Notícias

28/10/2024

Começou a Jornada Formativa das Coleções Rotas e Passaporte

De 28 a 31 de outubro, a Rede Salesiana Brasil (RSB), em parceria com sua editora, a Edebê Brasil, promove a Jornada Formativa das Coordenações Pedagógicas do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio, em Aparecida (SP), com o objetivo de contribuir para a qualificação das Coordenações Pedagógicas, com ênfase na formação continuada dos professores, para tornar mais efetivo o trabalho com os materiais didáticos das Coleções Rotas e Passaporte.

A Jornada Formativa é uma iniciativa que evidencia o compromisso inabalável da RSB e da Edebê com a educação de qualidade e a formação continuada das equipes gestoras e docentes das escolas salesianas do Brasil.

Para o Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior, Diretor Executivo da RSB e Diretor Geral da Edebê, “A Jornada Formativa Rotas e Passaporte para o Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio é um momento importante, não só para coroar o ano com todas as formações das jornadas realizadas junto às Coordenações Pedagógicas das nossas escolas da Rede Salesiana do Brasil, mas também um momento de encontro, para que possamos traçar diretrizes e atualizar a formação dos Coordenadores. É essencial que o processo de formação dos Coordenadores ajude a aprimorar cada vez mais a perspectiva salesiana nas obras onde estamos presentes no Brasil.”

Durante toda a formação, serão abordados temas identificados como prioritários nas escutas das Coordenações Pedagógicas. Os participantes terão a oportunidade de conhecer em detalhes as soluções e recursos do Ecossistema Edebê, além das iniciativas da Editora Edebê em relação às atualizações e futuras ações para as Coleções Rotas e Passaporte. Além disso, o evento promoverá debates, reflexões, partilhas e construções colaborativas.

Os participantes foram recepcionados no Hotel Rainha do Brasil para o almoço. A abertura foi conduzida pela Diretora Executiva da Rede Salesiana Brasil, Ir. Silvia Aparecida da Silva. “Estamos, neste ano, realizando as jornadas formativas presenciais com as Coordenações dos diferentes segmentos das nossas escolas. Minha expectativa para a Jornada Rotas e Passaporte é que possamos aproveitar esses momentos ricos de aprendizado e trocas de saberes para reforçar ainda mais a certeza de que juntos(as) podemos fazer a diferença no mercado educacional, a partir da proposta pedagógica salesiana.”

Também tivemos importantes contribuições do Coordenador das Escolas da Inspetoria São Pio X, Pe. Leandro Brum, juntamente com a Gestora Pedagógica da mesma inspetoria, Ana Cristina Sofiati, e a Assessora Pedagógica da RSB, Maria Leoneide. O dia foi dedicado ao tema “Currículo da RSB: Referencial Institucional para as Práticas Pedagógicas”.

“Essa primeira parte da fala de hoje, sobre os documentos institucionais, busca resgatar basicamente aquilo que nos embasa filosoficamente, ou seja, a concepção da educação da Igreja Católica com nossos documentos institucionais, pastorais, salesianos e o nosso currículo nacional, fruto das reflexões feitas e construídas com todos os nossos diretores e coordenadores”, ressalta o Pe. Leandro Brum.

Foto: Escola Salesiana São José, Campinas (SP)
27/10/2024

Estudantes Salesianos são destaque na 18ª edição da MOBFOB

Os estudantes do Ensino Médio da Escola Salesiana São José, em Campinas (SP), que participaram da 18ª Mostra Brasileira De Foguetes (MOBFOG), demonstraram um excelente desempenho em seus lançamentos. Esse sucesso os levou a participar da 57ª Jornada de Foguetes, realizada em Barra do Piraí (RJ).

O evento contou com uma programação rica, incluindo palestras e oficinas tanto para os estudantes quanto para o professor responsável. Além disso, os alunos realizaram novas apresentações e lançamentos de foguetes. Nossas equipes brilharam e, além de adquirirem novos conhecimentos e vivenciarem experiências marcantes, trouxeram para casa o troféu de bicampeões de ouro pelo segundo ano consecutivo e o troféu de vice-campeões de prata. 
 
A OLIMPÍADA 
A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) são eventos abertos à participação de escolas públicas ou privadas, urbanas ou rurais. Podem participar das olimpíadas estudantes do primeiro ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio. Estudantes de ensino superior também são aceitos na MOBFOG.

Fonte e fotos: Equipe de Comunicação e Marketing da Escola Salesiana São José, Campinas (SP)

Foto: Salesianos Bahia
26/10/2024

Estudante Salesiano Representa o Brasil no Mundial de Karatê

Aos 17 anos, Christian de Oliveira, estudante dos Salesianos Bahia, está prestes a viver uma das maiores experiências de sua vida: representar a Bahia e o Brasil na Gymnasiade, o maior evento esportivo escolar do mundo. Com mais de 5 mil atletas de 80 países competindo em 26 modalidades, o campeonato, que será realizado no Bahrein, pequeno estado insular do Golfo Pérsico, promete ser uma jornada inesquecível para o jovem carateca.

Animado para o desafio, Christian compartilha sua alegria de competir no Mundial: “É muito gratificante poder estar representando meu estado e meu país mais uma vez em um campeonato internacional. Estou muito feliz e ansioso para viver essa experiência incrível”.

A preparação para uma competição desse nível exige um equilíbrio entre os estudos e a intensa rotina de treinos, algo que tem sido uma verdadeira prova de resistência, mas que ele vem administrando com disciplina. Christian começa o dia bem cedo, antes do sol nascer. “Acordo às 04h30 para ir à academia fazer o preparo físico e logo depois sigo para a escola. Estudo até 12h, e duas vezes na semana até às 17h”, relata. À noite, ele conta que entre uma e duas horas são dedicadas exclusivamente ao treino de karatê, além de mais horas extras de estudo para o último ano no Liceu Salesiano do Salvador.

Conciliar essa rotina não é fácil, ainda mais em um ano letivo decisivo. “É bastante desafiador, ainda mais pelo fato de ser meu último ano de Colégio [Liceu], mas nada que seja impossível”, brinca ele, com o bom humor.

O KARATÊ E A PRESSÃO DE UMA COMPETIÇÃO MUNDIAL
Para Christian, o karatê é uma filosofia de vida que vai além de um esporte. “A combinação de disciplina física, mental e espiritual torna o karatê ‘único’ em comparação a outros esportes. É um esporte que promove respeito, autocontrole e perseverança”, explica.

Diante da expectativa de enfrentar atletas de outros países que enviam grandes delegações, Christian reconhece o desafio, mas se mantém firme. “Aquele friozinho na barriga é certo, mas acredito que vou me sair bem, sem deixar a pressão tomar conta. Com certeza darei o meu melhor”, diz o jovem atleta bastante confiante.

CONFIANÇA E APOIO FAMILIAR
O suporte motivacional da família e dos amigos, segundo ele, tem sido crucial ao longo da preparação. “Sempre tive o apoio de todos, e isso é muito importante para mim. Uso isso como motivação”, afirma.

Ele também faz questão de reconhecer a contribuição de seus professores nesse processo, especialmente os professores de matemática, Fábio Leal, e de história, Igor Mascarenhas, que acompanham de perto sua trajetória. “Eles sempre me apoiam e perguntam como estou indo nos treinos. Isso faz toda a diferença”.

O PESO DE REPRESENTAR O BRASIL NO MUNDO
Participar de uma competição internacional de prestígio como a Gymnasiade é uma responsabilidade que Christian encara com orgulho. Ele vê na oportunidade uma chance de mostrar suas habilidades e o espírito de superação dos atletas brasileiros no tatame. “Participar de um campeonato com essa grandeza é uma experiência gigantesca. Vou aproveitar bastante cada momento”, afirma.

Christian embarcou para o Bahrein, no Oriente Médio, no domingo (20), com a determinação de fazer história. Os Salesianos Bahia e toda a comunidade escolar estão na torcida, e desejam sucesso ao atleta, e quem sabe, o retorno com a tão almejada medalha de ouro.

Confira a mensagem especial que Christian deixou antes de embarcar para o Mundial. Clique aqui e assista

Fonte: Inspetoria Salesiana São Luiz Gonzaga

Foto: Vatican Media
25/10/2024

Reflexões e Desafios da Semana Final do Sínodo sobre a Sinodalidade

Na última semana da Assembleia Sinodal sobre a Sinodalidade, marcada por momentos de profunda reflexão, os participantes se dedicaram à revisão e aprovação do Documento Final. Este processo contou com uma série de encontros, meditações e conversas que apontaram tanto para os caminhos já percorridos quanto para os desafios futuros da Igreja em sua missão de inclusão e comunhão. Na abertura das atividades, o teólogo Timothy Radcliffe enfatizou a importância da “liberdade interior”, destacando que, ao contrário de um espaço de uniformidade, o Sínodo encoraja um ambiente onde o diálogo, a confiança e o acolhimento das diferenças fortalecem a sinodalidade.

A missa votiva ao Espírito Santo, celebrada na segunda-feira, foi outro momento marcante, conduzido pelo cardeal Mario Grech, que ressaltou a importância de enxergar o encerramento da assembleia como um “novo começo”. Em suas palavras, Grech alertou contra a “ganância de acumular”, incentivando os presentes a verem os frutos deste Sínodo como dons a serem compartilhados e reinvestidos nas comunidades, não como conquistas estagnadas.

Na construção do Documento Final, foram levantadas questões centrais que ilustram os desejos e as tensões internas do processo sinodal. A subsecretária do Sínodo, Irmã Nathalie Becquart, ressaltou o papel essencial das mulheres na Assembleia, cujo engajamento demonstra uma nova fase de integração e fraternidade. Ao mesmo tempo, a inclusão de leigos e jovens e a abordagem crítica contra a guerra foram reafirmadas, evidenciando o compromisso da Igreja com temas contemporâneos que afetam profundamente a comunidade global.

Outro ponto de destaque foi a questão da formação nos seminários, abordada pelo bispo Daniel Ernesto Flores. Ele sublinhou a necessidade de conectar o aprendizado teológico às realidades concretas, como a migração, que, para muitos, se tornou um “problema teológico” urgente. Nesse sentido, a experiência de escuta e presença, central ao espírito sinodal, é vista como um passo fundamental para a formação de líderes que compreendam e respondam às necessidades da sociedade.

Os últimos dias da Assembleia também incluíram debates sobre o papel das conferências episcopais e a autoridade do episcopado, promovendo a reflexão sobre como otimizar as estruturas da Igreja para um modelo sinodal mais horizontal e inclusivo. Segundo o cardeal Robert Francis Prevost, uma das metas é garantir que a liderança episcopal reflita um compromisso com o serviço e o pastoreio, alinhado à missão da Igreja de “ampliar a tenda” para acolher todos os fiéis.

Com o encerramento previsto para este domingo, a conclusão do Sínodo é uma oportunidade de reafirmar um modelo de Igreja aberto ao diálogo e à renovação contínua. O desejo é que os frutos deste encontro se traduzam em ações concretas nas dioceses e comunidades locais, promovendo uma espiritualidade sinodal viva e uma Igreja em constante transformação.

Escrito por Janaína Lima, Analista de Comunicação da Rede Salesiana Brasil, com informações do Vatican News

Foto: Divulgação
25/10/2024

Vem aí a da Jornada Formativa sobre as Coleções Rotas e Passaporte

De 28 a 31 de outubro, Aparecida do Norte (SP) será palco da Jornada Formativa Rotas e Passaporte, uma iniciativa da Rede Salesiana Brasil (RSB) em parceria com a Edebê Brasil, destinada às Coordenações Pedagógicas do Ensino Fundamental Anos Finais e do Ensino Médio das escolas salesianas. Com foco na formação continuada de educadores, o evento abordará práticas pedagógicas e soluções tecnológicas, tendo em vista o fortalecimento do uso das coleções didáticas Rotas e Passaporte nas instituições de ensino.

O primeiro dia de atividades será marcado por uma acolhida feita pelos Diretores Executivos da RSB, Ir. Silvia Aparecida da Silva e Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior, este último também como Diretor Geral da Edebê. Em seguida, a Coordenadora Nacional da Escolas da RSB, Ir. Lucia Jacinta Finassi, e a Gestora Pedagógica da Associação Educacional Irmãs Salesianas de São Paulo, Meily Cassemiro, conduzem o check-in na Jornada, que será seguido pela apresentação do Currículo da RSB: Referencial Institucional para as Práticas Pedagógicas, sob a orientação de Pe. Leandro e Ana Cristina Sofiati, respectivamente Coordenador das Escolas e Gestora Pedagógica da Inspetoria São Pio X, além das reflexões e contribuições da Assessora Pedagógica da RSB, Maria Leoneide Rodrigues, a qual também participou da criação do Currículo da RSB.

No segundo dia do evento, o Gestor Educacional da RSB, Anderson Leal, abordará a integração do socioemocional nas escolas salesianas a partir do tema “Escola em Pastoral: a Salesianidade como base do socioemocional para cuidar das emoções divertidamente”. Renato Rocha, da Litz Consultoria, complementará com uma análise sobre as tendências e desafios do mercado educacional. A programação do dia se encerra com uma tarde cultural em que os participantes contarão com duas visitas: a primeira ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida e a segunda ao Centro Social Salesiano de Pindamonhangaba, onde recentemente foi inaugurada uma réplica da casa de Dom Bosco.

O terceiro dia trará a médica e neuropsicóloga, Leonor Guerra para uma discussão sobre o tema “Neurociência, Prática Pedagógica e Aprendizagem Efetiva”, seguida por uma imersão no ecossistema tecnológico da Edebê, liderada pelo Diretor de Produtos e Serviços da Editora Edebê Brasil, Lauri Cericato, e sua equipe. Os participantes terão a oportunidade de explorar as atualizações da Coleção Rotas e discutir inovações para as práticas em sala de aula.

No último dia, as perspectivas para o Ensino Médio serão apresentadas por Lauri Cericato e a Gestora de Produtos Editoriais da Edebê, Gabriela Palomo Capila de Melo, abordando novos recursos pedagógicos para as coleções didáticas. Anderson Leal e Leoneide Rodrigues encerram as atividades com uma conversa sobre a importância da formação continuada dos educadores.

A Jornada Formativa Rotas e Passaporte promete ser um espaço inspirador para fortalecer o trabalho das Coordenações Pedagógicas, aproximando educadores das melhores práticas e tecnologias para uma educação salesiana ainda mais eficaz.

Escrito por Janaína Lima, Analista de Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Foto: ShutterStock ID 2152059665
25/10/2024

“Amou-nos”, a Encíclica do Papa sobre o Sagrado Coração de Jesus

“'Amou-nos', diz São Paulo referindo-se a Cristo (Rm 8,37), para nos ajudar descobrir que nada ‘será capaz de separar-nos' desse amor (Rm 8,39)”. Assim começa a quarta Encíclica do Papa Francisco, intitulada a partir do incipit “Dilexit nos” e dedicada ao amor humano e divino do Coração de Jesus: “O seu coração aberto precede-nos e espera-nos incondicionalmente, sem exigir qualquer pré-requisito para nos amar e oferecer a sua amizade: Ele amou-nos primeiro (cf. 1 Jo 4, 10). Graças a Jesus, ‘conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele’ (1 Jo 4, 16)” (1).

Conheça o texto da Encíclica na íntegra e em língua portuguesa clicando aqui.

O AMOR DE CRISTO REPRESENTADO EM SEU SANTO CORAÇÃO
Em uma sociedade - escreve o Papa - que vê a multiplicação de “várias formas de religiosidade sem referência a uma relação pessoal com um Deus de amor” (87), enquanto o cristianismo muitas vezes esquece “a ternura da fé, a alegria do serviço, o fervor da missão pessoa-a-pessoa” (88), o Papa Francisco propõe um novo aprofundamento sobre o amor de Cristo representado em seu santo Coração e nos convida a renovar nossa autêntica devoção, lembrando que no Coração de Cristo “encontramos todo o Evangelho” (89): É em seu Coração que “finalmente nos reconhecemos e aprendemos a amar” (30).

O MUNDO PARECE TER PERDIDO SEU CORAÇÃO
Francisco explica que, ao encontrar o amor de Cristo, “tornamo-nos capazes de tecer laços fraternos, de reconhecer a dignidade de cada ser humano e de cuidar juntos da nossa casa comum”, como ele nos convida a fazer em suas encíclicas sociais Laudato Si' e Fratelli tutti (217). E diante do Coração de Cristo, pede mais uma vez ao Senhor “que tenha compaixão desta terra ferida” e derrame sobre ela “os tesouros da sua luz e do seu amor”, para que o mundo, “que sobrevive entre guerras, desequilíbrios socioeconômicos, consumismo e o uso anti-humano da tecnologia, recupere o que é mais importante e necessário: o coração” (31). Ao anunciar a preparação do documento, no final da audiência geral de 5 de junho, o Pontífice deixou claro que este ajudaria a meditar sobre os aspectos “do amor do Senhor que podem iluminar o caminho da renovação eclesial; mas também que podem dizer algo significativo a um mundo que parece ter perdido seu coração”. E isso enquanto as celebrações estão em andamento pelos 350 anos da primeira manifestação do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, em 1673, que se encerrarão em 27 de junho de 2025.

A IMPORTÂNCIA DE VOLTAR AO CORAÇÃO
Aberta por uma breve introdução e dividida em cinco capítulos, a Encíclica sobre o culto ao Sagrado Coração de Jesus reúne, como anunciado em junho, “as preciosas reflexões de textos magisteriais precedentes e de uma longa história que remonta às Sagradas Escrituras, para repropor hoje, a toda a Igreja, esse culto carregado de beleza espiritual”.

O primeiro capítulo, “A importância do coração”, explica por que é necessário “voltar ao coração” em um mundo no qual somos tentados a “nos tornarmos consumistas insaciáveis e escravos na engrenagem de um mercado” (2). E faz isso analisando o que queremos dizer com “coração”: a Bíblia fala dele como um núcleo “que se esconde por detrás de todas as aparências” (4), um lugar onde “não conta o que mostramos exteriormente ou o que ocultamos, ali conta o que somos” (6). Ao coração conduzem as perguntas decisivas: que sentido quero dar à vida, às minhas escolhas e ações, quem sou diante de Deus (8). O Papa ressalta que a atual desvalorização do coração nasce do “racionalismo grego e pré-cristão, do idealismo pós-cristão e do materialismo”, de modo que, no grande pensamento filosófico, foram preferidos conceitos como “razão, vontade ou liberdade”. E não encontrando lugar para o coração, também “não se desenvolveu suficientemente a ideia de um centro pessoal” que pode unificar tudo, ou seja, o amor, (10). Ao invés, para o Pontífice, é preciso reconhecer que “eu sou o meu coração, porque é ele que me distingue, que me molda na minha identidade espiritual e que me põe em comunhão com as outras pessoas” (14).

O MUNDO PODE MUDAR A PARTIR DO CORAÇÃO
É o coração “que une os fragmentos” e torna possível “qualquer vínculo autêntico, porque uma relação que não é construída com o coração não pode ultrapassar a fragmentação do individualismo” (17). A espiritualidade de santos como Inácio de Loyola (aceitar a amizade do Senhor é uma questão de coração) e São John Henry Newman (o Senhor nos salva falando ao nosso coração a partir do seu sagrado Coração) nos ensina, escreve o Papa Francisco, que “perante o Coração de Jesus vivo e atual, o nosso intelecto, iluminado pelo Espírito, compreende as palavras de Jesus” (27). E isso tem consequências sociais, porque o mundo pode mudar “a partir do coração” (28).

“GESTOS E PALAVRAS DE AMOR”
O segundo capítulo é dedicado aos gestos e palavras de amor de Cristo. Os gestos com os quais nos trata como amigos e mostra que Deus “é proximidade, compaixão e ternura” são vistos em seus encontros com a Samaritana, com Nicodemos, com a prostituta, com a mulher adúltera e com o cego no caminho (35). Seu olhar, que “perscruta as profundezas do seu ser” (39), mostra que Jesus “está atento às pessoas, às suas preocupações, ao seu sofrimento” (40). De tal forma “que admira as coisas boas que encontra em nós”, como no centurião, mesmo que os outros as ignorem (41). Sua palavra de amor mais eloquente é ser “pregado numa cruz” (46), depois de chorar por seu amigo Lázaro e sofrer no Jardim das Oliveiras, ciente de sua própria morte violenta “nas mãos daqueles que tanto amava” (45).

O MISTÉRIO DE UM CORAÇÃO QUE AMOU TANTO
No terceiro capítulo, “Este é o coração que tanto amou”, o Pontífice recorda como a Igreja reflete e refletiu no passado “sobre o santo mistério do Coração do Senhor”. Ele faz isso fazendo referência à Encíclica Haurietis aquas, de Pio XII, sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus (1956). Ele deixa claro que “a devoção ao Coração de Cristo não é o culto a um órgão separado da Pessoa de Jesus”, porque adoramos a “Jesus Cristo por inteiro, o Filho de Deus feito homem, representado numa imagem sua em que se destaca o seu coração” (48). A imagem do coração de carne, ressalta o Papa, nos ajuda a contemplar, na devoção, que “o amor do coração de Jesus não compreende somente a caridade divina, mas se estende aos sentimentos do afeto humano” (61). Seu Coração, prossegue Francisco citando Bento XVI, contém um “tríplice amor”: o amor sensível do seu coração físico “e o seu duplo amor espiritual, o humano e o divino” (66), no qual encontramos “o infinito no finito” (64).

O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS É UM COMPÊNDIO DO EVANGELHO
As visões de alguns santos, particularmente devotos do Coração de Cristo, ressalta Francisco, “são belos estímulos que podem motivar e fazer muito bem”, mas “não são algo em que os crentes sejam obrigados a acreditar como se fossem a Palavra de Deus”. Em seguida, o Papa lembra com Pio XII que não se pode dizer que este culto “deve a sua origem a revelações privadas”. Aliás, “a devoção ao Coração de Cristo é essencial para a nossa vida cristã, na medida em que significa a nossa abertura, cheia de fé e de adoração, ao mistério do amor divino e humano do Senhor, até ao ponto de podermos voltar a afirmar que o Sagrado Coração é um compêndio do Evangelho” (83). O Pontífice nos convida, então, a renovar a devoção ao Coração de Cristo também para combater as “novas manifestações de uma ‘espiritualidade sem carne’” que estão se multiplicando na sociedade (87). É necessário retornar à “síntese encarnada do Evangelho” (90) diante de “comunidades e pastores concentrados apenas em atividades exteriores, em reformas estruturais desprovidas de Evangelho, em organizações obsessivas, em projetos mundanos, em reflexões secularizadas, em várias propostas apresentadas como requisitos que, por vezes, se pretendem impor a todos” (88).

A EXPERIÊNCIA DE UM AMOR “QUE DÁ DE BEBER”
Nos dois últimos capítulos, o Papa Francisco destaca os dois aspectos que “a devoção ao Sagrado Coração deve reunir hoje para continuar a alimentar-nos e a aproximar-nos do Evangelho: a experiência espiritual pessoal e o compromisso comunitário e missionário” (91). No quarto, “O amor que dá de beber”, relê as Sagradas Escrituras e, com os primeiros cristãos, reconhece Cristo e seu lado aberto em “aquele a quem trespassaram”, a quem Deus se refere na profecia do livro de Zacarias. Uma fonte aberta para o povo, para saciar a sede do amor de Deus, “para a purificação do pecado e da impureza” (95). Vários Padres da Igreja mencionaram “a chaga no lado de Jesus como a origem da água do Espírito”, sobretudo Santo Agostinho, que “abriu o caminho para a devoção ao Sagrado Coração como lugar de encontro pessoal com o Senhor” (103).  Esse lado trespassado, recorda o Papa, “assumiu gradualmente a forma do coração” (109), e enumera várias santas mulheres que “relataram experiências de encontro com Cristo, caracterizado pelo repouso no Coração do Senhor” (110). Entre os devotos dos tempos modernos, a Encíclica fala, em primeiro lugar, de São Francisco de Sales, que representa a sua proposta de vida espiritual com um “coração trespassado por duas flechas, encerrado numa coroa de espinhos” (118)

AS APARIÇÕES A SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE
Sob a influência dessa espiritualidade, Santa Margarida Maria Alacoque relata as aparições de Jesus em Paray-le-Monial, entre o fim de dezembro de 1673 e junho de 1675. O núcleo da mensagem que nos é transmitida pode ser resumido nas palavras que Santa Margarida ouviu: “Eis aqui este Coração que tanto tem amado os homens, que a nada se tem poupado até se esgotar e consumir para lhes testemunhar o seu amor” (121).

TERESA DE LISIEUX, INÁCIO DE LOYOLA E FAUSTINA KOWALSKA
De Santa Teresa de Lisieux, o documento recorda o fato de chamar Jesus de “Aquele cujo coração batia em uníssono com o meu” (134) e suas cartas à Irmã Maria, que ajudam a não concentrar a devoção ao Sagrado Coração “no âmbito da dor”, como o daqueles que entendiam a reparação como uma espécie de “primado dos sacrifícios”, mas na confiança “como a melhor oferta, agradável ao Coração de Cristo” (138). O Pontífice jesuíta também dedica algumas passagens da Encíclica ao lugar do Sagrado Coração na história da Companhia de Jesus, enfatizando que, em seus Exercícios Espirituais, Santo Inácio de Loyola propõe ao exercitante “entrar no Coração de Cristo” em um diálogo de coração para coração. Em dezembro de 1871, o Padre Beckx consagrou a Companhia ao Sagrado Coração de Jesus e o Padre Arrupe voltou a fazê-lo em 1972 (146). As experiências de Santa Faustina Kowalska, recorda-se, repropõem a devoção “colocando uma forte ênfase na vida gloriosa do Ressuscitado e na misericórdia divina” e, motivado por elas, São João Paulo II também “relacionou intimamente a sua reflexão sobre a misericórdia com a devoção ao Coração de Cristo” (149). Falando da “devoção da consolação”, a Encíclica explica que, diante dos sinais da Paixão conservados pelo coração do Ressuscitado, é inevitável “que o fiel queira responder” também “à dor que Cristo aceitou suportar por causa de tanto amor” (151). E pede “que ninguém ridicularize as expressões de fervor devoto do santo povo fiel de Deus, que na sua piedade popular procura consolar Cristo” (160). Pois que, então, “desejando consolá-lo, saímos consolados” e assim “também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação” (162).

A DEVOÇÃO AO CORAÇÃO DE CRISTO NOS ENVIA AOS IRMÃOS
O quinto e último capítulo, “Amor por amor”, aprofunda a dimensão comunitária, social e missionária de toda autêntica devoção ao Coração de Cristo, que, ao mesmo tempo que “nos conduz ao Pai, envia-nos aos irmãos” (163). De fato, o amor aos irmãos é o “maior gesto que possamos oferecer-lhe para retribuir amor por amor” (167). Olhando para a história da espiritualidade, o Pontífice recorda que o empenho missionário de São Charles de Foucauld fez dele um “irmão universal”: “deixando-se plasmar pelo Coração de Cristo, quis abraçar no seu coração fraterno toda a humanidade sofredora” (179). Francisco fala então de “reparação”, como explicava São João Paulo II: “entregando-nos em conjunto ao Coração de Cristo, ‘sobre as ruínas acumuladas pelo ódio e pela violência, poderá ser construída a civilização do amor tão desejada, o Reino do Coração de Cristo’” (182).

A MISSÃO DE FAZER O MUNDO SE APAIXONAR
A Encíclica recorda novamente com São João Paulo II que “a consagração ao Coração de Cristo ‘deve ser aproximada à ação missionária da própria Igreja, porque responde ao desejo do Coração de Jesus de propagar no mundo, através dos membros do seu Corpo, a sua total dedicação ao Reino’. Por conseguinte, através dos cristãos, ‘o amor difundir-se-á no coração dos homens, para que se construa o Corpo de Cristo que é a Igreja e se edifique uma sociedade de justiça, de paz e de fraternidade’” (206). Para evitar o grande risco, sublinhado por São Paulo VI, de que na missão “se digam e façam muitas coisas, mas não se consiga promover o encontro feliz com o amor de Cristo” (208), precisamos de “missionários apaixonados, que se deixem cativar por Cristo” (209).

A ORAÇÃO DE FRANCISCO
O texto se conclui com a seguinte oração de Francisco: “Peço ao Senhor Jesus Cristo que, para todos nós, do seu Coração santo brotem rios de água viva para curar as feridas que nos infligimos, para reforçar a nossa capacidade de amar e servir, para nos impulsionar a fim de aprendermos a caminhar juntos em direção a um mundo justo, solidário e fraterno. Isto até que, com alegria, celebremos unidos o banquete do Reino celeste. Aí estará Cristo ressuscitado, harmonizando todas as nossas diferenças com a luz que brota incessantemente do seu Coração aberto. Bendito seja!” (220).

Fonte: Vatican News / Escrito por Alessandro Di Bussolo

Foto: Divulgação
25/10/2024

Logo do 150º Aniversário da Primeira Expedição Missionária das FMA

“É hora de reacender o fogo!” é o lema que acompanhará as celebrações do triênio em preparação aos 150 anos da primeira expedição missionária do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (14 de novembro de 1877). A escolha do logo, entre as 39 propostas em concurso, recaiu sobre a criação de Valentina Calabrese, Gaia Greco, Angelica Buanne, Ilaria Fara (FMA), Anna Maria Spina (FMA), Gabriele Maria Calabrese, SDB, um grupo de animação missionária da Itália Central.

A Comissão Avaliadora, composta por FMA, leigos e jovens, expressa o sincero agradecimento a todos os participantes pelos apreciados trabalhos, recebidos de diversas partes do mundo, que demonstram uma marcada sensibilidade missionária e um grande sentido de pertença ao Instituto, aliado a aptidões e competências artísticas.

Maria Auxiliadora: a figura de Maria escolhida para este logotipo é a da Auxiliadora “roubada” da sacristia de Valdocco e dada por Dom Cagliero aos primeiros missionários no dia de sua partida. É a presença de “Maria Auxiliadora, que tem nos braços um Menino gracioso e sorridente […]. Dom Bosco o abençoou e o enviou aos missionários: ‘Traga-o, e que Nossa Senhora o abençoe e o acompanhe ao longo da viagem’". (Crônica, vol. 2, 288). Maria e Jesus tornam-se, portanto, os companheiros de viagem do logo que protegem e guardam cada missão.

O navio: reproduz de forma estilizada a embarcação vista na foto da primeira expedição missionária. Aquele enorme navio, que se perderá visivelmente no meio do mar para chegar a terras distantes e levar também o carisma salesiano feminino à América.

As vigias do navio: são uma referência ao navio, mas em seu número recordam os cinco continentes onde hoje estão presentes as Filhas de Maria Auxiliadora. Além disso, recordam o rosário, oração diária e inevitável para todas as FMA.

A cruz: fica bem alto no navio para recordar o sacrifício que os missionários assimilam na sua partida, um sacrifício vivido em cada missão, um sacrifício necessário para que ela se torne fecunda.

As primeiras seis missionárias: as seis figuras do navio estão próximas umas das outras e rodeadas pela sombra de Maria, que as acompanha. Formam um único elemento – a comunidade – e, na diversidade de alturas e formas, reproduzem a forma de um fogo, testemunho do Espírito que acompanha e inspira o sonho missionário das FMA, mas também sinal que recorda o fogo de o amor de Deus que Madre Mazzarello convida a manter vivo.

O círculo que delimita o logo: o logo está inscrito em um círculo que circunda o desenho. Esta não é apenas uma escolha estilística que confere compacidade ao logotipo, mas o ímpeto da linha recorda o dinamismo missionário da Congregação no mundo e dá forma a uma auréola, sinal da santidade quotidiana trazida pelos missionários para o exterior.

No dia 14 de novembro de 2024, com transmissão ao vivo da Casa Geral do Instituto das FMA de Roma, Madre Chiara Cazzuola abrirá oficialmente o triênio de preparação para o 150º aniversário (1877-2027) da primeira expedição missionária ao Uruguai.

Acesse as peças de divulgação do logo clicando aqui.

Fonte: Istituto Figlie di Maria Ausiliatrice

Foto: Divulgação
24/10/2024

III Fórum Salesiano pelo Pacto Educativo Global e o compromisso da RSB com a educação

Nos dias 22 e 23 de outubro, a Rede Salesiana Brasil (RSB) promoveu o III Fórum Salesiano pelo Pacto Educativo Global. O evento, que buscou fortalecer o compromisso das Comunidades Educativo-Pastorais com os princípios do Pacto Educativo Global promovido pelo Papa Francisco, envolveu estudantes, educadores e gestores das escolas de todo o Brasil Salesiano para discutir a construção de um novo humanismo por meio da educação, orientado para as futuras gerações.

O objetivo principal da terceira edição do Fórum é proporcionar um espaço para que os estudantes partilhem suas visões e sonhos sobre o impacto que desejam gerar no mundo, conectando essas aspirações ao papel da escola salesiana em suas jornadas, além de promover diálogos sobre o Pacto Educativo Global e o Sínodo Salesiano dos Jovens, ampliando as reflexões sobre a educação integral.

A programação do evento, dividida em dois dias, contou com um cronograma de ações presenciais, na terça-feira (22), ocorridas nas próprias instituições de ensino, com a orientação das Coordenações locais e da Coordenação Nacional das Escolas da RSB. Já no dia 23, o evento aconteceu em formato virtual, pela plataforma Zoom, reunindo as equipes das escolas salesianas do Brasil.

A Coordenadora Nacional das Escolas da RSB, Ir. Lucia Jacinta Finassi, juntamente com a Coordenadora Nacional para a Pastoral Juvenil Salesiana da RSB, Ir. Claudiane Cavalcante, abriu o evento com a Acolhida e a Oração Inicial. “É uma alegria podermos realizar essa terceira edição do Fórum Salesiano pelo Pacto Educativo Global. É um evento, uma atividade que conta sempre com uma participação e um envolvimento muito grande das nossas escolas [...]. É um motivo muito grande de celebração também desse sonho de Dom Bosco e que nós damos continuidade hoje”, diz Ir. Jacinta. “‘Não deixeis que vos roubem a esperança!’, essa é uma frase que o Papa Francisco já disse muitas vezes e hoje nós podemos também trazer e, parafraseando isso que Papa Francisco nos coloca, dizer também ‘Não deixemos que roubem os nossos sonhos, essa capacidade de perceber o grande potencial que nós temos de transformar o mundo, de continuar acreditando no valor da educação e no papel tão fundamental que ela tem na sociedade’”, completa Ir. Claudiane.

O primeiro tema de reflexão do dia foi o “De jovem para jovem...Conversa sobre Projeto de Vida”, que contou com as contribuições de participantes do Sínodo dos Jovens, ocorrido de 11 a 16 de agosto na Itália. 

A conversa foi iniciada por Lucas Afonso Diel Giliane, mestre em Educação com mais de 10 anos de experiência nas obras salesianas como professor e pastoralista. Lucas participou do Sínodo dos Jovens representando a Inspetoria Salesiana São Pio X. Em seguida, a jovem Giuliane Restini Vecchi Marques, advogada, Coordenadora do grupo de ex-alunos do Colégio Auxiliadora de Ribeirão Preto, Membro do Conselho Inspetorial de Articulação da Juventude Salesiana (AJS) e participante do Sínodo representando a Inspetoria Nossa Senhora Aparecida, também trouxe suas contribuições para o momento. “O Sínodo foi justamente essa resposta da Família Salesiana ao compromisso desse Pacto Educativo Global que é o ouvir as gerações mais novas, é o deixar os jovens falarem, é entender quais são os sonhos, os anseios, os desafios que toda juventude do mundo, e de fato do mundo, porque é um projeto educativo global mesmo. O que eles estão desejando? Quais são os desafios? Quais são as novas perspectivas? Porque isso mudou. A geração de agora não tem mais os mesmos desafios das gerações anteriores”, comenta Giuliane.

Após as exposições sobre a experiência no Sínodo dos Jovens, foi o momento de conhecer algumas histórias sobre como as escolas salesianas fizeram a diferença na vida de alguns jovens do Brasil. Os participantes puderam conhecer os relatos do Victor Henrique Faia Sousa, ex-aluno do Colégio Salesiano Santa Teresina (SP), e da Emília Janaina da Silva Espírito Santo, ex-aluna da Escola Dom Bosco de Salinópolis (PA).  

A partir da pergunta central: “De que forma a escola salesiana pode ajudá-los a realizar seus sonhos?”, a última atividade do dia promoveu debates em salas simultâneas, permitindo que os estudantes expressassem suas expectativas e colaborassem com propostas sobre o papel da escola na concretização de seus objetivos e sonhos. À frente da moderação dos grupos estavam a Ir. Claudiane Cavalcante, Évila Souza, Cristiano Prates Rodrigues, Meily Cassemiro, Ir. Ana Maria Cordeiro, Anderson Leal, Wendel Bittencourt e Valéria Rodrigues, os quais trouxeram uma síntese das discussões de seus respectivos grupos sobre a pergunta central.

Com o III Fórum Salesiano pelo Pacto Educativo Global, a Rede Salesiana Brasil reafirma seu compromisso com uma educação transformadora, baseada nos valores promovidos pela Papa Francisco, nos ideais deixados por Dom Bosco e Madre Mazzarello, e na concretização de um ambiente que estimule o protagonismo juvenil e o desenvolvimento integral de seus estudantes para a formação de “bons cristão e honestos cidadãos”.

Escrito por Janaína Lima, Analista de Comunicação da Rede Salesiana Brasil 

Foto: sdb.org
24/10/2024

Celebração Litúrgica de São Luís Guanella

Nascimento: 19/12/1842
Beatificado: 25/10/2011
Canonizado: 23/10/2011
Celebração Litúrgica: 24 de outubro
Falecimento (nascimento para o céu): 24/10/1915

A vida do Padre Guanella, como a de Dom Bosco, também foi traçada por um sonho que teve aos nove anos, dia da sua Primeira Comunhão: uma Senhora (como ele definiu Nossa Senhora em sua narração) mostrou-lhe tudo o que haveria de fazer em favor dos pobres. Desde a infância, a sua vida foi uma longa corrida para estar presente onde houvesse um brado de ajuda e um socorro a oferecer. 

Luís Guanella nasceu em Fraciscio, povoado do município de Campodolino, diocese de Como, em 19 de dezembro de 1842. O sacramento do Batismo foi-lhe administrado no dia seguinte. Os pais, Lourenço e Maria Bianchi, eram cristãos exemplares, entregues à família, ao trabalho do campo e ao pastoreio. Em família, era costume não só a récita do Rosário, como também a leitura da vida dos santos, experiência que caracterizou a atividade apostólica da sua vida. O pai, Lourenço, por 24 anos prefeito de Campodolcino, antes sob o governo austríaco e, depois, após a unificação da Itália (1859), era severo e autoritário; enquanto a mãe, Maria Bianchi, era afável e paciente.

Dos 13 filhos, quase todos chegaram à idade adulta. Aos doze anos, Luís obteve um lugar gratuito no Colégio Gallio, de Como, e continuou depois os estudos nos seminários diocesanos (1854-1866). Sua formação cultural e espiritual é a comum dos seminários da Lombardia e do Vêneto, por longo período sob o controle dos governantes austríacos. O curso teológico era pobre de conteúdo cultural, mas atento aos aspectos pastorais e práticos: teologia moral, ritos e pregação, além da formação pessoal de piedade, santidade e fidelidade. A vida cristã e sacerdotal alimentava-se na devoção comum entre a população cristã. Esta base concreta pôs o jovem seminarista muito próximo do povo e em contato com a vida que esse povo levava.

Quando retornava à sua cidade para as férias de outono, imergia na pobreza dos vales alpinos, interessava-se pelas crianças, idosos e doentes do lugar, socorrendo-os em suas necessidades. Nos retalhos de tempo, apaixonava-se pela questão social, recolhia e estudava ervas medicinais, afervorava-se na leitura da história da Igreja.

No seminário teológico, familiarizou-se com o bispo de Foggia, dom Bernardino Frascolla, encarcerado na prisão de Como e, depois, obrigado à prisão domiciliar no seminário (1864-1866), e tomou conhecimento da hostilidade que dominava as relações entre o Estado unitário e a Igreja. Este bispo ordenou sacerdote o Pe. Guanella em 26 de maio de 1866. Naquela ocasião, Pe. Guanella disse: “Quero ser uma espada de fogo no santo ministério”. 

O novel sacerdote entrou com entusiasmo na vida pastoral de Valchiavenna (Prosto, em 1866, e Savogno, nos anos 1867-1875). Desde os inícios, em Savogno, revelou os seus interesses pastorais: instrução de crianças e adultos, elevação religiosa, moral e social dos paroquianos, defesa do povo contra os assaltos do liberalismo e atenção privilegiada aos mais pobres. Não dispensava intervenções combativas quando se via injustamente freado ou contradito pelas autoridades civis no seu ministério, de modo que foi logo marcado entre os sujeitos perigosos (lei da suspeição), sobretudo depois de publicar um livreto polêmico. 

Entrementes, em Savogno, aprofundava o conhecimento de Dom Bosco e da obra do Cottolengo; chegou a convidar Dom Bosco para abrir um colégio no vale. Desejoso de uma experiência religiosa mais radical, foi a Turim para unir-se a Dom Bosco em 1875, emitindo a profissão temporária na Congregação Salesiana. Nos dois primeiros anos vividos como salesiano, foi diretor do oratório São Luís, no bairro San Salvario, em Turim, e em novembro de 1876 foi encarregado de abrir um novo oratório em Trinità di Mondovì. Em 1877, foram-lhe confiadas as vocações adultas, que Dom Bosco denominara “Obra dos Filhos de Maria”. A admiração por Dom Bosco tinha uma profunda raiz também em seu temperamento, muito semelhante ao de Dom Bosco: ambos eram empreendedores, apóstolos da caridade, decididos, profundamente pais e com grande amor pela Eucaristia, por Nossa Senhora e pelo Papa. A espiritualidade e a pedagogia salesiana serviram de base para a formação e a missão do futuro fundador. Na escola de Dom Bosco, ele aprendeu a abordagem amável e firme dos jovens e a vontade educativa de prevenir, mais do que curar; e o desejo de salvar os irmãos com o impulso de uma grande caridade apostólica.

O bispo de Como chamou-o de volta à diocese e o Pe. Guanella retornou com o sonho de fundar uma instituição que recolhesse meninos carentes. Abriu uma escola que, em seguida, precisou fechar devido à hostilidade das autoridades civis. “A hora da misericórdia”, como o Pe. Guanella chamava o momento propício do favor divino, chegou em novembro de 1881, quando foi para Pianelle Lario como pároco, encontrando algumas jovens entregues à assistência dos necessitados. O grupo de jovens mulheres será a fonte de uma nova congregação: as Filhas de Santa Maria da Providência. O zelo e a caridade apostólica do Pe. Luís aumentaram a obra benéfica até permitir expandir a atividade no coração da cidade de Como. Elas iniciaram a atividade da “Casa Divina Providência”, que se tornou, depois, a casa mãe das duas congregações, masculina e feminina. Com os pobres também aumentavam os braços e os corações para assisti-los e amá-los. Junto à congregação das irmãs, o Pe. Guanella reuniu também um grupo de sacerdotes que chamou de “Servos da Caridade”. “Não se pode parar enquanto existirem pobres a socorrer”, repetia com frequência em suas peregrinações pelas chagas da pobreza. Para tanto, as duas congregações religiosas iam se difundindo em várias regiões italianas e, na vizinha Confederação Helvética, no Cantão dos Grigioni e no Cantão Ticino.

Em 1904, Luís Guanella realizou o sonho de chegar à Cidade Santa, Roma, para estar ao lado do Papa e demonstrar a própria fidelidade à Igreja graças ao testemunho luminoso de caridade e ardor apostólico. O Papa Pio X, que compreendera a grandeza de espírito do Pe. Guanella, estimou-o e confidenciou-lhe o desejo de construir uma igreja dedicada ao “Trânsito de São José”. Ao lado da paróquia, surgiu também a “Pia União do Trânsito de São José”, uma associação de oração pelos moribundos. São Pio X quis ser o primeiro dos inscritos. 

O zelo missionário levou-o à América do Norte, entre os imigrantes italianos. Em dezembro de 1912, aos setenta anos, o Pe. Guanella embarcou para os Estados Unidos. Sua última intervenção extraordinária em vida deu-se em janeiro de 1915, quando quis permanecer em Roma para servir de ajuda às vítimas do terremoto do Abruzzo. Ao seu lado, atuou com zelo o venerável Aurélio Bacciarini, primeiro pároco da paróquia do “Trânsito de São José”, seu sucessor no governo da Congregação dos Servos da Caridade e chamado depois ao ministério episcopal na diocese de Lugano, Suíça. Os achaques da velhice, o ingresso da Itália na Primeira Guerra Mundial e o comprometimento de alguns coirmãos no front militar minaram a sua saúde. Em seus escritos, Pe. Guanella deixara esta mensagem: “A morte é como uma mãe que abraça o filho [...], é o anjo que nos reconduz à pátria”. Aquela mãe, luminosa como um anjo, passou às 11h15min do domingo 24 de outubro de 1915.

Pe. Guanella e Dom Bosco, ambos sacerdotes e grandes amigos, viveram numa época caracterizada por profundas transformações e grandes desequilíbrios sociais; agiram como apóstolos da caridade e passaram toda a vida trabalhando pela salvação de cada homem e pela construção de uma sociedade melhor. A profunda ligação entre os dois e a devoção do Pe. Guanella por Dom Bosco tornaram-se célebres numa oração que o Pe. Guanella escreveu na revista mensal da sua obra, A Divina Providência, em agosto de 1908: “A grande alma de João Bosco que protege profundamente a Congregação dos seus filhos, os Salesianos, já numerosos a ponto de não se poder contar, volte benigno seus olhares sobre os Institutos da Divina Providência, e estenda benévola a sua proteção sobre aqueles que a estas obras pertencem e especialmente ao seu devoto admirador e aluno. Sacerdote Luís Guanella”.

Na ocasião da canonização, o Papa Bento XVI recordou que “graças à profunda e continuada união com Cristo, na contemplação do seu amor, o Pe. Guanella, guiado pela Providência divina, tornou-se companheiro e mestre, conforto e consolação dos mais pobres e dos mais fracos. O amor de Deus animava nele o desejo do bem pelas pessoas que lhe eram confiadas, na realidade da vida cotidiana [...]. Colocava uma acurada atenção no caminho de cada um, respeitando seus tempos de crescimento e cultivando no coração a esperança de que cada ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, experimentando a alegria de ser amado por Ele – Pai de todos –, pode tirar e dar aos outros o melhor de si. É possível sintetizar toda a sua história humana e espiritual nas últimas palavras que pronunciou no leito de morte: ‘In caritate Christi’. É o amor de Cristo que ilumina a vida de todo homem, revelando que no dom de si ao outro não se perde nada, mas se realiza plenamente a nossa verdadeira felicidade”.

Confira algumas imagens clicando aqui.

Confira o Acervo Salesiano no portal da RSB e conheça mais sobre as personalidades da Santidade Salesiana: rsb.org.br/acervo-salesiano/santidade-salesiana

Fonte: sdb.org

Foto: Inspetoria São João Bosco
23/10/2024

Nota de Pesar pelo falecimento do Irmão Raymundo Rabelo de Mesquita 

Comunicamos com pesar o falecimento do Irmão Raymundo Rabelo de Mesquita, SDB, no dia 22 de outubro de 2024, terça-feira, em Belo Horizonte (MG), aos 91 anos de idade, dos quais 72 anos como Salesiano de Dom Bosco.

Ir. Mesquita teve uma significativa contribuição na criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sendo um dos responsáveis pela constituição do CESAM (então Centro Salesiano do Menor, hoje, Centro Salesiano do Adolescente Trabalhador) em 1973.

 

SOBRE IRMÃO RAYMUNDO RABELO DE MESQUITA

Irmão Raymundo Rabelo de Mesquita nasceu em 04 de novembro de 1932, em Oliveira (MG). Filho do Sr. Domingos Rabelo de Mesquita e da Sra. Arminda Cândida de Mesquita, ingressou no Aspirantado Salesiano aos 13 anos, em 1945, em São João Del Rei (MG).

Influenciado por muita leitura de material que vinha de Roma sobre a atuação dos salesianos irmãos (coadjutores), sentiu-se apaixonado por esta vocação laical, pois eles se “envolviam com a massa, diretamente nas escolas profissionais, no mundo do trabalho”. Assim sendo, fez sua primeira profissão religiosa, em 31 de janeiro de 1952, em Barbacena (MG), na condição de Salesiano Coadjutor. Entre 1952 e 1954, cursou Filosofia em São João Del Rei (MG), onde também atuou na padaria.

Entre 1955 e 1957, foi tirocinante no antigo patronato de São João Del Rei (MG) que recebia meninos vindos de Belo Horizonte e de outras regiões. Em 16 de janeiro de 1958, professou os votos perpétuos, em Cachoeira do Campo (MG).

Entre 1958 e 1961, trabalhou no patronato de Pará de Minas (MG) e, entre 1962 e 1972, foi transferido para trabalhar no internato de Cachoeira do Campo (MG). Nos anos seguintes, Ir. Mesquita se dedicou, de forma mais intensa, à defesa dos direitos de crianças e adolescentes no Brasil.

Com efeito, ele teve uma contribuição significativa na criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), participando ativamente nos debates e conselhos que moldaram essa importante legislação.

Igualmente, desempenhou com zelo a pastoral do menor, junto aos meninos em situação de rua e de vulnerabilidade social, tendo sido um dos responsáveis pela constituição do CESAM (então Centro Salesiano do Menor, hoje, Centro Salesiano do Adolescente Trabalhador) em 1973, começando com o que chamava de “vigilantes mirins”.

Por sua longa trajetória missionária e pastoral em defesa dos direitos das crianças, foi homenageado durante a 9ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, em 21 de outubro de 2015, em Caeté (MG).

Fonte: Inspetoria São João Bosco

Foto: Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (CNSA), Manaus (AM)
23/10/2024

Maria Caminha com a Juventude na Querida Amazônia

Falar da presença de Maria Santíssima para o Carisma Salesiano é o mesmo que contemplar o mais belo dos tesouros. Neste sentido, no ano de 1869, mais precisamente no dia 18 de abril, foi fundada, no Santuário de Maria Auxiliadora, na cidade de Turim, na Itália, a Associação dos Devotos de Maria Auxiliadora (ADMA), com o objetivo de congregar leigos na espiritualidade e na Missão da Família Salesiana.

Em 5 de julho de 1989, o Reitor-Mor, com o seu Conselho, reconheceu oficialmente a Associação dos Devotos de Maria Auxiliadora como parte da Família Salesiana e, em julho de 1997, foi publicado em Turim o novo regulamento da Associação.

Na Amazônia, a ADMA está presente com sua força espiritual, levando, através da devoção à Nossa Senhora Auxiliadora e ao Santíssimo Sacramento, os sonhos de Dom Bosco e Madre Mazzarello de fazer o Cristo conhecido e amado em todos os lugares. Este ramo, o 4º Grupo da Família Salesiana, é um dos que mais cresce em todo Brasil.

Assim, sob a inspiração das Celebrações do sesquicentenário (150 anos) de fundação do instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (2022) e do centenário da presença na Amazônia (2023), Ir. Maria Frassinetti Soares, FMA, desejou convidar jovens estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental - anos finais e da 1ª à 3ª série do Ensino Médio do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, de Manau (AM), para formar o grupo dos Filhos de Nossa Senhora Auxiliadora (ADMA Jovem). Este convite aconteceu de forma serena ao longo do ano de 2022 sob a máxima de: "Nossa Senhora quer você junto dela como seu filho (a)". O caminho foi percorrido com o apoio da Equipe Pedagógica, Professores e Comunidade das Irmãs Salesianas Filhas de Maria Auxiliadora. 

Com alegria maternal e salesiana, Ir. Maria Frassinetti passava pelas salas apresentando a importância de ser devoto de Nossa Senhora e o valor da oração, o que fez muitos jovens se entusiasmarem com a novidade e o convite. Assim, muitos foram se inscrevendo para iniciar este novo Grupo

Com a oração “Oh! Maria Virgem Poderosa” e alguns encontros, formava-se o grupo com 86 jovens inscritos, felizes pelo chamado, rezando a oração a Nossa Senhora Auxiliadora e se preparando para a consagração. Assim, no dia 24/05/2023, na santa missa, 73 jovens se consagraram à Nossa Senhora Auxiliadora com a presença dos pais, colegas e demais devotos, tentando assim, vivenciar o que Dom Bosco disse a Dom João Cagliero: "Nossa Senhora quer que A honremos sob o título de Auxiliadora (...) Precisamos que a Virgem Santa nos ajude a conservar e defender a fé cristã no coração dos nossos jovens".

Hoje ressoa nos quatro cantos do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (CNSA) a oração “Oh! Maria virgem Poderosa” que, acima de tudo, mostra a devoção salesiana e a proteção recebida do manto da querida mãe Auxiliadora.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA AUXILIADORA

Ó Maria, Virgem poderosa!

Tu, grande e ilustre defensora da Igreja,
Tu, Auxílio maravilhoso dos cristãos,
Tu, terrível como exército ordenado em batalha,
Tu que só, destruíste toda heresia em todo o mundo.
Ah! nas nossas angústias, nas nossas lutas, nas nossas aflições.
Defende-nos do inimigo, e na hora da morte, acolhe a nossa alma no Paraíso. 
Amém!


Escrito por Marcelo Bezerra de Oliveira, Professor do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (CNSA)

Foto: Divulgação
23/10/2024

Acadêmicas Salesianas vencem seleção mundial de curtas-metragens no DBGYFF

As acadêmicas Isabela Caramalac, do 4º semestre de Publicidade e Propaganda, e Julia Pires, do 6º semestre de Design, venceram na categoria América do Sul do Festival Global de Cinema Jovem Dom Bosco (Don Bosco Global Youth Film Festival - DBGYFF) deste ano. O festival, que celebra a criatividade juvenil em temas globais, reconheceu os trabalhos que abordaram com profundidade questões relacionadas às mudanças climáticas. No total, 10 curtas-metragens foram premiados e exibidos em evento no Rio de Janeiro nos dias 17 e 18 de outubro. Os trabalhos das acadêmicas da UCDB foram os únicos do Brasil na seleção.

Julia Pires apresentou a animação “Seed of Hope”, desenvolvida durante a disciplina de Ilustração e Animação no semestre passado. O filme retrata a jornada de um pássaro em uma floresta ameaçada pelo desmatamento, transmitindo uma mensagem de resiliência e esperança através do simbolismo de uma nova semente. Sobre o processo criativo, Julia explica: “No começo, tínhamos muitas ideias descartadas, até que chegamos à história de pássaros. Eu fiz uma grande parte da animação, mas recebi ajuda dos meus colegas Isabella Panizzi, Matheus Faria e Ester Guenk para finalizar e editar tudo. Foi uma correria, mas conseguimos entregar uma versão que fez jus ao que queríamos transmitir”.

Já Isabela Caramalac, aluna de Publicidade, participou de forma extracurricular com o curta “Delusional”, que explora a crise ambiental sob uma perspectiva existencial. O filme questiona a realidade da sociedade diante da destruição do planeta e reflete sobre a urgência de repensarmos nossos hábitos. A acadêmica compartilha que o processo foi desafiador: “Decidi participar faltando apenas uma semana para a entrega. Mesmo com roteiro e storyboard, foi difícil reproduzir o que eu tinha planejado por limitações de cenário e equipamentos. No fim, deu certo, mas confesso que gostaria de ter tido mais tempo para refinar a edição”.

As duas alunas expressaram a felicidade com a vitória. Julia comentou: “Foi muito legal ver uma animação independente ganhar reconhecimento. Saber que nosso projeto chegou tão longe nos incentiva a continuar criando”. Isabela também destacou o impacto da premiação: “Fiquei bem surpresa com o resultado, mas muito feliz. É um incentivo enorme para os próximos projetos e para investir ainda mais na minha formação". 

Gabriel Ferraciolli, professor orientador da disciplina de Ilustração e Animação, destacou a importância da premiação: “Para o curso, é fundamental a participação em prêmios como esse, que consolidam a criatividade dos alunos e ampliam sua visibilidade no mercado. O reconhecimento internacional é um diferencial na formação dos nossos futuros profissionais”.

O DBGYFF, que recebeu 1.287 inscrições de 110 países, busca incentivar jovens talentos a discutirem soluções criativas para os desafios do nosso planeta. Como parte da premiação, as alunas receberão um prêmio de mil euros.

Fonte: Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) / Escrito por Francielly Valensuela, sob a supervisão de Silvia Tada

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