Notícias

27/08/2024

S. Mônica, mãe de S. Agostinho, bispo

De origem berbere, Mônica nasceu no ano 331, em Tagaste, norte da África, no seio de uma família opulenta, mas de antigas raízes cristãs. Aplicou-se, com dedicação, aos ensinamentos da Sagrada Escritura; sua forte espiritualidade foi forjada pela oração e assídua prática dos Sacramentos, além dos quais se coloca ao serviço da comunidade eclesial. Casou-se com Patrício, homem ambicioso, pagão, irascível, de caráter difícil, que também lhe foi infiel. Mônica, doce, benévola, capaz de dialogar nos momentos oportunos, com o seu método, composto de espera, paciência e oração, - que o sugere até às suas amigas, que lhe confiam seus problemas e incompreensões conjugais – consegue vencer as rudezas do marido, a ponto de levá-lo a abraçar a fé.

Esposa e mãe

Aos 22 anos, Mônica dá à luz ao primogênito Agostinho, seguido por outro filho, Navígio, e uma filha, da qual não se sabe o nome, e os educa segundo os princípios cristãos. Tornando-se viúva, aos 39 anos, administra os bens da família, dedicando-se, com amor incomensurável à sua prole. Quem mais causou preocupações à cuidadosa e astuta mãe foi Agostinho, o “filho de tantas lágrimas”; de coração irrequieto e ambicioso retórico, na busca da verdade, ele se distancia da fé católica e vaga de uma filosofia à outra. Mônica jamais deixa de rezar por ele; pelo contrário, segue todas as vicissitudes da sua vida e lhe permanece sempre ao lado. Por isso, transfere-se para Cartagena e, depois, para a Itália, quando o filho, no ápice da sua carreira, como docente de retórica, vai morar em Milão. Seu carinho materno e as suas orações acompanham a conversão de Agostinho, que, ao receber o batismo pelo santo Bispo Ambrósio, decidiu voltar para Tagaste, onde fundou uma Comunidade de servos de Deus. Mônica estava com ele, quando tiveram que embarcar no porto de Óstia com destino à África. Porém, ao esperar o navio, foram obrigados a passar alguns dias ali.

Êxtase em Óstia e a morte

No entanto, Mônica e Agostinho mantêm intensos diálogos espirituais. A um destes se refere o chamado “êxtase em Óstia”, narrado nas suas Confissões (XIX, 10, 23-27): «Aconteceu... encontrar-nos a sós, eu e ela, apoiados em uma janela que dava para o jardim interior da casa em que morávamos. Era em Óstia, sobre a foz do Tibre, onde, longe da multidão, depois do cansaço de uma longa viagem, recobrávamos forças para a travessia do mar. Ali, sozinhos, conversávamos com grande doçura, esquecendo o passado, ocupados apenas no futuro, indagávamos juntos, na presença da Verdade, que és tu, qual seria a vida eterna dos santos... percorremos uma a uma todas as coisas corporais, até o próprio céu... E subimos ainda mais em espírito, meditando, celebrando e admirando tuas obras, e chegamos até o íntimo de nossas almas. E fomos além delas, para alcançar a região da abundância inesgotável... onde a vida é a própria Sabedoria... E enquanto assim falávamos dessa Sabedoria e por ela suspirávamos, chegamos a tocá-la com supremo ímpeto de nosso coração».

Assim, Mônica sente ter atingido o ápice da sua vida e confessa ao filho: “No que me diz respeito, esta vida já não tem mais nenhum atrativo para mim. O que estou fazendo ainda aqui? Não sei. As minhas expectativas aqui na terra já se esgotaram. Somente uma coisa me fazia permanecer aqui em baixo...: ver, antes de morrer, que você se tornou cristão católico. Meu Deus me satisfez completamente, porque vejo que você até despreza a felicidade terrena para servir a Ele. O que estou fazendo aqui?”.

Alguns dias depois, Mônica adoece e morre aos 56 anos. Seu corpo foi enterrado em Óstia Antiga, na atual igreja de Santa Áurea. O tempo, provavelmente, é uma basílica paleocristã com uma necrópole ao lado.

As relíquias de Santa Mônica

Os restos mortais de Santa Mônica descansam, por muitos séculos, na igreja de Santa Áurea. Hoje, no lugar, pode-se ver apenas uma lápide, porque, no século XV, o Papa Martinho V quis que as relíquias fossem transladadas para Roma, na igreja de São Trifão, confiada aos frades Agostinianos – depois englobada a uma grande Basílica dedicada a Santo Agostinho. Ali, ainda hoje, encontram-se respostas aos tantos porquês diante de um sarcófago de mármore verde, na capela decorada com afrescos, em 1885, por Pietro Gagliardi.

Fonte: Vatican News

27/08/2024

O Dia do Psicólogo: Celebrando a Importância da Saúde Mental nas Unidades Salesianas

No dia 27 de agosto, celebramos o Dia do Psicólogo, uma data que homenageia os profissionais dedicados à saúde mental e ao bem-estar emocional. Dentro das unidades salesianas, esses profissionais desempenham um papel fundamental, apoiando nossos alunos, atendidos, educadores e famílias, ajudando-os a enfrentar desafios emocionais e promovendo um ambiente escolar mais acolhedor e saudável.

História e Contexto:
O Dia do Psicólogo foi instituído em 27 de agosto de 1964, quando a profissão foi regulamentada no Brasil. Desde então, essa data se tornou um momento de reflexão sobre a importância da psicologia no cotidiano, especialmente em instituições educacionais como as da Rede Salesiana de Escolas, obras sociais e universidades, onde o desenvolvimento integral do aluno ou atendido é uma prioridade.

O Papel do Psicólogo na Sociedade e nas Unidades Salesianas:
Psicólogos atuam em diversos campos, desde clínicas e hospitais até escolas, universidades, obras sociais e empresas. No contexto das unidades salesianas, o papel do psicólogo é ainda mais crucial. Eles são responsáveis por promover o bem-estar emocional dos alunos, atendidos e colaboradores, ajudando-os a lidar com questões como ansiedade, pressão acadêmica, dificuldades de relacionamento e autoconhecimento.

Nas unidades salesianas, os psicólogos trabalham lado a lado com educadores e famílias para garantir que cada aluno ou atendido receba o suporte necessário para seu desenvolvimento pleno, alinhado aos valores cristãos e ao carisma de Dom Bosco e Madre Mazzarello. Eles oferecem orientações que ajudam os alunos e atendidos a construir resiliência, empatia e habilidades sociais, essenciais para a vida dentro e fora do ambiente escolar.

A Importância da Saúde Mental nas Unidades Salesianas:
Em tempos de crescente conscientização sobre a saúde mental, o trabalho dos psicólogos nas unidades salesianas é essencial para criar uma cultura de cuidado e acolhimento. Eles ajudam a desmistificar questões relacionadas a transtornos mentais e promovem uma abordagem preventiva, identificando sinais de sofrimento emocional e intervindo de maneira proativa.

O apoio psicológico é integrado ao projeto pedagógico das unidades salesianas, contribuindo para o desenvolvimento integral dos alunos e atendidos, conforme os princípios da educação salesiana. A presença de psicólogos nas escolas, universidades e obras sociais reflete o compromisso das unidades com a formação de jovens preparados para enfrentar os desafios da vida com equilíbrio emocional e espiritual.

Exemplos de Nossas Psicólogas e Psicólogos  pelo Brasil:
Aqui estão algumas de nossas psicólogas espalhadas por todo o Brasil: Taís Lira, Salesiano Fortaleza; Patrícia Melo e Janaína Fonseca, Colégio Auxiliadora de Recife; Francesca, IMA Rio do Sul; Lara, Luana e Ennia, Salesiano Dom Bosco de Natal; Camila Gueiros e Lígia Barros, Mazzarello de Recife; Kaisa Duarte, Colégio CEMAC; Júlia, Instituto Coração de Jesus; Jaqueline e Sandra, Instituto Abequar Obra Social Avó Maria; João Victor Silva, OSAF Araras.

Neste Dia do Psicólogo, reconhecemos e agradecemos a todos os profissionais que se dedicam à saúde mental, especialmente aqueles que atuam nas unidades salesianas. Seu trabalho é fundamental para criar um ambiente escolar onde os valores de amor, acolhimento e educação integral são vivenciados diariamente. Que este dia seja um lembrete da importância de cuidar da mente com o mesmo carinho e atenção com que cuidamos do corpo.

Fotos: Centro Juvenil Salesiano, Pará de Minas (MG)
27/08/2024

Educandos Salesianos garantem medalha no 3º Campeonato Mineiro de Judô

O Clube Praça de Esportes de Pará de Minas (MG) foi o palco do Terceiro Campeonato Mineiro de Judô. O evento contou com a participação de jovens judocas do Centro Juvenil Salesiano de Pará de Minas, que competiram em diversas categorias, obtendo resultados expressivos. Entre os destaques, João Miguel Duarte Nascimento conquistou a medalha de ouro na categoria Sub 11 Extra +55kg. 

Na categoria Sub 13, Miguel Augusto Duarte Gonçalves e Kauan Dione da Silva Leite garantiram medalhas de bronze em suas respectivas categorias, assim como Vitória Lavínia Viana e Ana Lúcia Rodrigues. Além disso, alguns desses talentosos educandos foram convocados para participar do Campeonato Brasileiro de Judô, representando um grande reconhecimento de seus esforços e habilidades.

“Participar do campeonato foi muito legal. Aprendi muito nos treinos e principalmente, participando do campeonato. Foi um momento muito especial”, diz a medalhista de bronze, Ana Lucia Rodrigues.

A prática do judô desempenha um papel fundamental na formação física e emocional de crianças e adolescentes, promovendo valores como disciplina, respeito e perseverança. Para os educandos do Centro Juvenil Salesiano, a participação no campeonato representou uma oportunidade de aplicar esses valores em um ambiente competitivo, desenvolvendo não apenas habilidades técnicas, mas também a autoconfiança e o espírito de equipe. Através do esporte, os jovens são incentivados a superar desafios e a buscar o melhor de si mesmos, alinhando-se com os princípios salesianos de educação integral.

O Centro Juvenil Salesiano de Pará de Minas tem se destacado ao fomentar o interesse pelo judô entre seus educandos, proporcionando não apenas o acesso ao esporte, mas também um ambiente acolhedor onde o desenvolvimento pessoal e comunitário é valorizado. Através de iniciativas como essa, o centro reafirma seu compromisso com a formação de jovens cidadãos que, inspirados pelo carisma salesiano, buscam o crescimento pessoal e a contribuição para uma sociedade mais justa e solidária.

Escrito com a colaboração da Maria Clara Brito Santana

 

Foto: Renata Mascarenhas
26/08/2024

Salesianos Bahia lançam Escola de Pais fortalecendo a educação familiar 

Os Salesianos Bahia iniciaram o projeto Escola de Pais na última terça-feira (20), no Teatro Salesiano. Destinado aos pais do Liceu Salesiano do Salvador, o evento contou com a palestra do Prof. Dr. Alessandro Marimpietri, psicólogo com doutorado em Ciências da Educação e autor dos livros ilustrados “Quando Somos Um Só” e “O Que é o Tempo?”. O tema abordado foi “Os desafios para educar na contemporaneidade: dicotomias do mundo analógico VS. mundo digital frente às atuais demandas”.

Este projeto foi desenvolvido pelo Núcleo de Formação Continuada, com o objetivo de fortalecer a parceria entre escola e família na formação integral dos jovens. A iniciativa visa proporcionar momentos de aprendizado e troca de experiências para pais e responsáveis, abordando temas fundamentais para a educação e o desenvolvimento dos filhos, através de encontros periódicos com palestras e workshops.

Além da palestra de estreia, o lançamento da Escola de Pais contou com um momento oracional, proposto pela Pastoral na abertura, seguido por uma breve apresentação teatral e de dança realizada pelos estudantes da Cia de Dança do Liceu. 

Estavam presentes no evento o Diretor Geral dos Salesianos Bahia, Pe. Eudes Barreto, a Gestora Educacional do Liceu, Graça Macedo, o Gestor Administrativo-Financeiro, Daniel Torres, a Coordenadora do Núcleo de Formação Continuada, Maise Cordeiro, além dos demais integrantes do Núcleo de Formação e parte do corpo docente. 

Para o Pe. Eudes Barreto, a Escola de Pais vem para perpetuar o legado de Dom Bosco além da sala de aula, levando-o para dentro de cada casa: “A Escola de Pais é um espaço de formação e de convivência entre as duas instituições, escola e família. Juntos, iremos abraçar o ideal de Dom Bosco: ‘formar bons cristãos e honestos cidadãos’”, conta.

A Escola de Pais contará com encontros periódicos, conduzidos por especialistas em educação, psicologia e desenvolvimento infantojuvenil, que irão oferecer orientações práticas e discutir desafios comuns da vida familiar e escolar. Além disso, os participantes terão acesso a conteúdos exclusivos, como o livro “Os 10 Critérios de Dom Bosco para Educar Seus Filhos Hoje”, do autor José Antonio San Martín.

O evento também foi lançado aos pais do Colégio Salesiano Dom Bosco Camaçari, no dia 24 de agosto, na Cúria Diocesana de Camaçari. Já no dia 04 de setembro, a Escola de Pais será apresentada para os pais do Colégio Salesiano Dom Bosco Salvador, na própria escola. 

Fonte: Salesianos Bahia

Foto: Divulgação
26/08/2024

Vem aí o XXII ENARSE e XV ENEL

Nos dias 28 e 29 de agosto, acontece o XXII Encontro Nacional das Escolas da Rede Salesiana Brasil (ENARSE) e XV Encontro Nacional dos Ecônomos Locais (ENEL). O evento reúne as lideranças das escolas e Inspetorias da Rede Salesiana Brasil (RSB), com o objetivo de promover a formação continuada nas dimensões gerencial, pedagógica, pastoral, comunicacional e administrativo-financeira para o fortalecimento da Missão Educativa Salesiana em Rede.

Com o tema “Juntos, pelo presente e o futuro da Educação Salesiana”, o Encontro traz como objetivos específicos tornar conhecido o ESA V, para evidenciar a relação do 5º Encontro Continental da Escola Salesiana América (ESA) com a realidade e o Currículo das Escolas Salesianas do Brasil, além de fortalecer o sentido de pertencimento, enquanto RSB e ESA, e possibilitar reflexões, debates e aprofundamentos sobre as dimensões do Currículo da RSB como referenciais para a significatividade salesiana nas escolas.

O primeiro dia do evento contará com a presença dos Referentes das Escolas da Rede Salesiana Brasil, Irmã Alaíde Deretti e Padre Alexandre Luís de Oliveira; além das contribuições da Coordenadora Nacional das Escolas Salesianas e membro da Comissão Central ESA, Ir. Lucia Jacinta Finassi, que trará a palestra “ESA e RSB: Panorama Histórico”. Também marcam presença a Coordenadora das Escolas da Inspetoria Maria Auxiliadora, Valéria Rodrigues; e a Gestora Pedagógica da Inspetoria Salesiana São Pio X, Ana Cristina Sofiati, com uma Oração de Gratidão pela Caminhada de 30 anos da Escola Salesiana na América (ESA), além do Coordenador das Escolas da Inspetoria São Pio X, Pe. Leandro Brum, que falará um pouco sobre o tema “Sistema de Garantia da Significatividade Salesiana na Escola e o Currículo da RSB: Referenciais Institucionais da Missão Educativa”.

Já o segundo dia contará com a presença dos Diretores Executivos da Rede Salesiana Brasil, Ir. Silvia Aparecida da Silva e Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior para a Acolhida e início das atividades. O primeiro momento do dia será conduzido pela Coordenadora das Escolas da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora, Évila Borges, sobre o tema “Confiança Relacional na Escola”. A palestra terá como moderadora a Coordenadora das Escolas da Inspetoria São Domingos Sávio, Sandra Elaine Siqueira Correa.

No segundo momento do dia, a Coordenadora de Pastoral do Lar Padre Jacó – Itajaí (SC), Ir. Márcia Koffermann, trará suas contribuições sobre o tema “A Alfabetização Midiática em uma Sociedade Líquida Diante da Nova Evangelização”. A palestra terá como moderador o Coordenador das Escolas da Inspetoria São João Bosco, Paulo Rogedo.

O XXII ENARSE e XV ENEL acontecem em formato totalmente on-line, tendo à frente das ações a Coordenadora Nacional das Escolas Salesianas, Ir. Lucia Jacinta Finassi; os Diretores Executivos da Rede Salesiana Brasil, Ir. Silvia Aparecida da Silva e Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior; a Coordenadora Executiva da RSB, Maria Dantas, e o Comitê Inspetorial das Escolas Salesianas composto por representantes das 10 Inspetorias. Toda a realização do evento conta ainda com o apoio da Gestora de Projetos Formativos da RSB, Ana Paula Costa e Silva, das equipes do escritório nacional da RSB, localizado em Brasília (DF), e do Centro Salesiano de Formação (CSF).

Escrito por Janaína Lima 

Foto: Salesianos de Dom Bosco (SDB)
26/08/2024

Celebração Litúrgica de Zeffirino Namuncurà

Venerável: 22/06/1972
Beato: 11/11/2007
Celebração Litúrgica: 26 de agosto

Zeffirino Namuncurà nasceu em 26 de agosto de 1886, em Chimpay, às margens do Rio Negro. Seu pai Manuel, o último grande cacique das tribos indígenas Araucanas, havia se rendido três anos antes às tropas da República Argentina. Depois de onze anos de vida rural livre, Manuel Namuncurà envia Zeffirino para estudar em Buenos Aires, para que, no futuro, possa defender sua raça. A atmosfera familiar no colégio salesiano fez com que ele se apaixonasse por Dom Bosco.

A dimensão espiritual cresceu nele e ele começou a desejar ser sacerdote salesiano para evangelizar seu povo. Escolheu Domingos Sávio como modelo e, durante cinco anos, através do esforço extraordinário de entrar numa cultura totalmente nova, ele próprio tornou-se outro Domingos Sávio. O compromisso com a piedade, a caridade, os deveres diários e o exercício ascético é exemplar.

Esse menino, que achou difícil "entrar na fila" ou "obedecer a campainha", gradualmente se tornou um verdadeiro modelo. Como queria Dom Bosco, estava certo em cumprir seus deveres de estudo e oração, foi o árbitro nas recriações: sua palavra foi bem recebida pelos camaradas em disputa e ficou impressionado com a lentidão com que fez o sinal da cruz, como se estivesse meditando em cada palavra; com seu exemplo, ele corrigiu seus companheiros, ensinando-os a fazê-lo devagar e com devoção. Em 1903 (dezesseis anos e meio de idade, e seu pai foi batizado aos oitenta anos), Dom Cagliero o aceita no grupo de aspirantes em Viedma, capital do Vicariato Apostólico, para começar o latim.

Por causa de sua saúde precária, o bispo salesiano decide levá-lo à Itália para que continue seus estudos de maneira mais séria e em um clima que parece mais adequado. Na Itália, ele conhece o Padre Rua e o Papa Pio X, que o abençoam com emoção. Ele frequentou a escola em Turim e depois no colégio salesiano de Villa Sora, em Frascati, e estuda muito para ser o segundo da classe.

Mas um mal não diagnosticado a tempo, talvez porque nunca reclamou, minou-o: tuberculose. Em 28 de março de 1905, ele foi levado ao hospital Fatebenefratelli, na Ilha Tiberina, em Roma. Ele morreu pacificamente em 11 de maio. A partir de 1924, seus restos mortais descansam em sua terra natal, em Fortín Mercedes, onde multidões de peregrinos vêm para adorá-lo.

Zeffirino Namuncurà se torna venerável em 22 de junho de 1972 e é beatificada em 11 de novembro de 2007 sob o pontificado de Bento XVI.

Você pode conhecer mais sobre a vida e legado dos Santos, Beatos e Veneráveis da Congregação pelo menu “Acervo Salesiano” no site oficial da Rede Salesiana Brasil.

Confira algumas imagens clicando aqui.
Fonte: sdb.org

Foto: Istituto Figlie di Maria Ausiliatrice (FMA)
25/08/2024

Memória da Beata Salesiana Irmã Maria Troncatti

Nascimento: 16/02/1883
Beatificado: 24/11/2013
Celebração Litúrgica: 25/08

Nascida em Corteno Golgi (Brescia), no dia 16 de fevereiro de 1883, em uma família numerosa, Maria Troncatti cresceu alegre e trabalhadeira, dividindo-se entre os trabalhos do campo e o cuidado dos irmãozinhos, no clima cálido de afeto dos pais exemplares. 

Assídua à catequese paroquial e aos Sacramentos, a adolescente amadurece um profundo senso cristão que a abre aos valores da vocação religiosa. Por obediência ao pai e ao Pároco, ela espera atingir a maioridade antes de pedir a admissão no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) e faz a Primeira Profissão em 1908, em Nizza Monferrato.

Durante a Primeira Guerra Mundial (1915-1918), Irmã Maria acompanha, em Varazze, cursos de assistência sanitária e trabalha como enfermeira da cruz vermelha no hospital militar, uma experiência que lhe será muito mais valiosa no decorrer de sua longa atividade missionária na floresta amazônica do Oriente Equatoriano.

Partiu, de fato, para o Equador em 1922, quando foi enviada entre os indígenas Shuar onde, com outras duas irmãs, inicia um difícil trabalho de evangelização em meio a riscos de todos os gêneros, inclusive aqueles causados pelos animais da floresta e das ciladas dos turbulentos rios a serem atravessados a nado ou sobre frágeis "pontes" de cipó, ou ainda sobre os ombros dos indígenas.

Macas, Sevilla, Dom Bosco, Sucúa são alguns dos "milagres" florescentes, ainda hoje, da ação de Ir. Maria Troncatti que foi enfermeira, cirurgiã ortopedista, dentista e anestesista, mas, sobretudo, catequista e evangelizadora, rica de maravilhosos recursos de fé, de paciência e de amor fraterno. Sua obra Shuar para a promoção da mulher floresce em centenas de novas famílias cristãs, formadas, pela primeira vez, a partir da livre escolha pessoal dos jovens esposos.

Ir. Maria morreu em um trágico acidente aéreo em Sucúa, no dia 25 de agosto de 1969. Seus restos mortais repousam em Macas, na Província de Morona (Equador).

A Serva de Deus, Ir. Maria Troncatti, foi declarada Venerável pelo Decreto de 8 de novembro de 2008 e elevada à glória dos bem-aventurados em Macas (Equador), no dia 24 de novembro de 2013, pelo representante do Papa, o cardeal Angelo Amato.

Você pode conhecer mais sobre a vida e legado dos Santos, Beatos e Veneráveis da Congregação pelo menu “Acervo Salesiano” no site oficial da Rede Salesiana Brasil.

Fonte: cgfma.net

Foto: Acervo pessoal de Phelipe Sales
25/08/2024

O Chamado, a Missão e o Impacto do(a) Catequista na Sociedade

A vocação para ser catequista na Igreja Católica é um chamado que transcende a simples transmissão de doutrinas religiosas. É um convite divino para participar ativamente na missão de evangelização da Igreja, formando e educando novos discípulos de Cristo. Ser catequista é, antes de tudo, um ato de amor e serviço à comunidade cristã, é responder a um chamado que Deus faz ao coração de cada um(a). Este chamado, segundo o Papa Francisco, “não pode ser como uma hora de escola, mas uma experiência viva de fé". O catequista é aquele que, movido pelo Espírito Santo, se compromete a compartilhar o Evangelho e a tradição da Igreja, guiando crianças, jovens e adultos na fé cristã.

A formação de um catequista é contínua e exige uma vida de oração, estudo e testemunho. A Igreja oferece diversas formas de preparação e formação para aqueles que sentem o chamado para este ministério, reconhecendo a importância de que estejam bem preparados para a missão que assumem.

Na Paróquia São Judas Tadeu, de Taguatinga Norte, em Brasília (DF), o Catequista Phelipe Sales, que também é colaborador da Rede Salesiana Brasil como Captador de Recursos da União pela Vida (UPV), responde ao seu chamado dentro da vida cristã desde 2012. “Ser catequista me permite estar mais próximo de Jesus e viver a minha fé de forma concreta e ativa. Senti um chamado profundo para a evangelização e para ser um instrumento de Deus na vida das pessoas. Além disso, a catequese me oferece a oportunidade de conhecer mais a fundo a riqueza e a beleza da Igreja, algo que sempre busquei. É uma forma de servir à comunidade, compartilhar a fé e crescer espiritualmente junto com os catequizandos”, comenta. 

Quando perguntado sobre a importância do catequista na vida de seus catequizados, Phelipe não hesita em ressaltar que, muitas vezes, o catequista é o primeiro contato profundo que eles têm com os ensinamentos de Cristo e da Igreja. “É o catequista que ajuda a construir uma base sólida de fé e valores, guiando-os em momentos de dúvida e desafio em sua fé e em sua vida. Além de ser um educador, o catequista é também um mentor e um exemplo vivo do amor de Deus, oferecendo suporte moral e espiritual que pode marcar a vida dos catequizandos de maneira duradoura”, diz Phelipe.

Dentre os desafios de um catequista, alinhar as temáticas do mundo atual e as rápidas mudanças que a sociedade enfrenta com os ensinamentos da Igreja exige uma grande dedicação ao estudo e entendimento dos ensinamentos cristãos. “Um dos maiores desafios que enfrentamos como catequistas é a constante busca por conhecimento”, conta Phelipe. “A Igreja é um vasto campo de sabedoria, com uma história rica, doutrinas profundas e ensinamentos que exigem estudo e reflexão contínuos. Manter-se atualizado e preparado para responder às questões e necessidades dos catequizandos, especialmente em um mundo que está em constante mudança, é essencial. Além disso, equilibrar essa busca com a necessidade de tornar o ensinamento acessível e relevante para os jovens de hoje é uma tarefa desafiadora, mas extremamente gratificante”, completa.

Para além dos desafios, a vocação para a catequese também reserva momentos inesquecíveis. “Uma das maiores alegrias como catequista é ver o crescimento espiritual dos catequizandos, testemunhar o momento em que a fé deles se fortalece e se torna parte essencial de suas vidas. Acompanhar a jornada deles desde as primeiras dúvidas até o compromisso consciente com Cristo é algo profundamente gratificante. Além disso, a formação de uma comunidade de fé entre as crianças, adolescentes e jovens e suas famílias, onde todos se apoiam e caminham juntos na busca por Deus, é uma fonte constante de alegria e realização pessoal”, conta Phelipe, que revela um desejo pessoal: “Eu quero ver Jesus em meus catequizandos!”, e faz um convite para que todos possam refletir sobre a importância de se envolver na catequese: “Seja como catequista ou apoiando essa missão, a evangelização é uma tarefa de todos nós [...]. Posso dizer que é uma jornada de aprendizado mútuo, onde crescemos junto com os catequizandos, fortalecendo a nossa própria fé”.

Ser catequista é mais do que uma simples tarefa dentro da Igreja; é uma vocação que envolve um compromisso profundo com a fé e com a transformação do mundo à luz do Evangelho. Através do seu serviço, os catequistas contribuem para a formação de cristãos conscientes de sua missão no mundo, capazes de atuar como verdadeiros agentes de mudança na sociedade. Nesse contexto, a Rede Salesiana Brasil agradece a dedicação e o “sim” cheio de dedicação de cada catequista das paróquias salesianas do Brasil.

Escrito por Janaína Lima / Fotos: Acervo pessoal de Phelipe Sales

Foto: Câmara Municipal de Campo Grande
23/08/2024

Irmã Salesiana recebe Título de Cidadã Campo-Grandense

Na noite da última quinta-feira (22), em comemoração aos 125 anos de Campo Grande, os vereadores da Câmara Municipal entregaram homenagens às pessoas que contribuíram com relevantes serviços para a cidade. Dentre elas, a Irmã Salesiana Filha de Maria Auxiliadora (FMA), Maria Nilda Cavalcante Rangel, recebeu o Título de Cidadã Campo-Grandense.

“A principal palavra que vem em minha mente é identidade. Identidade é o que somos, construímos e vamos adquirindo durante a vida. Se aqui estamos, é porque alguém construiu nossa identidade, e construímos a identidade de alguém. Queremos uma Campo Grande cada vez melhor para que, juntos, possamos fazer a diferença. Com essa homenagem, honramos cada munícipe”, discursou o Secretário Municipal de Educação, Lucas Henrique Bittencourt, que falou em nome dos homenageados.

A solenidade aconteceu no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, do Palácio Popular da Cultura. Foram entregues Títulos de Cidadão Campo-Grandense, Medalha do Mérito Legislativo e Título de Cidadão Benemérito, honrarias entregues todos os anos no aniversário de Campo Grande. 

Além do título, Irmã Maria Nilda também ganhou uma página no livreto “Sessão Solene de Outorga 2024”, contendo as fotos e o currículo de cada um dos homenageados da noite.

Confira a versão digital completa do livreto com os homenageados clicando aqui.

Escrito por Janaína Lima, com informações da Câmara Municipal de Campo Grande

 

Foto: Inspetoria São Domingos Sávio
23/08/2024

Inauguração do Centro de Formação Indígena

No último domingo (18), o Conselheiro Geral para a Região América Cone Sul, Padre Gabriel Romero, deu a bênção ao novo Centro de Formação Indígena (CFI), de São Gabriel da Cachoeira (AM). Na ocasião, Pe. Gabriel estava em visita extraordinária na Comunidade.

A Casa abriga um grupo de dez aspirantes, de diversas etnias locais, que participam das atividades catequéticas e dos grupos juvenis das obras salesianas da região do Rio Negro: São Gabriel, Maturacá, Iauareté e Santa Isabel. A Comunidade formadora é composta pelo Diretor, Pe. Gaudêncio Campos; Pe. Adail Brito Acosta e pelo tirocinante Patrick de Lima Santos. A construção da nova Casa foi supervisionada pelo irmão José Gulli. 

O Centro de Formação Indígena foi construído graças ao apoio do X Sucessor de Dom Bosco, Cardeal Ángel Fernández Artime, através da Procuradoria Salesiana de Madri - Misiones Salesianas; e da Procuradoria Salesiana da Polônia - Salesjanski Osrodek Misyiny.

O espaço construído é acolhedor e agradável para os jovens indígenas, podendo ali discernir acerca da sua vocação com o devido acompanhamento e apoio. A inauguração contou com a presença de duas comunidades – das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) e de outras religiosas da cidade, de seminaristas diocesanos com seu formador, de Salesianos Cooperadores e de colaboradores leigos da obra.

Fonte: Inspetoria São Domingos Sávio

Foto: Colégio Salesiano Recife (PE)
22/08/2024

Estudantes Salesianos se destacam na OBMEP e Canguru de Matemática

O Colégio Salesiano Recife tem o prazer de anunciar os resultados excepcionais alcançados por seus estudantes nas recentes competições de matemática: a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) 2023 e a Olimpíada Canguru de Matemática. Essas competições são reconhecidas nacional e internacionalmente por estimular o estudo da matemática e identificar talentos entre os estudantes.

DESTAQUES DA OBMEP 2023
No dia 16 de agosto, os estudantes do Colégio Salesiano Recife celebraram grandes conquistas na OBMEP 2023. Entre os premiados, destaca-se Emanuel de Farias Santiago Cruz, atualmente no 9º ano, que conquistou a Medalha de Ouro a nível nacional. Esse resultado é um reflexo da dedicação e do esforço contínuo de Emanuel e do suporte oferecido pela escola em sua jornada acadêmica.

A OBMEP tem como objetivo não apenas promover o estudo da matemática, mas também identificar jovens talentos, incentivando-os a seguir carreiras científicas e tecnológicas. A competição é uma grande oportunidade para os estudantes desenvolverem habilidades essenciais como o raciocínio lógico e a capacidade de resolver problemas complexos.

RESULTADOS DA OLIMPÍADA CANGURU DE MATEMÁTICA
Além do sucesso na OBMEP, os estudantes do Colégio Salesiano Recife também se destacaram na Olimpíada Canguru de Matemática, uma das maiores competições internacionais de matemática, que conta com a participação de milhões de estudantes em todo o mundo. Essa olimpíada se diferencia por apresentar questões que desafiam os participantes a pensar de forma criativa e lógica, reforçando a importância da matemática no cotidiano.

As conquistas dos estudantes salesianos nessas competições reafirmam o compromisso do Colégio Salesiano Recife com a excelência acadêmica e com a formação integral das juventudes.

Fonte: Inspetoria Salesiana São Luiz Gonzaga / Escrito por Everton Pessoa

Foto: Vatican News
22/08/2024

Presença Salesiana no V Encontro da Igreja na Amazônia Legal

O fato de “nos encontrarmos é sempre importante, para criarmos mais comunhão, para pensarmos juntos a evangelização, permanecermos fiéis ao espírito missionário da nossa Igreja na Amazônia, revermos a nossa caminhada”, segundo o Cardeal Steiner, Arcebispo de Manaus e Presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1). Uma caminhada missionária, sinodal da Igreja da Amazônia, com horizontes muito bonitos e significativos, afirma o purpurado. Isso se concretiza em “sermos cada vez mais uma Igreja mais inserida”, lembrando a encarnação proposta em Santarém, que hoje deve acontecer em realidades que são outras.

O Presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) destacou a necessidade de “cada vez mais inserirmos a vida dos povos indígenas”, falando sobre a situação muito difícil em termos de meio ambiente em que vive a Amazônia. O Cardeal Steiner destacou o incentivo do Papa Francisco a levarmos em consideração toda a realidade, uma perspectiva que “nos anima, mas é uma perspectiva exigente, porque não podemos deixar ninguém para trás. Queremos caminhar todos juntos, mas levando em consideração as realidades que estamos a viver”.

Um encontro iniciado com uma celebração marcada pela vida da Igreja e dos povos da Amazônia, seguida da abertura oficial do encontro, que representa uma alegria muito grande para a arquidiocese de Manaus, segundo seu Arcebispo. O Cardeal Steiner pediu que “seja um encontro onde podermos continuar a sonhar, para sermos uma Igreja profundamente encarnada, levando em consideração os sonhos do Papa Francisco”, e a partir daí “sermos uma Igreja que realmente canta a liberdade e, ao cantar a liberdade, se encarnar nas culturas que aqui existem, para que possamos realmente ser sinal de esperança”.

Uma alegria partilhada pelo Arcebispo Emérito de Huancayo (Peru) e Presidente da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama), Cardeal Pedro Barreto, lembrou que “é um fruto do processo sinodal vivido nesta região tão querida”. Ele destacou a larga história da Igreja na Amazônia, ressaltando a necessidade de “sermos conscientes que recolhemos uma sagrada herança dos nossos antecessores que trabalharam na Amazônia”. O Cardeal Barreto agradeceu “todo o esforço que estão fazendo para caminhar em comunhão, participando todos na única missão de Cristo”.

Em nome da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário Geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, lembrou a longa história de encontros da Igreja da Amazônia, iniciado com o primeiro encontro inter-regional em 1952, destacando que “a perseverança nos ensina que vale a pena continuar esse processo com todo entusiasmo”. Ele refletiu sobre os retrocessos que acontecem cada dia na Amazônia, citando os desmatamentos e mostrando a preocupação do episcopado brasileiro para com os povos originários, “esses são os que mais sofrem”, denunciando “a gravidade das coisas que estão acontecendo em nosso país”, algo que lhes preocupa e que buscam dar respostas. Ele mostrou a apertura da CNBB a todos e lembrou o tema da Campanha da Fraternidade de 2025, sobre a ecologia integral, “uma oportunidade para sensibilizar a todo o Brasil”.

Para a Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM), que está completando 10 anos, o fato de estar presente no território a leva a mostrar suas alegrias e preocupações, segundo sua Vice-Presidente, a Irmã Carmelita Conceição. A religiosa Filha de Maria Auxiliadora (FMA) citou a realidade da seca, que desafia a “dar um sinal de vida e esperança na Amazônia”, vendo o encontro como uma ajuda para “vermos o que fazer e como nos posicionar diante de tantos desafios”.

A representante do Governo Brasileiro e ex-aluna Salesiana, Kenarik Boujikian, Secretária Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas da Secretaria Geral da Presidência da República, afirmou que o papel da instituição que representa é manter o diálogo da sociedade civil e os movimentos sociais com o Governo, lembrando a importância dos movimentos populares para o Papa Francisco. Ela destacou a importância das mesas de diálogo, apresentando um caderno de respostas às demandas da Igreja brasileira, que não pretende dar soluções, mas ele é uma ferramenta de trabalho, dividido em quatro eixos: emergência climática; direitos dos povos das águas, do campo e das florestas; regularização fundiária: denúncias e violações de direitos nos territórios. Um caderno para fazer novas construções, pequenas coisas que, na realidade, podem impactar.

Diante dessa realidade, “a REPAM-Brasil quer ser um serviço eclesial, articulado com muitos movimentos e muitas organizações da sociedade civil, em busca de preservar os direitos dos nossos povos, dos nossos territórios e da nossa Amazônia como um todo”, segundo o Presidente, Bispo de Roraima, Dom Evaristo Spengler. Respondendo ao caderno, o bispo afirmou que “as nossas ações apoiam e visibilizam as iniciativas das comunidades, pastorais e organizações eclesiais, a partir de uma espiritualidade encarnada, na defesa da vida dos povos e da biodiversidade amazônica para construir o bem viver”. Ele lembrou a visita realizada a 13 ministérios e outras entidades, levando os resultados da escuta aos povos, que tem como consequência o caderno de respostas. Diante de uma situação que tende a se agravar, dom Evaristo Spengler agradeceu as respostas, destacando a importância das políticas públicas necessárias ao cuidado com a Casa Comum, com a Criação e com a nossa querida Amazônia.

O Arcebispo de São Luis e Presidente da Comissão Especial Episcopal para a Amazônia, Dom Gilberto Pastana, lembrou os membros da comissão desde sua criação em 2003, que hoje é formada pelos presidentes dos regionais da Amazônia Legal. Um encontro de “muita convivência, partilha da vida e da missão, e comprometimento com a causa do Reino”, para dar continuidade às conclusões assumidas no IV Encontro, realizado em Santarém, em 2022. Lembrando o tema e o lema, ressaltou a importância do processo de escuta feito em preparação ao encontro, em busca de “construir novos caminhos para a Igreja na Amazônia, para a ecologia e para o território”.

Insistindo em que “a missão nos desafia”, ele disse que “queremos ser fiéis aos desafios do Senhor”, chamando a “dar continuidade a toda essa riqueza colhida e observada nos avanços, dificuldades e desafios em nossas ações evangelizadoras”. Igualmente, ele pediu “fortificar o nosso compromisso missionário” e “identificar os passos concretos que o Espírito Santo revela à Igreja na Amazônia para realizar e crescer a comunhão, a missão e a participação.”

Fonte: Vatican News / Escrito por Padre Modino - Regional Norte 1 da CNBB

 

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