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Foto: sdb.org
05/10/2024

Celebração Litúrgica de Alberto Marvelli

Nascimento: 21/03/1986
Venerável: 22/03/1986
Beato: 05/09/2004
Celebração Litúrgica: 5 de outubro
Falecimento (nascimento para o céu): 05/10/1946

Nascido em Ferrara, Itália, no dia 21 de março de 1918, segundo de seis irmãos, cresceu numa família verdadeirame nte cristã, em que a vida de piedade se unia à atividade caritativa, catequética e social.

Transferindo-se com a família em 1930 para Rimini, frequenta o oratório salesiano e a Ação Católica onde, a exemplo de Domingos Sávio, amadurece a fé com uma opção definitiva: “o meu programa sintetiza-se numa palavra: santo”. Reza com recolhimento, faz catequese com convicção, manifesta zelo, caridade, serenidade. É forte de caráter, firme, decidido, volitivo, generoso; tem um aguçado senso de justiça e uma grande ascendência entre os companheiros. É um jovem esportista e dinâmico, ama todos os esportes: tênis, vôlei, atlética, futebol, natação, excursões na montanha. Mas a sua maior paixão será a bicicleta, também como meio privilegiado de apostolado e ação caritativa.

Amadurece na universidade a formação cultural, e a espiritual na Federação Universitária Católica Italiana (FUCI). Escolhe Piergiorgio Frassati, hoje beato, como modelo. Obtida a láurea em engenharia mecânica em 30 de junho de 1941, deve partir como militar em 7 de julho. A Itália está em guerra; uma guerra que Alberto condena com lúcida firmeza: “Desça logo a paz com justiça para todos os povos, a guerra desapareça do mundo para sempre”. Dispensado, porque outros três irmãos já estão no front, trabalha por breve período na FIAT de Turim.

Após os trágicos acontecimentos de 25 de julho de 1943, com o bombardeamento do sul da Itália pelos aliados, a queda do fascismo, a proclamação do armistício com os aliados em 8 de setembro de 1943 e a consequente ocupação alemã do solo italiano, Alberto volta para casa em Rimini. Ele sabe qual é a sua missão: torna-se operário da caridade. Depois de cada bombardeamento, é o primeiro a ir em socorro dos feridos, encorajar os sobreviventes, assistir os moribundos, tirar das ruínas os sepultados vivos. Não só ruínas, mas também fome. Alberto distribuía aos pobres tudo o que conseguia recolher: colchões, cobertores, panelas. Ia até os agricultores e negociantes e comprava todo tipo de víveres. Depois, com a bicicleta carregada de sacolas, ia aonde sabia que havia fome e doença. Voltava, às vezes, para casa sem sapatos ou sem bicicleta: dera a quem mais precisava. No período da ocupação alemã, salvou muitos jovens das deportações e conseguiu, com uma ação corajosa e heroica, abrir os vagões, já trancados e em partida na estação de Santarcangelo, e libertar homens e mulheres destinados aos campos de concentração.

Após a libertação da cidade, em 23 de setembro de 1945, foi criada a primeira junta do Comitê de Libertação. Entre os assessores também está Alberto Marvelli; não está inscrito nem nenhum partido, não foi partigiano (‘guerrilheiro’ contra a ocupação estrangeira), mas todos reconheceram e apreciaram o enorme trabalho feito por ele em favor dos desalojados. É um jovem de apenas 27 anos, mas tem firmeza e competência para enfrentar os problemas, coragem nas situações mais difíceis e disponibilidade sem limites. Confiam-lhe a tarefa mais difícil: a comissão de alojamento, que deve disciplinar a distribuição dos alojamentos na cidade, resolver controvérsias, requisitar apartamentos, não sem os inevitáveis ressentimentos. Depois, confiam-lhe a tarefa da reconstrução, como colaborador da seção especial de obras públicas.

Em seu pequeno caderno de anotações, Alberto escreve: “Servir é melhor do que ser servido. Jesus serve”. Leigo cristão, crescido no oratório salesiano de Rimini, expressa a sua fé cristã sobretudo no compromisso político e social, entendido como serviço ao bem comum: “Com a ajuda de Nosso Senhor, desejo e proponho ser sempre de exemplo aos companheiros e defender a minha fé em todas as ocasiões, sem respeito humano, mas com a mente sempre voltada para a maior glória de Deus”. É com esse espírito de serviço que Alberto enfrenta a atividade cívica. Quando os partidos renascem em Rimini, inscreve-se no partido da Democracia Cristã. Sentiu e viveu o empenho na política como um serviço à coletividade organizada; a atividade política podia e devia ser a expressão mais elevada da fé vivida.

Nesse ínterim, o bispo chama-o para dirigir os “Católicos Laureados”. Seu empenho poderia ser sintetizado em duas palavras: cultura e caridade. “Não se deve levar a cultura apenas aos intelectuais, mas a todo o povo”. Desse modo, dá vida a uma universidade popular. Abre um refeitório para os pobres. Convida-os ao refeitório, reza com eles; depois, distribui a sopa e escuta as necessidades deles. Sua atividade em favor de todos é incansável; está entre os fundadores das ACLI (Associações Católicas de Trabalhadores Italianos); cria uma cooperativa de trabalhadores da construção civil, a primeira cooperativa “branca” (não comunista) na Romanha “vermelha”.

A intimidade com Jesus Eucarístico nunca é um fechar-se em si mesmo, alienado dos compromissos e da história. Antes, quando percebe que o mundo ao seu redor está sob o signo da injustiça e do pecado, a Eucaristia torna-se para ele força para iniciar a ação de redenção e libertação, capaz de humanizar a face da terra.
Na noite de 5 de outubro de 1946, de bicicleta, vai fazer um comício eleitoral; ele também é candidato às eleições da primeira administração municipal. Às 20h:30min, um caminhão militar investe sobre ele. Morrerá com apenas 28 anos, poucas horas depois, sem retomar a consciência. A mãe, Maria, forte na dor, está ao seu lado. Sua morte causou grande comoção em toda a Itália. A figura de Alberto Marvelli, na história do apostolado dos leigos, é a de um autêntico precursor do Concílio Vaticano II, no que se refere ao compromisso dos leigos na animação cristã da sociedade. Foi, como queria Dom Bosco, um bom cristão e um cidadão honesto, empenhado na Igreja e na sociedade com coração salesiano.

Fonte: sdb.org

Foto: ShutterStock ID 2189913907
04/10/2024

Dia de São Francisco de Assis fecha o Tempo da Criação 

O dia 4 de outubro marca a celebração de São Francisco de Assis, uma das figuras mais reverenciadas da Igreja Católica, conhecido por seu profundo amor pela natureza, simplicidade de vida e dedicação aos pobres. Nascido na cidade italiana de Assis, Giovanni di Pietro di Bernardone, seu nome de batismo, passou de jovem rico e boêmio a um dos maiores exemplos de renúncia e devoção.

Filho de um próspero comerciante de tecidos, Francisco inicialmente viveu uma vida de luxos e privilégios. Contudo, após uma série de eventos que incluíram uma experiência mística enquanto estava preso durante uma guerra e, mais tarde, um chamado direto de Cristo na capela de São Damião, Francisco abandonou seus bens materiais e se dedicou a uma vida de pobreza e serviço aos necessitados. Sua famosa decisão de renunciar às riquezas paternas marcou o início de uma nova jornada espiritual que culminou na fundação da Ordem dos Frades Menores, mais conhecida como Ordem Franciscana.

A missão de São Francisco era clara: viver conforme os ensinamentos de Jesus Cristo, em simplicidade, caridade e respeito pela criação. Seu exemplo cativou milhares de seguidores, e sua pregação sobre a importância do amor ao próximo, ao pobre e à natureza ecoa até os dias de hoje.

O LEGADO DE SÃO FRANCISCO
São Francisco de Assis foi canonizado pelo Papa Gregório IX em 1228, apenas dois anos após sua morte. Seu legado inclui não apenas a fundação da Ordem Franciscana, que se espalhou pelo mundo, mas também sua profunda influência sobre o conceito de humildade e cuidado com o meio ambiente na Igreja Católica. O Papa João Paulo II o declarou padroeiro dos ecologistas, reforçando seu papel como defensor da criação divina.

Sua obra "Cântico das Criaturas", que expressa seu louvor a Deus por meio da natureza, ainda hoje inspira aqueles que veem a Terra como uma dádiva divina. Em suas palavras, Francisco via os elementos da natureza – o sol, a lua, o vento e a água – como irmãos e irmãs, todos integrantes de uma grande família criada por Deus.

O Dia de São Francisco de Assis é celebrado em várias partes do mundo com missas, procissões e bênçãos de animais, já que o santo também é amplamente reconhecido como patrono dos animais. A bênção dos animais, tradição em muitas paróquias católicas, destaca o amor de Francisco por todas as criaturas de Deus.

A CELEBRAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS E O TEMPO DA CRIAÇÃO
São Francisco está intimamente ligado ao Tempo da Criação, uma celebração ecumênica anual que ocorre de 1º de setembro a 4 de outubro. Iniciado pelo Patriarca Ecumênico Dimitrios I em 1989, esse período visa conscientizar os cristãos de todo o mundo sobre a necessidade de cuidar da Terra. O encerramento do Tempo da Criação no Dia de São Francisco de Assis sublinha a importância do cuidado com o meio ambiente, algo que se tornou ainda mais relevante com a exortação do Papa Francisco, Laudato Si', que homenageia o santo ao destacar a responsabilidade humana sobre a Casa Comum.

“O Tempo da Criação é um tempo para renovar a nossa relação com o nosso Criador e toda a criação através da celebração, da conversão e do compromisso coletivo. Durante o Tempo da Criação, nos unimos às nossas irmãs e irmãos da família ecumênica em oração e ação pela nossa Casa Comum” lê-se no site seasonofcreation.org.

Como representação salesiana, a Filha de Maria Auxiliadora (FMA), Ir. Alessandra Smerilli, do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano, compõe o Conselho Consultivo que apoia o Comitê Diretivo do Tempo da Criação através de sua experiência teológica e litúrgica, bem como da experiência programática e em projetos de seus parceiros.

O exemplo de São Francisco é um convite para uma vida de respeito, gratidão e harmonia com o Criador e com sua criação. Sua mensagem de simplicidade e reverência à natureza é mais urgente do que nunca em um mundo marcado pela degradação ambiental.

Escrito por Janaína Lima, com informações do seasonofcreation.org

Foto: Vatican Media
04/10/2024

O Sínodo sobre a Sinodalidade: Uma Jornada de Escuta e Renovação

A segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que teve início em 2 de outubro de 2024, traz o tema da sinodalidade ao centro da reflexão da Igreja. O evento, que reúne bispos, leigos e consagrados de todo o mundo, tem como objetivo aprofundar o conceito de "Igreja sinodal", discutindo formas de fortalecer a comunhão, a participação e a missão. Em um momento marcado por desafios globais, como a guerra e a crise humanitária, o Papa Francisco convoca a Igreja a refletir sobre seu papel no mundo contemporâneo e a buscar um caminho de unidade e paz.

No dia de abertura, o Papa Francisco celebrou a missa na Praça São Pedro, marcando o início oficial da Assembleia. Inspirado pela celebração dos Santos Anjos da Guarda, o Pontífice propôs à reflexão três imagens centrais: a voz, o refúgio e a criança. A escuta da "voz do anjo" simboliza a necessidade de discernimento espiritual, onde a Igreja é chamada a ouvir atentamente as vozes que surgiram ao longo dos três anos de preparação para o Sínodo. Francisco destacou que o caminho sinodal não é um exercício parlamentar, mas sim uma jornada de comunhão.

Ao falar sobre o refúgio, o Papa utilizou a imagem das asas protetoras, simbolizando um espaço de paz e abertura, onde todos são chamados a se expressar com liberdade, sem se fecharem em convicções rígidas. A criança, por sua vez, foi apresentada como um lembrete de que, apesar dos temas complexos e universais que o Sínodo aborda, é essencial manter a humildade e a abertura ao próximo.

CONVITE À ORAÇÃO E JEJUM PELA PAZ
Diante dos conflitos que assolam o mundo, o Papa Francisco fez um apelo global durante a celebração, convocando os fiéis para um dia de oração e jejum pela paz no dia 7 de outubro. Ele também anunciou que, no dia 6, rezará o Santo Rosário na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, convidando os participantes do Sínodo e todos os cristãos a se unirem nessa súplica pela paz.

ABERTURA DOS TRABALHOS SINODAIS
Na tarde de 2 de outubro, foi realizada a Primeira Congregação da Assembleia na Sala Paulo VI. Em seu discurso de abertura, o Papa enfatizou que o Sínodo é um processo de aprendizado, onde a Igreja se conhece melhor e discerne os caminhos pastorais mais adequados à sua missão. "O Espírito Santo é o guia seguro desse processo", afirmou Francisco, destacando que a Igreja deve se libertar de arrogâncias e pretensões de exclusividade na escuta da voz de Deus.

O Cardeal Jean-Claude Hollerich, relator geral do Sínodo, também saudou os participantes e reforçou que a segunda sessão, embora seja uma continuação da primeira, tem um caráter distinto: agora, o foco está em discernir as direções para onde a Igreja deve caminhar como uma "Igreja sinodal missionária".

O PAPEL DOS GRUPOS DE ESTUDO
Uma das inovações desta edição do Sínodo é a criação de dez Grupos de Estudo, que se debruçam sobre temas específicos relacionados à sinodalidade. Entre os tópicos abordados estão o papel das mulheres na Igreja, a evangelização no ambiente digital, o diálogo ecumênico e a relação entre os bispos e o povo de Deus. Esses grupos representam um esforço da Igreja em aprofundar teologicamente e pastoralmente os desafios contemporâneos.

O CAMINHO SINODAL: UNIDADE E DIVERSIDADE
O processo sinodal é um caminho de escuta e discernimento, onde todas as vozes são chamadas a contribuir. O Papa Francisco ressaltou a importância de não transformar as contribuições individuais em "agendas a impor", mas sim buscar a unidade no Espírito Santo. "Somos convidados a exercitar-nos juntos numa arte sinfônica", afirmou o Papa, destacando a diversidade de ministérios e carismas presentes na Igreja.

Com o início da XVI Assembleia Geral Ordinária, a Igreja dá mais um passo em sua busca por renovação e comunhão, reafirmando seu compromisso com uma sinodalidade que não é apenas um método de trabalho, mas um estilo de vida e de missão.

Escrito por Janaina Lima, com informações do Vatican News

03/10/2024

Preservação das Abelhas: Um Alerta para o Futuro do Planeta e a Iniciativa do Colégio Dom Bosco

No Dia Nacional das Abelhas, reforçamos a importância vital desses pequenos insetos para a sustentabilidade do planeta. Responsáveis pela polinização de cerca de 75% das culturas alimentares, as abelhas desempenham um papel crucial na manutenção da biodiversidade e do equilíbrio dos ecossistemas. Contudo, sua sobrevivência está ameaçada por diversas práticas humanas, como o uso excessivo de pesticidas e o desmatamento, o que impacta diretamente a cadeia alimentar e, por consequência, a sobrevivência de todas as espécies, incluindo a humana.

Em resposta a essa emergência ecológica, o Colégio Dom Bosco, em Americana, interior de São Paulo, através de um projeto inovador e transformador. Como parte da Don Bosco Green Alliance, uma iniciativa internacional de promoção da sustentabilidade, os alunos da instituição criaram o projeto "Vamos Polinizar Essa Ideia?", focado na preservação de abelhas nativas sem ferrão, como a Jataí e a Mandaçaia. Essa ação integra esforços globais para proteger a biodiversidade e promover a conscientização ambiental.

O projeto nasceu da observação dos enxames perdidos que se instalavam em locais inadequados dentro do próprio colégio, como pilares e painéis elétricos. Daí surgiu a pergunta: como poderíamos ajudar as abelhas a encontrar "casas mais apropriadas"? A resposta foi a criação de meliponários, espaços especialmente projetados para a criação de abelhas nativas sem ferrão. Assim, o Colégio Dom Bosco se tornou um exemplo de como a educação pode promover a preservação ambiental de forma prática e eficaz.

Mesmo em meio às dificuldades impostas pela pandemia de COVID-19, a iniciativa continuou firme. Estudantes como Théo Cardoso Lusvordes e Pedro Henrique Buzinaro, que já tinham meliponários em casa, trouxeram suas experiências para a escola, enriquecendo as pesquisas e promovendo trocas de conhecimento sobre a importância da preservação das abelhas para o ciclo alimentar.

A dedicação dos alunos e da comunidade escolar foi amplamente reconhecida. Em dezembro de 2021, o projeto foi premiado no Rainforest Kids Challenge, uma competição global alinhada à Agenda 2030 da ONU, focada no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 15: "Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres". Parte dos recursos recebidos foi utilizada para a criação da "Vila do Mel Mamãe Margarida", um espaço no próprio colégio onde cinco colmeias de abelhas sem ferrão foram instaladas, oferecendo um ambiente de estudo e preservação.

O impacto da iniciativa extrapolou os muros do Colégio Dom Bosco, inspirando outras ações na cidade de Americana e na região. A prefeitura local, por exemplo, está em obras para criar o "Jardim das Abelhas", um espaço público que destacará a importância desses insetos e da biodiversidade para toda a comunidade. Além disso, um meliponário foi inaugurado no Centro Ecológico de Santa Bárbara D’Oeste, inspirado diretamente no projeto do colégio.

A preservação das abelhas não é apenas uma questão ambiental; é um passo essencial para a sobrevivência do planeta. O Colégio Dom Bosco, com sua iniciativa pioneira, mostra como a educação e o engajamento das novas gerações são fundamentais para garantir um futuro sustentável e equilibrado para todos nós.

Foto: Vatican News
03/10/2024

Santo André de Soveral e Companheiros Protomártires do Rio Grande do Norte

Festa litúrgica: 3 de outubro. André de Soveral foi o primeiro Santo de São Vicente e discípulo do Padre José de Anchieta. Foi martirizado, em 1645, durante a invasão holandesa, enquanto celebra a Santa Missa, junto com outros 29 companheiros. Ao expirar, balbuciou: “Viva o Santíssimo Sacramento”!

ANDRÉ DE SOVERAL
André de Soveral nasceu em São Vicente, no dia 16 de julho de 1572, de pais portugueses, que lhe transmitiram sólidos ensinamentos cristãos. Deve ter sido batizado na Matriz de São Vicente Mártir, onde recebeu os primeiros Sacramentos e sua Primeira Comunhão.

São Vicente foi a primeira cidade fundada no Brasil, em 1532, por Martim Afonso de Souza. Presume-se que André tenha sido aluno do Padre José de Anchieta, um dos primeiros Jesuítas a chegar à Terra de Santa Cruz, e que tenha estudado no “Colégio Menino Jesus”, fundado por Leonardo Nunes.

No período da ação missionária de São José de Anchieta e Padre José da Nóbrega, André partiu para o Nordeste, onde, em 1597, deu início à evangelização no Rio Grande do Norte, junto outros missionários Jesuítas, provenientes do reino católico de Portugal. Por motivos desconhecidos, deixou a Companhia de Jesus, e se tornou Padre diocesano, em Natal.

MISSÃO EM CUNHAÚ
No Nordeste, Padre André trabalhou em Cunhaú, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, nome do navio de Martim Afonso de Sousa, quando chegou às terras brasileiras. Na época, Cunhaú era um centro econômico de grande importância, por isso chamou a atenção dos holandeses.

De fato, Cunhaú era um povoado de Canguaretama, no Rio Grande do Norte, que se formou em torno de um engenho de cana-de-açúcar, uma das riquezas da região, além de suas minas. Era uma espécie de expansão da produção paraibana e pernambucana na região do Norte, berço econômico da comunidade dos índios Potiguares.

TÁTICA DOS CALVINISTAS
No dia 15 de julho de 1645, chegou a Cunhaú Jacó Rabe, um alemão a serviço do Supremo Conselho Holandês, com sede em Recife, que dizia ser portador de uma mensagem aos habitantes de Cunhaú.

No dia seguinte, domingo, aproveitando a participação de um grande número de colonos da Missa, celebrada pelo pároco, Padre André de Soveral, Jacó Rabe mandou afixar na porta da igreja um edital, convocando todos a ouvir, após a celebração, as ordens do Supremo Conselho. Muitos compareceram, mas uma forte chuva, providencial, impediu que o número fosse maior.

Sabe-se que os holandeses calvinistas, ao chegarem à região, restringiram a liberdade de culto dos católicos e os perseguiram, porque eram contra o Império Português no Brasil.
Naquele domingo, 16 de julho de 1645, muitos fiéis, famílias e outros residentes, dirigiram-se à igrejinha de Nossa Senhora das Candeias. Naturalmente, para cumprir o preceito religioso, não portavam armas, proibidas pelas autoridades holandesas.

MASSACRE EM CUNHAÚ
O Padre André de Soveral começou a celebração Eucarística e, na hora da consagração, ao elevar a hóstia e o cálice, Jacó Rabe mandou fechar todas as portas da igreja. Naquele momento, deu-se início à terrível carnificina, com cenas de grande atrocidade: os fiéis em oração, inermes e indefesos, foram covardemente atacados e assassinados pelos flamengos, com a cumplicidade dos índios Tapuias e Potiguares.

Sabendo o que ia acontecer, os fiéis não se rebelaram, pelo contrário, “entre ânsias fatais, confessaram sua fé em Jesus Cristo, pedindo perdão de suas culpas”.

Enquanto o Padre André “rezava, às pressas, o ofício da agonia”, foi cruelmente atacado pelos Tapuias. No entanto, falando na língua dos indígenas, os exortava a não tocar a sua pessoa e tampouco a profanar as imagens e objetos do altar, para não cometer sacrilégio. Os Tapuias recuaram, mas os Potiguares não quiseram saber de sermões. Então, atacaram o ministro de Deus “despedaçando seu corpo”. O principal autor do cruento assassinato foi o chefe dos Potiguares, Jererera, que, empunhando uma adaga, deu o golpe fatal ao sacerdote.

Este foi o primeiro episódio do massacre dos Protomártires do Rio Grande do Norte.

MASSACRE EM URUAÇÚ
O segundo ataque, por parte dos holandeses Calvinistas e dos índios hostis aos Católicos, deu-se três meses depois, no dia 3 de outubro de 1645.

Aterrorizados pelo que tinha acontecido em Cunhaú, os católicos de Natal procuravam fugir ou se esconder, inutilmente, em abrigos improvisados. Porém, foram pegos, junto com seu pároco, Padre Ambrósio Francisco Ferro, e levados para perto da cidade de Uruaçu, onde os soldados holandeses os aguardavam com cerca de duzentos índios, que tinham grande aversão pelos católicos. O pároco e seus fiéis foram brutalmente torturados e massacrados após bárbaras mutilações.

Conforme os relatos da época, “os índios arrancavam as entranhas e cortavam as cabeças, pernas e braços das suas vítimas”.

GRUPO DOS MÁRTIRES INDIVIDUADOS:
Padre André de Soveral e Domingos Carvalho, mortos em Cunhaú; Padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira, Antônio Vilela, com sua filha; José do Porto, Francisco de Bastos, Diogo Pereira, João Lostão Navarro, Antônio Vilela Cid, Estêvão Machado de Miranda e duas filhas; Vicente de Souza Pereira, Francisco Mendes Pereira, João da Silveira, Simão Correia, Antônio Baracho, João Martins e sete companheiros; Manuel Rodrigues Moura e sua esposa; uma filha de Francisco Dias, mortos em Uruaçu.

PROTOMÁRTIRES DO BRASIL
Padre André de Soveral e seus 29 Companheiros mártires do Rio Grande do Norte, foram sacrificados pela intolerância religiosa, pela perseguição contra a fé católica e a fé na Eucaristia.

Padre André de Soveral, herói e mártir de Cunhaú, foi beatificado em 5 de março de 2000 e canonizado, no dia 15 de outubro de 2017, na Praça de São Pedro, pelo Papa Francisco.
A Igreja celebra, no dia 3 de outubro, a festa litúrgica dos Protomártires do Brasil: Padre André de Soveral, Padre Ambrósio Francisco Ferro, o leigo Mateus Moreira e outros 27 Companheiros mártires.

Fonte: Vatican News

Foto: Rede Salesiana Brasil - Acervo do Projeto Escola [h(i²)a²q]
03/10/2024

Conheça o novo projeto da RSB - Escola [h(i²)a²q]

O mês de setembro marcou o início das atividades presenciais da Escola Humanista, Inteligente, Inovadora, com Aprendizagem de Alta Qualidade, ou Escola [h(i²)a²q], o novo projeto da Rede Salesiana Brasil (RSB) que visa impulsionar e potencializar as escolas salesianas do país. A iniciativa conta com o Gestor Educacional, Anderson Leal, à frente das ações, o qual já visitou duas escolas de Manaus (AM) para os primeiros diagnósticos. “Os grandes objetivos são fortalecer a nossa identidade carismática, intensificar ainda mais uma aprendizagem de alta qualidade e qualificar os processos de gestão de cada unidade. A visita inicial para diagnóstico já aconteceu em duas unidades da cidade de Manaus (AM), o Centro Educacional Santa Teresinha e o Colégio Dom Bosco – Centro, mas o trabalho de análise diagnóstica através de pesquisas e estudo da realidade local, de maneira remota, já está acontecendo em mais 11 unidades”, conta Anderson.

De acordo com o Gestor Educacional, as equipes das escolas que já estão participando do projeto têm demostrado grande envolvimento com as propostas, permitindo uma boa fluidez dos processos. “É visível que todas as equipes estão muito empenhadas em fazer com que o carisma salesiano e a aprendizagem de alta qualidade aconteçam. Temos colaboradores muito envolvidos e que têm plena consciência da nossa missão nestes lugares, porém, também temos grandes desafios, como por exemplo, o de tornar mais conhecido todo o excelente trabalho desenvolvido em cada unidade para que mais famílias possam ter a oportunidade de matricular seus filhos nas escolas salesianas”, conta Anderson. “Estamos muitos esperançosos de que o Projeto contribua com estas questões. Queremos escolas que de fato somem em rede, com o carisma salesiano presente em cada ação e com excelentes resultados pelos nossos alunos. Queremos que quando as famílias olhem para uma escola salesiana, mesmo sem entrar na estrutura, já tenham em mente tudo o que é oferecido, por termos a mesma identidade. Sabemos que o projeto poderá nos ajudar nesta grande tarefa”, completa.

Confira alguns depoimentos de quem já está participando do projeto Escola [h(i²)a²q]:

“O projeto [h(i²)a²q] traz grandes expectativas para o Colégio Dom Bosco, pois visa fortalecer o carisma e o desenvolvimento institucional das escolas salesianas. Acreditamos que esse projeto será um catalisador para aprimorar ainda mais a nossa prática educativa, promovendo uma formação integral e de excelência para nossos alunos. Agradecemos à equipe da RSB pela presença e apoio, que certamente contribuirá para o sucesso dessa iniciativa transformadora em nossa comunidade escolar”.

Sandra Elaine Siqueira Corrêa, Diretora Pedagógica do Colégio Dom Bosco – Centro

"Superou o que estava pensando quando escutei a proposta.  O melhor foi perceber algo sendo construído por todos os envolvidos na gestão da escola.  Este projeto me trouxe muita esperança e inovação na ação educativa pastoral do CEST."

Ir. Magda da Costa Marcelino, Diretora Financeira do Centro Educacional Santa Teresinha – Manaus (AM)

PRÓXIMOS PASSOS
Apesar de, inicialmente, contemplar 17 instituições de ensino, o Projeto Escola [h(i²)a²q] tem a intenção de abranger todas as escolas da Rede Salesiana Brasil. “Este é só o início! Temos muito trabalho pela frente! Queremos, com os passar dos anos, levar o projeto para as quase 100 unidades no Brasil, mas por sua robustez estamos iniciando com 17 unidades e aos poucos agregaremos as outras”, conta Anderson. “Gostaria de agradecer a todos os que estão nos acolhendo, pela confiança no trabalho em rede. Tenho a certeza de que juntos e com o olhar na mesma direção, chegaremos muito longe”, conclui.

Escrito por Janaína Lima / Fotos: Rede Salesiana Brasil - Acervo do Projeto Escola [h(i²)a²q]

Fotos: Inspetoria São João Bosco
03/10/2024

Parceria internacional potencializa ações sociais no Jacarezinho 

No dia 2 de setembro, a unidade salesiana localizada no Jacarezinho teve a honra de receber Markus Burri, Diretor da Jugendhilfe Weltweit (Vereinigung Don Bosco Werk). A visita marcou um momento crucial para o fortalecimento das ações sociais desenvolvidas na comunidade, especialmente por meio do projeto "Ressignificando Sonhos".

Acompanhado pelo Inspetor da Inspetoria São João Bosco, Pe. Natale Vitali Forti, e o Ecônomo, Pe. Moacir José Scari, Markus participou de uma reunião com a equipe de gestores do Centro Inspetorial e representantes locais. Estiveram presentes também membros das empresas Arphos e Gerpro, além do Pe. Anselmo Nascimento e do Irmão Geraldo Aleixo. O encontro teve como pauta principal a revitalização das estruturas físicas da unidade, uma intervenção essencial que promete impactar diretamente a qualidade pedagógica e ampliar o alcance dos serviços prestados à comunidade.

IMPACTO SOCIAL NA COMUNIDADE DO JACAREZINHO

Atualmente, a instituição salesiana do Jacarezinho oferece educação básica regular para 412 crianças e adolescentes, além de atender 170 educandos por meio do projeto Oratório Festivo Dom Bosco, também conhecido como Escola Socioesportiva, que conta com o apoio da Fundação Real Madrid. As atividades desportivas, culturais e de lazer acontecem nos fins de semana, reforçando o compromisso da obra salesiana com o desenvolvimento integral dos jovens.

Outro pilar dessa presença é a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, única igreja católica da comunidade, que realiza um trabalho significativo de evangelização e apoio espiritual. Com mais de 54 anos de história no Jacarezinho, a obra salesiana desempenha um papel fundamental no fortalecimento social e educacional da região.

O projeto "Ressignificando Sonhos" visa não apenas modernizar as instalações da unidade, mas também implementar acessibilidade, promovendo a inclusão de pessoas com mobilidade reduzida e integrando práticas sustentáveis. Essas ações reforçam o compromisso da obra com a eficiência nas atividades e o impacto positivo na comunidade local.

Essa parceria estratégica com a Jugendhilfe Weltweit é um passo importante para a continuidade e expansão das ações sociais salesiana local.

Fonte: Inspetoria São João Bosco

 

Foto: Divulgação
02/10/2024

Integral Bilíngue do Colégio Castelo é destaque no Best Experience 2024

As Coordenadoras Amanda Teski e Rosilene Erbe, do Instituto Nossa Senhora da Glória (INSG/Castelo), em Macaé (RJ), participaram da edição 2024 do Best Experience, o maior evento de educação bilíngue do mundo, promovido pela International School (IS), em São Paulo.

Com uma proposta imersiva e inovadora, o encontro reuniu diretores, professores e gestores das principais escolas privadas do Brasil, oferecendo uma experiência transformadora que combinou educação e entretenimento, marcando o início da chamada "segunda revolução bilíngue".

Amanda Teski destacou a singularidade do evento. “A Best foi diferente de todos os eventos que já participamos ao longo destes anos de parceria com a IS. A proposta incluiu o uso de ferramentas de inteligência artificial no ensino e um olhar especial para a saúde mental de alunos e famílias”, explica Amanda, que ressaltou sugestões para integrar os conteúdos, expandindo o ambiente bilíngue para além das salas de aula.

O Best Experience 2024 contou com palestrantes renomados, como Viviane Mosé e Murilo Gun, além de experiências sensoriais, gastronômicas e musicais. "Fomos recebidas em um ambiente de sonhos e imaginação. Todas as atividades visavam aplicar essas vivências no ambiente escolar, tornando o aprendizado mais dinâmico e envolvente", acrescentou Amanda.

Outro destaque foi a homenagem recebida das mãos de Ulysses Cardinot, CEO e fundador da International School, que reconheceu a longa parceria entre o colégio e o programa bilíngue. “É um grande orgulho para nós receber esse reconhecimento, que reforça a trajetória bem-sucedida do Colégio Castelo no ensino bilíngue”, concluiu Amanda.

O Best Experience também apresentou iniciativas inovadoras, como a plataforma global de Edutainment, IS Max, e novos projetos de imersão internacional, reafirmando o compromisso da International School em liderar a educação bilíngue no Brasil e proporcionar vivências transformadoras aos estudantes.

Escrito por Alysson Nogueira

Foto: Divulgação
02/10/2024

Já está disponível o Documento final do Sínodo Salesiano dos Jovens

Em Valdocco e no Colle Don Bosco, locais que testemunharam tanta história e fidelidade salesiana, o Sínodo Salesiano dos Jovens estudou uma proposta para todo o mundo salesiano. O estudo foi realizado por 375 pessoas, na sua maioria jovens de 94 nacionalidades, jovens e moças com idade média de 23 anos, vindos de muitas nações, com culturas e línguas diferentes, mas todos com a mesma Fé e o mesmo intenso empenho no trabalho iniciado por Dom Bosco.

Graças ao trabalho dos “círculos menores”, ou grupos linguísticos, e da Assembleia, foi elaborado o Documento Final, que já se encontra à disposição de todos. O documento aborda a realidade dos jovens, do mundo e da Igreja, identificando as percepções, emoções e expectativas dos jovens e estimula à reflexão serena e aberta dos agentes pastorais: “O que precisamos mudar para que os jovens passem de espectadores a protagonistas na Igreja e na sociedade? O que os jovens pensam, sentem e querem?”.

“Talvez devêssemos aproveitar deste momento sinodal para pensar em uma pastoral mais mistagógica, que eduque para a interioridade e desperte a experiência de Deus em cada momento, que ajude a descobrir a própria vocação e priorize o acompanhamento pastoral”, diz o Conselheiro Geral para a Pastoral Juvenil Salesiana, Pe. Miguel Ángel García Morcuende.

As propostas do Documento Final aprofundam a experiência da Espiritualidade Juvenil Salesiana em uma dimensão internacional, transformando estas páginas numa grande celebração do caminho de evangelização empreendido em todo o mundo salesiano, além de ajudar a descobrir o coração dos jovens para encontrar aquelas vibrações do Espírito que ajudam a criar novos caminhos e fontes de Fé. “Não há nada nas culturas juvenis que não ressoe em nossos corações”, reitera o Pe. García Morcuende.

No final desses dias de graça, os membros do Setor para a Pastoral Juvenil podem dizer que estiveram presentes num encontro com a história. “Estivemos presentes num momento inesquecível – explicam. No Sínodo, fomos acompanhados pelo sol de verão e pela luz daquele outro Sol que nasce do alto e que recebemos todos os dias na Eucaristia”.

Foi bom constatar que os jovens querem empreender a bela aventura de levar seus companheiros e amigos a Jesus, com quem compartilham grandes ideais, lutas e derrotas na busca pelo advento da civilização do amor, da solidariedade e da paz.

Nos diálogos para chegar a estas conclusões, foi possível constatar a diversidade das culturas, das realidades juvenis e da Igreja, mas também a unidade que o carisma de Dom Bosco oferece, proporcionando uma identificação com os mesmos modos de assumir a vida e a Fé. Ver a participação, a compreensão, o trabalho, o discernimento e a partilha de muitos momentos de reflexão, cultura, oração e proposta, foi motivo de grande alegria.

Confira do Documento Final em língua portuguesa clicando aqui.

Fonte: Agenzia Info Salesiana (ANS)

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01/10/2024

Em Rede por meio da Música no Dia Internacional da Música

O Dia Internacional da Música, celebrado em 1º de outubro, é uma homenagem à arte que transcende barreiras culturais, sociais e linguísticas. Instituída em 1975 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a data visa promover a paz e a amizade por meio da música, destacando o poder desse patrimônio cultural para unir pessoas e fortalecer a identidade humana.

A música, com sua linguagem universal, é capaz de evocar emoções profundas, proporcionar alívio em momentos difíceis e enriquecer a vida cotidiana. Além disso, exerce um papel fundamental na formação intelectual e emocional das pessoas, especialmente no ambiente escolar.

A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA ESCOLA
No contexto educacional, a música tem se mostrado uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento integral dos estudantes. Segundo especialistas, o ensino de música nas escolas contribui para o desenvolvimento cognitivo, motor e social das crianças e jovens, além de estimular a criatividade e a capacidade de concentração.

Em várias instituições de ensino, como os colégios salesianos, a música é inserida como parte de uma formação humanística e integral. A música não só enriquece o repertório cultural dos estudantes, mas também promove a socialização e a disciplina, sendo um meio de expressão e de fortalecimento da autoestima. Além disso, estudantes envolvidos com a prática musical tendem a desenvolver habilidades como o trabalho em equipe, essencial em atividades de orquestras e corais.

Conheça algumas ações das escolas salesianas do Brasil que utilizam a música como ferramenta de aprendizado:

Orquestra Salesiana prepara apresentação para o Theatro Municipal do RJ

Estudante Salesiana toca no Rock In Rio Lisboa 2024

Conheça a composição “Quero Sonhar”

Vem aí “O Sonho que faz Sonhar”

 

MÚSICA: TRANSFORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
Além do impacto no ambiente escolar, a música também tem um efeito profundo na vida pessoal de cada indivíduo. Estudos comprovam que ouvir música pode reduzir o estresse, melhorar o humor e até mesmo contribuir para a recuperação de pacientes em tratamentos médicos. A música também é um canal para a expressão de emoções e sentimentos, facilitando a comunicação de experiências que, muitas vezes, não são facilmente traduzidas em palavras.

No contexto social, a música tem o poder de unir pessoas, quebrando barreiras e promovendo a inclusão. Movimentos musicais ao longo da história foram fundamentais em diversas lutas sociais e culturais, reforçando a capacidade da música de ser um instrumento de transformação.

Conheça algumas ações das obras sociais salesianas do Brasil que utilizam a música como ferramenta de transformação:

‘Camerata Jovem ASCP’ realiza primeira apresentação do projeto cultural

Alunos do projeto cultural Salesiano realizam apresentação de danças urbanas

ODIP e o Espetáculo Dançante CulturArte 2023

Orquestra Salesiana celebra conquista cultural e recebe visita especial de FMA

 

EM REDE POR MEIO DA MÚSICA

A Rede Salesiana Brasil (RSB), promovendo o ensinamento de seu fundador que diz que “uma casa salesiana sem música é como um corpo sem alma”, entende o poder de união que a música proporciona. Neste sentido, e fortalecendo o trabalho em prol das juventudes do país, também a RSB se engaja em produções musicais que promovam a paz, a fraternidade, o cuidado com o outro e com a Casa Comum e o fortalecimento da missão salesiana.

Conheça algumas músicas:

“Somos Rede” - Um hino nascido no Encontro Nacional da RSB 

Campanha União Pela Vida

Álbum Madre Mazzarello

Conheça o Hino Oficial em celebração aos 25 anos da Rede América Social Salesiana

Conheça o perfil oficial da Rede Salesiana Brasil no Spotify e nas principais plataformas de streaming.

Neste Dia Internacional da Música, a reflexão que se propõe é sobre o quanto essa arte torna as pessoas mais humanas e como sua presença nas escolas e na vida diária pode moldar um futuro mais harmônico, solidário e criativo. Celebrar a música é, de certa forma, celebrar a vida em todas as suas nuances.

Escrito por Janaína Lima

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30/09/2024

O Dia da Bíblia e a Celebração de São Jerônimo

Setembro é um mês especial para a Igreja Católica, dedicado à Bíblia e à reflexão sobre a importância da Palavra de Deus na vida dos cristãos. O ápice desta celebração acontece no dia 30 de setembro, quando se comemora o Dia da Bíblia e o Dia de São Jerônimo, reconhecido como o primeiro grande tradutor das Escrituras.

A escolha de setembro como o Mês da Bíblia no Brasil está intimamente ligada à memória de São Jerônimo, cuja dedicação incansável à tradução dos textos sagrados do hebraico e grego para o latim resultou na célebre versão conhecida como Vulgata. Este trabalho, realizado ao longo de mais de 40 anos nas grutas próximas à Basílica da Natividade, em Belém, foi um marco fundamental para a disseminação da Bíblia no mundo ocidental. A Vulgata se tornou, por muitos séculos, a versão oficial utilizada pela Igreja Católica, e a primeira Bíblia impressa por Gutenberg, em 1456, foi justamente uma edição da tradução de São Jerônimo.

São Jerônimo não apenas traduziu a Bíblia, mas também abriu caminhos para que a Palavra de Deus chegasse a mais pessoas, em sua própria língua. Esta missão de tornar as Escrituras acessíveis a todos continua viva até os dias de hoje. Atualmente, a Bíblia está completamente traduzida para 733 idiomas e, parcialmente, para mais de 2.800. Ainda assim, há um longo caminho pela frente. Organizações como a Federação Mundial das Sociedades Bíblicas trabalham arduamente para que, até 2038, a Sagrada Escritura esteja disponível em outras 1.200 línguas, levando a Palavra de Deus a povos e comunidades que ainda não a possuem em sua língua materna.

No Brasil, o Mês da Bíblia de 2024 tem como foco o Livro de Ezequiel, e a reflexão proposta é inspirada pelo lema “Porei em vós meu espírito e vivereis” (Ez 37,14). Segundo Dom Leomar Antônio Brustolin, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, este mês é uma oportunidade para que as comunidades, em espírito de sinodalidade, se aprofundem na Palavra de Deus, iluminadas pelo exemplo do profeta Ezequiel. O objetivo é que as Escrituras não apenas sejam conhecidas, mas vividas no cotidiano dos fiéis, gerando testemunhos autênticos e comprometidos com o Evangelho. Além disso, o estudo e a leitura orante da Bíblia, especialmente durante este mês, são vistos como uma preparação para o Jubileu de 2025, que será marcado pelo convite do Papa Francisco para que os cristãos sejam "peregrinos da esperança". A caminhada bíblica deste ano visa fortalecer a fé e a esperança em tempos de desafios, resgatando a proximidade com Deus por meio da escuta atenta e orante de sua Palavra.

A celebração de setembro como o Mês da Bíblia, portanto, não é apenas uma homenagem ao feito monumental de São Jerônimo, mas também um convite à reflexão sobre o poder transformador da Palavra de Deus na vida pessoal e comunitária. Ela nos lembra que, assim como São Jerônimo dedicou sua vida à tradução das Escrituras para o latim, ainda há muito a ser feito para que todos os povos do mundo possam ter acesso à Bíblia em sua própria língua, entendendo e experimentando as maravilhas divinas de forma plena e pessoal.

Escrito por Janaína Lima, com informações de Aleteia, Vatican News, CNBB e IHU

Foto: Flickr Salesianas BAP
30/09/2024

3ª Assembleia Inspetorial encerra Visita Canônica de quatro meses

De 26 a 28 de setembro, a Inspetoria Nossa Senhora Aparecida (BAP), com sede em São Paulo (SP), realizou a sua 3ª Assembleia presencial.

A Assembleia marcou um momento importante na história da BAP. Criada em fevereiro de 2021, a BAP acolheu neste ano, durante quatro meses, a sua primeira Visita Canônica. Esta visita que é uma prática no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), e que acontece a cada seis anos, foi conduzida por Irmã Paola Battagliola, Conselheira Geral das FMA, que esteve na Inspetoria enviada pela Madre Geral, Irmã Chiara Cazzuola.

Portanto, a Assembleia Inspetorial da BAP contou com a presença de Irmã Paola Battagliola e marcou de forma magistral a conclusão da Visita Canônica.

Participaram da 3ª Assembleia presencial da BAP, 103 Irmãs representando as 24 comunidades da Inspetoria, distribuídas nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Também participaram do evento, Irmã Silvia da Silva, diretora executiva da Rede Salesiana Brasil (RSB) e Irmã Adair Sberga, Reitora do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora, de Campos dos Goytacazes (RJ).

Nos três dias de Assembleia, as Irmãs se deixaram orientar pelo tema “Vislumbrar o futuro por entre as dobras escondidas do presente. Reconhecer e agradecer!”.

Momento central da Assembleia foi a apresentação do relatório final da Visita Canônica, conduzido pela Conselheira Geral. As Irmãs contribuíram com ressonâncias e perguntas, destacando em suas falas o quanto foi claro e detalhado o relatório, desenhando bem o “rosto” da Inspetoria, identificando desafios, oportunidades e avanços na vida e na missão das comunidades educativas da BAP.

Outro momento muito especial desta Assembleia foi a comemoração dos aniversários de Profissão Religiosa de 26 Irmãs da BAP. Nem todas puderam estar presentes na celebração devido às distâncias e também à idade. Duas FMA celebraram 80 anos de pertencimento ao Instituto das FMA, quatro festejaram seus 70 anos, outras 10 celebraram 65 anos de consagração religiosa e outras cinco, 60 anos. Junto com as quatro FMA que celebraram as Bodas de Ouro também foi contemplada Irmã Paola Battagliola que, no dia 5 de agosto, celebrou 50 anos de Profissão Religiosa. Uma FMA, Irmã Érika K. Okuma celebou Bodas de Prata, ou seja, 25 anos como Irmã Salesiana.

O curioso desta celebração é que, somando os anos de Vida Religiosa de todas as Jubilandas, chega-se ao resultado de 1.600 anos, ou seja, 16 séculos de fidelidade e de histórias de vida.
As comemorações aconteceram no palco do Teatro do Colégio de Santa Inês e as Jubilandas presentes foram convidadas a ocupar a “Cadeira do Sonho concretizado”, partilhando com as demais um pouco de sua história de vida. Algo inesperado aconteceu: um vídeo-mensagem de Madre Chiara Cazzuola, cumprimentando pelo nome as Jubilandas, abrilhantou o momento e deixou todas muito felizes! Entre fotografias antigas e atuais, slogan de profissão, música e depoimentos, houve também uma apresentação “surpresa” de dois estudantes do Instituto Madre Mazzarello, Leonardo e Matheus, que interpretaram a música “My Way”, de Frank Sinatra.

Em seguida, houve a Celebração Eucarística presidida pelo Salesiano Padre Alexandre Luís de Oliveira, Inspetor da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora, de São Paulo. Nela, as Jubilandas presentes renovaram o compromisso religioso, e as demais, acompanharam a Missa por meio das mídias sociais da BAP.

E como já é tradição, após os festejos, as participantes da Assembleia se reuniram para apreciaram um espetáculo teatral – «Um sonho que nos faz construir um “hoje” gerador de vida», escrito e interpretado por Irmã Luana Oliveira e um grupo de estudantes do Colégio do Carmo, de Guaratinguetá (SP).

No segundo dia da Assembleia (27), as FMA da BAP puderam ouvir a contribuição de Irmã Maria Inês Ribeiro, da Congregação das Irmãs Mensageiras do Amor Divino, que abordou o tema “Vida Religiosa Consagrada, hoje”. Após as reflexões apresentada pela religiosa, as Irmãs se encontraram em grupos para identificaram as convergências e ideias fortes tanto do Relatório da Visita Canônica quanto da palestra da assessora.

Os trabalhos do dia foram concluídos com a Celebração Eucarística em ação de graças pela vida da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida, presidida pelo Salesiano Padre Edson Donizetti. Nesta celebração, as Irmãs puderam manifestar sua gratidão pelo serviço e presença de Irmã Alaíde Deretti, Inspetora da BAP. Para concluir a jornada, as Irmãs do Conselho Inspetorial dinamizaram um momento de distensão, que culminou com a abertura da tradicional “Sala dos Presentes”, onde foram expostos trabalhos artísticos e manuais realizados pelas FMA nas diferentes comunidades.

O terceiro dia da Assembleia teve início com a Celebração Eucarística, presidida pelo Salesiano Padre Maurício Tadeu de Miranda. Em seguida, as Irmãs se encontraram para receber as orientações quanto aos trabalhos em grupos, tendo como ponto de partida tudo o que já havia sido compartilhado nos dias anteriores e mais dois eventos importantíssimos em nível eclesial e congregacional: o Jubileu da Esperança – “Peregrinos da Esperança” – e o triênio de preparação para os 150 anos da primeira Expedição Missionária (2024-2027), cujo tema é “Este é o momento de reavivar o fogo – 150º aniversário das missões FMA”.

Durante a Assembleia Inspetorial, além de momentos celebrativos, de reflexões e de oração, as Irmãs puderam avaliar o caminho da BAP percorrido até 2024 e compartilhar os encaminhamentos para 2025, que será um ano muito significativo. Nele acontecerá a Avaliação Trienal, que é uma avaliação proposta pelo Instituto das FMA, em nível mundial, a fim de verificar o caminho percorrido desde o último Capítulo Geral (2021), já pensando na realização do próximo, previsto para 2027, em Roma (Itália).

A 3ª Assembleia presencial da BAP foi concluída com a palavra da Inspetora, Ir. Alaíde Deretti, que em sua mensagem retomou o tema da Assembleia e afirmou: «Espero que os meses que nos separam do final de mais um ano sejam vividos – por todas – com audácia e gratidão, com vontade de reinventar o que somos, reinventar o nosso jeito de sermos comunidade, de sermos FMA, de sermos consagradas, felizes, amantes da nossa vocação, para que possamos ser significativas e geradoras de fraternidade e comunhão, respeitando e abraçando nossas diferenças. Porque as nossas diferenças formam um mosaico de beleza e de harmonia».

Antes de se dissolver a Assembleia, as Irmãs puderam expressar ressonâncias sobre o andamento dos três dias de trabalho e encontro, vivenciando também uma celebração de envio, marcada pelas palavras “gratidão”, “reconhecimento”, “acolhida”, “cuidado”, “escuta”, “presença”. Nesta celebração, Irmã Paola Battagliola e Irmã Alaíde Deretti ungiram as diretoras, e estas repetiram este significativo gesto para com as Irmãs de suas comunidades.

No domingo (29), Irmã Paola Battagliola despediu-se da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida e partiu para Roma, onde lhe aguardam outros trabalhos dentro de sua missão de Conselheira Geral Visitadora. Antes de viajar, ela deixou uma última mensagem: «Queridas Irmãs, trago em meu coração a beleza de uma visita canônica que tocou minha existência. Louvo e agradeço ao Senhor pelo que experimentei de bondade, de proximidade e de amor fiel ao nosso carisma salesiano! Desejo que realizem o sonho de construir comunidades vocacionais, onde emana um testemunho alegre e contagiante, para despertar nos jovens a beleza de uma vida doada a Deus e à missão. Permaneço no grupo (n.d.r. grupo de WhatsApp) com grande alegria para acompanhar sua caminhada nesta amada BAP. Com muitas saudades, um grande abraço a cada uma».

Fonte: Inspetoria Nossa Senhora Aparecida 

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