, garantir seus direitos, especialmente os dos setores mais vulneráveis da sociedade, empoderar os jovens como agentes de transformação social e promover a inclusão de famílias e comunidades vulneráveis e excluídas são um renovado apelo carismático à fidelidade criativa e à vitalidade da novidade evangélica em nossas obras e serviços sociais. A transformação humana e social é, de fato, inseparável dos direitos humanos e da responsabilidade social.
Obrigada, querida Rede Salesiana Brasil, pelo excelente trabalho que vocês estão fazendo para que "todos tenham vida em plenitude e vida em abundância". A todos vocês e àqueles que trabalharam nos bastidores, minha mais sincera gratidão. Deus abençoe e multiplique seus dons. Vocês fazem a diferença!

SOBRE IR. SARAH BAWAGAN GARCIA

Sarah Bawagan Garcia, FMA, é a atual Diretora e principal representante do Escritório de Direitos Humanos do Instituto Internacional Maria Auxiliadora (IIMA) e VIDES nas Nações Unidas (ONU), em Genebra, desde janeiro de 2019. 

Ela recebeu seu Bacharelado em Ciências em Educação Elementar em 1981, pelo Philippine Normal College, e continuou seus estudos na Pontificia Facoltà di Scienze dell'Educazione “Auxilium”, em Roma, por meio de um Bacharelado em Ciências da Educação, em 1986, e um Mestrado em Ciências da Educação com especialização em Catequese, em 1988. 

Originalmente das Filipinas, Sarah também trabalhou como missionária em Mianmar e Camboja. Por mais de 40 anos, Ir. Sarah tem se dedicado à melhoria da juventude por meio de seu trabalho em diferentes funções. Ela foi professora, diretora de noviças, líder comunitária, Vigária Provincial da Pré-província do Sudeste Asiático, Superiora da Pré-província do Camboja-Mianmar e Provincial das Filipinas e Papua Nova Guiné. Sarah se juntou ao Escritório de Direitos Humanos do IIMA em 2016 e, desde então, tem auxiliado em cursos de treinamento, organizando eventos paralelos e desenvolvendo relatórios relevantes sobre as diferentes questões de interesse do Escritório.

Escrito por Janaína Lima, Analista de Comunicação da Rede Salesiana Brasil, com informações de IIMA Human Rights Office

Foto: Inspetoria São Luiz Gonzaga

Romeiros do Nordeste celebram a 81ª Romaria da Família Salesiana

Neste último domingo (22), a devoção, a alegria e a gratidão marcaram a 81ª Romaria da Família Salesiana, reunindo milhares de romeiros do Nordeste, em Jaboatão dos Guararapes (PE), local carinhosamente chamado de “Belém Salesiana”.

No início da manhã, a Capela de São Sebastião já estava lotada para a Concentração e Récita do Terço, presidida pelo Pe. Délio Mota, sdb, Coordenador Nacional da Associação dos Devotos de Nossa Senhora Auxiliadora (ADMA), com a participação do Pe. Francisco Inácio, Inspetor Salesiano.

Em seguida, após as saudações do Pe. Cleyton Coutinho (Delegado para a Família Salesaiana) e do Pe. Francisco Inácio, o grupo Ruah (Paróquia São João Bosco – Caetés, PE) e a Sociedade Musical 15 de Agosto animaram a caminhada dos romeiros em direção à Colônia Salesiana São Sebastião. Após a calorosa acolhida festiva, realizada pelo Pe. Francisco Demontier, e a comunidade Petrus, a programação Mariana continuava em diversos locais da Belém Salesiana.

Na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, o Pe. Délio Mota conduzia o Ofício da Imaculada Conceição com a presença de diversos grupos da ADMA e fiéis do Nordeste; na Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, o Terço realizado com as irmãs Salesianas, Medianeiras da Paz, de Jesus Adolescente e da Caridade de Jesus e no Salesiano Jaboatão (Colégio destinado 100% para bolsas filantrópicas), o Terço com crianças e jovens. Enquanto isto, Padres salesianos da Inspetoria São Luiz Gonzaga recebiam o povo de Deus, no Pátio Interno na Colônia para confissões.

Às 12h, na Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, a Adoração ao Santíssimo foi presidida pelo Pe. Antonio João Neto, sdb; um momento de muita emoção com a participação de diversos grupos da Família Salesiana. Apresentações culturais também traduzem a alegria da Festa da Auxiliadora.

No pátio externo, a Sociedade Musical 15 de Agosto, animou os fiéis com canções populares, animando o público com a essência do carisma de Dom Bosco e Nossa Senhora Auxiliadora. O Pe. João Carlos, vice-inspetor salesiano e delegado para a comunicação social, animou a Romaria com canções Mariana e grandes sucessos de sua carreira, além de momentos de evangelização e muita interação com o público. Em seguida, a Celebração Eucarística foi presidida pelo Pe. Francisco Inácio e concelebrada por salesianos do Nordeste.

Onde há presença salesiana, há sempre o protagonismo e entusiasmo dos jovens e crianças, e, na Romaria, esta realidade ganhou ainda mais alegria com a Coroação de Nossa Senhora, realizada por Maria Flor, CJC Mirim – Chã do Esconso (Distrito de Aliança – PE).

Antecedendo a Benção de Nossa Senhora Auxiliadora, aconteceu o sorteio da imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, que teve a comunidade de Lajedo (PE) como a grande vencedora.

A Romaria da Família Salesiana constitui-se como um marco significativo entre as programações anuais da Inspetorial. É uma maravilhosa expressão de fé e devoção, além de um espaço de oportunidades de estreitarmos os laços de Família. No território da inspetoria, são muitos os grupos da Família Salesiana e a preparação deste evento envolve a todos, fazendo crescer o comprometimento.

“A Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora é um monumento de visível devoção, um ponto também de unidade na vivência do carisma daqui, simbolicamente Nossa Senhora, a Mãe de nossa família alcança com sua bênção a todas as realidades de nossa missão.
Concluímos mais uma edição e já projetamos as nossas intenções para a 82ª edição da Romaria, no dia 19 de outubro de 2025.”

(P Francisco Inácio | Inspetor Salesiano)

“A Romaria é um encontro anual dos grupos da Família Salesiana no Nordeste, um encontro na casa da mãe, renovando laços de amizade, de comunhão e de compromisso missionário.”

(P João Carlos | Vice-inspetor salesiano)

“A Romaria da Família Salesiana é sempre uma grande e bela demonstração de amor a nossa mãe Auxiliadora! Todo esforço e dedicação, principalmente dos que vêm de longe, são recompensados com expressões de satisfação, através dos sorrisos nos rostos e nos abraços apertados, no reencontro dos amigos. É um dia de gratidão e alegria, que se repete a cada ano, e neste, já contamos 81 anos; mas, com certeza, todo ano acontecem novas emoções. A certeza de estar pertinho da Auxiliadora Nossa, sem dúvida, revigora nossa alma e nosso coração de filho(a) e devoto(a).

O sentido de pertença a esta grande família de Dom Bosco, nos faz sonhar e partir com o desejo de voltarmos no ano seguinte, para louvar e agradecer a Deus pela presença materna da Virgem de Dom Bosco em nossas vidas e nossos corações.”

(Ana Inês Martins – ADMA Jaboatão)

Fonte: Inspetoria Salesiana São Luiz Gonzaga

 

 

Foto: sdb.org

Memória de José Calasanz e 31 companheiros mártires

Nascimento: 1872
Beato: 11/03/2001
Celebração Litúrgica: 22 de setembro
Falecimento: 1936

Entre 1936 e 1939 a Espanha foi sacudida por uma dramática e sangrenta guerra civil: um conflito carregado de acesos antagonismos ideológicos, transformando-se num embate entre democracia e fascismo, entre republicanos e rebeldes guiados pelo general Franco. Pagou as contas disso também a Igreja espanhola que sofreu uma violenta perseguição, sobretudo pelas forças anárquicas e milicianas. Foram massacrados milhares de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, tão somente por serem cristãos. Entre eles, também numerosos membros da Família Salesiana: 39 Sacerdotes, 22 Clérigos, 24 Coadjutores, 2 Filhas de Maria Auxiliadora, 4 Salesianos Cooperadores, 3 Aspirantes Salesianos e 1 Colaborador leigo; 95 ao todo. 

Levaram-se adiante três causas em separado, depois transformadas em duas: o Grupo de Valência – 32 mártires – tendo como cabeça o Padre José Calasanz, e os dois grupos de Sevilha e Madri – 63 mártires – tendo como cabeça o Padre Enrique Saiz Aparício.

O primeiro grupo foi beatificado em 11 de março de 2001 com os outros mártires da diocese de Valência; o segundo grupo espera o exame da "Positio".

Padre José Calasanz (1872-1936) nasceu em Azanuy. Em 1886, em Sarrià, viu Dom Bosco já cansado e sofredor. Fez-se salesiano em 1890 e sacerdote cinco anos depois. Foi secretário do Padre Rinaldi e, em seguida, superior da Inspetoria do Peru-Bolívia. Retornando à Espanha, foi feito Inspetor da Inspetoria Tarraconense (Barcelona – Valência). Homem de coração e grande trabalhador, preocupou-se desde o início com a salvação de seus irmãos. Foi capturado com outros salesianos enquanto presidia os Exercícios Espirituais em Valência. Foi morto durante a viagem por um tiro de fuzil na cabeça.

SACERDOTES
José Batalla Parramón (1873-1936). José Bonet Nadal (1875-1936). Jaime Bonet Nadal (1884-1936). Antonio María Martín Hernández (1885-1936). Sergio Cid Pazo (1886-1936). Juan Martorell Soria (1889-1936). Julio Junyer Padern (1892-1938). Recaredo de los Ríos Fabregat (1893-1936). Francisco Bandrés Sánchez (1896-1936). Julián Rodríguez Sánchez (1896-1936). José Otín Aquilué (1901-1938). José Castell Camps (1901-1936). José Giménez López (1904-1936). Alvaro Sanjuán Canet (1908-1936). José Caselles Moncho (1907-1936).

COADJUTORES
José Rabasa Bentanachs (1862-1936). Angel Ramos Velázquez (1876-1936). Gil Rodicio Rodicio (1888-1936). Jaime Buch Canals (1889-1936). Augusto García Calvo (1905-1936). Eliseo García García (1907-1936). Jaime Ortiz Alzueta (1913-1936). Clérigos: Miguel Domingo Cendra (1909-1936). Félix Vivet Trabal (1911-1936). Pedro Mesonero Rodríguez (1912-1936). Felipe Hernández Martínez (1913-1936). Zacarías Abadía Buesa (1913-1936). Javier Bordas Piferrer (1914-1936).

COLABORADOR LEIGO
Alexandro Planas Saurí (1878-1936).

FILHAS DE MARIA AUXILIADORA
Maria Carmen Moreno Benítez (1885-1936), vigária inspetorial, foi diretora e confidente da Beata Irmã Eusébia Palomino, que lhe profetizou o martírio, e Maria Amparo Carbonell Muñoz (1893-1936).

Confira mais sobre a Santidade Salesiana no Acervo do portal da Rede Salesiana Brasil.

Fonte: sdb.org

Foto: Irmã Maike Loes

Encontro da Comissão Nacional de Pastoral Juvenil Salesiana 2024

No último sábado (14), no Colégio Santa Inês, em São Paulo (SP), aconteceu o Encontro da Comissão Nacional de Pastoral Juvenil Salesiana (CNPJS), com a presença dos Delegados e das Coordenadoras Inspetoriais de Pastoral Juvenil das Inspetorias dos Salesiano de Dom Bosco (SDB) e das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) do Brasil. Durante a programação foram vivenciados momentos de planejamento da caminhada, em vista de uma maior sistematização dos processos pastorais.

A Pastoral Juvenil (PJ) constitui o coração da missão educativa salesiana que busca, através de itinerários de fé, educar evangelizando e evangelizar educando. Segundo as Linhas Orientadoras da Missão Educativa das FMA (nº 78): “A missão educativa das FMA se realiza mediante uma pastoral juvenil inculturada que se inspira no Sistema Preventivo, vivido como espiritualidade radicada na caridade de Cristo e na solicitude materna de Maria. Tal pastoral tem como objetivo prioritário conduzir ao encontro com Jesus de Nazaré.”

O Dicastério para a Pastoral Juvenil Salesiana, em seu Quadro de Referencial, afirma (pag. 59): “A meta proposta pela Pastoral Juvenil Salesiana para todo jovem é a construção da própria personalidade, tendo Cristo como referência fundamental; referência que, tornando-se progressivamente explícita e interiorizada, o ajude a ver a história como Ele, a julgar a vida como Ele, a escolher e a amar como Ele, a esperar como Ele ensina, a viver n’Ele a comunhão com o Pai e o Espírito Santo” (cf. CG23, n. 112-115).

“O encontro da Comissão Nacional de Pastoral Juvenil é um espaço muito rico em sinodalidade. Juntos, FMA e SDB, compartilhamos nossas experiências vividas nas várias realidades do Brasil e traçamos linhas de ação para promover uma caminhada pastoral processual que corresponda aos apelos juvenis da atualidade. Em rede, nosso trabalho se torna mais fecundo e nossa missão se fortalece ainda mais”, diz a Coordenadora Nacional da PJS e representante da Inspetoria Maria Auxiliadora, Irmã Claudiane Cavalcante. “A experiência da reunião da CNPJS é sempre enriquecedora, pois demonstra a diversidade das inspetorias SDB e FMA, reunidas para planejar as atividades diversas, em nível nacional, unidas pelo mesmo carisma. Daí vem a riqueza da experiência”, conclui o Coordenador Nacional da PJS e representante da Inspetoria São João Bosco, Padre José Ricardo Mole.

Escrito por Ir. Claudiane Cavalcante, Coordenadora Nacional da PJS

A Independência do Brasil e o Grito dos Excluídos e Excluídas

A proposta do Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu em uma reunião de avalição do processo da 2ª Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu nos anos de 1993 e 1994. 

POR QUE O 7 DE SETEMBRO? 

Desde 1995, o Grito dos Excluídos e Excluídas acontece no dia 7 de setembro, dia oficial da comemoração da Independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional. Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna. 

Nestes 30 anos de trajetória, o Grito faz um contraponto à história oficial da independência do Brasil. Na contramão dos desfiles cívicos e militares, que sempre marcaram o 7 de setembro, conclama o povo, sobretudo os pobres e excluídos, a descerem das arquibancadas, deixar o patriotismo passivo, e ocupar praças e ruas na defesa de seus direitos.

Assim, o Dia da Pátria se tornou também um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. O Grito mudou a cara do 7 de setembro e da Semana da Pátria. Em todo o país, a cada ano, multiplicam-se manifestações e atividades, por meio de variadas formas de luta e linguagens: celebrações, atos, caminhadas, romarias, seminários, rodas de conversa, festivais, concursos de redação nas escolas, apresentações de música, teatro, dança, poesia, café na praça, programas de rádio, carros e bicicletas de som, lives. 

GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUÍDAS 2024

Este ano, o Grito dos Excluídos celebra 30 anos de existência e traz o tema “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”. “Nestes 30 anos de resistência, lutas, anúncio e avanços, o Grito dos Excluídos e Excluídas esperançou um mundo justo e acolhedor. E seguirá incentivando ações que fortaleçam e mobilizem as pessoas para as lutas sociais, denunciar as in-justiças e os males causados por este sistema neo¬liberal/capitalista, que exclui, degrada e mata to¬das as formas de vida, concentra a riqueza, a renda nas mãos de poucos e impõe miséria para milhões”, lê-se nos objetivos do Jornal O Grito nº. 81. 
Confira o Jornal na íntegra e mais informações sobre o Dia dos Excluídos e Excluídas clicando aqui.

Fonte: gritodosexcluidos.com

Foto: Inspetoria São Pio X

Padre Tarcizio Odelli lança livro sobre São Francisco de Sales

O lançamento do livro “São Francisco de Sales – Doutor do Amor”, de autoria do Salesiano de Dom Bosco (SDB) e Diretor Geral do Boletim Salesiano, Padre Tarcizio Paulo Odelli, aconteceu durante o curso de Espiritualidade Salesiana a partir de São Francisco de Sales, realizado em Porto Alegre (RS), entre os dias 3 e 5 de setembro. A obra tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre a vida e a espiritualidade de São Francisco de Sales, patrono da Família Salesiana.

Segundo o autor, o livro é resultado de mais de 20 anos de estudos e pregações sobre o santo. Padre Tarcizio destacou que a motivação para escrever a obra surgiu a partir dos retiros espirituais e cursos de formação nos quais apresentava, em formato de slides, o conteúdo que agora foi estruturado em texto. “É uma pessoa fascinante, não tem como não o tornar mais conhecido”, disse ele.

A obra está organizada em seções que abordam a época histórica em que viveu São Francisco de Sales, sua biografia, além de temas centrais de sua espiritualidade, como o chamado à santidade, humanismo e o amor à Igreja. O livro também traz uma pequena biografia de Santa Joana de Chantal e aborda o “encontro” de São Francisco com São João Bosco.

Para o Pe. Tarcizio, estudar a vida de São Francisco de Sales é essencial para entender sua contribuição inovadora à Igreja, especialmente por sua espiritualidade do amor, que é acessível a todos. A obra de São Francisco de Sales “Introdução à Vida Devota”, escrita há mais de 400 anos, continua sendo uma das mais lidas no mundo, perdendo apenas para a Bíblia e a “Imitação de Cristo”. Naquela época, valorizar os leigos foi uma grande novidade, e até o Concílio Vaticano II, seus ensinamentos permaneceram como referência. “Esta espiritualidade do amor é muito simples para ser vivida. Como ele dizia: ‘fazer tudo por amor e nada por força’. A santidade não consiste em fazer coisas extraordinárias, mas fazer as coisas ordinárias com perfeição extraordinária”, ressalta o padre.

A obra é voltada principalmente à Família Salesiana, mas Pe. Tarcizio ressalta que o conteúdo é acessível a todos os interessados em conhecer melhor o doutor da espiritualidade do amor. “Francisco de Sales contribuiu com a Igreja sendo um grande inovador e apresentando uma espiritualidade simples, acessível a todos”, afirmou o autor.

Fonte: Inspetoria São Pio X / Escrito por Eduardo Schmitz

Foto: Agenzia Info Salesiana (ANS)

Mandados a todo o mundo - 155ª Expedição Missionária Salesiana

Como em todos os anos, o Setor para as Missões da Congregação Salesiana preparou um mapa para visualizar graficamente o destino dos novos missionários salesianos no mundo. Eles partirão no final deste mês, na 155ª Expedição Missionária Salesiana. Participam desta Expedição 27 Salesianos: 2 Coadjutores (leigos) e 5 Sacerdotes, 1 Diácono e 19 Estudantes (clérigos). 11 missionários vêm da Ásia (especificamente, 6 da região salesiana Ásia Leste-Oceânia, 5 da Ásia Sul, 11 da África-Madagascar, 4 da Europa Centro-Norte e 1 da Interamérica).

A região do Mediterrâneo acolherá o maior número de missionários (8), assim como o Continente americano (7 na região Cone Sul, 1 na Interamérica); 6 irão para a Ásia (5 à Ásia Leste-Oceânia e 1 à Ásia Sul) e 5 à África.

No último domingo de setembro (29), às 12h30 (UTC+2), na Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim-Valdocco, ocorrerá o Envio Missionário, presidido pelo Pe. Stefano Martoglio, Vigário do Reitor-Mor. A Concelebração será transmitida ao vivo, sendo em breve divulgados mais detalhes.

Segue abaixo a lista dos novos missionários, com destaque para aqueles que serão acolhidos pelas Inspetorias Salesianas do Brasil:

Donatien Martial Balezou, da República Centro-Africana (ATE), irá ao Brasil, à Inspetoria São João Bosco, Belo Horizonte (BBH);
Guy Roger Mutombo, da República Democrática do Congo (ACC), irá à Itália, à Inspetoria Meridional (IME);
Henri Mufele Ngandwini, da República Democrática do Congo (ACC), irá à Itália, à Inspetoria Meridional (IME);
O Coadjutor Alain Josaphat Mutima Balekage, da República Democrática do Congo (AFC), irá ao Uruguai (URU);
Clovis Muhindo Tsongo, da República Democrática do Congo (AFC), irá ao Brasil, à Inspetoria São Pio X, Porto Alegre (BPA);
Confiance Kakule Kataliko, da República Democrática do Congo (AFC), irá ao Uruguai (URU);
P. Ephrem Kisenga Mwangwa, da República Democrática do Congo (AFC), irá a Taiwan, à Inspetoria Maria Auxiliadora (CIN);
Ernest Kirunda Menya, do Uganda (AGL), irá à Roménia, à Inspetoria Itália-Nordeste (INE);
Éric Umurundi Ndayicariye, do Burundi (AGL), irá à Mongólia, à Inspetoria da Coreia do Sul (KOR);
Daniel Armando Nuñez, de El Salvador (CAM), irá à Circunscrição do Norte da África (CNA);
Marko Dropuljić, da Croácia (CRO), irá à Mongólia, à Inspetoria da Coreia do Sul (KOR);
Krešo Maria Gabričević, da Croácia (CRO), irá à Visitadoria Papua-Nova Guiné – Ilhas Salomão (PGS);
Rafael Gašpar, da Croácia (CRO), irá ao Brasil, à Inspetoria São João Bosco, Belo Horizonte (BBH);
P. Marijan Zovak, da Croácia (CRO), irá à República Dominicana, à Inspetoria das Antilhas (ANT);
P. Enrico Bituin Mercado das Filipinas (FIN), irá à África Meridional (AFM);
Alan Andrew Manuel, da Índia (INB), irá à Circunscrição África Norte de (CNA);
P. Joseph Reddy Vanga, da Índia (INH), irá à Visitadoria Papua-Nova Guiné – Ilhas Salomão (PGS);
P. Hubard Thyrniang, da Índia (INS), irá à Inspetoria da África Noroeste (AON);
P. Albert Tron Mawa, da Índia (INS), irá ao Sri Lanka (LKC);
Eruthaya Valan Arockiaraj, da Índia (INT), irá ao Congo, à Visitadoria África-Congo-Congo (ACC);
Herimamponona Dorisse Angelot Rakotonirina, do Madagascar (MDG), irá à Delegação Inspetorial Albânia/Kosovo/Montenegro (AKM);
O Coadjutor Mouzinho Domingos Joaquim Mouzinho, de Moçambique (MOZ), irá à Delegação Inspetorial Albânia/Kosovo/Montenegro (AKM);
Nelson Alves Cabral, de Timor-Leste (TLS), irá à República Democrática do Congo, à Inspetoria da África Central (AFC);
Elisio Ilidio Guterres dos Santos, de Timor-Leste (TLS), irá à Romênia, à Inspetoria do Itália Nordeste (INE);
Francisco Armindo Viana, do Timor Leste (TLS), irá ao Congo, à Visitadoria África-Congo Congo (ACC);
Tuấn Anh Joseph Vũ, do Vietnã (VIE), irá ao Chile (CIL);
Trong Hữu Francis Ɖỗ, do Vietnã (VIE), irá ao Chile (CIL).

Fonte: Agenzia Info Salesiana (ANS)

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